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IV - Quatro

Ian

Em toda a minha vida, eu nunca imaginei que passaria por uma situação ao menos parecida com a que eu estou vivendo: me envolver "sério" com uma pessoa, me apaixonar por ela, fazer besteira, e acabar sem essa pessoa. O pior de tudo isso, com certeza foi ficar sem Angie, e eu não imaginei que pudesse sentir algo tão forte por alguém.

Angie é tudo o que eu precisava na vida, eu sentia que faltava algo, e não sabia o quê. Bom, agora eu sei. E ficar sem meu porto seguro... Não me fez nada bem.

Agora, depois de escutar dela que nós poderíamos tentar novamente, me faz ficar extremamente feliz, e me faz querer fazer tudo diferente, e eu resolvi começar dizendo o quanto eu a amo. No entanto, eu realmente não esperava ouvir a mesma coisa dela, e ver que ela de fato não disse me deixou um tanto triste. Mas eu tenho bastante tempo para fazer isso mudar.

— Ian... — ela chamou, depois do silêncio que havia se instalado no quarto.

— Ei, tudo bem, okay? Eu...

— Eu também te amo — ela disse.

Ela disse!

Fiquei estático, sem saber o que falar ou fazer. Jurei que ela não iria dizer, e no fim acabou dizendo, eu não estava preparado para isso. E depois do choque inicial, o que eu fiz foi sorrir, desviando meu olhar, mas logo voltando a encará-la novamente.

— Ama mesmo? — eu perguntei, não porque duvidava, mas sim para ouvir mais uma vez, e ela sabia disso.

— Amo, muito, na mesma intensidade em que você me ama — dessa forma, ela se aproximou, tomando a iniciativa do beijo. Em seguida, deitou sua cabeça em meu peito.

— Eu senti tanta a sua falta.

— Eu também, Ian, de verdade.

— Desculpe por tudo o que eu fiz — pedi, mais uma vez.

— Pare de me pedir desculpas — ela se afastou e me deu um leve tapa, o que fez com que nós dois déssemos risada.

No momento seguinte, uma enfermeira entrou no quarto, e mesmo ela sendo bonita, eu não conseguia desviar os olhos de Angie, que parecia reluzir a alguns segundos atrás, e isso talvez tenha a deixado mais relaxada, já que eu vi que ela ficou desconfortável pelo fato de a enfermeira ser realmente muito bonita, e claro, não mais que o amor da minha vida.

— Olá, vim trocar o soro — a moça disse, abrindo um sorriso tão grande que até eu que não estava prestando atenção vi. — Ian, poderia prestar atenção, por favor? — ela pediu, sem parar de sorrir.

Prestar atenção em que? No seu decote? Não, obrigada.

— Eu gostaria que me chamasse de senhor Ledger, por favor, nós não temos intimidade suficiente para você me chamar pelo nome — eu pedi, tentando não ser muito rude. Vi seu sorriso morrer aos poucos.

— Claro, senhor Ledger — após isso, ela não disse mais nem uma palavra, até quando terminou de trocar o soro e saiu, pedindo licença.

— Que dó dela, Ian — Angie disse, rindo levemente.

— Dó? Ela estava se jogando para cima de mim, você viu, e eu não gosto disso — sim, é verdade, eu realmente não gosto.

— É, eu vi, pensei que você fosse deixar — ela baixou o olhar para as próprias mãos, analisando suas unhas.

— Ei, eu não faria isso, até parece que não me conhece — eu disse, observando ela levantar e ir até sua bolsa na cômoda, procurando algo dentro, que por fim não achou, já que não pegou nada de lá de dentro.

— Desculpe, você realmente não deixaria, mesmo se eu não estivesse aqui, você é bem reservado — ela disse, voltando a se sentar ao meu lado.

— Você sabe quando é que eu vou poder sair daqui? — eu perguntei, mudando de assunto e vendo ela ainda mexendo na unha.

— Não sei, quando eu cheguei você estava dormindo e o médico veio te ver, mas não disse nada sobre isso, apenas que é para você se cuidar melhor a partir de agora — mesmo olhando para mim, eu vi sua insistência em mexer na tal unha, e isso já está me deixando inquieto.

— Angie, pelo amor de Deus, o que é que tem nessa unha? — eu enfim perguntei.

— Ah, é que deu uma lascadinha do lado, e eu não trouxe lixa, isso está me dando nos nervos.

— Desde quando você tem toque com essas coisas? — eu perguntei, meio confuso.

— Desde sempre, você só não sabia porque não passamos tanto tempo juntos.

— Não passávamos, porque agora eu vou grudar em você igual leite em pó gruda no céu da boca — eu disse, tentando fazê-la rir, e deu certo.

Confesso que ouvir o som de sua gargalhada é uma das melhores coisas do mundo, com esse som maravilhoso eu pude sentir meu coração se aquecer. Agora, eu tenho total certeza de que estou com cara de apaixonado, mas e daí? Eu sou mesmo totalmente apaixonado por ela.

— Ian! Para de me olhar assim — ela disse, confirmando que eu estava mesmo com cara de bobo.

— Eu não consigo evitar — eu lhe respondi. Ela iria dizer algo, mas foi interrompida por Steven, que entrou no quarto.

— Ian, meu Deus, que bom que você acordou — foi a primeira coisa que Steven disse, se aproximando de mim.

— Eu estou bem, não precisa se preocupar.

— Bem? Ian você desmaiou na empresa, o médico disse que você não deveria ter ficado tanto tempo sem comer e dormir direito. Tem noção do que poderia ter acontecido?

— Eu sei que foi imprudência minha, okay? Mas eu tenho muito trabalho, e com tudo que estava acontecendo eu acabei me descuidando.

— Por falar nisso, vocês já conversaram?

— Já sim — foi Angie quem respondeu, sorrindo.

— E pelo menos se resolveram?

— Claro — eu respondi, sorrindo tanto que minha bochecha já estava começando a doer.

— Ai, graças a Deus, não estava aguentando mais, além de que eu iria bater nos dois se Ian viesse parar no hospital de novo.

— A culpa não foi dela — eu a defendi.

— Aham, okay. Mas e aí? Precisa de alguma coisa? — ele perguntou.

— Sim, de comida, estou morrendo de fome — os dois riram.

Nós três ficamos conversando por mais alguns minutos, até Steven dizer que precisava sair, mas que voltaria logo, eu lhe disse que não era necessário e que estava bem, tendo o reforço de Angie dizendo que ficaria ali comigo, e realmente ficou.

Agora, já meio tarde da noite, ela ligou para a amiga, avisando que ficaria comigo no hospital e que depois explicaria tudo. Depois de muito insistir, Angie aceitou se deitar ao meu lado naquela cama pequena, mas que aconchegou muito bem nós dois.

— Ian, eu queria falar com você sobre uma coisa — ela disse, ainda deitada sobre meu peito, sem me olhar.

— Pode dizer.

— É que da última vez que nos vimos você disse que ainda tinha faltado alguns Plays, e eu fiquei muito curiosa.

— Você não pesquisou?

— Eu fiquei com medo de pesquisar errado, e como eu não teria ninguém para me dizer se o que eu tinha visto era verdade ou não, decidi não pesquisar.

— Quer que eu explique? — ela assentiu. — Certo, só preciso me lembrar onde parei.

Eu analisei todos os plays mentalmente, repassando os que eu já tinha explicado, logo consegui localizar os que haviam faltado.

— Okay, Wax Play, já ouviu falar? — ela negou com a cabeça. — Ele é um tipo de temperature play, que é quando se estimula os neuroreceptores com sensações quentes ou frias. Eu posso, por exemplo, te estimular usando gelo, ou cera derretida de velas.

— A cera não me parece muito... Confortável — ela disse, meio preocupada.

— Diz isso porque não testou ainda, tenho certeza que vai mudar de ideia.

— Se você diz... — ela disse meio desconfiada, me fazendo rir.

— Continuando, o Wax Play é basicamente isso, nada complicado. E é totalmente diferente do BreathPlay, que de certa forma é bem perigoso. É algo que requer a total confiança do submisso e muita prática do dominador, e talvez você não tenha tanta confiança em mim para tentar, mas do mesmo jeito tem que saber dos riscos. O BreathPlay é a privação do ar, tem mais de uma forma de ser praticada.

— Eu confio em você — ela disse, me deixando radiante por ter sua confiança.

— Mesmo? — ela assentiu, olhando em meus olhos. — Bom, saiba que, se tentarmos, sua vida estará literalmente em minhas mãos.

— E quais são os riscos? Suponho que um deles seja... A morte...

— Supôs certo. E também, desmaios são comuns. Se o BreathPlay for praticado de uma forma na qual chamamos de estrangulamento, pode lesionar a traqueia, e dependendo da posição em que o submisso estiver e perder a consciência, ele pode cair e bater a cabeça. Se a oxigenação for interrompida por mais que o tempo limite, também pode gerar danos cerebrais irreversíveis. São inúmeros riscos.

— Nossa... — ela estava surpresa, consegui perceber. — Eu não sei se tenho coragem para testar esse.

— Você não precisa, é apenas importante que conheça as práticas e os riscos.

— Você já praticou?

— Algumas vezes, mas com um profissional do lado, e por esse motivo acho que não é bom nós tentarmos, pelo menos não até que eu esteja realmente apto para isso.

— Tudo bem — ela respondeu. — Eu gostei do Wax Play, parece ser bom.

— Quer tentar? — eu perguntei, curioso.

— Quem sabe depois que você se recuperar? — ela respondeu e sorriu.

Nós continuamos conversando, mudando de assunto diversas vezes, até que finalmente dormimos, e não tenho orgulho em dizer que eu fui o primeiro a dormir. Mas enfim, parece que finalmente nossas vidas vão entrar nos eixos, e eu torço fielmente para que isso realmente aconteça.

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