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O Passarinho Mais Bonito - Parte I


PROMPT

Yue Chi tem um crush no bibliotecário bonitinho que é Tai Fei, mas nunca se atreveu a chamá-lo para sair. Um dia, Yue Chi foi arrastado para um clube de strip. Yue Chi está resmungando por ter que ficar lá, até que seus olhos se encontram com os do melhor stripper do clube, que por acaso é Tai Fei.

Fonte: otpisms.tumblr.com

Estava entediado e sem ideias, traduzindo um capítulo quente de 2HA, e resolvi procurar um prompt nsfw aleatório para fazer com os personagens de CVA. Ótimo jeito de começar kkkkkk

Considerem isso um gostinho de como eu farei as cenas hot da novel~

E da qualidade do meu shitpost também.

Boa leitura!

Os dedos delicados do homem tremiam apertados ao redor daquela caneta, tentando ao máximo se concentrar no que tinha que escrever. A biblioteca não era para ser um lugar tranquilo de estudo? Como diabos conseguiria estudar daquele jeito?

Seus olhos azuis inevitavelmente subiam do livro e do caderno para a pessoa a poucos metros dali.

Delineavam os traços do corte elegante e preciso do terno azul-marinho que ele usava, os barulhos agradáveis de seus passos no carpete marrom escuro da biblioteca universitária, suas mãos esguias enquanto pegava e recolocava os livros nas prateleiras, os cabelos na altura dos ombros presos em um coque meio arrumadinho, meio bagunçadinho.

E aquele rosto doce, mas sempre sério, as sobrancelhas levemente franzidas por trás dos óculos retangulares enquanto lia as etiquetas dos livros.

Yue Chi era completamente doido por aquele bibliotecário desde seu primeiro dia na universidade, quando o viu caminhando todo apressado ao atravessar o grupo de calouros durante o tour. Tai Fei, era o nome dele.

Tai Fei, por sua vez, o odiava.

Yue Chi sempre foi uma pessoa um pouco desastrada. Derrubava livros e seus materiais o tempo todo, nunca conseguia abrir um zíper da mochila sem fazer barulho ou grunhir quando enganchava em alguma coisa, e nem vamos mencionar sua péssima mania de fazer um monte de "Ooh" e "Aah" enquanto lia.

Ele não seria um estorvo tão grande para um bibliotecário qualquer, não era nada que não pudesse ser resolvido com um shh! e ou algumas palavras gentis.

Mas Tai Fei não era um bibliotecário qualquer, ele era um bibliotecário nervoso.

Ele não sabia dizer se tinha feito algo em especial para despertar sua inimizade ou se ele de fato era irritante demais, mas se havia certezas nesse mundo essas eram que a noite viraria dia, que a vida viraria morte, e que o coração de Yue Chi não se importava com a irritação de Tai Fei. Derretia-se por ele mesmo assim.

Nessa sessão de estudos, ele estava particularmente desconcentrado, o bibliotecário parecia estar precisando resolver muitas coisas naquele andar e não saía dali. Em certo momento, os olhos cristalinos de Yue Chi não o deixavam mais, o livro foi totalmente esquecido. Apenas caçavam sua figura entre as prateleiras. E para sua (in)felicidade...

"Você...!"

O homem tinha uma expressão assustadoramente severa no rosto, e parecia segurar com todas as suas forças um rugido de leão na garganta.

Veio andando a passos irritados até a mesa, e inescrupulosamente agarrou seu antebraço.

Levantando o braço à força, Yue Chi percebeu então duas coisas:

Primeira, Tai Fei parecia ter uma tatuagem de coruja no pulso.

Segunda, a caneta de Yue Chi estourou e vazou um monte de tinta.

Mais especificamente, vazou um monte de tinta na página no livro que estava lendo.

Num tom quase inaudível, e por esse mesmo motivo sendo mais assustador do que se imaginaria, Tai Fei disse: "Saia daqui."

"Eu vou pagar!" Yue Chi protestou.

"É claro que vai. Guarde suas coisas e saia."

Debaixo daquele olhar tão austero e frio, sendo agarrado por aquela mão gelada ainda que delicada, Yue Chi apenas franziu as sobrancelhas e fez um beicinho. Parecia um cãozinho chutado.

Uma vez que teve seu braço solto, recolheu suas coisas de qualquer jeito, atirando tudo para dentro da mochila. Levantou-se, um sentimento esquisito em sua barriga quando viu o quão mais baixo Tai Fei era, e como ainda assim conseguia ser tão imperativo.

Ele virou de costas com a cabeça baixa, jogando a caneta estragada numa lata de lixo no caminho para a saída.

.

.

.

"Você precisa desencanar e deixar ele ir." Ma Lan meneou a cabeça, apoiando as mãos juntas em cima da mesinha da cantina.

"É, qualquer chance que você tinha com ele foi embora junto com essa grana que você vai ter que desembolsar num livro novo." Ma Ri ergueu as sobrancelhas, meio rindo, meio grunhindo.

"Não é justo! Eu estava distraído..." Yue Chi cruzou os braços, injuriado e ferido. "Que culpa eu tenho se ele é tão bonito e fica me rondando..."

"É só o bibliotecário, Chi-Ge. Tem pessoas mais bonitas nesse mundo, você acha uma mais fácil de lidar para preencher seu coração." Ma Lan sorriu de canto, apoiando o rosto nas mãos. "Eu vou num lugar com alguns amigos amanhã à noite, o que acha de ir com a gente? Acho que te ajudaria."

"Ahahaha!"

"O que foi?" Yue Chi arqueou as sobrancelhas com a gargalhada de Ma Ri.

"Nada. Eu sei onde ela vai te levar." A mais velha deu de ombros. "Se vai ajudar você a esquecer o Tai-Laoshi eu não sei, mas com o seu jeitinho fresco eu tenho certeza que pelo menos no hospital você vai parar."

"Céus, pra onde vocês vão?!"

"A-Jie é boba, não é nada disso. Você vai se divertir, Chi-Ge, confie em mim."

"E ela não vai junto?" Ele apontou discretamente para a baixinha invocada.

"Não é bem meu tipo de lugar."

Por algum motivo, ao falar, ela levantou sua garrafa listrada em preto, cinza, branco e roxo.

Ela queria dizer alguma coisa com aquilo?

O que todas elas queriam dizer com aquilo?!

"Por que haveria algum lugar onde Lan-Meimei pode ir tranquilamente, mas eu pararia no hospital? Que bobagem mais absurda, agora você vai ver, Xiao-Ma!"

O rosto da mulher imediatamente ficou vermelho de ódio. "Não me chama de Xiao-Ma..."

"Podem me buscar sábado à noite quando forem?"

"É claro. Se prepare, leve dinheiro em espécie."

Ele estreitou os olhos para Ma Ri, que apesar de ainda estar irritada com o apelidinho, continuava toda relaxada e tranquila com aquilo.

"Parar no hospital... que parar no hospital coisa nenhuma..."

.

.

.

"Me leva pro hospital, eu estou passando mal..."

Talvez aquela quantidade absurda de luzes piscantes vindas das laterais das paredes estivessem despertando alguma coisa estranha em sua cabeça.

Talvez fosse o odor pungente de álcool indo e vindo para todos os lados, e pior ainda saindo do hálito das pessoas.

Talvez fosse a música alta explodindo nas caixas de som, os graves vibrando fundo em seu peito.

Talvez fosse o arrepio de saber muito bem que aquele lugar era clandestino e que, a qualquer momento, ele, um rapaz tão correto e bonzinho, podia ser arrastado junto com todos aqueles outros boêmios por uma batida policial.

Ou talvez fosse apenas a visão extrema bem diante de seus olhos de uma garota quase completamente nua próxima de um poste de ferro em cima de um palco. Quase nua com a exceção de uma translúcida calcinha branca; um par de botas de vinil cor de creme, cujos saltos eram maiores que seu antebraço; uma tiara com grandes orelhas de coelhinho; e as mãos grandes de um cliente a apalpando por trás enquanto ela dançava no ritmo de uma música sensual.

Não ajudava também o fato de que o homem que dançava com aquela garota era um dos amigos de Ma Lan, que há pouco tempo conversava tão sério e sóbrio sobre seus cursos de filosofia no carro a caminho dali. Agora não mais tão sóbrio.

O cara ainda teve a pachorra de largar a garrafa de tequila na mão de Yue Chi antes de pular no palco. O olhar do rapaz estava completamente embasbacado.

"Lan-Meimei."

"Sim?"

"Por que achou que isso seria uma boa ideia?" Ele segurava a garrafa com as mãos completamente trêmulas.

"É saindo da sua caixinha que você aprende a se divertir." Ma Lan contornou o rapaz e apoiou as mãos em seus ombros. "Você precisava de um tranco. Espero que isso seja o suficiente."

"É o suficiente para me traumatizar!"

"Traumatizar com o que exatamente..."

"Ahm... Mmm!"

Ele estava completamente sem palavras, apenas gesticulando vagamente para todo o lugar.

"Eu quero ir embora!"

"Desculpa, Chi-Ge, não dá." Uma amiga de Ma Lan que estava logo atrás dela torceu o lábio. "As medidas de entrada e saída são muito restritas aqui, precisamos sair todos juntos no horário que eles indicarem."

"E quando vai ser esse horário?" Yue Chi suspirou, fazendo vento no próprio rosto com a camiseta.

"Em mais ou menos... duas horas é a próxima retirada." A garota respondeu.

"Duas horas?! Duas horas???"

Era como se o que quer que prendesse seu cérebro dentro da cabeça tivesse se desatarraxado e ele simplesmente rodopiasse no interior de seu crânio.

Sem saber mais o que dizer, ele apenas conseguiu apontar para o homem dançando com a stripper.

"E-E-Ele é seu namorado!!!"

A menina só deu de ombros, e continuou a tomar sua bebida como se nada.

Ma Lan meneou a cabeça, e olhou para Yue Chi. "Quer achar um lugar para sentar?"

"Por favor."

"Só tem perto do palco."

"...... Certo, certo, eu me viro, só quero ir, por favor..."

Ela então gentilmente o guiou até um sofá não muito longe dali. O palco ali na frente, ao contrário dos outros dois que Yue Chi tinha visto, tinha um rapaz dançando. Um homem alto e corpulento, fazendo movimentos firmes, charmosos, instigantes e predatórios como os de um tigre. Exalava tanta dominância masculina que Yue Chi ficou até sem graça, no meio de seu mal-estar, quase como se fosse atingido num nível pessoal.

"Aqui não é como nas KTVs." Ma Lan começou a explicar.

"Eu nunca fui numa KTV..."

"Certo, então só me escuta. Você não precisa fazer nada, só fique aqui e veja se algum menino chama sua atenção. Eu te juro, os meninos mais lindos da cidade estão aqui, você vai esquecer todos os seus problemas. Toma um drinque do bar e só fecha os olhos se você não gostar do que vê. Esse lugar é para relaxar também."

"Relaxar? Relaxar em que sentido?"

"No sentido que você quiser. Você trouxe dinheiro em espécie como eu falei?"

"Trouxe..."

"Se você gostar do menino que está dançando, você pode levantar e colocar o dinheiro no palco ou nas roupas dele se quiser, igual o Lu-Ge fez. Então, quando você dá o dinheiro, pode subir no palco. E se gostar muito, é só dizer para ele que quer uma privativa e vocês vão para um quarto isolado lá atrás por quinze minutos."

"Por que eu iria querer uma festinha privativa com qualquer pessoa aqui? Eu não faria nada desse tipo com um desconhecido!"

"Então só assiste. Só tenta se soltar e se divertir, Chi-Ge, você não precisa mais ser o menino perfeito do ensino médio. E eu sei que você já quer isso, então só estou dando um empurrãozinho."

A mulher então se levantou do sofá, com algumas notas de dinheiro em mãos, caminhando até o palco. Os olhos de Yue Chi ficaram completamente redondos quando os arregalou, vendo sua amiga jogando as notas no palco uma a uma, e finalmente o homem se aproximando para que ela prendesse a última na cueca vermelha...

Com um apoio da mão firme do stripper, Ma Lan subiu no palco com ele, e a partir daí, Yue Chi ficou muito feliz em seguir as instruções e fechou os olhos com força, fingindo estar em casa como Dorothy querendo sair da Terra de Oz.

Em poucos minutos, a voz feminina sensual de uma locutora em um alto-falante disse num tom risonho:

"É pessoal, parece que o espetáculo com o Tao-Tao para vocês foi curto, sentimos muito!"

Alguns grunhidos desagradáveis de homens e mulheres nos sofás próximos passaram por seus ouvidos, bem como os saltos de Ma Lan se aproximando rapidamente.

"Eu volto em quinze minutos!"

"Você vai me deixar aqui sozinho?!"

"Eu sei que você não é o tipo que arruma briga, hm!" Ela disse rindo, finalmente se deixando guiar até um lugar nos fundos pelo stripper, sumindo numa pequena aglomeração de pessoas...

Yue Chi bufou, olhando para os lados e se sentindo não só desconfortável com todas aquelas coisas obscenas tão de repente, mas também um intruso em algum lugar onde não devia estar...

Por que aquelas pessoas iriam querer um rapaz certinho como ele ali no meio? Provavelmente acabaria atrapalhando e estragando tudo...

"Por favor, recebam a graciosidade de uma garça e a intensidade de um falcão com Canghe..."

Nisso, as pequenas vaias ao redor se transformaram em aplausos e assovios. Inevitavelmente curioso, Yue Chi abriu os olhos.

E em seu campo de visão, a primeira coisa que se destacou foi um par de longas e suaves pernas caminhando para o centro do palco, parando em uma posição elegante, mas tão, tão, tão sensual ao lado do poste de ferro.

O rapaz não era fortão como o outro stripper. Ele tinha uma figura longilínea e suave, sua silhueta numa pose que lhe fazia parecer extremamente vulnerável. Mas qualquer um saberia pela simples aura que ele exalava, que ele era como uma lindíssima flor venenosa. Era impossível não se encantar com sua beleza estonteante, mas tudo nele era intoxicante.

Suas poucas roupas consistiam em um par de botas estilo coturno com um salto moderado, dando a suas pernas uma aparência ainda mais longilínea. Essas pernas se estendiam completamente nuas até um minúsculo short de vinil, contornando com luz todas as pequenas curvas e volumes à frente e atrás.

O torso dele, curiosamente, estava coberto. Mas definitivamente não por muito tempo. Ele usava uma blusinha preta simples, as mangas indo até a metade de seus antebraços brancos. Suas mãos eram também cobertas, por um sensual par de luvas de couro. Fechando aquela fantasia simples, mas tão intrigante, estava uma pequena boina francesa em sua cabeça.

E seu rosto? Oculto, por uma máscara preta ao redor de seus olhos.

Uma nova música então começou. Um ritmo que estava no limiar entre o eletrônico e o clássico. A voz sexy de uma moça francesa sussurrava palavras gentis num timbre rouco, conforme as batidas guiavam o corpo do dançarino. Ele parecia fazer de tudo um pouco, e Yue Chi não conseguia simplesmente não se encantar com cada centímetro.

Em certo momento, ele apanhou um leque no chão que se estendia num tecido esvoaçante de seda vermelha. Em movimentos suaves e hipnotizantes, ele desenhava no ar com a seda, ocultando uma parte ou outra de seu corpo por trás do tecido que era como água ao seu redor.

Com as ilusões do leque, sem que ninguém percebesse, ele saltava do palco para o poste. Com as ilusões do leque, sem que ninguém percebesse, ele virava de ponta-cabeça, deslizava com o corpo sinuoso pelo ar como se pudesse flutuar e pousava no palco com a graciosidade de um gato. E com as ilusões do leque, sem que ninguém percebesse, ele o derrubou de volta ao solo, revelando seu torso completamente nu.

Sem que ele mesmo percebesse, Yue Chi liberou um suspiro surpreso, e começou a aplaudir feito um bobo a performance daquele homem tão fascinante, tão erótico.

Teve a impressão de ver um pequeno sorriso surgir em seu rostinho angelical, lançado a ele.

Mas devia ser só uma mera impressão.

Uma chama feroz se explodiu dentro de si quando o rapaz se inclinou de lado sobre o palco, delineando as mãos ao redor das próprias pernas bem lentamente. Era como se quisesse denunciar somente com seus gestos para todos ali o quão saboroso era, e o que perdiam por não estar com as mãos enterradas naquela carne macia agora mesmo.

Yue Chi tinha um olhar fixado e quase desamparado nas coxas e bunda do rapaz, cada movimento parecia ser feito especialmente para atraí-lo, para enfeitiçá-lo, ele era quase um demônio sexual nascido somente para ele, moldado e fundido exclusivamente aos seus desejos mais obscuros. Para ser moldado e fodido exclusivamente pelo seu desejo mais ardente.

Mas não era.

E isso ficou bem claro quando uma moça da plateia rapidamente jogou suas notinhas de dinheiro no palco e prontamente subiu para acompanhá-lo.

Naquele momento, o coração de Yue Chi se encolheu e murchou feito uma uva passa.

O chão sob seus pés despencou e subiu aos céus ao mesmo tempo. Se sentiu arrastado, esticado, dobrado, amassado, tudo simultaneamente com um simples vislumbre, e ele apenas fechou os olhos.

Ele não sabia e nem queria dizer, mas preferia fingir que sua fantasia nunca havia morrido. Preferia fingir que todo aquele bar estava vazio e que aquele rapaz dançava apenas para ele. Preferia fingir que aquele corpo pertencia a ele e que o trabalho do homem não era entreter o máximo de clientes possíveis ali presentes, que ele era todo seu.

Então, algo brilhou no fundo de sua mente.

Ele abriu os olhos, mas evitou observar o que se passava no palco. Apenas viu quantas notas a mulher atirou ao chão. Cinco.

Yue Chi, por sua vez, era uma pessoa muito inocente, mas muito precavida. Em sua carteira, havia um gordo bolo de dinheiro.

Que tipo de instrução vaga é "traga dinheiro em espécie"? Ele simplesmente trouxe quase tudo que tinha em suas economias do último ano.

E sem pestanejar, num ato do qual provavelmente não se orgulharia nem um pouquinho no futuro, Yue Chi se levantou do sofá e colocou o bolo inteiro de dinheiro no chão.

Os olhos do stripper imediatamente brilharam com intensidade, e a garota que subiu ao palco com ele se desesperou.

"Desculpe, querida, o dever chama." Ele disse, apenas ela conseguindo ouvir com aquela música alta. Mas ela nem mesmo conseguiu se enfurecer, com aquela voz de veludo e aquele jeitinho charmoso. Ele se distanciou

Os olhos de Yue Chi acompanharam cada movimento das pernas longas conforme elas se aproximaram, e ele já se apoiava na beirada do palco para subir, quando foi gentilmente parado por um par de dedos cobertos com couro, pressionando o topo de sua cabeça.

"Não, não. Volte para o sofá."

Yue Chi franziu as sobrancelhas, preocupado.

Será que ele se ofendeu?

Aquilo era muito dinheiro, o tipo que se dá a um prostituto, é claro que ele se ofendeu!

Oh não... Eu sabia que eu ia estragar tudo, esse tipo de lugar é péssimo pra gente como eu... E cadê essa Ma Lan que não volta?! Ela podia certamente me salvar nesse momento.

Totalmente complacente e com medo de estragar as coisas mais ainda, Yue Chi apenas caminhou para trás e se sentou de volta no sofá.

E então, para a sua plena, extrema e impactante surpresa, o misterioso rapaz veio se sentar em cima de seu colo.

Virado de frente para ele, cada uma das pernas dobradas em seus lados, e seu peso agradável, o rapaz sentindo contra as nádegas todo o efeito que tinha sobre o corpo de Yue Chi.

"Que cabelo legal, é tão diferente..." O rapaz sorriu, inescrupulosamente acariciando suas mechas curtas e prateadas, tirando alguns fios da frente de seu rosto, e acariciando-o com a outra mão enluvada. "E que rostinho mais lindo. Olha só, você não me é estranho, será que nos conhecemos?"

As bochechas de Yue Chi imediatamente se esquentaram... "Definitivamente não deve ser mais do que o seu. E eu acho que me lembraria de alguém como você..."

"Ah! Awwwwnnnn~" A voz doce e com aquela terrível rouquidão charmosa caminhou para seus ouvidos com aqueles sons, e em mais uma surpresa, ele se inclinou para frente, lhe dando um beijinho na bochecha e outro na têmpora. "Riquinho fofo, o que você quer comigo, hm? Ficou com ciúmes? Agora eu sou todo seu, tem toda a minha atenção."

"Eu... Eu... Eu não sei..."

O rapaz pendeu a cabeça um pouco para o lado, e sem nada dizer, ele levou a canhota até a boca, mordendo a base de sua luva, e lentamente tirando-a, revelando a pele lisa, alva e as curvas elegantes e esguias de seus dedos. Então, num floreio suave e ágil, ele deslizou aqueles dedos por baixo de seu braço, enlaçando-o habilmente entre as falanges até segurá-lo no pulso.

Havia algo de familiar naquele toque...

Mas não teve tempo de pensar, quando ele guiou sua mão direita para pousar bem em cima da própria bunda.

"É sua primeira vez aqui, eu sei que é. Canghe vai cuidar de você, não precisa ter medo de mim. E não precisa ser tímido." Ele sorriu, a curva graciosa de seus lábios tendo uma aparência doce. Tanto de jeito doce, quanto de sabor doce. Yue Chi via aquela boca e tudo que ele queria era tê-la entre seus lábios, seus dentes, sua língua, saboreá-la como a sobremesa deliciosa que devia ser.

Os dentes daquele sorriso então se fecharam na base da outra luva, e fez o mesmo trajeto para levar sua mão esquerda até o traseiro.

O rapaz então se afundou mais uma vez em cima de seu desejo completamente duro, começando um movimento circular e lânguido ali em cima, tão intenso que Yue Chi sentiu como se sua cabeça girasse e seu coração parasse por tanto prazer. Sem perceber, ele apertou a carne macia debaixo de suas mãos. Deslizou e sentiu cada parte enquanto o outro se movia em cima de si.

"Mmm... Meu riquinho fofo, que delícia... se eu soubesse que tinha um cliente assim na casa eu nem precisaria de todo aquele dinheiro para vir aqui sentar em você. Safado, continua."

Suas palavras, tão traiçoeiras e inescrupulosas, tão vulgares, eram absurdamente intoxicantes para Yue Chi. Ele não precisava de drink nenhum, apenas a voz daquele rapaz era como o licor mais forte e seco de todo o mundo, queimando por sua garganta, queimando seu coração e cada parte de sua pele. E tão viciante, essa queimação só poderia ser aliviada pelo toque daquele corpo. Ele mal conseguia acreditar que alguém tão perfeito estava em seus braços, ele faria qualquer coisa que ele quisesse para que não saísse dali.

Suas mãos continuaram explorando suas coxas, suas costas, sua bunda, seus braços, seu peito e seus mamilos, se extasiando profundamente ao ver o suspiro que o rapaz soltou quando o tocava aqui ou ali. Aos poucos, o stripper endireitava sua coluna e esticava seus braços, antes só apoiados no sofá, e o que fazia em cima de Yue Chi se tornou seu próprio espetáculo especial, as pessoas em volta não mais perdiam o interesse.

Uma pequena aglomeração ia em volta dos dois, sorrindo, assoviando e berrando junto com a música e com os movimentos ousados tanto do corpo do rapaz quanto das mãos de Yue Chi.

Suas sobrancelhas franzidas, um fogo incendiando seus olhos cristalinos, Yue Chi segurou firmemente a cintura do rapaz e o puxou para mais perto de si, murmurando então para ele: "Posso usar a minha boca?"

Canghe soltou um risinho e teve vontade de beijar a testa do outro de novo com todo aquele cavalheirismo. "Meu riquinho bobo, pode sim. Só não me morde, por favor."

"Não vou te morder..." ele sussurrou, mais para si mesmo do que para o rapaz, e seus lábios imediatamente exploravam o torso nu do homem, saboreando com a língua aquela pele que era ainda mais maravilhosa do que tinha imaginado.

Tudo aquilo ao redor era completamente invisível, aquela música e aqueles berros eram um ruído branco, comparados aos sons que o rapaz fazia em cima de si, a pressão dele em cima de si, tudo que ele era em cima de si.

De repente, num momento em que o rapaz apoiou as mãos nos joelhos de Yue Chi e se curvou para trás, uma coisa molhada choveu em cima dos dois!

"Ah! Ei!" Yue Chi reclamou, sua expressão feroz na direção de onde veio, o cheiro de álcool intenso invadindo suas narinas. Algum imbecil achou que seria legal jogar vodca nos dois.

"Ei, shh, shh, está tudo bem, hehe~" O rapaz se endireitou, sorrindo para Yue Chi e acariciando seu rosto com suas mãos frias, tão contrastantes em toda aquela sensação ardente, e que só tornava isso tudo melhor ainda.

"Você está bem?"

"Você não cansa de ser bonzinho?" Canghe retrucou, franzindo os lábios ao sentir a umidade do álcool em sua cabeça. A boina francesa estava completamente enxarcada.

Então, no que foi talvez um dos maiores encantos da noite para Yue Chi, o stripper tirou sua boina e a atirou para um canto qualquer, liberando todos os cabelos que estavam escondidos debaixo deles. Negros, brilhantes, pareciam tão macios. Estavam bagunçados, mas com toda aquela figura, toda aquela presença, eram mais charmosos do que qualquer penteado recém-saído de um salão. Eles caíram sobre seus ombros, delinearam seu rosto, brilharam sob a luz azul e rosa do clube.

Yue Chi imediatamente levou uma de suas mãos até sua nuca, acariciando aqueles fios e sentindo-os como seda entre seus dedos, tão finos e suaves como vapor. Mesmo que levemente úmidos, era um toque tão agradável. Sem resistir, ele fechou a mão num punho e os puxou um pouco, vendo aquele homem com uma presença tão dominante e arrogante se derreter um pouco em seu colo.

Seu deleite foi tanto que quis simplesmente carregá-lo para longe dali, brincar com seu corpo de todos os jeitos que podia imaginar, e fodê-lo até não conseguir falar nem mais um "riquinho" direito. Torná-lo completamente dele, sentir cada parte daquele homem absolutamente perfeito se rendendo ao seu prazer.

Não conseguindo se conter e quebrando um pouco aquele personagem, o rapaz cobriu o rosto com o punho, segurando na garganta um gemido mais profundo que certamente seria muito mais humilhante do tudo ao que já havia se proposto em público. Tudo aquilo já era nível de uma sessão privativa, não devia estar fazendo aquilo! Mas poxa vida, o que mais seria digno de retribuir àquele homem a salvação que ele lhe trouxe?

Subindo os olhos para observar seu rosto, Yue Chi abriu um pequeno sorriso involuntário quando o viu se segurando.

Mas então, esse sorriso se desmanchou quando viu o pulso do rapaz.

Uma tatuagem de coruja.

De repente, aqueles cabelos eram extremamente familiares. Aqueles lábios rosados, aquele queixo suave, o vislumbre daquelas sobrancelhas por baixo da máscara, os delineados elegantes de suas mãos magras. Tudo aquilo era familiar.

Antes que o rapaz pudesse continuar seu show, Yue Chu segurou seu pulso. Surpreso, o menino baixou os olhos para ele.

E balbuciando, seus olhos arregalados e as sobrancelhas cinzentas quase unidas na testa, Yue Chi perguntou: "T-Tai Fei?"

O sorriso charmoso do rapaz congelou no rosto.

Ele levou alguns segundos em finalmente reagir.

E quando reagiu, ele sorriu mais ainda. Só que dessa vez... não se parecia tanto com o mesmo sorriso sedutor que antes tinha.

'Canghe' gentilmente segurou-o no braço e saiu de seu colo num movimento rápido, puxando-o para se levantar do sofá junto consigo.

"Certo, pessoal, acho que o show acabou para vocês. Vamos continuar isso aqui lá no privativo, obrigado."

Reclamações e resmungos vieram de todos os lados, e por um segundo Yue Chi teve medo de que os mais bêbados viessem agredi-los. Mas a caminhada elegante e graciosa do rapaz enquanto o puxava atrás de si parecia simplesmente espantar todos, abrindo caminho por onde passavam.

Em aparência, ele era o mesmo. Seu rebolado charmoso, as pernas longas levemente brilhantes com o suor, seu queixo erguido intimidando os demais, invejosos por não terem sido os escolhidos da noite. Mas Yue Chi sabia muito bem que aquilo era apenas a aparência.

E soube ainda melhor quando, atravessando a porta cor-de-rosa de uma das três salas privativas, ele imediatamente sentiu seu braço sendo dobrado e empurrado para trás, e seu corpo sendo pressionado com uma força espantosa contra a parede.

"Quem é você?"

A voz que o chamou não se parecia em absolutamente nada com aquele timbre aveludado e gentil que o encantou por toda a noite. Não.

Ele era glacial e apenas glacial.

Sem ter sua resposta, Tai Fei dobrou seu braço com ainda mais força. Mais um pouco e seu ombro se deslocaria.

E para seu maior desespero, Yue Chi viu uma faca dobrável cintilar ao lado de seus olhos.

"YUE CHI! Yue Chi..."

"Eu não quero saber o seu nome, filho da puta, eu quero saber de onde é que você veio."

"E-Eu sou estudante na universidade, Tai Fei... D-D-D-Do curso de f-filosofia... Por favor, não arranque os meus olhos com essa faca, eu preciso muito deles!"

"Yue Chi do curso de filosofia..."

De repente, a luz branca dentro do cômodo se acendeu, e suas feições ficaram completamente claras para o outro. A verdade também se clareou como o dia. Sua pele tão pálida, seu rosto ovalado, seu nariz suave, seus olhos estreitos e azuis, os cabelos prateados da família Dong...

"Você! O estrupício imbecil da biblioteca!"

"Estrupício...?"

"Fica fazendo barulho, derrubando coisas, bagunçando tudo na minha biblioteca! Desgraçado, eu sabia que tinha alguma coisa esquisita em você me olhando, seu stalker maluco!"

"Eu não sou stalker!"

"Ah, entendi... O reitor mandou você me vigiar, não foi?! Ou foi o chefe do departamento? Desembucha."

"Ninguém me mandou vigiar ninguém! Minha amiga me arrastou pra cá, eu nem queria estar aqui! Me solta, por favor!"

"É, eu percebi que não queria..."

"É sério! Eu não queria, eu odeio esse tipo de lugar, eu fiquei preso por causa do horário e você... por favor, me solta, eu não vou contar para ninguém..."

"Por que eu deveria acreditar em você?"

Yue Chi tentou murmurar uma palavra ou outra, tentou balbuciar algo, mas todos aqueles sentimentos eram demais para ele e simplesmente não conseguiu. Tai Fei apenas conseguiu ouvir alguns soluços baixinhos e assustados.

Alguma coisa se remexeu dentro dele ouvindo aquilo, e afastou um pouco a faca. Cuidadosamente andando para o lado, viu que aquele homem estava chorando contra a parede!

Revirando os olhos e se xingando por dentro, o stripper-bibliotecário finalmente soltou o braço de Yue Chi. O outro imediatamente recolheu-o consigo e se virou de costas para a parede, chiando de dor e ainda chorando de medo.

"Que ridículo, olha só pra você! Olha o seu tamanho, se quisesse poderia me quebrar no meio e eu não conseguiria fazer nada. E está aí chorando igual uma criança." Tai Fei arrancou a própria máscara, sua expressão completamente enojada diante daquele homem. "Não precisa falar mais nada, eu acredito em você. Agora para de chorar, imbecil mimado."

Yue Chi tinha os lábios trêmulos, e secou algumas de suas lágrimas com a manga da jaqueta, enquanto observava Tai Fei se distanciar a passos irritados, vasculhando pelas gavetas de um pequeno aparador ali perto. Achando um elástico, ele prendeu os cabelos num coque improvisado, muito parecido com o que sempre usava na biblioteca. Era estranho vê-lo daquele jeito do pescoço para cima, mas com aqueles acessórios de stripper dos ombros pra baixo.

Então, de repente, Tai Fei simplesmente se apoiou na parede em um braço esticado, e ficou encarando o nada com olhos vazios.

Não havia sensualidade, não havia raiva, não havia frieza, não havia nada. Absolutamente nada.

"Tai Fei... m-me perdoe..." Yue Chi começou, um tanto desajeitado. "Me desculpe por ficar olhando você na biblioteca, me desculpe pelo barulho... e me desculpe por hoje... eu me distraí... você é muito bonito, não consigo te ignorar."

Então, o olhar vazio para a parede se voltou para Yue Chi com uma expressão complicada.

Indecifrável.

Estreitando os olhos, Tai Fei apenas disse: "Eu sei que sou bonito, estou aqui por isso, não estou?"

Yue Chi não soube o que dizer. Seu olhar sério ainda parecia tão firme e impenetrável, e mesmo com palavras tão rudes, ele não conseguia decifrar o que Tai Fei devia estar pensando. O outro fechou os olhos, soltando um longo suspiro, e caminhando até o sofá preto no centro da sala. E como um cachorrinho, Yue Chi foi andando atrás.

Enquanto um estava sentado no sofá, suas pernas longas cruzadas uma sobre a outra, o outro estava ajoelhado à sua frente, seus olhos sem saber se encaravam seu rosto ou admiravam aquelas pernas...

"Tai Fei, eu..."

"Você não precisa me falar esse monte de bobagem. Nada disso importa."

"Mas é o que quero fazer..." Ele franziu as sobrancelhas, ousadamente colocando as mãos sobre o joelho do outro. "Vi você pela primeira vez quando estava no tour pela biblioteca e não fui capaz de te tirar da minha cabeça... eu não queria assustá-lo, te olhando daquela forma por todo esse tempo... deve ser desagradável precisar lidar com esses pervertidos aqui de noite, não precisa de mim encarando e atrapalhando você de dia também. Não vou mais te incomodar, prometo."

Tai Fei pendeu a cabeça um pouco para o lado, olhando aquele rapaz literalmente ajoelhado aos seus pés. Vendo-o de cima daquela forma, sua expressão parecia, de alguma forma, ainda mais penosa.

Quando o via na biblioteca, observando-o por trás das capas dos livros, sempre pensou que fosse algum tarado louco que algum dia o atacaria. Foi o que pensou quando percebeu que era ele, agora há pouco. Mas naquele momento, vendo aquele rostinho tão cheio de culpa, ele certamente não podia ser nada mais que um rapaz perdido.

"Hah, não se preocupa com isso." Ele descruzou as pernas, e então Yue Chi tinha uma mão apoiada em cada joelho, seus polegares discretamente acariciando sua pele. "Você não me assusta. Eu estou acostumado..."

"Não é bom que esteja." Yue Chi retrucou, torcendo um pouco o lábio. Ele se ajeitou um pouco, e continuou a falar: "Eu gostava muito de te ver segurando os livros. Os outros bibliotecários sempre levavam eles em caixas ou em pilhas grandes, mas você os carrega nos braços. Sempre leva menos livros, mas parece que tem mais carinho por eles. Eu gostava de te ver sorrir quando pegava algum livro que gostava... você tem um sorriso encantador."

Tai Fei soltou um riso pelo nariz. "Idiota..." Ele revirou levemente os olhos. "Que bom que Canghe estava aqui para saciar a sua sede pelo Tai Fei, então."

"Eu não tinha sede por você... quer dizer, eu não posso mentir para você depois de hoje, mas antes... ah, eu não sou bom com essas coisas, me desculpe..."

"Eu entendi. Shh, eu entendi." Tai Fei deu alguns tapinhas em sua cabeça, e quase riu ao ver o rosto do outro ficando vermelho. Ele já era péssimo em conter suas emoções, mais aquela pele tão branca, Yue Chi virou basicamente um morango.

Os dois permaneceram assim, em silêncio, por alguns minutos. As mãos de Yue Chi sobre os joelhos de Tai Fei, que tinha os braços cruzados.

E depois de alguns minutos, as mãos do rapaz saíram de seus joelhos, descendo até seus tornozelos.

Tai Fei achou estranho, mas não protestou. Yue Chi gentilmente segurou um de seus pés, e puxou o cadarço do coturno.

"O que você tá fazendo?"

Yue Chi permaneceu sem resposta, apenas fez o mesmo com o outro pé, tirando ambos os coturnos.

"Você deve estar em pé há um bom tempo. Quero te fazer uma massagem. Tudo bem?"

Tai Fei arqueou as sobrancelhas. "Você já tirou minhas botas e só pergunta agora?"

Ele considerou aquilo como um 'sim', e se pôs a apertar gentilmente seus pés. Não ousou tirar suas meias, achou que seria absurdo demais, e Tai Fei não pôde conter um riso fugaz. Mesmo depois de tudo naquela noite, esse menino ainda tinha tanto respeito por sua pureza inexistente.

"Eu só estou falando essas coisas porque há muito tempo eu quero te dizer tudo isso. Eu não espero que me dê outra chance, só quero que saiba o que eu sinto. E eu admiro você mais ainda agora."

"É sério? Por quê?"

"Seríssimo. Aqueles caras jogando bebida em você... e outras coisas que eu vi lá fora..." Ele franziu as sobrancelhas. "Esse realmente não é meu tipo de lugar... eu literalmente não consigo imaginar as pessoas nojentas que já vieram aqui e as coisas horríveis que já fizeram contigo. E você precisa fingir que gosta... eu contribuí com isso, estou me sentindo mal... eu respeito e admiro muito você. Não vai mais precisar se incomodar comigo depois de hoje."

"Eu não fingi."

A cabeça de Yue Chi se ergueu rapidamente, os olhos azuis arregalados.

O coração de Tai Fei saltou uma batida (assim como o do outro), mas ele prosseguiu:

"Quer dizer, não com você." Ele completou. "Tem razão. As pessoas não são gentis comigo. Mas você é. Eu sou sortudo, qualquer um aqui pagaria para passar a noite com um cliente como você. E ainda por cima você é fofo, bonito e gostoso, não há quem não goste."

Tai Fei se divertiu vendo o rosto de Yue Chi se avermelhando outra vez...

"E você tem boas mãos, para um iniciante." Ele suspirou, afundando um pouco no sofá. A massagem não era nem muito apertada, nem leve demais, era apenas perfeito. Os dedos de Yue Chi abraçavam os lugares corretos nos encaixes certos. "Queria que fosse habilidoso assim na biblioteca também, para parar de encher o meu saco."

"Você me distrai, eu fico desengonçado, o que posso fazer?" Ele fez um biquinho, se sentindo injustiçado.

"De todo jeito, obrigado pelo dinheiro. Pode pegar um pouco de volta. Metade é o suficiente para eu poder... bem, só pegue. Eu coloquei dentro da bota."

"Nem pensar, é seu."

"Eu não preciso disso tudo."

"Então gaste com coisas supérfluas como todo mundo!"

"Céus, você é teimoso também, não é? Eu vou reconsiderar o que eu——"

De repente, interrompendo a fala de Tai Fei, as luzes brancas da sala ficaram vermelhas. E do som abafado do lado de fora, sirenes e gritos vieram em profusão.

"O que é isso?!" Yue Chi se assustou, soltando os pés do outro.

Sem respondê-lo, Tai Fei apenas pegou seus coturnos e começou a colocá-los de volta, levantando-se e correndo até o aparador para colocar a máscara de volta. E além dela, ele pegou uma máscara de proteção, atirando outra na direção de Yue Chi!

"O quê... Tai Fei, o que está acontecendo?!" Yue Chi se levantou com um pouco de dificuldade, o rosto totalmente coberto do outro se virando para ele em seguida, e dizendo só uma palavra, que fez subir arrepios por sua espinha:

"Polícia."

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