Cap. 12 - Jantar em Família
Música: Give Your Heart a Break - Demi Lovato 🎶
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Caminhamos até sua casa e fico encantada com o jardim deles. As flores são lindíssimas, e parecem brilhar ainda mais com o cair da noite. Reed observa os lindos vagalumes em nossa volta, eles são enormes.
Na entrada, havia uma piscina com algumas cadeiras na beirada. A casa é feita de um tipo de pedra branca, toda moderna e belíssima. Noto que o ETsão me olha de rabo de olho, mas sempre quando o encaro ele desvia o olhar.
- O que foi? - Pergunto à ele.
- Nada. Anda logo. - Ele abre a porta pra mim. - Entre e fique quieta, não diga uma só palavra.
- Tá bem. - Falo revirando os olhos.
Vejo Anny Lee segurando umas coisas na mão, acho que são frutas ou verduras. Um cheiro maravilhoso toma conta do lugar, e faz meu estômago revirar de fome. Na cozinha, bem iluminada e arejada, encontro um lindo casal um pouco mais velhos, deduzo que são os pais do ETsão.
- Olá, minha querida. - A dona de cabelos negros e olhos verdes me dá um abraço caloroso. - Seja bem vinda à nossa casa. Meu nome é Aryadne, sou mãe do Dante.
- Olá, meu nome é Ivan, muito prazer em conhecê-la. Sou pai do Dante. - O senhor de olhos azuis e cabelo preto meio grisalho se apresenta.
- M-meu nome é Catléya, fico muito feliz em conhecê-los. Finalmente, o Dante não pára de falar em vocês. Não é Dante? - Dou uma espetada nele enquanto Anny pega Reed pra colocá-lo em um lugar mais silencioso. Ele ainda dormia.
O ETsão me olha confuso, acho que deixei ele meio sem jeito.
- Sim, sim. Mas deixamos essas coisas de lado, e vamos logo terminar esse jantar. Estou com muita fome. - Ele me puxa pelo braço, acho que ele gosta de fazer isso, só pode. - Preciso falar com você um minuto.
Ele praticamente me arrasta até a sala. E me dá uma bronca sussurrando.
- Que idéia é essa? Porque falaste aquilo? Eu não lhe disse que era pra ficar calada? Não quero que fale mais nada.
- Tá bem, Dante. - Respondo com cara de inocente, eu iria obedecê-lo de agora em diante. Só que não.
Voltamos para a cozinha. Estão cozinhando algum tipo de ensopado, que está com um cheiro maravilhoso.
- Pode me ajudar aqui um minuto, Catléya? - Ela pergunta docemente.
- C-claro... O que a senhora quer que eu faça? - Fico meio constrangida ao notar que todos olhavam pra mim. Estou me sentindo um ET, que irônico.
Ajudo um pouco, mas não o suficiente. Fico basicamente olhando aquela sopa borbulhando, e meu estômago ronca alto, eles ouvem e riem o tempo todo por isso. Droga, esqueci que todos têm uma audição extremamente boa. Fico desconfortável, mas explico que faz algum tempo que não sinto um cheiro tão bom de comida.
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Eu não acredito no que está acontecendo. Minha família inteira enlouqueceu, só pode. Acolher esta humana, conversar tanto e darem risadas com ela? O que ela tem de tão especial? Parece que ela encanta todos em sua volta, inclusive eu, que estava sendo um completo idiota com ela.
Ela diz o quanto a nossa comida é diferente da dela, e que os que mais se assemelha com os alimentos do planeta dela são as frutas. Quanto mais ela fala, mais curiosos eles estão. Inclusive eu.
Depois de tudo pronto, finalmente fomos jantar. Proíbo a humana de jantar conosco, apesar de meus pais quererem a companhia dela na mesa. Eu não quero, ainda mais em um jantar de família.
A quem eu quero enganar? Claramente eu quero ela conosco, mas não posso dar o braço a torcer. Ela não pode e não vai ficar na minha vida por muito tempo. Não posso me acostumar com sua presença.
Coloco ela na varanda de casa, juntamente com a cria azlanyana. Quando me sento à mesa, os olhares se voltam pra mim, com reprovação.
- Porque colocastes ela e a criança pra fora? - Minha mãe questiona com voz baixa e séria.
- Porque EU não quero ela aqui. É uma estranha, e vocês estão se apegando muito rápido à ela.
- Mas não foi desse modo que lhe criamos, Dante. Tratar a moça desta maneira. Não está certo.
- Não irei discutir com vocês. Amanhã me livrarei dela mesmo, então não me importo. - Minto novamente. Não queria me livrar dela em hipótese alguma.
- Tenho apenas uma palavra pra você, irmão... - Anny me olha furiosa. - CRUEL.
Ela diz essas palavras, pega seu prato e sai em direção à varanda. Não iria ter uma discussão boba com minha irmã por causa dela. Continuo encarando minha comida sob os olhares confusos e furiosos de meus pais.
Estou me sentindo mal por Catléya. Eu não quero tratá-la desta maneira, mas é preciso. Não, não é. Meu subconsciente me avisa. Pronto, agora fiquei louco de vez.
Ouço risadas do lado de fora. Nunca vi Anny Lee tão contente. Acho que ela tinha vontade de ter uma irmã, para compartilhar as coisas, o tempo, segredos e bobagens de mulheres.
...
Terminamos o jantar, e logo após ajudar minha mãe à arrumar a mesa, seguimos até a varanda, onde Cat terminava de dar comida pra cria. Ela não havia notado minha presença atrás dela.
- Ele está lhe sujando toda, Cat. - Anny diz a ela.
- Não tem importância. Ele é apenas um bebê, e eles fazem uma bagunça danada. - Ela fala sorrindo e limpando a boca do dragãozinho. - Pronto. Tá cheio?
- Toi muito cheio, acho que voi espodir. - Ele diz passando a mão na barriga.
- Então tá bom. Tem que comer muito pra ficar forte e grandão.
- Gandão igual papai. - Quando ele fala isso, noto uma pontada de tristeza no olhar dela, mas que logo se disfarçou com um belo sorriso.
- Isso mesmo. Grandão igual o papai. - Ela o beija na bochecha e toca a ponta do dedo em seu focinho, lhe fazendo cócegas.
- Então, Catléya, querida. O nosso quarto de hóspedes está em reforma, e se você não se importar pode ficar na sala ou...
- NO MEU QUARTO! ÊÊÊÊÊ! - Anny bate palmas e grita escandalosamente.
- Não se importam comigo, dona Aryadne. Se for preciso durmo até aqui fora, se quiserem. - Ela se levanta rapidamente ao perceber minha presença.
- Dormir no quarto da Anny Lee? Claro que não, pras duas tagarelarem a noite toda?
- Dante, largue de dizer bobagens. Catléya é nossa convidada, e ficará muito bem no quarto de Anny Lee.
- É isso aí, eu juro que não vou ficar conversando a noite com ela. - Anny diz dando uma piscadela pra Cat.
Reviro os olhos bufando e vou até a cozinha pegar uma sobremesa. Chocolate.
A chocolate é a melhor fruta que nós temos por aqui. Somos proprietários de algumas árvores gigantescas desta delícia.
Minha mãe pega algumas chocolates e entrega pra elas. Vejo um brilho imenso tomar conta dos olhos de Catléya e um gritinho ensurdecedor.
- ISSO É CHOCOLATE? - Ela pergunta surpresa. - Ai... Socorro. A quanto tempo não como um desses!
Ela pega a fruta e come com muita alegria. Puxa, não sabia que ela gostava tanto disso.
- Se quiseres, amanhã levo você pra visitar nossas árvores.
- Eu adoraria, Anny.
Elas seguem para o quarto de minha irmã. Sei que ela estaria confortável e segura com Anny. Mas amanhã bem cedo seguirei para o planeta RedStar para tratar de alguns assuntos e talvez levo Catléya comigo e a deixo por lá. E assim me livrarei desta causadora de problemas de uma vez por todas.
Amanhã.
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Um Abração a Todos e Até o Próximo Capítulo... 💜
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