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Capítulo Dois - Família Urrea

Não esqueça de deixar seu voto e comentar para incentivar na continuação da fanfic. Boa leitura!❤

Noah. U

O que devemos fazer quando nascemos na família errada? Com toda certeza essa é uma pergunta na qual eu não faço a mínima ideia de como responder.

Família Urrea. Sejamos francos, eu odeio o legado que minha família carrega desde o dia que nasci, não é algo que nenhum de nós deveríamos nos orgulhar, mas ao que parece meus pais preferem acreditar nas histórias de meu bisavô do que na realidade.

Minha irmã sempre tentou se mostrar impecável para poder agradá-los, isto não é algo que eu me esforço para fazer pois nunca quis fazer parte disso tudo, no entanto eu tenho dúvidas se ela realmente quer seguir esse caminho sombrio durante anos e mais anos. Sofya é boa de alma e coração, sei que seria incapaz de machucar alguém, assim como também sei que teremos que fazer isto em poucos meses devido a temporada de caça as bruxas que se inicia durante o outono.

Bruxas. Mulheres com poderes sobrenaturais na qual eles culpam por toda desgraça do planeta, o que por ironia, é causada por nós mesmos. Difícil de admitir? Com toda certeza para eles. É como se as mulheres que nascem com este dom fossem além de amaldiçoadas, causadoras dos desastres naturais de toda a humanidade.

O que claramente é apenas um mito idiota.

Não acredito que bruxas sejam tão horríveis quanto as pessoas dizem, o ser humano além de egoísta tem um ego muito elevado para admitir que os próprios causadores são eles mesmos. Isto é severamente triste, eu não entendo o porquê ninguém faz nada para que essas guerras e massacres acabem. É doentio.

Sinto um vazio imenso todas as vezes que as recordações da noite mais angustiante de minha vida me atingem. É como se eu sentisse na pele todas as coisas que presenciei durante aquela noite.

Era a primeira vez que meus pais decidiram levar Sofya e eu para uma caça, a floresta escura e fria durante uma noite de eclipse era algo na qual eu jamais me esqueceria, calafrios percorriam por todo meu corpo enquanto nos aproximávamos de uma pequena aldeia afastada da capital, casas iluminadas apenas por lampiões eram vistas de longe, meus pais estavam a frente de todo o grupo de caçadores que os seguiam com cautela, Sofya minha irmã mais nova apertava minha mão com força enquanto caminhávamos em silêncio, até que então meus pais pararam, meu pai deu sinais para que cada grupo invadisse uma parte da aldeia, e assim o fizeram.

De repente, o ambiente não era mais silencioso, meu pai gritou para segui-lo e eu novamente senti Sofya apertar minha mão com força, quando todos começaram a correr na direção das casas eu puxei minha irmã para nos escondermos atrás de uma pedra não tão grande, eu conseguia ver tudo o que se passava em meio aos gritos de desespero e choros incessantes. Casas estavam a ser queimadas, caçadores montavam uma espécie de fogueira com pedaços grandes de troncos deixando o fogo ainda maior, pessoas eram puxadas brutalmente para fora de suas moradias e sem cerimonia alguma eram jogadas cruelmente em direção ao fogo.

Meu coração palpitava, Sofya tinha suas mãos em seus ouvidos os tampando enquanto seus olhos semicerrados deixavam pequenas lágrimas escaparem, suas pernas tremiam e eu só queria poder levá-la para longe daquele lugar. Então avistei meu pai que se aproximava da fogueira, mas ele não estava sozinho, sorria puxando uma mulher pelos cabelos, ela implorava por piedade em meio ao choro, gritando dolorosamente, foi quando ele a jogou na fogueira assistindo impiedosamente a mulher queimar. Meus olhos estavam arregalados enquanto lágrimas escorriam por minha face, então o inesperado aconteceu, a mulher que havia sido jogada a fogueira levantou-se e andou em direção ao meu pai, porém em segundos ela estava no chão novamente, com uma flecha atravessada em seu peito.

Olhei ao redor procurando minha mãe em meio a pessoas sendo amarradas e logo em seguida enforcadas, então eu não tive outra escolha a não ser voltar pelo caminho percorrido, com Sofya em meus braços eu segui na direção da floresta ainda escutando os choros e gritos de mulheres e crianças pedindo socorro, meu pai sorrindo com aquela situação toda me deixou atordoado e acima de tudo, traumatizado.

Corri para longe daquele massacre incansável, uma noite extremamente escura em uma floresta horripilante, somente com o luar iluminando as estradas de terra que guiavam-me até os cavalos na qual viemos montados. Com uma certa agilidade e nervosismo eu consegui subir Sofya que ainda tinha seu coração acelerado diante toda essa situação, todavia quando eu estava prestes a subir escutei nossos nomes sendo chamados e logo meu pai surgiu das sombras segurando um lampião.

── Noah! Onde pensa que está indo? - Exclamou se aproximando cada vez mais, eu não disse uma palavra sequer pois ainda estava a tentar assimilar todo o ocorrido. ── Por que Sofya está montada em um cavalo, Noah? Você está sendo um covarde? Não consegue suportar o fato de que essas malditas bruxas devem pagar? - Seu semblante era sério e sua voz era grave.

As palavras simplesmente não saíam, minha boca estava seca como um deserto escaldante, podia perceber a raiva em meu pai e claramente a decepção em seu rosto ao me ver fugindo.

── Entenda filho, nossa família tem como obrigação proteger nossas terras dessas bruxas malignas, isso continuará até que elas finalmente estejam exterminadas e não há nada que você possa fazer a não ser ajudar o seu pai a continuar esse legado que seu bisavô nos deixou. - Sua mão foi posta sobre meu ombro e meu olhar agora era baixo, mirando o chão.

Então sem contestar, meu pai tirou Sofya da sela e a levou em seu colo, claro que todas as palavras viriam para mim de forma diferente já que Sofya não entendia o peso de todas essas mortes inocentes. Mas aos olhos de meu pai, eu era jovem demais para entender tudo aquilo e com o tempo eu mudaria.

Pois bem, isto de fato não aconteceu, a cada dia que se passava, eu odiava cada vez mais ter nascido com o sobrenome Urrea.

Claro que as pessoas da cidade não sabiam onde morávamos e nem quando chegamos, mas com toda certeza sabiam que estávamos ali e algumas deveriam temer a isto, outras agradeciam por nos ter, mesmo que fosse anonimamente. Meu pai preferia que tivéssemos uma vida relativamente normal aos olhos dos cidadãos, por isso quando nos apresentávamos deveriamos dizer que nosso sobrenome era Marshall, assim não seríamos descobertos e não abriríamos brechas para as bruxas fugirem.

Em algumas horas eu teria de ir para minha primeira caça, não estava nem um pouco pronto para ter de carregar o fato de que matei alguém por algo tão fútil, teria sangue em minhas mãos a partir do momento em que o sino soasse exatas meia noite. Uma caça de iniciação deve ser feita durante um eclipse lunar, o caçador que foi treinado deve ir para a floresta a procura de bruxas, que durante elipses costumam sair de seus esconderijos para fazerem rituais, matá-la da forma que lhe foi ensinado e após isso, deve levar seu sangue e seu coração como prova de que seu objetivo foi cumprido.

Só de pensar isso meu estômago se embrulhava, o pior de tudo é pensar que Sofya terá de passar por isso quando seu treinamento estiver completo.

Batidas na porta me tiram de meus devaneios fazendo com que eu rapidamente observasse através do reflexo da janela Sofya adentrando o lugar, me virei a encarando e percebi que suas mãos se moviam inquietas sobre suas coxas enquanto a mesma se aproximava cada vez mais de mim.

── Oi irmão.. - Sua voz saiu em um tom baixo, alguma coisa estava lhe deixando nervosa e eu não gostava de vê-la desta maneira.

── Hey, o que houve? - Disse abrindo meus braços em uma forma reconfortante para ela, que em questão de segundos estava me abraçando fortemente.

Então um silêncio se instalou sobre o quarto, Sofya se manteve calada enquanto me abraçava de uma forma não tanto carinhosa como ela costumava ser. A afastei com cautela para observar seu rosto e logo a vi sorrir levemente.

── Não é nada demais, eu só fico nervosa quando penso sobre sua iniciação.. Eu sei que é algo difícil, mas você com certeza saberá o que fazer. - Suspirou baixando seu olhar.

── É, saberei. - Pronunciei mesmo sabendo que talvez eu não concluísse aquilo da forma correta.

Então a mesma depositou um beijo em meu rosto antes de caminhar até a porta.

── Boa sorte irmão, eu te amo. - Sorriu levemente e logo fechou a porta sem esperar uma resposta.

Realmente, eu precisaria de sorte, talvez minha vida se tornasse um inferno em algumas horas.

ᥫᩣ. Espero que tenham gostado! Me desculpem pelo capítulo pequeno e por qualquer erro ortográfico, eu estou com um bloqueio criativo meio chatinho mas vou dar de tudo pra concluir essa fic.

ᥫᩣ. Não esqueçam de votar e comentar para incentivar na continuação!! A meta é 300 visualizações, um beijo a todes e até o próximo capítulo❤

ᥫᩣ. Como podemos ver, o Noah odeia a família dele.

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