V I N T E
E pela primeira vez em muito tempo, eu estava sentada na mesa de jantar. Eu particularmente prefiro comer dentro do meu quarto.
Mas hoje eu acordei incrivelmente bem e resolvi testar se bruxa mãe e a bruxa filha conseguem acabar com meu bom humor.
Porque se isso acontecer, eu vou ter o prazer de lembrar da bunda do novato com um coração, não foi exatamente o que eu queria fazer.
Mas a Mary acha que eu pego pesado demais.
-Quanto tempo você não aparece. -Minha madrasta comenta, disfarçando a falsidade que sempre carregava em si.
Sorrio, com o tempo aprendi a fazer o mesmo.
-Você me faz perder a fome. -Retruco, mas ganho um chute na canela.
Olho pra Helena ao meu lado, que eu praticamente implorei que jantasse comigo. Minha madrasta sorri mais ainda, com seu olhar frio de sempre.
-Sophie disse que Jason voltou, ele fez falta. -Ela comenta, meus olhos vão até Sophie que comia silenciosamente, como se estivesse sozinha na mesa.
De todas nós, eu a considero a mais falsa, como uma cobra ela se rasteja em silêncio, entrando aos poucos, invadindo sem ser vista até enfim, o estrago ser feito.
Um bom exemplo é o Jason, ele vinha aqui quase todos os dias, ela nem sequer o olhava. Eu quero entender de como isso virou os dois transando na minha cama.
-Faz? Ele comia você também? -Levo a taça de suco até a boca, ignorando por completo o olhar reprovador da Helena. -Me diz, ele comia vocês duas de uma vez só?
Falo com um falso ar de supresa, vendo a raiva se formar no semblante da minha madrasta.
Sophie continuava neutra, ela definitivamente, é muito boa.
-Quando seu pai voltar, ele saberá das suas gracinhas. -Minha madrasta diz com seu ar de superioridade.
-Estou tão ansiosa por isso. -Murmuro, me sentindo Realmente bem.
-Claro que está. -Ela bufa, levando sua atenção para Sophie. -Por que não chama o Jason pra comer com a gente amanhã, Sophi?
Olho pra Sophie, esperando alguma reação, mas ela apenas deu de ombros.
Hora de jogar.
-Por que não chama o novato? -Sorrio. -Quero lembrá-lo do que fizemos no corredor.
Ela finalmente me olha, obviamente não vou contar que ultrapassei meu próprio limite e nem que eu fiquei supresa quando ele continuou imóvel.
E nem que meu corpo esquentou com a merda da respiração dele tocando minha pele, infelizmente, eu não tenho nada pra culpar além da natureza humana.
Mas o que eu posso fazer? Ele é bonito, mas isso não significa merda nenhuma.
-Ou eu posso chamá-lo pra você. -sorrio de lado, vendo a expressão dela mudar.
Pelo visto ela não gosta que brinquem com os brinquedos dela.
-Jade. -Helena me repreende.
Recuo o suficiente pra ver o olhar maldoso lançando pela minha madrasta em Helena, como se a tivesse notado agora.
-Helena, eu quero suco de limão, aqui não tem. -Ela passa os olhos pela mesa farta. -Pode pegar pra mim?
Solto uma risada nasalar quando percebo o que ela estava tentando fazer.
-Não, ela não vai. -Digo firme, olhando pra Helena, que já estava fazendo menção em levantar.
-Como? -Pergunta minha madrasta.
-Você não é surda. -afirmo. -Não sei qual feitiço que você faz pra me fazer perder a fome, me conta depois.
Me levanto com calma.
-Não esquece de chamar o novato para nos fazer companhia, irmãzinha.
Deixo-as sozinhas e vou para meu quarto, me arrumar pra qualquer coisa que a Mary esteja afim de fazer.
O dia das garotas tem se tornado, "o dia das garotas e o josh"
De qualquer jeito, ele é o único que fica sóbrio no final pra cuidar da gente, então tudo bem.
-Tem aquele moreno ali. -Josh aponta discreto. -Ele é bonitão.
-Eu ainda acho que o barmen combine mais com ela. -Mary afirma, já bebada.
-Tá, vocês vão ficar até quando discutindo sobre quem vocês acham que eu devo ficar?
Balanço a cabeça negativamente, suspirando alto enquanto olho em volta.
-Você nunca quer ficar com ninguém. -Mary retruca. -Então escolheremos por você.
Minha atenção vai pra a pista de dança, deixando Josh e Mary discutindo quem seria bom pra ficar comigo.
Observo as pessoas segundos o ritmo da música, outras nem tanto, mas pareciam felizes.
Eu não curto vir pra lugares como esse, ainda mais uma boate em que temos que orar antes de entregar as identidades falsas.
Mas a Mary gosta, então não ligo muito em vir, se não fosse por ela, eu só sairia do meu quarto pra ir à escola.
Bebo o drink que estava na minha mão, de uma só vez. Meus pés batiam no chão de acordo com as batidas da música, aproveitando que Mary e Josh esqueceram de mim, pra se pegarem ao meu lado.
Que sejam felizes.
Tombo minha cabeça pra trás, me permitindo pensar em qual vai ser a próxima jogada do novato.
O que ele vai fazer e o porque eu estou gostando disso, quando na verdade, eu deveria odiar isso, igual odeio ele.
Fala minhas queridas
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