Cap. 27 - Perdida
CATLÉYA NARRANDO...
- Estás bem? Quem é você? - Aquele ser fala me sacudindo.
Pronto, quem é esse agora?
Esta foi a última coisa que me lembro antes de desmaiar de novo.
Acordo numa cama grande e macia, com lençóis vermelhos de seda fina. Me levanto rapidamente e olho para os lados, na cabeceira da cama, tem uma mesinha com água e comida. O que é bom, pois estou faminta.
- Mas onde é que eu estou?
Vejo uma porta trancada em minha frente, outra que dá em um banheiro luxuoso, e uma janela grande de frente a cama. Já é noite, e eu via do lado de fora, na rua, aliens andando de um lado pra outro. Pela altura, poderia calcular que estou mais ou menos no 7° andar de algum prédio.
- Apreciando a vista? - Ouço uma voz grossa atrás de mim e levo um baita susto.
- Q-quem é você? E onde estou? - Falo recuando tentando encontrar qualquer coisa pra me defender daquele indivíduo.
- Creio que sou eu quem faz as perguntas. Quem és e porquê estavas na nave dos soldados da Tríplice? E porquê eles a protegeram dentro de uma cápsula teleguiada? - O alien grandalhão diz, e noto que seus olhos mudam de cor.
- Você é de Izloj?
- Como sabes? Quem és? É uma espiã da Tríplice? - Ele me prensa na parede como se eu fosse uma barata.
- Claro que não, você é louco? Meu nome é Catléya, sou da Terra e fui parar em Izloj por engano. - Digo e ele me solta.
- Uma fêmea humana?
- Sim, querido, sou humana. E não sou espiã de Tríplice nenhuma.
- E como foi que parastes em uma espaçonave inimiga?
- Eu fui sequestrada por alguns aliens, por isso acabei parando dentro da nave deles.
- E porquê?
- Cara, eu não sei, tá ok? Não faço a mínima idéia do que eles querem comigo.
- Humm... Está bem. Podes ficar aqui por enquanto até eu ver o que faço com você. Tome um banho se quiser. - Ele fala se virando.
- Espera, você não pode me deixar trancada... - Ele fecha a porta. - Aqui.
Já que estava sendo sequestrada pela centésima vez, não me resta nada a não ser tomar um banho. Visto um vestido preto que estava dentro do banheiro, não sei de quem é, mas vesti assim mesmo. Ele fica um pouquinho apertado, afinal, tantas chocolates daria este resultado.
- O que eu faço agora? - Endago enquanto como alguma coisa. - Já sei.
Pego minhas roupas sujas e coloco na máquina pra lavar. Quanto mais cedo eu tirar esse vestido, melhor. Estava desconfortável.
Começo a procurar algo pelo quarto que pudesse usar como arma. Eu que não irei ficar sozinha aqui com esse brutamontes.
Me ajoelho ao lado da cama e vejo apenas uma caixa preta. Pego ela, e não conseguindo abri-la arremesso-a pela janela. Observo os estilhaços no chão. Seria bastante alto pra fazer uma corda de lençóis pra escapar.
- Droga.
- O que estás fazendo, sua lunática? - O grandalhão aparece gritando comigo.
- Só quero sair daqui.
- Não precisa se matar ou destruir minha casa por isso.
- Não se aproxime de mim.
Ao se aproximar, dou-lhe um chute entre as pernas, e puxo sua arma.
- Ow, qual seu problema, garota? És louca ou o quê? - Ele diz enquanto agoniza de dor.
- Agora, deixa eu sair daqui e voltar pra Izloj. - Falo apontando a arma pra ele.
- Aponte isto pra outra direção. Não queres se meter em encrencas, não é? Não é legal agredir um soldado da TIGRE.
- Você é... Da TIGRE? Então você conhece o Dante?
- O Dante? Você é o quê dele?
- Ele é meu... Amigo, eu acho. Enfim, me leve até ele, pois sou importante.
- Se estás dizendo a verdade, abaixe a arma e podemos conversar com calma. Afinal, ele também é meu amigo.
- E quem é você, grandalhão? E como ou onde me encontrou?
- Meu nome é Krauser. Eu e Dante estávamos voltando de uma missão. Chegamos até a TIGRE, logo após ele se foi pra Izloj e eu estava vindo pra casa. Até que trombei com uma nave da Tríplice. Eles atacaram e eu apenas revidei. Uma pequena cápsula atingiu uma parte da minha nave, trouxe-a para dentro e quando abri era você que estava nela.
- A missão de vocês, era ir até o planeta dos dragões, não é?
- Como sabes disto?
- Só me responde, por favor. Conseguiram contactar os Aslanyanos?
- Sim, conseguimos. Quer dizer, não totalmente. Apenas destruímos o que impedia de nos comunicar com os dragões. Agora, posso lhe levar até o Dante se quiseres. Podes confiar em mim.
- Está bem. - Devolvo a arma, e ele dá um sorriso malicioso.
- És muito ingênua, humana.
- Não, não, não. Você prometeu. - Ele fecha a porta me trancando de novo. - Ah, mas que filho de uma...
Como eu fui burra em acreditar nesse troglodita, eu mal o conheço. Talvez seja pelo seu jeito familiar, se parecer com o ETsão.
Estou perdida, e o que me resta agora é bolar algum plano pra tentar voltar pra casa, pro Reed, e pro Dante.
***
DANTE NARRANDO...
Creio que minhas palavras foram muito duras com Reed. Ele não merece minha fúria, ele não merece estar aqui, sofrendo. Longe da família. Não posso culpá-lo por tudo o que aconteceu.
Agora com seu planeta livre do eletromagnetismo podemos contactar seus pais. Mas por enquanto, terei de deixá-lo no esconderijo até estar a salvo. Afinal, a casa de meus pais não era mais segura para ele.
...
Me aproximo de Reed, que está encostado em uma árvore. Ele olha para o céu vagamente.
- Ouça Reed, eu sinto muito pelo que lhe disse mais cedo, sobre a Cat.
- Está errado. Ela vai conseguir voltar. E se isso não acontecer, sei que você vai atrás dela. Porque você sempre vai, não é Dante? - Ele me encara por alguns segundos.
- Sim, Reed. Eu sempre irei, e prometo que vamos encontrá-la.
- Ela me disse que quer ter um futuro com você, já que ela perdeu o dela na Terra. - Ele suspira com pesar. - Eu não quero voltar pra casa enquanto não ver ela de novo.
- Está bem, Reed. Mas enquanto isso, preciso que me faças um favor. Sabe o esconderijo, quero que fiques lá até encontrarmos a Cat. Estamos entendidos?
- Sim.
- Vamos agora.
********
Oie, pessoal!! Desculpem a demora, esse capítulo foi bem curtinho, mas o próximo vai ser maior tá ok?
Lembrando, se gostaram deixem uma estrelinha e um comentário pra ajudar.
Um Abração e até o próximo...
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