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033

Quando Amber chegou no bar, ela largou a bicicleta no chão e levou as caixas até o balcão, deixou no chão ao lado do mesmo, esperando que Joel saia da cozinha para avisar.

── O que faz aqui? - Joel perguntou franzindo as sobrancelhas e olhou para as caixas

── A Ivy me disse que você esqueceu as caixas de isopor e precisava delas.

── Não. Eu não preciso. - Disse confuso, e a garota buscava entender o que estava acontecendo ── Ah, o Dimitri tem caixas aqui..

── Então porque..

── Ela provavelmente tá tirando uma com a sua cara. - Seu risada

── Eu vou matar a Ivy, aquela ordinária. - Se virou furiosa, pensando na conversa repentina que a mais nova iniciou sobre os Cameron e ter feito ela sair de casa

── Não se esquece de dar o jantar pra ela depois de cometer o crime. - Joel ironizou, avisando alto para a garota ── E janta também, não dorme de barriga vazia, viu?

Amber sorriu balançando a cabeça com as palavras do Homem, ela admirava o fato do padrasto se importar e ser mais atencioso com ela e com ivy, do que os próprios pais.

── Não acredito nisso! - Amber revirou os olhos vendo Rafe encostado no carro em frente ao bar e apressou os passos para fugir dele

── Amber, Espera! - Ela foi parada pela mão do maior envolvida em seu pulso

── Não. Você mandou minha irmã fazer isso. - Puxou a mão tentando voltar a caminhar, alguma gotas de água começaram a cair do céu e as mãos do Cameron agarraram sua cintura puxando-a para trás ── Me solta, Rafe!

── Olha, pedir ajuda pra sua irmã foi a única solução pra conseguir falar com você. - Dizia enquanto apertava o corpo da garota que tentava se soltar a todo custo

── Ta bom, me solta e eu te escuto. - Ela sentia o peitoral de Rafe contra suas costas e assim que disse isso não sentiu mais

Amber olhou para ele lentamente e tentou correr, mas Rafe a agarrou novamente fazendo seus pés saírem do chão, levantou o corpo dela com total facilidade e a puxou para ele de novo.

── Isso é sequestro, sabia? - A garota exclamou

── Eu só quero conversar com você! Pode parar de complicar tudo?

── Porque quer conversar com o seu.. Como você falou mesmo? Depósito de porra!? - Ela tentava afastar a mão dele de sua cintura

── Eu falei aquilo da boca pra fora porque você me ofendeu primeiro. - Se justificou, abrindo a porta do banco de trás ── E os dois foram infantis, mas agora estou tentando conversar.

Ela pesava o corpo para dificultar Rafe de guiá-la para dentro do carro, mas muito pelo contrário do que achou, não tornou difícil.

── Eu vou parar, não vou tentar fugir de novo, então pode me soltar. - Pediu acalmando a voz

── Beleza, primeiro deixa eu trancar a porta e ai te solto. - A mão dele ainda está ao redor do pulso da garota e ele sentou-se ao lado no banco se inclinando para travar as portas

Quando o carro estava bloqueado e livre das fugas de Amber, ele a soltou vendo a mais nova se afastar dele sem manter contato visual. Rafe se culpou pelo que falou, por suas palavras terem sido duras demais e magoado a garota.

── Fala logo o que você quer.

── Ser sincero com você, o plano A não deu certo então vou tentar de outra forma. - Disse fazendo a garota olhar confusa

── Do está falando?

── Quero contar tudo e por mais que seja óbvio, você é lerda demais pra perceber. - Sorriu fraco e viu a garota revirar os olhos, o que fez seu sorriso desmanchar ── É. Eu sei que você me odeia. Não posso julgar porque sempre fui um babaca com você, quando deveria ser a única que eu poderia tratar bem.

── E porque? - Olhou para o loiro cruzando os braços e encarando os pés inquieto, ela sabia o porque, mas queria saber se ele seria sincero.

── Eu gosto de você. - Rafe disse de repente, o olhos de Amber subiram até ele mas desviaram no mesmo instante.

── Não diga isso. - Murmurou pensando que ele já falou isso a uma semana atrás

── Na verdade, já faz um tempo. - Ele apenas respirou fundo e continuou dizendo ── Nunca me aproximei porque você era nova demais, mas eu odiava ver você com os outros caras.

── O que?

── Eu via o jeito que olhavam pra você, conseguia saber o que queriam, até as partes nojentas de quando olhavam pro seu corpo e.. - Suspirou

A garota abaixou o olhar encarando as minhas mãos, bom, ela sabia que a maioria dos garotos só enxergam o corpo das garotas e comentam com os amigos, isso não é nenhum segredo e Amber nem se chocou quando ouviu.

Mas ela reparou que os garotos da escola já não falavam mais dela, tipo, sempre pegava eles comentando abertamente na frente de todos como uma forma de julgamento até para as próprias garotas, mas não com a Monroe.

── Olha, nenhum namoro ou ficante seu não deu certo na escola por culpa minha, beleza? Não tem nada de errado com você, Amber. - Rafe confessou e ela franziu o cenho

── O que você fez? - Seus olhos alcançaram o Cameron e ela parecia incrédula

── Os caras que tentavam se aproximar de você, eu ameaçava eles. - Soltou a bomba fazendo-a abrir a boca sem reação

── Você o que? - Soltou um riso ── Rafe, eu.. - estava incrédula, desacreditada ── Inacreditável, você é inacreditável.

── Não suporto te ver com outro, beleza! Eu fico maluco só de pensar alguém tocando ou beijando você. - Passou as mãos pelos cabelos

Amber estava sem saber o que dizer, ela nunca pensou ser alguém que Rafe Cameron poderia gostar, ele é literalmente o cara que toda garota daquela ilha quer e parece ser exigente demais quando se trata de uma mulher. Ela não acredita que o mesmo está confessando isso.

Meses atrás, quando estava voltando das férias, Amber se encontrava apaixonada pelo melhor amigo de infância, uma paixão platônica que estava corroendo sua dignidade, mas agora está no banco de trás do carro de Rafe ouvindo ele falar o quanto gostava dela.

── Desde quando você gosta de mim? - Perguntou quebrando o silêncio

── Quando a Sarah te chamou pra festa de pijama no seu aniversário de quinze. - Respondeu sem rodeios ── Eu sei que você era muito nova, e ainda é um pouco, mas pelo menos tentei esperar.

── Uau! - Ela suspirou ── E até quando iria esperar? Tipo, você diz como se não tivesse se envolvido comigo no tempo que queria.

── Queria esperar você completar pelo menos dezoito. - Disse ── Eu iria tentar me aproximar e te fazer sentir algo por mim também, mas ouvi as conversas que você tinha com a Sarah e não podia deixar acontecer.

── Espera! O que?

── Não foi porque eu quis. - Rafe disse, mas Amber não acreditava totalmente ── Mas acabei ouvindo você comentar sobre querer dar um passo na relação com o pogue.

── Você é um trapo fofoqueiro, sabia? - Amber olhou-o incrédula

── Hum, tanto faz.

── Eu não me sinto confortável com você me dizendo isso. - A garota jogou na cara do Cameron vendo seu olhar desviar ── Tipo, Rafe é quem mais me trata mal. O kook que em toda oportunidade de ser um babaca comigo, ele não perdia nenhuma. Esse é você. É assim que eu te vejo e sempre te vi. Por isso..

Ela estava mentindo. Bom, no começo de tudo, ela se sentia mesmo desconfortável, mas agora não. Isso é um pensamento antigo que Amber insiste em trazer para o momento.

Rafe respirou fundo e se endireitou no banco soltando o ar de seus pulmões. Ele logo ficou de joelhos no chão do carro fazendo a garota arregalar os olhos em confusão, não fazendo ideia do que ele iria dizer, mas continuou calada prestando atenção nele.

── Prometo que vou tentar não ser mais assim, pelo menos não com você. - O Cameron segurou a mão da garota ── Vou te tratar da melhor forma possível e fazer você se sentir bem perto de mim, só por favor, Amber me da essa chance de te provar.

── Rafe, eu.. - Amber murmurou, mas foi interrompida pelo loiro

── Por favor, Amber! - Aquilo saiu como uma súplica das mais desesperadas ── Não consigo imaginar você gostando de outro, tá? Me deixa te fazer amar somente á mim.

Ele poderia agir naturalmente e tentar consquista-la a chamando para sair, sendo gentil ou fazendo como os outros garotos faziam, mas lá estava o Cameron a implorando para dizer que ela deixaria Rafe faze-la o amar e isso ia além de todas as suas expectativas.

── Não vou prometer e nem vamos começar a namorar ou algo assim, mas vou dizer sim. - Os olhos do Cameron levantam brilhando ao ouvir aquelas palavras

── Então, sim? - Ele voltou a se sentar do lado da garota com um sorriso leve

── É. Mas olha, não prometo que vou gostar de você também. - Disse trazendo mais peso para a expressão do loiro ── Preciso de uma condição.

── Condição? Que condição?

── Se eu não conseguir sentir o mesmo, você promete me deixar em paz e viver a minha vida e não vai mais se aproximar. - Ela precisava dessa condição para se garantir de uma coisa

No entanto, Rafe não queria aceitar essa condição, para ele seria difícil ter que abrir mão de alguma coisa que ele quer e deixar ir, se fosse por ele insistiria até algumas das pontas ceder.

── Prometo. - Disse, mas no fundo de seu coração sabia que era da boca para fora.

── Beleza. - Amber sorriu ── Agora preciso ir embora porque ainda estou de castigo, então destrava esse carro.

── E o que eu faço agora? - Perguntou pensando nos próximos passos do acordo

── Agora faz coisas que garotos fazem quando querem conquistar uma garota. - Respondeu vendo o carro ser destravado e abriu a porta para finalmente sair

── Mas o que é? - Esse era um assunto indiferente para o Cameron

── Ah, sei lá! Pensa um pouco, eu tenho que te dizer tudo. - Disse saindo do carro deixando o garoto para trás ── Usa a cabeça de cima pra alguma coisa uma vez na vida.

── Eu nunca tentei conquistar ninguém. - Confessou, ele não fazia ideia

── Você vai ter que dar o seu jeito. - Amber fechou a porta e deu uma última olhada pela janela antes de correr até sua bicicleta

A garota subiu soltando um riso fraco pensando no jeito atrapalhado do Cameron ao perguntar sobre isso, mas desmanchou percebendo que estava sorrindo por causa dele e com o canto de olho viu a porta do carro ser aberta para que ele saísse, Amber então começou a pedalar sem lhe dar atenção ou olhar para trás.

Ela precisa voltar para casa antes que sua mãe chegue ou poderia ter seu castigo prolongado por mais tempo, suas pernas iam com tanta velocidade que a anestesia tornando-a incapaz de sentir o cansaço. Quando Amber finalmente parou em frente a sua casa, sentiu as pernas um pouco doloridas e cansadas como alguém que acabou de fazer sessões pesadas de exercícios.

Amber largou-a no quintal da frente e olhou pela janela, sua mãe está na sala, mas parecia calma demais para quem sabia da fuga.

── Psiu! - Ela ouviu alguém e olhou ao redor procurando pela fonte do barulho ── Atrás dos arbustos, sua vaca cega.

── Onde foi parar o respeito? - Amber questionou ao ver sua irmã escondida

── Vem aqui, te ajudo a ir pro quarto. - Ela chamou sinalizando com as mãos ── E a Sarah ligou pro telefone pedindo pra responder as mensagens dela.

── Eu não vi, esqueci quando você me colocou em uma emboscada. - Murmurou lembrando que deixou o aparelho no quarto e parou na frente da irmã lançando a ela um olhar mortal

── Foi mal! Mas para a minha defesa, só quero te ver feliz, maninha.

── Mentira, eu sei que fez isso por dinheiro.

── Você me conhece tão bem. - Ivy sorriu dando meia volta e as duas foram para trás da casa

Elas subiram a árvore do lado da janela de Amber e entraram no quarto, assim que ouviram os barulhos dos passos da mãe subindo as escadas, iam de um lado para o outro tentando achar o que fazer e disfarçar.

── Merda. - Amber murmurou pegando uma revista e Ivy correu até a penteadeira pegando um esmalte começando a pintar as unhas

── O que estão fazendo? - Hebe parou na porta vendo Ivy na cama e Amber sentada na cadeira folheando a revista

── A Amber está se corrompendo no tédio, ela até me deixou usar as coisas dela. - Ivy comentou com sua atenção no que fazia

── Ta vendo? Esse castigo está sendo muito útil pra fazer vocês passarem um tempo juntas. - A mulher sorriu dando um gole na bebida ── E eu tenho uma novidade!

── O que é? Foi contratada? - Ivy olhou-a

── Como você soube? - Hebe questionou franzindo as sobrancelhas

── Ouvi por aí.

── Você é uma garota fuxiqueira que fica ouvindo a conversa dos outros, isso sim! - A mais velha reclamou

── Isso é de família. - Amber comentou virando a página na revista mesmo não prestando atenção em nada do que estava nela

── O que?

── Nada, mãe. - Sorriu falso

── E vai ter uma festa de inauguração. - Avisou Hebe, empolgada para o final de semana ── No sábado e domingo vou ir no casarão dos Cameron começar com o trabalho.

── Trabalho no final de semana? - Ivy a olhou confusa

── Claro! Pra gente rica não tem dia certo.

── Podemos ir na festa? - Amber fechou a revista olhando sorridente para sua mãe ── O ward sempre deixa os funcionários levarem a família pra esse tipo de evento.

── Não. - Respondeu trancando a cara ── Não quero que você chegue perto do filho dele e eu sei que só quer ir pra fazer isso. - Revirou os olhos bebendo mais do álcool

── Porque eu não posso mais ver ele? Não faz sentido se a gente já namorou escondido e aconteceu o que aconteceu. - Ela olhou para a irmã mais nova se certificando que a mesma não tenha entendido o que aquilo significa.

── Não. Não vai rolar com o Rafe, eu não vou deixar vocês dois ficarem juntos, ta me ouvindo? - Hebe afirmou sem paciência

Amber a olhou de boca aberta, sem entender o porquê da irritação da fala de sua mãe.

── A Brianna me contou que você namorou escondido um tal de Henry. - Hebe apontou para Ivy e para fora do quarto, a garota respirou fundo e saiu ── E nada de escutar por trás das portas, sua curiosa!

── Ah, tá bom!

── Aquela vagabunda tá merecendo uma surra pra parar de falar da minha vida. - Amber comentou pensativa

── Porque terminou com o Henry? - Hebe se sentou na cama

── Eu não gosto dele. - Respondeu como se estivesse dizendo algo óbvio, e era.

── Não precisa gostar dele, precisa gostar do dinheiro que te oferece. - A mulher disse

── O dinheiro é do pai dele, aquele sid da era do gelo não tem nada.

── Mas O Henry vai herdar a grana do pai, ele é o que vereador da ilha? Perfeito! - Insistiu

── No caso, o Ward é bem mais rico do que o vereador Cooper. - Amber relaxou seu corpo na cadeira e suspirou ── Sendo assim o Rafe tem muito mais o que herdar.

── Disso eu sei. - Hebe sorriu ── O ward me disse que o filho dele vai ficar com a empresa, negócios locais e de outros países, mas os peixes grandes não são para você.

── E são pra quem? - Soltou um riso irônico, mas desmanchou inclinando seu corpo ── Você está tentando juntar ele com a Brianna? Foi a mãe dela que pediu, né?

── Sim. Ao contrário de você, a Brianna gosta dele de verdade. - Hebe mentiu

── Por acaso você sabe dos meus sentimentos? Está aqui pra saber? - Apontou para o próprio peito ── Não sei se esse é o lado do coração, mas você não está nele.

── Não, mas eu sei que você é uma vigarista interesseira que só pega os kooks pra ganhar alguma grana. - Acusou ── E você tá fazendo a mesma coisa com o Rafe Cameron, mas não vai continuar porque eu não quero você estragando meus planos mais uma vez!

Amber abriu a boca para responder, mas sua mãe continua dizendo enquanto levanta da cama em um salto repentino ── Se pensar em estragar as minhas chances de melhorar minha posição social e minha vida financeira, te mando pra bem fora dessa ilha junto com seu pai! Ele quer te levar, sabia? E você é menor de idade, posso dar a sua guarda pra ele e pronto.

Dito isso, ela saiu do quarto deixando a garota em completo silêncio, pensando e repensando em cada palavra da mais velha.

Ela não entendia o porque precisaria se afastar do Cameron pelo trabalho da mãe, Amber não conseguia pensar em um motivo que isso atrapalharia e se o plano era juntar Brianna e Rafe, ela sabia que o garoto não iria ser alguém fácil de ser guiado para quem ele tanto fugia.

De repente o telefone tirou ela de seus pensamentos, a garota abriu a gaveta tirando seu telefone de onde guardou para não ser pego e sorriu vendo a chamada de Rafe.

── Alô? - Atendeu

── Eai, conseguiu chegar sem ser vista? - Perguntou

── Reparei sua mania de não dizer um "Oi" antes de qualquer coisa. - Ironizou soltando um riso fraco ── E sim, eu consegui chegar sem a lunática me ver.

── Você está de castigo, me diz como ainda está com o celular?

── Não que eu tenha acusado a minha mãe que um cara me deu um celular caro porque estava sendo paga pra namorar com ele. - Ela foi até a porta fechando-a e voltou para a cama, se deitando sem perceber que ainda estava com um sorriso no rosto ── Provavelmente acabou não percebendo isso e por sorte cá estou eu com o meu celular.

── Sua mãe é uma droga de chata. - As palavras do Cameron fizeram a garota rir mais ── Ela acha mesmo que vai nos fazer ficar sem se ver?

── Acha. Ela está bem decidida.

── Hum, eu dou um jeito nisso. - Murmurou, mas suspirou mudando de assunto ── Quero te ver na festa de inauguração!

── Minha mãe não quer me ver, deve estar com vergonha da filha sem educação. - Choramingou irônica e dramatizou sua frase.

── E você vai fazer o que ela manda?

── Bom, talvez eu devesse, afinal minha mãe é maluca e pode me mandar pra outro país.

O Cameron soltou um riso ── Não, ela não vai fazer isso, ou eu preciso ter outra conversa com ela?

── Espera! Que conversa? - Amber se deitou de bruços, ela ficou confusa. ── Você conversou sobre o que com a minha mãe?

── Nada demais. Só falei pra ela não tentar te mandar pro internato ou qualquer outro lugar, ao isso. - Mentiu, na verdade ele a ameaçou, mas Amber não sabia disso

── Não sei se vai adiantar. - A garota deu de ombros não pedindo detalhes, a expressão do Cameron escureceu do outro lado

── Claro que vai. - Afirmou e agora sorriu ── Ae? Que tal pegar um cineminha? Topa? - Amber sorriu ouvindo a oferta

── Cinema na quinta? Meio da semana e ainda é de provas. - Ela parecia hesitante

── Ah qual é! Só uma noite, eu posso ir te buscar na esquina de casa já que sua mãe não pode nos ver.

── Ta bom. - Cedeu se jogando na cama ── Isso vai ser um encontro?

── Hum, sim. É o nosso primeiro encontro como jovens normais que estão se conhecendo. - Rafe disse com a voz empolgada e riu ao ouvir a risada contagiante da garota

Amber estava sentindo um formigamento na barriga pelo seu primeiro encontro, ela nunca foi em um. Mas não é como se o Cameron já tivesse ido, ele não fazia ideia, teve que pesquisar lugares e começar a preparar uma lista de ideias que acabou ficando um pouco maior do que ele planejava.

── Amanhã a gente se vê. - Amber avisou ouvindo passos na escada

── Ta bom. De tarde eu te mando mensagem.

Antes que ela pudesse responder, os passos vieram para o corredor e a obrigou a desligar a ligação de uma vez escondendo o celular em baixo no travesseiro.

── O Joel chegou e trouxe comigo do restaurante do lado. - Hebe abriu a porta de supetão ── Desce pra comer.

── Claro. - Amber saiu da cama começando a seguir a mãe para o andar de baixo ── Oi Joel Elli! - Sorriu ao ver o homem

── Oi Amber Monroe. - Sorriu de volta enquanto arruma a mesa com a ajuda de Ivy

── Que comida cheirosa. - Ivy dizia ── Joel, você é o melhor de todos!

── Que exagero. - Hebe murmurou cruzando os braços e se encostando no batente da porta para observar a cena, ela notava o quão confortável suas filhas sempre ficam perto do homem, até mais do que com ela.

── Parece estar uma delicia, viu. - Amber começou a ajudar pegando os talheres

── Também acho. O dono do restaurante ao lado do bar fez uma promoção, mas acabou sobrando isso e ele iria jogar fora, mas eu pedi pra trazer.

── Que vergonhoso. - Hebe reclamou fazendo o homem olha-la ── Vai ficar pedindo restos de comida agora?

── É comida boa. Não é legal jogar fora e desperdiçar, isso sim é vergonhoso. - Comentou voltando ao que fazia

── Hum, tá cheia de frescura só porque começou a trabalhar com o Ward. - Amber implicou com a mulher

── Vamos comemorar o emprego da Hebe! - Joel foi até a mesma abraçando-a, mas a mulher não mostrou boa vontade para retribuir

── Já chega. - Reclamou ajeitando a roupa enquanto era solta no chão outra vez ── Nós vamos começar a trabalhar na sexta.

Hebe disse recebendo o olhar confuso da filha mais velha, Ivy não deu tanta importância por estar focada no padrasto que colocava a comida no prato, mas Amber sabia que aquilo era mentira e não entendia porque a mãe mentiria.

A mais velha olhou para a filha e fez um sinal com o dedo indicador nos lábios, insinuando que não disse nada e voltou a falar ── Então não me espere para o jantar.

── Tudo bem. - Ele sorriu ── Você só tem amanhã pra se preparar, mas tenho certeza de que vai se sair muito bem, amor.

── Obrigado, querido. - Retribuiu o sorriso se sentando ao lado do mesmo

── E você Amber? - Entregou o prato para a mesma que ainda estava sem reação ── Como vai a semana de provas?

── Ahm? O que? - Ela parece ter saído do transe e balançou a cabeça

── A semana de provas? Você me falou que começou essa segunda. - Comentou vendo a garota se sentar na cadeira à sua frente

── Ah, sim. Estão indo.

── Se precisar tirar alguma dúvida, sabe que eu era o primeiro aluno da turma, né?

── Sei. Por isso você e o Pope adoram conversar, nunca entendo nada do que estão falando. - Riu fazendo o mais velho rir também

── Você não me contou essas provas. - Hebe cobrou encarando a garota

── Como se você se importasse, não me deixou nem fazer a tarefa de casa hoje. - Soltou levando sua atenção para a comida

── O que? Porque? - Joel olhou para a esposa surpresa com as palavras

── Ela está de castigo e precisava arrumar a casa. - Disse dando uma garfada na comida

── Não, sua filha precisa estudar e não ser sua empregada, Hebe. - Rebateu e a mulher respirou pesado mostrando sua irritação, a voz de Joel era calma mesmo com o que ele falou, mas a de Hebe não.

── Não se mete na porra da educação que eu dou pras minhas filhas! Elas não são suas, você não é o pai! - Exclamou fazendo o homem conter suas palavras pelas duas que olhavam a cena quietas

Ele sentiu o cheiro de álcool sair do hálito da mulher enquanto gritava, e sabia quão sem paciência ficava quando bebia, então optou por ficar calado ── Desculpa meninas. - Olhou para as duas ── Podem comer tranquilas.

── Você tirou meu apetite. - Hebe reclamou saindo da mesa de jantar e saindo da cozinha

Todos permanecem em completo silêncio enquanto ouvem os passos pesados da mulher, ela subiu as escadas e logo tudo ficou calmo.

── Eu vou guardar isso. - Joel pegou o prato deixado para trás e pegou um plástico filme para poder guardar na geladeira, fez o mesmo com o dele pois já não tinha mais fome e se encostou no balcão da pia observando as garotas comerem ainda quietas.

── Olha, quando vocês terminarem, vão escovar os dentes e partiu cama. - O mais velho quebrou o silêncio com um tom divertido, tentando tranquilizar o clima entre as duas

── Sim, Joel. - as duas respondem

Ele subiu deixando as duas terminarem o jantar que mais uma vez ficou tenso pela mãe das mesmas, elas já estavam de certa forma acostumadas com o comportamento explosivo da mais velha, mas não deixava de deixá-las desanimadas com isso.

── Não precisa ficar triste, eu estou aqui com você, B. - Ivy tocou o rosto da irmã suavemente tentando a reconfortar e Amber sorriu fechado

── Eu também to aqui, tá ? - Ela fez o mesmo com a irmã mais nova

── Te amo B. - Voltou a comer

── Também te amo V. - Amber suspirou aliviada, parecia que pequenas palavras da irmãzinha tiveram o poder de tirar um peso de seu peito e ela poderia respirar melhor.

── To empolgada pra semana de atividades que começa na segunda que vem. - Ivy comentou quebrando o clima tenso que ficou

── Sério? O que vai rolar? - Perguntou

── Vão ter Jogos super legais que vão nos dar pontos extras, eu simplesmente amei essa ideia. - Explicou com brilho nos olhos ── Juro, essa foi a melhor coisa que a professora pensou.

Ivy começou uma explicação estendida da semana que vem enquanto sua irmã mais velha escutava tudo com atenção, assim as duas espontaneamente acabaram deixando de lado a confusão que aconteceu minutos antes, focando apenas na companhia uma da outra.

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