Destroços
Olá, bebês! Estão bem? Eu espero que sim. ♡ Enfim, trouxe mais uma fanficzinha pra vocês, mas só que essa daqui é para corações fortes, viu. Ou você tem psicológico para aguentar tristeza e choro, ou vai sair daqui todo destroçado (como o título já diz 😈). Porém uma coisa boa dessa história é, com toda certeza, o Soobin. Que homem, meus amigos, que homem.
No entanto, sem mais demoras, vamos ao que importa!
Créditos da capa e banner: Vitoriasifrid77. MDS MDS SÉRIO--- MUITO OBRIGADO, VI!!! ♡ Que designs mais charmosos, incríveis de lindo. Já te disse, mas amei demais.
⚠️ AVISOS:
Primeiramente, esclarecer que, a história se passa num universo ABO (alfa, beta e ômega), e que caso não saibam o que é, recomendo pesquisar. Também contém MPREG (gravidez masculina), pois faz parte do universo.
Segundamente, o couple protagonista é YEONBIN, composto por Choi Soobin e Choi Yeonjun do TXT, para quem ainda não os conhece. Há também casais/couples secundários/terciários ao longo da história.
Terceiramente, já dei uma dica antes, mas essa história aborda temas sensíveis para algumas pessoas, como: relacionamento forçado, agressão física, perseguição, traição e violência verbal e física.
Então caso forem ler, estejam cientes sobre tudo isso, certo? E não se forcem a ler se não puderem! Tô de olho.
Até mais! Boa leitura! ♡
Eu tinha dezessete anos quando tudo aconteceu.
Bem, começando pelo fato de eu ser um garoto extremamente inquieto e expectante quanto a buscar novas experiências. Porém, tristemente, possuidor de pais conservadores e rígidos que não se importavam em tirar coisas que me faziam feliz se fosse pela felicidade deles, ou seja, praticamente tudo: namorados, primeiras vezes — pintar o cabelo, piercings, sexo —, roupas que eu gostava de usar, entre tantas outras coisas que até fica difícil citar.
E não, não é como se eu odiasse a minha vida por isso. Na verdade, eu tinha amigos que me ajudavam e levantavam a minha autoestima todos os dias para não me sentir tão "diferente" dos demais. Porém, ainda assim, era cansativo ter que seguir o que eles acreditavam à risca somente para agradá-los, enquanto o meu psicológico desgastava-se cada vez mais. E eu já estava chegando ao meu limite. Totalmente ao meu limite. Mas ainda havia um minúsculo resquício de consciência que me impedia de fazer alguma burrada muito séria.
Até conhecer ele.
Ou melhor: Choi Beomgyu.
Eu já estava no terceiro ano do ensino médio e faltava apenas aquele ano para me formar e, infelizmente, tudo que eu mais queria antes de ir embora para sempre da escola era um primeiro namorado colegial. Um pouco clichê? Sim. Mas para um adolescente que foi proibido de experimentar os mais diversos tipos de prazeres da vida, era simplesmente uma necessidade. E eu estava necessitado. Contudo, não tinha ninguém que realmente me interessasse.
Pelo menos, até o dia em que eu e Beomgyu nos trombamos no corredor do segundo andar.
O alfa tinha um cheiro bom de churros e canela e, com toda certeza, demonstrou-se bastante educado ao pegar para mim os livros que haviam caído das minhas mãos, esses mesmos que eu estava levando de volta para a biblioteca — eram livros com cenas sexuais e meus pais não curtiam tanto, então por mais que me deixassem ler, eu preferia apenas pegar por alguns dias emprestados e devolvê-los assim que possível para eles não acabarem encontrando e me questionarem sobre.
Daí, eu o agradeci e, gentilmente, ele perguntou se eu poderia indicar a sala da diretoria.
— Então… — Coçou a nuca, muito provavelmente nervoso. Sorri pelo gesto, o qual achei adorável. — Antes que você vá embora, poderia me ajudar numa coisa? — indagou. Eu balancei a cabeça positivamente, esperando para que ele prosseguisse e assim o fez: — Eu preciso ir até a diretoria, mas não 'tô conseguindo achar o lugar.
— Ah! Você é novo? — perguntei, curioso. Ele sorriu.
— Sou sim. Me mudei há uma semana.
— Que legal! — exclamei, não evitando que um sorriso saísse de meus lábios, ainda mirando seus olhos castanhos.
A melhor parte de estar e conversar com Beomgyu era poder observá-lo diretamente nos olhos sem receios, já que muitos alfas tinham um tabu de que ômegas não possuíam valor o suficiente para um "olho a olho". Ridículos, puff. Mas Beomgyu era diferente. Bem diferente. E esse foi, talvez, um dos maiores motivos para que eu me atraísse por ele.
— Bem, então vamos. Vou te guiar até a diretoria, novato — falei, piscando um olho divertidamente em sua direção enquanto começávamos a andar, com ele ao meu lado, me seguindo.
— Obrigado, gentil veterano — disse, em tom sarcástico, o que me fez rir.
— Não, não é 'pra tanto. Pode me chamar apenas de Yeonjun… — Dei uma pausa, pensando por um segundo. —… ou Yeonjun hyung, caso você seja mais novo que eu. Que ano você 'tá?
— Me chamo Beomgyu. Choi. Terceiro ano, faltando pouco 'pra sair desse inferno — ele respondeu, um dos cantos dos lábios alargado, formando um meio sorriso malicioso. Eu ri, concordando com ele por via de um aceno de cabeça. — E você? Preciso saber, caso tenha que te chamar de hyung.
— Que nada. — Ri, virando um corredor que dava acesso a área dos escritórios dos professores e também a sala da diretora. Ele me acompanhou, sorrindo, dessa vez gentilmente. — Mesmo ano. Tenho dezessete.
— Que coincidência… eu também tenho dezessete. — Voltamos a rir juntos. A atmosfera com Beomgyu era realmente boa e confortável. E eu nem o conhecia direito. — Acho que seremos da mesma sala.
— Espero que sim — exclamei, porém não pude falar mais nada, já que chegamos no lugar onde Beomgyu pediu para que eu lhe ajudasse a encontrar. — Enfim, meu papel como guia acaba aqui. Esta é a sala. — Apontei para a porta, fechada naquele momento. — Vou indo, Beomgyu. Boa sorte!
E tentei sair de lá.
Porém, só tentei, uma vez que o alfa me agarrou sem brutalidade por um dos braços e sussurrou em meu ouvido:
— Me encontra na hora da saída.
E isso foi o suficiente para eu cair aos seus pés.
Também um dos meus maiores erros naquela época, já que depois, sim, eu fui o encontrar e passamos bons momentos juntos naquele dia — tive que mentir para meus pais que havia saído com alguns amigos para a sorveteria, o que, de todo, não era mentira, pois realmente fui para sorveteria, só não com meus amigos, e sim com Beomgyu, o alfa de belos olhos castanhos e um cativante sorriso.
E, como esperado, não paramos por aí. Esse foi só o início de uma amizade que surgiu entre nós dois e, por um momento, passou disso para algo mais forte, porém, no meu caso, não necessariamente amor, mas sim uma forte atração que me fazia querer passar tempo com ele e desejá-lo de forma carnal. No entanto, não sentia que estava o amando, mas sabia que gostava dele, de estar entre seus braços e me sentir como numa história clichê sempre que íamos para a sorveteria ou para o parque próximo da escola. Era divertido passear com ele.
Contudo, com os meses, nossos interesses de se relacionar sexualmente aumentaram, floresceram lindamente em nossos corpos e… aconteceu.
Foi algo praticamente incontrolável. Já estávamos saindo em segredo — tendo apenas nossos amigos noção disso — e tínhamos vontade mútua de experimentar a sensação da primeira vez um com o outro, já que Beomgyu também era virgem.
— Nem acredito que vocês realmente... — disse Wooyoung, me observando com os olhos arregalados e a boca entreaberta assim que terminei de contar o que eu e o alfa havíamos feito uns dias antes.
— Eu também não consigo acreditar ainda. — Suspirei, porém, rapidamente sorrindo ao recordar os momentos com o outro Choi. — Mas foi bom, Woo. O Beomgyu foi muito carinhoso e delicado comigo.
Ele riu, cruzando as pernas sobre a cama e me olhando com os lábios crispados, parecendo analisar minhas expressões.
— Imagino, Jun. Ele tem cara de ser bem fofo na cama. — Bati em seu braço, repreendendo-o, logo em seguida escutando sua risada intensificar.
— Nojento.
— Não fui eu que acabei de transar, Jun-ssi… — cantarolou, e eu senti meu rosto esquentar gradativamente, ouvindo-o rir novamente como se não pudesse parar.
Wooyoung era um péssimo amigo para consolar e apoiar. Mas eu o amava assim mesmo. De qualquer forma, o que ele não demonstrava com palavras, sempre compensava com atitudes, fosse me defendendo dos alfas imbecis da escola ou me ajudando quando precisava escapar dos meus pais. Ele sempre me salvava nessas situações.
Porém, ainda que, naturalmente, o beta fosse brincalhão e despreocupado, suas palavras seguintes me deixaram apreensivo:
— Mas, Jun, você não tem medo dos seus pais descobrirem? — indagou, mudando radicalmente o semblante para um mais sério. — Você sabe como eles são rígidos.
— Bem… medo, eu tenho. Mas como eles iriam descobrir? Eu e o Beom sempre tomamos muito cuidado. Não tem como, Woo.
Sabe aquele momento que você lembra de uma barbaridade absurda que falou? Sim? Então, foi assim que eu me senti uma semana depois, quando fui flagrado pelos meus pais rebolando em cima de Beomgyu no sofá da casa do alfa.
Aí você se pergunta: mas como eles descobriram?
Exato: foi o que eu me perguntei. Porém, nunca realmente tive resposta sobre isso e só pude supor que eles já estavam suspeitando e me seguiram até a casa do outro Choi. Contudo, eu, tonto, não notei absolutamente nada e fui lerdo o suficiente para não me cuidar devidamente após a conversa com Wooyoung.
Mas claro, tudo que é ruim, pode piorar. E o que aconteceu depois que tive de ouvir berros horríveis por parte da minha mãe, e encarar a feição desgostosa e irritada do meu pai, me fez crer fielmente que o universo nunca estaria ao meu favor em nenhum sentido possível.
Pois, como estaria se eu estava noivo aos dezessete anos?
Foi péssimo. Mamãe, após parar de gritar comigo e com Beomgyu, ligou para as mães do alfa e ambas rapidamente voltaram para casa. Eu estava vermelho, com vontade de chorar, e o único apoio possível que tinha ali era o de Beomgyu. No entanto, ele estava tão nervoso quanto eu e só conseguia apertar a minha mão com força enquanto víamos os quatro adultos debatendo como resolver aquela situação e nos punir.
— Isso vai manchar a nossa imagem!
Acusou minha mãe, irritada, a testa franzida e os lábios apertados em desgosto.
Eu sentia que podia desfalecer a qualquer momento.
— Vamos nos acalmar, por favor… — pediu Seohyun, mãe beta de Beomgyu. Ao seu lado, sua esposa, Jisoo, uma bela ômega de fios longos e loiros suspirava, parecendo angustiada.
Meus pais eram loucos. Eu entendia o sentimento dela.
"O quão ruim é ter dois adolescentes explorando sua sexualidade?"
"Qual o motivo tão crucial de tanto escândalo?"
Elas deveriam estar se perguntando. E era totalmente compreensível. Mas para dois lunáticos pelo conservadorismo, como eram meus pais, o que eu estava fazendo junto do alfa era uma completa ofensa à dignidade.
— Como você pode me pedir calma nessa situação? Meu filho perdeu sua castidade, não é mais um ômega puro! Isso é um completo absurdo! — berrou em alto e bom som, irada, apontando sem parar em minha direção. Meus olhos começavam a lacrimejar. — Eu não vou aceitar isso! Não mesmo! Eles vão ter que se casar!
E aí veio o primeiro baque, não só para mim, como para Beomgyu e suas mães. Como ela podia dizer algo tão severo? Eu e o alfa éramos apenas adolescentes! Ainda íamos entrar na universidade e tínhamos milhares de coisas para fazer e experimentar nesse meio tempo. Aquilo era ridículo!
E a expressão de choque nos rostos das mais velhas dizia tudo.
— Senhora Sieun, o que você está falando é completamente imoral em diversos sentidos — atreveu-se a falar Beomgyu, um tom trêmulo em sua voz, mas tentando manter-se firme.
Contudo, mamãe podia ser uma ômega, porém era a ômega mais assustadora de todas quando estava fora de si.
— Como pode me falar isso? Você abusou do meu filho! — acusou, os olhos arregalados, observando o alfa sentado ao meu lado com fúria transbordando de todos os seus poros.
Eu queria morrer.
Mas precisava acabar com aquilo.
— Chega, mamãe! Não fale assim com o Beomgyu! Tudo que fizemos teve consentimento de ambas partes — esclareci, segurando o choro. De canto de olho, podia perceber os olhares de angústia de Seohyun e Jisoo. Meu peito ardia, doía. Estava colapsando.
Então, inesperadamente, ela se reincorporou e respirou fundo, parecendo se acalmar em alguns minutos. Foi estranho.
Mas o pior estava por vir.
Quando pareceu totalmente apta e calma para falar, mamãe ditou: — Vocês irão se casar e ponto final. Senhoras Choi, precisamos conversar devidamente sobre o assunto e começar os preparativos para o casamento.
Seohyun e Jisoo estavam novamente com uma expressão de espanto em suas faces, totalmente surpreendidas pelo quanto mamãe conseguia ser extrema. E papai nada fez, apenas concordando indiretamente com sua esposa ao balançar a cabeça num gesto afirmativo e soltar um leve sorriso, aparentemente satisfeito com a decisão de Sieun.
E eu queria dizer que não, que era só uma forma de nos assustar. Mas não.
E eu e Beomgyu já estávamos completando quatro anos de noivado desde então.
Então vocês podem indagar: por que tanto tempo?
Eu implorei, me humilhei, chorei, me ajoelhei aos pés dos meus pais para que permitissem o casamento ser adiado até que eu e Beomgyu estivéssemos formados na universidade. Mamãe relutou por muitas horas, porém, no final, cedeu. Papai quis discordar dela, mas também acabou concordando.
De qualquer forma, era melhor que eu e o alfa estivéssemos um pouco mais maduros para o casamento.
Seohyun e Jisoo apoiaram essa ideia — chegando a me oferecer sua casa, para que morasse ali durante o período da faculdade —, por mais que sentissem muita pena de nós dois. Contudo, eu entendia que elas não tinham como fazer muita coisa. Meus pais possuíam bastante dinheiro e poder, poderiam facilmente acabar com a vida delas caso se recusassem àquela proposta horrorosa na época.
Enquanto a mim e Beomgyu, nós tentávamos nos apoiar. Eu me sentia extremamente culpado por ter metido ele em tudo aquilo e tentava dar o meu melhor para compensar o que estávamos a poucos meses de realizar.
Porém, a vida é uma balança com sacos de grãos em cima e, se você não equilibrar ela, uma parte irá subir e outra cair, então pedaços irão se expandir e você terá que limpar toda a bagunça depois.
Assim, a pergunta que fica é: até quando algo pode durar?
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