Cap. 49 - Toda a Verdade
CATLÉYA NARRANDO...
Magnus começa a falar, mantendo a distância que eu havia indicado. Ele diz que cada um de nós possui uma cópia diferente em cada planeta, com o mesmo DNA. E me explica que nós dois somos irmãos de DNA sanguíneo, ou seja, é um fator que nos torna irmãos legítimos, porém de planetas distintos.
- Isso eu entendi. Você é meu irmão de outro planeta. Mas por qual motivo está mantendo o meu irmão original aqui? - Questiono.
Ele dá um sorriso sem graça, com um olhar distante, como se procurasse palavras pra se explicar.
- Então, Katheryne.
- Não me chame de Katheryne. Meu nome é Catléya. CATLÉYA. - Digo com os nervos à flor da pele.
- Desculpe-me, Catléya. É força do hábito. Minha irmã era tudo pra mim. E quando vejo você... - Ele suspira com semblante triste. - Enfim. Seu irmão terrestre, Gabriel, não era pra ter sido abduzido aquela noite. Era pra ter sido você.
- O QUÊ? - Digo atônita. - Então quer dizer que todos esses anos que eu me culpei pelo meu irmão ter desaparecido, foi por sua causa? - Sinto meu corpo todo estremesser, como aqueles cachorrinhos pequeninos quando ficam nervosos. - Você sabia que nossa mãe, minha mãe, morreu por culpa do que você fez? Ela enlouqueceu por ter perdido o filho, e nunca ter encontrado respostas do seu desaparecimento. Ela adoeceu e definhou lentamente até morrer.
Sinto meu rosto arder, lágrimas começam a brotar dos meus olhos. Não consigo conter o choro.
- Meu Deus. Eu não tô acreditando nisso. - Coloco uma mão nas costas e a outra em direção ao peito, e dou um longo suspiro. - Você destruiu minha família, Magnus.
- Catléya, por favor. Deixe-me terminar.
- Pra trás. Continue de onde está. Eu não consigo nem olhar pra sua cara. Por conta do quê você fez eu quase fui abusada dentro de casa, por não ter nem meu irmão ou minha mãe pra me proteger. Por sua causa eu virei uma ladra mendiga, que morria de medo de voltar pra casa por causa do que eu fiz com aquele monstro que quase me... - Respiro fundo, ainda tremendo como uma vara verde. - Nada disso teria acontecido se não fosse por você. Aliás, até te agradeço por ter estragado minha vida, sabe? Porquê agora eu estou feliz, eu tenho amigos, tenho o Dante, tenho meu filho que está prestes a nascer, tenho uma família. Uma família que não precisa me sequestrar um milhão de vezes para ter o meu afeto.
- Eu não sabia que havia lhe acontecido este fato horrível. Eu sinto muito. - Ele diz agora com arrependimento no olhar. - Catléya, depois que o idiota do meu subordinado aterrisou na atmosfera da Terra, ele ficou meio louco, e me trouxe Gabriel ao invés de você. Talvez fosse alguma piada de mau gosto ou era apenas pra frustrar meus planos e minhas expectativas. Após algum tempo, consegui recuperar as coordenadas que o ordinário maluco havia deletado, e fui eu mesmo atrás de você. Passei dias lhe procurando, mas a Terra, por ser o planeta mais extenso de todo o universo, ficou quase impossível rastreá-la novamente. Mas eu mantive Gabriel sob meus cuidados.
- Ah, claro. Mantendo ele em coma. Nossa, você merece um prêmio de benevolência. - Falo sarcasticamente, me segurando pra não dar um murro bem dado na sua cara. - Aí depois disso tudo, o senhor me encontrou lá em Izloj? - Coloco a mão na cintura aguardando sua resposta.
- Pra ser mais específico, foi por um acaso. No momento em que resgatou o príncipe azlanyano. - Ele aponta para Reed, que ainda dormia profundamente. - Precisava descobrir quem era a mulher que havia frustrado parte dos meus planos. Quando descobri que era você, minha irmã perdida, fiquei tão contente. Queria eu mesmo ter ido ao seu encontro, mas a TIGRE estava no meu rastro e não poderia me expor no momento. Então armei todo um esquema para pegar você e o azlanyano. Mas os imbecis dos meus soldados nunca conseguiam concluir o serviço. Após você ter desaparecido do mapa, modifiquei algumas aranhas azuis com o DNA de minha Katheryne, para lhe encontrarem onde quer que estivesse.
- Então era tudo um plano pra eu ficar doente e me levarem até o hospital? - Digo passada. - Você é louco? Eu poderia ter morrido, sabia?
- Jamais lhe faria algum mal. As aranhas eram apenas para lhe paralisarem, e serem obrigados a levarem você pro hospital. Mas não imaginava que estava grávida e que o veneno delas aceleraria sua gestação, lhe trazendo consequências. Me perdoe.
Bufo de raiva. Penso em falar algo, mas o quê? Ele me observa ao longe com cara de incógnita. Enquanto ando de um lado para outro.
- Magnus, eu entendo o quê está passando. Sinto muito pela sua perda. Mas não posso substituir sua irmã. Além de tudo, você é mau, matou e aprisionou centenas de aliens. Eu achei que você era um anjo, mas quem vê cara não vê coração, não é verdade? E afinal de contas, qual motivo de querer dominar o universo? Esse vazio que você sente não vai ser preenchido. - Digo tentando persuadí-lo.
- Não faço isso por mim. Faço por Katheryne.
- Como assim? Ela que queria dominar o universo?
- Não, não. A ideia de Katheryne era ajudar a TIGRE, testando os chips controladores nos prisioneiros de PISME.
- Quê isso? PISME?
- A Prisão Intergaláctica de Segurança Máxima Estelar. Esta prisão foi desativada a muito tempo. E seus prisioneiros foram enviados para serem cobaias de alguém ou para a morte. Minha irmã aproveitou para testar a implantação dos chips em alguns deles, que não possuíam penas tão severas. Ela conseguiu transformar bárbaros em aliens civilizados através do controle.
- Sei, mas algo deu errado e quem morreu foi ela, né? - Questiono dando um cutucão em Reed, tentando acordá-lo, mas provavelmente ele está desmaiado.
- Sim. Mas o quê aconteceu com Katheryne foi apenas um acidente. Um terrível acidente que eu poderia tê-lo evitado. - Ele lamenta. - Depois que nossa raça foi dizimada...
- Dizimada como? - Interrompo seu raciocínio.
- Ah, você não sabe?
- Não, meu filho. Eu descobri recentemente que alienígenas existem.
- Entendi, me desculpe. Pois bem, nossa raça entrou em extinção após nosso planeta simplesmente explodir, de uma hora pra outra. E antes de perguntar, não, não existem mais aliens da minha espécie. Sou o único e o último.
- Mas isso é impossível. Como assim? Tem tantos outros planetas com uma mistureba de aliens e você é o último?
- Nossa raça sempre foi egocêntrica. E por este motivo fomos extintos. Não saíamos de nosso planeta por nada, os outros aliens que vinham até nós. Nós nos achávamos superiores aos demais, éramos egoístas. Mas por minha irmã ser diferente, ela me convenceu de irmos pessoalmente tratar do assunto das cobaias em PISME, antes de ser desativada. Ela faria os experimentos dentro de sua própria nave para não perder tempo, e tudo estava esquematizado. Porém, quando voltamos pra casa, restavam apenas destroços do que um dia foi um planeta.
- Nossa... Eu sinto muito. Mas se sobrou apenas vocês dois, como Katheryne morreu afinal?
- Com o passar dos dias, após nosso luto, ela continuava firme com suas pesquisas. A ajudei com os testes e estava tudo nos conformes. Mas certo dia, começamos a discutir por algo, e num momento de distração nossa, um dos chips controladores apresentou uma falha. - Ele engole a seco. - E um dos prisioneiros conseguiu se libertar e golpeou-a pelas costas, arrancando-lhe o coração, na minha frente.
Arregalo os olhos não acreditando no que meus ouvidos ouviam.
- Com o golpe fatal daquele assassino, ela caiu desfalecida em meus braços. Eu não pude fazer nada, ela já tinha morrido. A única coisa que eu pude fazer foi cair de joelhos e obervar seu sangue escorrer por entre meus dedos. Manchando o vestido branco que eu havia lhe dado de presente de aniversário. Minha vida desabou. Perdi meu planeta, meus amigos e o que havia restado da minha família. Eu deveria ter checado os prisioneiros, a culpa foi toda minha.
- Ai, meu Deus, Magnus. Eu sinto muito. - Digo tapando a boca com as mãos.
Coitado. Todo aquele sentimento ruim que eu tinha dele foi se esvaindo pouco a pouco. Que tristeza perder alguém desta maneira. Como alguém poderia cometer uma atrocidade dessas?
- E o quê você fez depois? - Pergunto receosa, tentando não tornar a situação ainda mais deprimente.
- Em um estado de fúria, matei os outros prisioneiros. Juntei todos os arquivos e protótipos dela, e tranquei-os a 7 chaves. Após a morte de minha irmã, conservei seu corpo em uma câmara fria com o intuito de rastrear alguma de suas duplicatas. Mas toda vez que eu chegava em um planeta em que uma delas era detectada, já estava morta da mesma forma que Katheryne. Eu sabia que era aquele verme desgraçado. Ele queria me fazer sofrer mais do que já estava sofrendo. Até que em um dia, me aliei a alguns homens de Green men e de Allenkeys, e desta forma encontrei o infeliz desalmado. Fiz aquele canalha asqueroso provar o gosto de uma morte lenta e dolorosa. Me vinguei, mas isto não foi o suficiente. Todas as duplicatas dos planetas estavam mortas. Agora precisaria esperar outras nascerem, pra enfim ter minha irmã de volta. E esperei por vários anos até conseguir finalmente rastrear você, naquele planeta gigantesco, na Terra.
- E enquanto aguardava o nascimento de outra irmã, você conseguiu construir tudo isso? Mas por qual motivo os chips em todos os aliens?
- Pouco a pouco construí meu império. Juntei forças com planetas aliados, mas claro que menti a respeito de minha real intenção. O motivo de fazer a implantação em toda a alienígenalidade é para que todos sejam controlados a serem boas pessoas. Pois desta forma nunca mais causariam dor uns aos outros. Todo o universo viveria em completa paz, graças ao trabalho de minha irmã.
- Então você tá me dizendo que está capturando todos os aliens só pra manipulá-los a serem bons depois que tudo acabar? - Dou uma risada irônica. - Desculpa querido, mas você está fazendo isso do jeito errado.
- Porquê acha isto?
- Preste bem atenção no que você acabou de falar. Capturar e dominar o universo só pra controlar as pessoas para serem boas? Querido, você sabe o que é livre arbítrio? As pessoas têm escolhas, depende de cada um de nós qual caminho pretende seguir. Gente ruim sempre vai existir, as pessoas são assim. Qual o sentido de aprisionar e até mesmo matar centenas de aliens, transformando o universo em uma zona de guerra, só pra no final viverem em harmonia, quando todos estiverem sendo controlados mentalmente por esses seus chips? Viu como isso soa ridículo?
- Não, minha cara irmã. Eu estou sendo inovador. Porquê controlar apenas os malfeitores para ser do bem, sendo que as pessoas de bem também poderiam se tornar o oposto? Então, irei fazer isto para não ter nenhum erro desta vez.
- Desta forma você não está ajudando ninguém, e sim tirando a liberdade de escolha. Está brincando de ser Deus.
- Que seja. O fato é que após eu concluir minha missão, nunca mais devemos nos preocupar com aliens malfeitores. E você vai estar ao meu lado de novo, e desta vez não terá ninguém para atrapalhar.
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Oie, pessoal!!
Tatu do Bem com Vocês?
Gentes, espero q tenham gostado, deixem um comentário e um votinho pra nos ajudar!!
E pessoal, alcançamos os 100K de Visualizações!!
HURRUHHH
Muito Obrigada a Todos q estão nos Acompanhando até aqui!!
💜
Ao mesmo tempo q estou muito Feliz com essa Conquista, também estou muito triste e chateada, porq mais uma vez estamos com aquele probleminha do site Vietnamita Pirata q está clonando Nossas Histórias!!
Muitos colegas Wattpadianos estão preocupados e querendo retirar suas histórias. Mas por favor pessoal, não retirem suas Histórias. É triste, é desanimador e decepcionante saber q você Não tem Nem seu Livro publicado, mas já está sendo pirateado kkk Mas não vamos nos desesperar gentes, pois o WATTPAD está fazendo de Tudo pra derrubar esse site de novo, e Logo, Logo tudo vai voltar aos conformes!! Não saem desesperados procurando seus livros nesse site, porq pode ter algum vírus quando você acessar, o melhor a se fazer é apenas aguardar por mais informações da equipe do Wattpad e não enchê-los de perguntas, pois isso já está sendo resolvido!!
E VOCÊ QUE ESTÁ LENDO ESTA HISTÓRIA EM OUTRA PLATAFORMA QUE NÃO SEJA O WATTPAD, VOCÊ CORRE O RISCO DE SOFRER ALGUM ATAQUE VIRTUAL DESSES SITES PIRATAS, COMO VÍRUS POR EXEMPLO, ALÉM DE DEIXAR NÓS ESCRITORES MUITO CHATEADOS!!
(╥﹏╥)
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