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T R I N T A E D O I S

Olho para o meu reflexo pela milésima vez desde que me refugiei no quarto, as pessoas passavam por mim e eu queria ser como elas.

Eu me sinto tão tola por ser assim, ridiculamente fraca.

-Você não pode vestir minhas roupas, mamãe disse que você vai rasgar todas elas se usar. -Sophie puxa o vestido da minha mão. -Coloca algum casaco, você fica feia sem.

Suspiro, sentindo uma única lágrima cair. Mordo os lábios, tentando não controlar a tristeza e sim a raiva, raiva delas por me deixarem assim.

Raiva de todos.

Volto a por o roupão, lembrando da feição da Mary quando percebeu que eu não iria conseguir.

Mas eu tenho que conseguir, é só tirar, não vai me machucar, não vai acontecer merda nenhuma comigo.

Olho pela última vez para minha imagem no espelho, antes de sair do quarto mais determinada que antes, eu não vou deixar aquelas filhas da puta me abalarem mais.

Passo pela sala, ignorando os sons que vinham da cozinha, eu preciso fazer isso sozinha. Saio o mais rápido possível pra não ser vista, passando pelo enorme portão com grandes Antes de finalmente caminhar em direção a praia.

Fecho os punhos, me sentindo cada vez mais nervosa quando sinto a areia nos meus pés. Caminho por ela, indo pra algum lugar afastado.

Fecho os olhos, como se isso fosse me fazer mais forte e sem prestar atenção em mais nada, eu tiro o roupão, o deixando cair na areia.

Continuo assim por longos segundos, sentindo minhas mãos começarem a tremer.

Eu consigo.

Inspira.

Expira.

Inspira.

Expira.

Eu não consigo.

Abro os olhos assustada quando sinto algo tocar em mim, olho pra trás, surpresa e assustada por ver o novato colocar o roupão em mim.

-Você não deveria se obrigar a fazer isso. -Ele se afasta, sem me olhar.

Respiro aliviada por isso, terminando de cobrir meu corpo, que não tinha nada mais do que um maiô por baixo.

-Você estava me seguindo? -Pergunto ríspida, não era pra ele ter visto.

-Eu já estava na praia. -Ele da de ombros ainda sem me olhar. -Eu vi você vindo e te segui, então sim.

-Não era pra você ter vindo. -Dou as costas pra ele, focando no mar em nossa frente.

Inspira

Expira

-O que você sente? -Ele pergunta sem se importar com o que eu falei. -Eu também tenho medos.

Ele murmura parando ao meu lado.

-Eu tenho medo de aranhas. -Ele ri baixo. -Uma vez eu vi um médico tirar uma aranha do ouvido da minha mãe com uma pinça, foi traumatizante.

Ele olha pra mim, com um sorriso nos lábios.

-Eu nunca durmo no escuro. -Ele continua. -Eu tenho pavor de agulhas desde sempre, minha mãe falou que quando eu era criança, eu desmaiei quando fui tomar uma vacina, graças a Deus eu não me lembro.

Olho para o outro lado, disfarçando o sorriso que se formou sem eu conseguir segurar.

-Todo mundo tem seus medos, é normal.

Ele volta a olhar para o mar e eu faço o mesmo, sem saber o que pensar sobre isso tudo, mas sei exatamente o que estou sentindo.

-Eu sinto medo, me sinto como eu me sentia quando minha madrasta falava coisas horríveis pra mim. -Abraço meu próprio corpo, me protegendo dos meus monstros imaginários. -Sinto que se verem algum defeito em mim, vão fazer como ela.

-Não tem defeito algum em você.

-O que? -Olho pra ele, que já me encarava.

-Não tem defeito algum em você. -ele repete, agora mais firme que antes. -Quer entrar? Não vou olhar pra você.

Ele pergunta, deixando o comentário dele de lado, mas não é isso que acontece dentro de mim.

Ele me encara, esperando alguma resposta e eu só consigo focar nos detalhes do rosto dele, eu não tinha notado que ele tem um manchinha marrom na bochecha, quase do tamanho de um grão de arroz.

-Eu não sei nadar. -respondo sem me importar com a demora. -Eu nunca entrei muito em piscinas ou fui em praias.

-Não é como se eu fosse deixar você se afogar. -ele murmura de maneira óbvia, tirando a própria camisa.

Que merda.

Desvio o olhar pra qualquer outra coisa que não seja o abdômen nu dele. Suspiro aliviada quando ele se afasta, entrando no mar. Olho em volta, notando a praia quase vazia, mas não tinha gente o suficiente pra me notarem.

-Eu consigo. -sussurro pra mim mesma, sem me permitir pensar mais, eu jogo o roupão na areia e caminho em direção a água, sentindo-a bater contra minha pele, que se arrepia com o contato gelado.

Sorrio quando olho para as minhas pernas descobertas, tudo bem, eu consigo.

Continuo entrando na água, vendo que ele cumpriu o que disse sobre não me olhar. Caminho o suficiente pra água chegar aos meus ombros.

Me sentindo segura por ele estar aqui.

-Isso é um avanço, não é? -ele pergunta finalmente me olhando.

-Sim. -Respondo, me sentindo genuinamente feliz. Fecho os olhos, sentindo as ondas calmas baterem com contra meu corpo. Não lembro da última vez que senti algo parecido.

É libertador.

Continuo de olhos fechados mesmo quando sinto seus dedos enrolarem em algumas mechas de cabelo que estava sobre a água, continuam fechados até quando sinto seus outros dedos passarem pelo meu rosto.

É estranho, confuso e bom.

Respiro fundo sentindo seus dedos tocarem minha pele suavemente, agora eu desisto de lutar.

Não existe motivos pra lutar, algumas lutas só servem pra te ferir e não é covardia recuar, mas não sei se desistir dessa luta é seguro pra mim.

Não sei se continuar de olhos fechados enquanto o esperava se aproximar, me deixará completa ou só sairei mais quebrada.

Seus dedos se afastam do meu rosto, mas eu sabia que ele estava mais próximo, eu sentia isso.

E em minha redenção, eu fico quando sinto seus lábios encostarem os meus, ele não tinha pressa, ele sabia que eu ia continuar aqui.

Então ele finalmente me beija, lento e calmo, suas mãos seguram meu rosto com uma certa delicadeza, mesmo que as mãos dele não sejam nada delicadas.

Eu o beijo, sabendo que não sou perdedora por isso, nesse nosso jogo, não precisa de vencedores.


Então ?

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