EPÍLOGO
DANTE NARRANDO...
"Estamos todos reunidos para nos despedir de Cat e de suas duplicatas. Todas serão cremadas. Enquanto minha mãe e Anny Lee seguram os bebês que choram incessantemente a falta da mãe, eu dou a ordem para que façam o que deveria ser feito. Pois não queremos prolongar a dor da despedida.
Tudo pronto, voltamos para casa completamente desolados. De que adiantou nós salvarmos a alienígenalidade, sendo que a pessoa mais importante do universo não está mais entre nós?
Reed neste momento também já deve ter tido um funeral digno de um príncipe azlanyano. Ele lutou bravamente e não merecia ter passado por tudo isto para no fim das contas ter a vida ceifada tão precocemente também. Ninguém merecia.
Gabriel, o verdadeiro irmão de Cat, agora totalmente recuperado, segura os bebês que dormiam profundamente em seus braços. Ele dá as costas para nós, se distanciando com meus filhos.
- Gabriel? Está tudo bem? - Questiono desconfiado.
- Está tudo ótimo. - Ele responde com um olhar malicioso e sorriso sarcástico.
Olho para trás e minha família me segura, como se estivessem sendo controlados por algo. Seus olhos tão sem brilho, sem vida. O quê estava acontecendo? Tento me desvencilhar deles e vejo os malditos chips em suas nucas.
- Magnus? Não, isso é impossível. Você está morto. - Vejo um par de asas negras enormes surgindo em suas costas, e ele voa levando meus pequenos para uma grande nave que pairava acima de nós, enquanto eu não conseguia sequer sair do lugar.
- NÃOOOOO!"
Desperto bruscamente, sacando minha arma e apontando pro nada em minha frente. Tudo não havia passado de um maldito pesadelo.
- Pesadelo, irmão? - Anny questiona.
- Sim. - Suspiro aliviado. - Nem queira saber. - Digo guardando minha arma e colocando a mão na testa.
Saio da sala e sigo até nosso quarto onde Cat jazia ainda desacordada, se recuperando pouco a pouco. O que não esperávamos era que Cat havia tido uma reação alérgica da anestesia e depois que teve um choque anafilático, entrou numa espécie de coma. Já está completando um dia que ela está assim.
Lá em Murdock, após o médico acordar e constatar seu estado, disse que ela ficaria bem em algumas horas e que era apenas uma reação alérgica que juntamente ao estresse sofrido, foi a maneira que o organismo dela havia encontrado pra poder descansar.
Nos organizamos e viemos embora, pois Krauser e Rafael já haviam resolvido toda a bagunça que Magnus havia feito. Os feridos foram curados, os mortos foram cremados, inclusive as duplicatas de Cat e o corpo de Magnus. As naves foram consertadas e todos os aliens foram levados de volta aos seus respectivos planetas.
Tivemos bastante trabalho nas últimas 30 horas. Um comunicado foi dado nos planetas, de que toda aquela loucura havia findado e todos poderiam voltar para suas vidas normalmente, agora sem medo do perigo iminente.
Reed após ter sido curado de seus ferimentos, insistiu em vir conosco e ficar em nossa casa até Cat acordar.
Anny Lee e minha mãe se revezavam em me ajudar a cuidar dos bebês, que ainda não têm nomes, pois aguardo Cat para escolhermos juntos.
Gabriel estava totalmente recuperado de seu coma. Foi meio difícil ele associar sobre as coisas que estavam acontecendo, mas ele é um garoto esperto e está tranquilo em relação a isto.
...
Pouco antes do entardecer, enquanto estava na varanda juntamente com meus pequenos, e conversando com Reed, vemos algo saindo da floresta e vindo correndo em nossa direção depressa.
- Lunnar? - O unicórnio vem até nós, cheira os bebês e entra dentro de casa indo até Cat.
Sigo o animal para ver o quê ele faria. Ao se deparar com Cat, Lunnar cheira sua mão e logo após se aproxima de seu rosto. O chifre do ser brilha em uma luz roxa, que parece percorrer todo o corpo de Cat. Alguns segundos depois, Catléya acorda assustada.
- Lunnar? - Ela diz enquanto se levanta bruscamente. - Gente, será que eu morri? - Ela se questiona deslizando uma das mãos na face do unicórnio.
- Se morrestes, então estamos todos no paraíso. - Digo e ela sorri, saindo da cama com agilidade.
- DANTE! - Nos abraçamos e como era bom ouvir sua voz novamente, sentir seu toque, seu cheiro. - Meu bem, que saudades! O quê ouve? Onde estão todos? E nossos filhos? O Reed? E o Gabriel? Meu Deus, e a chave pra libertar o Gabriel, onde está?
- Calma, uma coisa de cada vez. - Falo sorrindo. - Estão todos bem, e todos nós estávamos lhe aguardando.
Saímos juntamente com Lunnar que fica nos arredores de nossa casa e explico tudo o que aconteceu enquanto ela dormia. Cat cumprimenta cada um com abraços e logo depois se senta na varanda comigo, pegando nossos pequenos e os olhando com carinho, ela começa a chorar.
- Eu não acredito que acabou. - Ela diz enxugando suas lágrimas, e beijando nossos filhos.
Finalmente vamos ter sossego e tempo para amar e compartilhar de momentos felizes com essa grande família que nos tornamos.
***
CATLÉYA NARRANDO...
Finalmente as coisas estão voltando ao normal. Mas não creio que iremos voltar a sermos o que éramos antes, pois aprendemos muito no decorrer deste tempo que ficamos uns com os outros e tudo vai estar guardado em nossos corações pra sempre. Todo o ocorrido nos modificou na maneira de pensar, de ser, de agir, de amar, quebrando todos os padrões e preconceitos. Nos tornamos uma grande família, bem estranha, mas o que nos une não é o sangue, e sim o amor, o companheirismo e a amizade. E eu amo essa minha família interplanetária de todo meu coração.
Dante resolveu dar uma festa em comemoração da derrota do inimigo. Enquanto arrumavam os comes e bebes, conversei um pouco com Gabriel. Disse à ele que nossa mãe havia falecido, o quê ocorreu comigo após sua morte e como vim parar nesta vida maluca intergalática.
Agora pensando com clareza, estava óbvio que Magnus não era o Gabriel. Mesmo se ele tivesse passado por aquela transformação e tivesse ganhado asas, ele não havia perguntado sobre nossa mãe em momento algum. Deveria ter desconfiado. Mas enfim, agora nos reencontramos e isto é o quê importa.
Seguro meus bebês no colo, são tão frágeis. O menino possui olhos claros como os do pai, e uma mecha branca em meios aos cabelos pretos, bem no topete. A menina têm heterocromia, um olho é azul e o outro é castanho, e seus cabelos são da cor dos meus, também castanhos. Meus filhos são lindos. Agora entendo o motivo de tantas dores e minha barriga ter crescido tão rápido com os medicamentos, eram duas vidinhas que eu carregava em meu ventre. Pena que passou tão rápido e nem pude aproveitar 9 meses completos de gravidez. Foi muita loucura, muita correria, mas estamos aqui e com saúde, graças a Deus.
- Já pensastes em um nome para eles? - Dante me questiona pegando a nossa filha.
- Não sei. - Digo olhando para nosso filho. - Quero algum nome que seja imponente, porquê eles vão crescer fortes e destemidos como o pai.
- E a mãe. Afinal, sem você não teríamos conseguido vencer. - Ele fala com um sorriso no rosto.
- Que tal... Humm... Sírius e Aylla? - Digo enquanto ele me observa pensativo. - Sírius significa estrela ardente ou flamejante, se não me engano. E Aylla significa luar ou luz da lua.
- Perfeitos. Sírius e Aylla. - Ele diz maravilhado enquanto o restante dos nossos convidados acabam de chegar.
Reed estava ali do meu lado, conversando algo com Estrela. Fico feliz que meu bebê dragão esteja bem. Rafael e Krauser acabam de aterrizar, e Estrela vai ao encontro deles. Vejo-a abraçando e beijando Krauser, enquanto ele dá um sorriso meio bobo com um leve toque de roxo no olhar.
- Gente, o quê foi que eu perdi? - Questiono olhando pra eles, que parecem ter ficado constrangidos com minha pergunta.
- Algumas coisas simplesmente acontecem. - Estrela diz segurando a mão de Krauser.
- Awnmmm! Felicidades ao mais novo casal, fico muito feliz por vocês dois. - Digo toda boba colocando minha pequena Aylla num tipo de cesto, após ela dormir.
Comemoramos nossa vitória e despedida por toda a noite, com bastante comida, bebida e conversa sobre o ocorrido e nossos futuros. Afinal, Reed terá de voltar para o seu planeta, ele é o príncipe e agora terá que cumprir com suas obrigações. Os homens irão reestruturar a TIGRE e voltar a trabalhar contra os malfeitores do universo. As mulheres ainda não sei o que farão da vida, mas paradas é que elas não vão ficar. Gabriel cogita a ideia de fazer parte da TIGRE futuramente, mas antes ele quer aprender mais sobre as coisas deste universo, e tenho certeza de que Anny irá lhe ensinar tudo o quê precisa saber por enquanto. Engraçado, poderia jurar que havia visto os olhos de Anny ficarem roxos ao conversar com meu irmão que parecia encantado com a garota, talvez seja só impressão minha. E quanto a mim e meus bebês ficaremos bem, tendo Dante ao nosso lado, não precisaremos de mais nada.
- Tá ouvindo isso? - Digo para o meu marido que me olha confuso.
- Isso o quê? - Ele questiona com a mão em cima da arma, em estado de alerta.
- Calma, relaxa. - Eu seguro sua mão o abraçando. - Está ouvindo o som da liberdade, do amor? - Digo enquanto ele presta atenção em volta, ouvindo as conversas e risos de nossa alegre família.
- Estou. - Ele dá um sorriso de canto de boca, e nos beijamos apaixonadamente.
- Conhecer você foi a melhor coisa que já me aconteceu. Obrigada por existir. Te amo hoje e até o fim das nossas vidas. - Falo enquanto seus olhos mudam de cor, ficando roxinhos. Então somos chamados de volta a festa.
- Já iremos. - Ele diz se virando novamente para mim. - Eu é que lhe agradeço por fazeres parte da minha vida. Eu lhe amo e faria qualquer coisa pra te ver feliz, e iria até os confins do universo só pra lhe encontrar. Eu daria minha vida, toda e qualquer riqueza, muito além de mil estrelas por você.
FIM
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Oie pessoal!!
Tatu do Bem com Vocês?
Gentes, espero q tenham gostado da História, e agradeço do Fundo do meu Coração por cada Leitura, cada Comentário, cada Voto, cada incentivo e apoio de cada um de Vocês por ter nos Acompanhado fielmente até aqui!! 💜
Graças a vocês chegamos onde estamos!! ❤️
MEU MUITO OBRIGADA A TODOS!!
💜💜💜
Um Abração pra Vocês e Até a Próxima História!!
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Atenciosamente
Jolzi Rosa
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