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A Entrevista

Seattle - 14:10 pm

🍒▫️Cheryl Blossom▫️🍒


Antoinette: Senhorita, está tudo bem?.

Tão jovem, e atraente, muito atraente. Ela é alta, e está vestindo um fino terno cinza, camisa branca e gravata preta, com incontroláveis cabelos pretos e intensos, luminosos olhos castanho claro que me observam astutamente.

Fico um bom tempo a encarando e logo digo algo:

Cheryl: E-eu estou bem Srta. Topaz. - Digo e me xingo mentalmente por ter gaguejado.

Em uma confusão, eu coloco minha mão na dela e nós levamos um choque. Quando nossos dedos se tocam, eu sinto um estimulante e estranho calafrio, correndo através de mim. Eu retiro minha mão apressadamente, envergonhada. Deve ser estática. Eu pisco rapidamente, minhas pálpebras harmonizando minha frequência cardíaca.

Cheryl: A Senhorita Cooper está indisposta, então ela me enviou. Eu espero que você não se importe, Srta. Topaz.

Antoinette: E você é? - Sua voz é morna, possivelmente divertida, mas é difícil dizer por sua expressão impassível. Ela parece ligeiramente interessada, mas acima de tudo, educada.

Cheryl: Cheryl Blossom. Eu sou professora de dança, hum, e moro em um apartamento com a Betty... hum... Senhorita Cooper do Estado de Washington.

Antoinette: Entendo, - ela simplesmente diz. Eu penso ver um fantasma de um sorriso em sua expressão, mas eu não estou certa. - Você gostaria de se sentar? - Ela acena em direção a um sofá de couro branco em forma de L.

Seu escritório é muito grande para uma mulher só. Na frente das janelas que vão do chão ao teto, há uma enorme escrivaninha moderna de madeira escura, que seis pessoas poderiam comer confortavelmente ao redor.

Combinando a mesa de café com o sofá. Todo o resto é branco, teto, pisos e paredes, exceto, a parede perto da porta, onde estava um mosaico pendurado de pequenas pinturas, trinta e seis delas dispostas em um quadrado. Elas são primorosas, uma série de objetos mundanos esquecidos, pintados com tal detalhe preciso que eles parecem com fotografias. Exibidos juntos, eles são de tirar o fôlego.

Antoinette: Um artista local. Trouton, - Antoinette diz quando ela pega meu olhar.

Cheryl:Elas são adoráveis. Elevando o ordinário para o extraordinário, - eu murmuro distraída, tanto por ela como pelas pinturas. Ela vira sua cabeça para um lado e me fixa atentamente.

Antoinette: Eu concordo plenamente, Senhorita Blossom. - ela responde, sua voz suave e por alguma razão inexplicável eu me encontro corando.

Além das pinturas, o resto do escritório era frio, limpo e clínico. Eu me pergunto se isto reflete a personalidade do Adônis, que afunda graciosamente em uma das cadeiras de couro branco á minha frente. Eu agito minha cabeça, transtornada com a direção de meus pensamentos, e recupero as perguntas de Elisabeth da minha mochila. Em seguida, eu tento instalar o mini gravador em cima de sua mesa, eu nunca usei isso e nem sei como usar. Merda.

A Srta. Topaz não diz nada, esperando
pacientemente, enquanto eu me torno cada vez mais envergonhada e frustrada. Quando eu tomo coragem para olhá-la, ela está me observando, uma mão relaxada em seu colo e a outra embaixo de seu queixo e arrastando o seu longo dedo indicador através de seus lábios. Eu acho que ela está tentando conter um sorriso.

Cheryl: Desculpe-me, - eu gaguejo. - Eu não estou acostumada a isto.

Antoinette: Leve o tempo que você precisar, Senhorita Blossom. - ela diz.

Cheryl: Você se importa se eu gravar suas respostas?

Antoinette: Depois que você teve tantas dificuldades para instalar o gravador,agora que você me pergunta? - Eu coro. Ela está tirando sarro de mim?

Eu espero. Eu pisco para ela, sem saber o que dizer, e acho que ela fica com pena de mim porque ela cede.

Antoinette: Não, eu não me importo.

Cheryl:Será que Elisabeth, eu quero dizer, a Senhorita Cooper, explicou para o que é a entrevista?

Antoinette:Sim. Para aparecer na edição de graduação do jornal estudantil quando eu outorgar o diploma na cerimônia de graduação deste ano. - Oh! Isto é novidade para mim, e eu estou temporariamente preocupada pelo pensamento de que alguém não muito mais velho do que eu.

Eu franzo a testa, arrastando minha teimosa atenção de volta à tarefa à mão.

Cheryl: Bem, - eu engulo nervosamente. - Eu tenho algumas perguntas, Srta. Topaz. - Eu aliso um cacho perdido de cabelo atrás de minha orelha.

Antoinette: Eu achei que você teria, - ela diz, impassível. Ela está rindo de mim. Minhas bochechas esquentam com a percepção, e eu me sento reta e enquadro meus ombros em uma tentativa de parecer mais alta e mais intimidante. Apertando o botão iniciar do gravador, eu tento parecer profissional.

Cheryl: Você é muito jovem para ter acumulado tal império. Há que você deve seu sucesso? - Eu olho para ela. Seu sorriso é arrependido, mas ela parece vagamente desapontada.

Antoinette: Negócios é tudo sobre pessoas, Senhorita Blossom e eu sou muito boa em julgar as pessoas. Eu sei como elas marcam, o que as faz florescer, o que não faz, o que as inspira, e como incentivá-las. Eu emprego um time excepcional, e eu os recompenso bem. - Ela pausa e me fixa com seu olhar escuro. - Minha convicção é de alcançar o sucesso em qualquer esquema, alguém tem que se fazer mestre deste esquema, conhecê-lo de dentro para fora, saber todos os detalhes. Eu trabalho duro, muito duro para fazer isto. Eu tomo decisões baseadas em lógica e fatos. Eu tenho um instinto natural que pode localizar e nutrir uma boa ideia sólida e boas pessoas. O resultado final é sempre estabelecido para as boas pessoas.

Cheryl: Talvez você seja apenas sortuda. - Isto não está na lista de Elisabeth, mas ela é tão arrogante. Seus olhos chamejam momentaneamente em surpresa.

Antoinette: Eu não acredito em sorte ou azar, Senhorita Blossom. Quanto mais duro eu trabalho mais sorte eu pareço ter. Realmente é tudo sobre ter as pessoas certas em seu time e dirigindo suas energias neste sentido. Eu acho que foi Harvey Firestone quem disse "O crescimento e desenvolvimento das pessoas é a maior vocação de liderança."

Cheryl: Você soa como uma maníaca por controle. - As palavras saíram de minha boca antes que eu possa detê-las.

Antoinette: Oh, eu exerço controle em todas as coisas, Senhorita Blossom. - ela diz sem rastro de humor em seu sorriso. Eu olho para ela, e ela segura o meu olhar continuamente, impassível. Meu batimento cardíaco acelera, e meu rosto fica corado novamente.

Por que ela tem tal efeito irritante sobre mim? Sua beleza opressiva talvez? O modo como seus olhos brilham para mim? O modo como ela acaricia com o dedo indicador seu lábio inferior? Eu gostaria que ela parasse de fazer isto.

Antoinette: Além disso, o imenso poder é adquirido assegurando-se em seus devaneios secretos, que você nasceu para controlar as coisas, - ela continua, sua voz suave.

Cheryl:Você sente que tem imenso poder? - Maníaca por controle.

Antoinette: Eu emprego mais de quarenta mil pessoas, Senhorita Blossom. Isso me dá certo sentido de responsabilidade.... poder, se assim prefere. Se decidisse que já não me interesso mais pelos negócios de telecomunicações e vendesse tudo, vinte mil pessoas teriam grandes dificuldades em pagar suas hipotecas no final do mês então. -Minha boca abriu. Eu estou espantada pela sua falta de humildade.

Cheryl:Você não tem um conselho ao qual responder? - Eu pergunto, repugnada.

Antoinette: Eu possuo a minha empresa. Eu não tenho que responder para um conselho. - Ela levanta uma sobrancelha para mim.

Eu ruborizo. Claro, eu saberia disto se eu tivesse feito alguma pesquisa. Mas puta merda, ela é tão arrogante. Eu mudo de rumo.

Cheryl: E você tem algum interesse fora de seu trabalho?

Antoinette: Eu tenho interesses variados, Senhorita Blossom. - A sombra de um sorriso toca seus lábios. - Muito variado. - E por alguma razão, eu estou confusa e inflamada por seu olhar firme. Seus olhos estão iluminados com algum pensamento mau.

Cheryl: Mas se você trabalha tão duro, o que você faz para relaxar?

Antoinette: Relaxar? - Ela sorri, revelando dentes brancos perfeitos.

Eu paro de respirar. Ela realmente é linda. Ninguém devia ser tão bonita.

Antoinette: Bem, para "relaxar" como você diz, eu viajo, eu desfruto de várias atividades físicas. - Ela desloca-se em sua cadeira. - Eu sou uma mulher muito rica, Senhorita Blossom e tenho passatempos caros.

Eu olho depressa as perguntas de Elisabeth, querendo sair deste assunto.

Cheryl:Você investe em fabricação. Por que, especificamente? - Eu pergunto. Por que ela me faz ficar tão desconfortável?

Antoinette: Eu gosto de construir coisas. Eu gosto de saber como as coisas funcionam: o que torna as coisas marcantes, como construir e destruir. E eu tenho um amor por navios. O que eu posso dizer?

Cheryl:Isso soa como seu coração falando, em lugar da lógica e fatos.- Ela faz trejeitos com a boca, e olha de forma avaliadora para mim.

Antoinette:Possivelmente. Embora existem pessoas que diriam que eu não tenho coração.

Cheryl: Por que eles diriam isto?

Antoinette: Porque eles me conhecem bem. - Seu lábio enrola em um sorriso irônico.

Cheryl: Seus amigos dizem que você é fácil de conhecer? - E eu lamento a pergunta assim que eu falo. Não está na lista de Elisabeth.

Antoinette: Eu sou uma pessoa muito privada, Senhorita Blossom. Eu percorro um caminho longo para proteger minha privacidade. Eu não costumo dar entrevistas, - ela vagueia.

Cheryl:Por que você concordou em fazer esta aqui?

Antoinette:Porque eu sou uma benfeitora da Universidade, e para todos os efeitos, eu não consegui tirar a Senhorita Cooper de minhas costas. Ela insistiu e insistiu com meu pessoal de Relações Públicas, e eu admiro esse tipo de tenacidade.

Eu sei o quanto Betty pode ser tenaz. É por isso que eu estou sentada aqui me contorcendo desconfortavelmente, sob o seu olhar penetrante, quando eu tinha que estar dando aula de dança.

Cheryl:Você também investe em tecnologias agrícolas. Por que você está interessado nesta área?

Antoinette: Nós não podemos comer dinheiro, Senhorita Blossom, e existem muitas pessoas neste planeta que não tem o suficiente para comer.

Cheryl:Isso soa muito filantrópico. É algo que você sente apaixonadamente?Alimentar os pobres do mundo? - Ela encolhe os ombros, muito reservada.

Antoinette: É um negócios astuto, - ela murmura, entretanto eu penso que ela não está sendo sincera. Isso não faz sentido, alimentar os pobres do mundo? Eu não posso ver os benefícios financeiros disto, só a virtude do ideal. Eu olho para a próxima pergunta, confusa por sua atitude.

Cheryl: Você tem uma filosofia? Nesse caso, qual é?

Antoinette: Eu não tenho uma filosofia como essa. Talvez um princípio do orientador Carnegie: "Um homem que adquire a habilidade de tomar posse completa de sua própria mente, pode tomar posse de qualquer outra coisa a que ele por justiça tem direito". Eu sou muito peculiar, impulsiva. Eu gosto de controlar, a mim mesma e aqueles ao meu redor.

Cheryl: Então você quer possuir coisas? - Você é uma maníaca por controle.

Antoinette: Eu quero merecer possuí-las, mas sim, no resultado final, eu quero.

Cheryl:Você soa como uma consumidora irrevogável.

Antoinette: Eu sou. - Ela sorri, mas o sorriso não toca seus olhos. Novamente isto está em conflito com alguém que quer alimentar o mundo, então eu não posso evitar pensar que nós estamos conversando sobre outra coisa, mas eu estou absolutamente confusa sobre o que é isto. Eu engulo em seco. A temperatura na sala está subindo ou talvez seja apenas eu. Eu só quero que esta entrevista termine. Seguramente Elisabeth tem material suficiente agora? Eu olho para a próxima pergunta.

Cheryl:Você foi adotada. Até que ponto você acha que isto formou o que você é? - Oh, isto é pessoal. Eu fico olhando para ela, esperando que ela não se ofenda. Sua testa enruga.

Antoinette:Eu não tenho como saber.- Meu interesse é despertado.

Cheryl:Que idade você tinha quando você foi adotada?

Antoinette: Esta é uma questão de registro confidencial, Senhorita Blossom. - Seu tom é duro. Eu ruborizo, novamente. Merda.

Sim claro que, se eu soubesse que eu faria esta entrevista, eu teria feito algumas pesquisas. Eu continuo depressa.

Cheryl: Você teve que sacrificar uma vida familiar por seu trabalho.

Antoinette: Isto não é uma pergunta. - Ela é conciso.

Cheryl:Desculpe. - Eu me contorço, ela faz eu me sentir como uma criança errante. Eu tento novamente. - Você teve que sacrificar uma vida em família por seu trabalho?

Antoinette:Eu tenho uma família. Eu tenho um irmão e uma irmã e pais amorosos. Eu não estou interessada em estender minha família além disto.

Cheryl: É verdade que você é intersexual, Srta. Topaz? - Ela inala bruscamente, e eu me encolho.

Merda. Por que eu não empreguei algum tipo de filtro antes de eu ler em voz alta a pergunta? Como eu posso dizer a ela que eu estou só lendo as perguntas?

Maldita Elisabeth e sua curiosidade!

Antoinette: Sim Cheryl, eu sou. - Ela levanta suas sobrancelhas, um brilho frio em seus olhos. Ela não parece contente.

Cheryl:Eu peço desculpas. Isto está hum... escrito aqui. - É a primeira vez que ela disse meu nome. Meu batimento cardíaco acelera, e minhas bochechas estão aquecendo novamente.

Nervosamente, eu coloco meu cabelo solto atrás da minha orelha. Ela dobra sua cabeça para o lado.

Antoinette:Estas não suas próprias perguntas? - O sangue drena de minha cabeça. Oh não.

Cheryl: É... não. Elisabeth, a Srta. Cooper, ela quem fez as perguntas.

Antoinette: Vocês são colegas no jornal estudantil? - Oh Merda. Eu não tenho nada a ver com o jornal estudantil. É a atividade extracurricular dela, não minha. Meu rosto está em chamas.

Cheryl:Não. Como eu já disse, eu e ela apenas compartilhamos um apartamento . - Ela esfrega seu queixo em deliberação calma, seus olhos escuros me avaliando.

Antoinette:Você se voluntariou para fazer esta entrevista? - Ela pergunta, sua voz mortalmente calma. Espere, quem deveria estar entrevistando quem? Seus olhos queimam em cima de mim, e eu sou obrigada a responder com a verdade.

Cheryl: Eu fui sorteada. Ela não estava disponível para hoje. - Minha voz é fraca.

Antoinette:Isso explica muita coisa.- Há uma batida na porta, e a loira número dois entra.

Olivia: Srta. Topaz , perdoe-me por interromper, mas sua próxima reunião será em dois minutos.

Antoinette: Nós não terminamos aqui, Olivia. Por favor, cancele minha próxima reunião. - Olivia fica boquiaberta, sem saber o que falar. Ela parece perdida. Antoinette vira a cabeça lentamente para encará-la e levanta sua sobrancelha. Ela ruboriza escarlate. Oh bem. Ainda bem que eu não sou a única.

Olivia: Muito bem, Srta. Topaz . - ela
murmura, depois saí. Ela franze a testa,
e volta sua atenção para mim.

Antoinette:Onde nós estávamos, Senhorita Blossom? - Oh, nós voltamos a "Srta. Blossom" agora.

Cheryl:Por favor, não gostaria de atrapalhar suas obrigações.

Antoinette:Eu quero saber sobre você. Eu acho que isto é justo. - Seus olhos escuros estão acesos de curiosidade. Duas vezes merda. Onde ela está indo com isto? Ela coloca seus cotovelos nos braços da cadeira e coloca seus dedos na frente de sua boca. Sua boca tão... dispersiva. Eu engulo seco.

Cheryl: Não existe muito para saber, - eu digo, ruborizando novamente.

Antoinette:Você diz que é professora de dança né? - Eu encolho os ombros, seu interesse me desconcerta.

Cheryl: Sim, eu dou aula na Academy School Dance. - Digo e ela me encara com suas órbitas escuras.

Isso está me deixando tão desconfortável.

Antoinette: Já pensou em abrir sua própria escola de dança? - Ela pergunta saindo de sua cadeira e se escorando na mesa ficando de frente pra mim.

Cheryl: Eu sempre sonhei em abrir uma escola de dança também, mas eu não sei se realmente quero cair de cabeça nisso. - Eu desvio meus olhos do seu olhar e olho cegamente para baixo em meus dedos atados. O que está acontecendo? Eu tenho que sair, agora. Eu me inclino para frente para recuperar o gravador.

Antoinette: Entendi. - Ela fala e sorrir de lado. - Eu posso ajudá-la com isso. - Eu rapidamente a encaro surpresa.

Como assim me ajudar? Nem nos conhecemos direito.

Cheryl: Eu estou certa que você está extremamente ocupada, Srta. Topaz,e eu tenho uma longa viagem. - Digo ignorando sua fala anterior.

Antoinette: Você vai dirigindo de volta para Seattle? - Ela soa surpresa, ansiosa até. Ela olha para fora da janela. Está começado a chover.- Bem, é melhor você dirigir com cuidado. - Seu tom é severo, autoritária. Por que ela deveria se importar? - Você conseguiu tudo o que precisa? - Ela adiciona.

Cheryl: Sim senhora. - Eu respondo, embalando o gravador em minha mochila. Seus olhos se estreitam, como estivesse pensando. - Obrigada pela entrevista, Srta. Topaz.

Antoinette: O prazer foi todo meu, - ela diz, cortês como sempre. Quando eu me ergo, ela se levanta e estende sua mão.- Até a próxima, Senhorita Blossom. - E isso soa como um desafio, ou uma ameaça, eu não estou certa de qual. Eu franzo a testa. Quando será que nós vamos encontrarmos novamente? Eu aperto sua mão mais uma vez, surpresa que esta estranha corrente entre nós ainda está lá. Deve ser meus nervos.

Cheryl:Srta. Topaz. - Despeço-me dela com um movimento de cabeça. Ela se dirige a porta com graça e agilidade. E abre a porta totalmente.

Antoinette: Só assegurando que você passe pela porta, Senhorita Blossom. - Ela me dá um pequeno sorriso. Obviamente, ela está referindo-se a minha entrada nada elegante, mais cedo em seu escritório. Eu coro.

Cheryl:Muito amável de sua parte, Srta. Topaz. - lhe digo bruscamente. Seu sorriso se alarga. Eu estou contente que você me ache divertida, eu penso furiosa interiormente, caminhando para o hall de entrada. Eu fico surpresa quando ela me segue. Tanto Priscila, quanto Olivia me olham, igualmente surpresas.

Antoinette: Você tem um casaco? - Topaz pergunta.

Cheryl: Sim. - Priscila salta e recupera minha jaqueta, que a Topaz tira dela antes que ela possa dar para mim. Ela a segura e me sentindo ridiculamente tímida, eu coloco os ombros nela. Antoinette coloca suas mãos por um momento em meus ombros. Eu ofego com o contato. Se ela nota minha reação, ela não dá pistas.

Seu longo dedo indicador pressiona o botão chamando o elevador, e nós permanecemos esperando, eu sem jeito, e ela serena e fria. As portas se abrem, e eu me apresso desesperada para escapar. Eu realmente preciso sair daqui. Quando eu viro para olhá-la, ela está debruçando contra a entrada ao lado do elevador com uma mão na parede.

Ela é realmente muito, muito bonita. Seus flamejantes olhos escuros olhando para mim. Desconcerta-me.

Antoinette: Cheryl - ela diz como uma despedida.

Cheryl: Antoinette. - eu respondo. E por minha sorte, as portas fecham.

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