032
Amber entrou pela porta de casa batendo a mesma atrás dela com tédio, depois da briga com sua mãe a uma semana atrás, após chegar em casa depois de dias fora, acabou ficando de castigo por tempo indeterminado e proibida de ver o Cameron outra vez.
Hebe a fez jurar que não iria querer ver Rafe, que iria rejeitar qualquer contato que o loiro tentasse com ela, e para Amber seria fácil, pois se lembrou da discussão que teve com Rafe.
── Quero que arrume a casa. - Hebe está sentada no sofá com os pés na mesinha de centro enquanto tinha em suas mãos um como de licor que ganhou de seu marido
── Tenho dever de casa. - Avisou Amber
── Não me importo, quero a casa limpa e se sobrar tempo, então você faz. - Deu de ombros
── Não é justo, estou no fim do ano e preciso recuperar minhas novas.
── Sabe o que não é justo? Você fugir de casa e me deixar para trás com a imagem de péssima mãe que não consegue segurar a filha.
── Se importou com o meu bem estar ou só com a sua imagem? - Ironizou fazendo a mais velha olha-la
── Sabe, eu fui no clube e tive que ouvir as mães se gabando das boas filhas. - Reclamou tomando um gole da bebida ── E a Hillary teve que me lembrar disso, desse assunto e de como eu sou azarada em ter uma filha igual você.
── Porque sempre tem que tocar na Hillary e naquela filha dela? Isso é sobre nós duas. - A garota protestou ── Eu sinto muito que tenha sido uma péssima filha, mas isso não tem absolutamente nada relacionado com a Hillary.
── Estamos voltando a ser amigas, ela me incluiu no clube das mulheres e estou trabalhando em um projeto lá agora. - Notificou, voltando a postura para a frente, passando as pontas dos dedos pelo copo.
── A vaca da Hillary fingiu ser sua amiga, disse pra todo mundo que você era uma cachorra que deu em cima do pai dela e ainda pegou o seu marido. - Amber fez questão de relembrar o passado da mesma ── Porque tá voltando a ser amiga dela?
── Estou tentando melhorar a nossa vida, trabalhar em algo que nos dê mais dinheiro e nos incluir junto com os kooks. - A mulher disse rápido e sem paciência
── Ta legal! Boa sorte se dando mal mais uma vez com a amizade daquela vaca.
Amber se virou para ir na escada, ela ajeitou a mochila em suas costas e começou a caminhar em direção, mas ouvia sua mãe chamando e parou para olha-la
── Não chega mais perto do Rafe, finge que o odeia e deixe bem claro o quanto você quer ele longe de você. - Exigiu
── Ta bom. Eu já entendi quando me pediu isso ontem. - Murmurou voltando a caminhar
── Oi Amber, deixei macarrão pra você na geladeira. - Joel estava descendo as escadas enquanto abotoa os botões da camiseta
── Obrigado, Elli Joel. - Sorriu para o mesmo
── Não se esqueça de que eu posso te mandar para o internato se não me obedecer sobre o que te pedi. - Hebe lembrou para a filha que sabia as escadas, a silhueta de Amber sumiu sem dar mais nenhuma resposta
── Você deveria aprender a lidar com a sua filha, no lugar de manda-la para um internato sempre que não aguenta. - Joel repreendeu passando por trás do sofá
── Ela é minha filha, não sua. - Hebe levantou do sofá seguindo o homem até a porta ── Ei! Me espera, preciso de uma carona até figure 8.
── Fazer o que lá? - Perguntou saindo da casa na companhia da mulher e pegando a chave da caminhonete que está estacionada na frente
── Uma reunião com o meu mais novo chefe, finalmente aquele curso de contabilidade me foi útil! - Ela sorriu abrindo a porta para entrar no banco do passageiro
── Fico feliz por você. - Joel sorriu, ele está no banco do motorista e se inclinou dando um breve beijo na bochecha da esposa.
── Obrigado amor. - Hebe pegou o celular e ligou para sua filha mais nova ── Alô? Ivy, fica de olho na Amber e qualquer coisa me conta, não deixa ela esquecer que eu quero a casa limpa, brilhando quando chegar em casa.
Joel começou a dirigir o carro e só parou quando estava na frente da casa, os dois se despedem e ele segue seu caminho enquanto Hebe entra na mansão empolgada. Ela se apresentou e foi mandada para a sala do escritório de Ward, a mulher olhou a sala muito bem arrumada com um sorriso largo no rosto.
── O meu pai pediu. - Rafe entrava com uma expressão relaxada, pronto para receber a nova secretária particular de seu pai, mas sua expressão mudou completamente quando viu de quem se tratava ── É você a nova secretária..
── Sim, sou eu. - Hebe estendeu a mão lhe mostrando um sorriso sedutor ao mais novo que respirou fundo impaciente ── Não precisa se sentir incomodado com a minha presença, Rafe, estou aqui profissionalmente.
── Hum, eu espero. - Ele ignorou o aperto de mãos de Hebe e foi até a poltrona do meio da sala puxando ── Pode se sentar.
── Muito obrigado. - Disse indo até lá enquanto o Cameron sentava na cadeira giratória, Hebe puxou sorrateiramente sua saia para cima mostrando um pouco mais de pele e cruzou as pernas a deixando mais cheias na intenção de que o mais novo olhe para o local
── Meu teve um imprevisto na empresa local e precisou ir resolver, então eu fiquei encarregado com os papéis da sua contratação. - Rafe não olhou diretamente para ela, colocou os papéis em frente a mulher e pegou o celular para checar se recebeu alguma mensagem de Amber
── Seu pai disse que não precisaremos ser tão formais assim.. - Hebe comentou assinando seu nome das páginas sem ao menos ler
── Provavelmente disse isso por ele, não sou o senhor ward. - Ironizou ainda olhando a tela, mandando mais uma mensagem
“ Amber, eu preciso te ver,
me responde. Quer que
eu implore tanto assim? ”
── Desculpa por aquele dia, mas eu só estava irritada pelo o que a Amber fez. - Hebe disse, ouvir o nome da garota fez o loiro finalmente olhar para a mais velha.
Rafe não pensava em se desculpar pelas palavras dele, isso era algo que não seria discutível, então ele permaneceu calado ouvindo Hebe.
── Fiquei preocupada, posso não ser perfeita, mas sou a mãe dela. - Continuou, mesmo que não fosse de coração. ── Mas as vezes a Amber faz isso, além de ser mentirosa, mesmo assim eu amo a minha garotinha.
── Acho que deveria ler a cláusula antes de assinar. - Ele ignorou suas palavras voltando a atenção para o celular
Mas não havia nada. Mais uma mensagem visualizada que não foi respondida. Ele estava se sentindo ansioso, queria ir até a casa da garota e pedir por uma resposta, mas estava ali preso com a mãe dela no escritório de seu pai.
Hebe puxou um pouco mais o tecido de sua saia, mostrando mais ainda, suas coxas eram fartas e chamativas demais dando um visão ampla disso quando subiu a peça de roupa.
Ela sabia que o garoto notou, o Cameron não é burro e ele realmente notou suas investidas, mas não deu atenção e para Hebe uma hora ou outra ele acabaria cedendo.
── Só um momento. - Rafe levantou mais uma vez sem olha-la e saiu da sala, chegando lá em fora ele apontou para o segurança ficar de olho e voltou a caminhar até o banheiro
Seus dedos rolaram pela tela do celular iniciando uma chamada com Amber, seus dedos estralando tensamente esperando que a garota atenda e ele suspirou, aliviando quando atendeu.
── Eu te mandei mil mensagens, literalmente! E você não me respondeu nenhuma. - Começou a dizer sem esperar a voz da garota
── A Amber tá sendo cinderela e passando pano na cozinha. - Ele ouviu a voz de uma garotinha, era Ivy ── Qual o seu nome?
── Fala pra Amber que eu quero falar com ela. - Ele pediu impaciente
── Cinderela, tem um garoto querendo falar com você. - Ivy aumentou a voz e Rafe ouviu a voz da irmã mais velha
── Não mandei atender, filhote de cachorro, desliga agora.
── Ta bom, vou desligar! Qual o seu nome, não respondeu, foi aquele último garoto que veio aqui? - Ivy perguntou
── E quem foi o último cara que esteve ai? - Sua expressão ficou rígida
── Um loiro musculoso, alto e bonitão, parecia rico também. - Respondeu pensativa ── Me deu dinheiro pra não contar.
── Ah sim, era eu. Olha, sou o Rafe e eu queria muito falar com a sua irmã, mas ela não quer falar comigo.
── Hum, quer minha ajuda? Posso ajudar você a se reconciliar com ela. - Murmurou sorrindo para si mesma
── Isso! Pode me ajudar?
── Se me der um dinheiro em troca, eu ajudo com todo prazer do mundo.
── Vocês são movidas por dinheiro? - O garoto questionou franzindo as sobrancelhas, mas se deu por vencido ── Beleza! Eu pago bem se me ajudar a me desculpar com a Amber.
── Vou passar o telefone, se não der certo, tentamos de novo. - Avisou a garota, um barulho foi ouvido e em seguida uma voz reconhecida
── Quem é?
── Seu namorado. Ele disse que te mandou mil mensagens, tipo assim, literalmente! - repetiu as palavras de Rafe ── E você não me respondeu nenhuma delas, então falei com ele.
── Sua metida. - Amber tomou o telefone da irmã mais nova e suspirou ── O que você quer?
── Conversar com você, me desculpar pelo o que eu falei sobre você ser um.. - Ele travou não terminando ── Foi mal pelas palavras idiotas, mas não fica me ignorando desse jeito.
── Eu também te insultei, mas não me importo e só quero paz. - Fingiu, se lembrando da ameaça de sua mãe ── Então não liga mais.
── Você recebeu os remédios do dia seguinte que mandei meu motorista te entregar? - Rafe perguntou ignorando as palavras ── Também vou pagar suas consultas, beleza? - Disse do outro lado da linha
── Ta bem. Eu recebi e tomei.
── E o que sua mãe falou? Ela estava muito brava? - Mudou de assunto casualmente
── Não. Pelo menos ela me deixou de castigo no lugar de me mandar pro internato ou inferno.
── Bom, pelo menos isso. - O Cameron soltou um riso silencioso das palavras ── Eu posso ir na sua casa pra gente conversar melhor? Entro pela janela pra sua mãe não me ver.
── É melhor não. - Disse sem rodeios ── Não quero conversar com você.
Rafe ia dizer algo quando a ligação foi encerrada, o Cameron olhou para a tela do aparelho vendo que Amber desligou na cara dele e ergueu o celular para jogar na parede, mas parou quando percebeu que não sabia o número dela e precisa do contato para insistir.
── Droga, Amber! - Resmungou abrindo a porta e saindo do banheiro, no fim do corredor, ele voltou para a sala e entrou vendo a mulher ali.
── Você vai no jantar que seu pai ofereceu para iniciar o negócio do clube Sorrel? -
── Provavelmente ele queira que eu vá. - Disse sabendo que o pai sempre lhe pediu para ir nesse tipo de evento
── Vamos nos ver lá. - Hebe levantou empurrando os papéis para perto do Cameron e segurou sua bolsa do lado ── Tenha uma boa tarde, Rafe.
── É. Ta bom, você também. - Assentiu levando sua atenção para os papéis e folheando ── Você sabe o caminho da saída, não é?
── Sei sim. - Sorriu forçado e se virou para ir embora
Rafe imediatamente tirou o celular do bolso e desbloqueou indo até o contato de Amber, que não está escrito especificamente o nome, e sim, apenas um coração vermelho no lugar.
“ você pode ir na festa de negócios
que o meu pai marcou nessa sexta,
quero muito ver você. ”
Mais uma vez a mensagem foi vista e ignorada. Ele respirou frustrado e jogou o celular na mesa, jogando seu corpo para trás.
Mas se inclinou outra vez, pegando a lista telefônica do pai e vasculhando até achar o número de telefone da residência Monroe. Pegou o telefone do escritório e ligou, demorou um pouco mas finalmente foi atendido.
── Alô, casa dos Monroe. - Era a voz da garotinha
── Ae, Irmã da Amber, eu preciso do seu número de celular.
── Meu nome é Ivy, não irmã da Amber. - Corrigiu o Cameron ── E o que você quer de novo? Não conseguiu falar com a B?
── Não, ela desligou na minha cara. Preciso do seu número pra você me ajudar a encontrar a Amber pessoalmente. - Informou e a garota concordou passando o número dela
── Valeu, te mando mensagem depois.
── E não se esqueça do pagamento, pois olha, eu não trabalho de graça. - A mais nova avisou
── Já entendi isso desde a primeira vez que você me falou, não se preocupa.
── Ta bom. - Disse antes de desligar
Assim que Ivy desligou o telefone, ela subiu para colocar o plano em ação. A garota entrou no quarto da irmã que terminou de arrumar a casa e foi tomar banho, Amber estava terminando de se vestir quando a porta foi aberta.
── Não sabe bater? - Indagou caminhando até a penteadeira
── Não. - Se sentou na cama ── Você ficou sabendo onde a mamãe vai trabalhar?
── Não. - Respondeu ainda com sua atenção no espelho e no cabelo que ela penteava
── No clube do seu sogro.
── Nossa! - Fingiu surpresa ── Que informação altamente importante, não vou nem dormir.
── Achei que ia ficar feliz, as famílias finalmente trabalhando juntas.
── De onde você tirou que nossa família é família dos Cameron? - Amber olhou para trás
── Você namora o Rafe, podem um dia se casar e ter filhinhos lindos.
── Olha, deixa eu te falar uma coisinha. - A mais velha se inclinou ── Não to mais namorando o Rafe e seria algo impossível, tipo impossível demais, eu formar uma família com esse cara.
── Nunca diga nunca.
── Nunca. - Amber voltou a se olhar no espelho
──Ah, qual é Amber! Você precisa casar com um ricasso pra me sustentar! - Ivy reclamou se jogando para trás no colchão
── Encontro outro ricão. - Murmurou e Ivy sorriu quase aceitando a ideia, mas ela pensou no dinheiro que o Cameron prometeu a ela.
── Beleza. - Sorriu e sentou-se outra vez ── Ah, ia me esquecendo que a mamãe mandou você ir deixar três caixas de isopor do bar onde o Pai Joel está trabalhando hoje.
── Porque ele não levou? - Amber suspirou cansada, suas pernas doem.
── Esqueceu. E agora, - Olhou para o relógio em seu pulso ── Ele está de plantão e não pode vir.
Amber terminou de se arrumar entediada sabendo que teria que sair quando queria estar pronta para dormir, mas fez isso porque Joel sempre foi um cara legal. Ela colocou o tênis, pegou as caixas saindo de casa e prendeu-as na bicicleta tomando partida até o bar.
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