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Bônus Um

Giovanni Annenberg:

Tudo o que eu queria era descansar minha cabeça, que parecia prestes a explodir de dor, contra a janela do carro. Queria me entregar ao sono e escapar, nem que fosse por um instante, da realidade sufocante que estava vivendo.

Eu estava grávido e completamente perdido, sem a menor ideia de como lidar com aquilo. Minha mãe, apesar de tentar manter a calma, estava à beira de um colapso. Ela tagarelava incessantemente, como uma vitrola quebrada, e me cutucava nas costelas sempre que eu fechava os olhos, como se o simples ato de descansar fosse uma ofensa.

— Giovanni? Giovanni? — A voz dela, insistente, cortou meus pensamentos. — Você está me ouvindo?

Soltei um suspiro pesado e me virei para encará-la.

— Graças a Deus você finalmente criou juízo e decidiu agir como um adulto — comentou, o tom sarcástico e a preocupação mascarada por trás de suas palavras. — Não consigo acreditar que você engravidou quando estava tão perto de se formar. E como acha que o Nicolo vai reagir quando souber? Se quer saber, eu acho que você não deveria contar nada a ele.

— Isso não é justo, mãe. — Respondi, sentindo a frustração crescer dentro de mim. — Você está agindo como se o Nicolo fosse me mandar abortar. E, de qualquer forma, pelo que o médico disse, já não há mais tempo para isso. Mesmo que o Nicolo seja um completo idiota, ele merece saber que estou esperando um filho.

— Honestamente, Giovanni, às vezes eu simplesmente não te entendo. Enquanto você ficava sonhando em ajudar os outros, podia ter construído uma carreira para você, ou até encontrado um homem de verdade. Mas não, você preferiu se envolver com um idiota que terminou com você só para ir a uma festa. — A voz dela estava carregada de desdém. — O que você planeja fazer agora?

— Para ser sincero, tudo o que quero é me enfiar na minha cama e dormir pelo resto da tarde. — Respondi, estalando a língua em um gesto de cansaço.

— Bobagem, claro que não é só isso. Olhe para mim. Você acha que eu não sei o que é engravidar jovem? Eu tive sorte de ter o seu pai, um homem de verdade, e nós nos amamos até hoje. — Ela continuou, sua voz oscilando entre a firmeza e a vulnerabilidade. — Seu pai não quer que você conte para o Nicolo, e seus irmãos pensam o mesmo.

Debater com minha mãe sobre esse assunto seria inútil.

— Decidir vir comigo foi a melhor coisa que você fez. Vamos pensar juntos em uma maneira de te ajudar, mas, no fim das contas, você é quem precisa decidir o que vai fazer. — Ela continuou, seu tom ligeiramente mais suave, mas ainda resoluto.

Peguei meu celular, sentindo um nó se formar na garganta, e liguei para Pietro. Ele saberia o que fazer, ou pelo menos me ouviria.

— Pietro, estou ferrado. — As palavras saíram quase como um sussurro desesperado. — O teste deu positivo... nossas suspeitas estavam certas.

Eu estava à beira das lágrimas, e Pietro percebeu.

— Agora você quer choramingar? Pelo amor de Deus, garoto, para com isso. — Minha mãe revirou os olhos enquanto parávamos no sinal vermelho.

— Calma, Giovanni. — A voz de Pietro era uma âncora em meio ao caos. — Agora o que resta saber é como o Nicolo vai reagir.

— Minha mãe não quer que eu conte para ele. — Eu disse, imaginando o queixo de Pietro caindo do outro lado da linha. — Meu pai também não. Ele acha que o Nicolo não tem índole para ser pai de família.

Minha família é bastante tradicional. Se a pessoa engravida e sabe quem é o pai, o casamento é inevitável, sem segunda opinião.

— Então, o que eles querem que você faça em relação à sua gravidez? De certo modo, eles têm razão em dizer que o Nicolo não tem muita maturidade. — Pietro falou, o som da língua estalando do outro lado. — Ele terminou com você só para ir a uma festa com os amigos idiotas.

— Eu sei disso tudo. — Disse, lançando um olhar para minha mãe. — Meus pais disseram para continuar com a gravidez e que a decisão final é minha.

— Eles têm razão. Você é maior de idade e pode muito bem tomar suas próprias decisões sobre o futuro. — Pietro respondeu, e eu balancei a cabeça, concordando com suas palavras. — Mas quero que você saiba que vou te apoiar em qualquer decisão que tomar.

— Pietro, você é o melhor amigo que alguém poderia ter. — Minha voz estava embargada, e as lágrimas ameaçavam transbordar. — Obrigado por me ouvir. Ah, e pode avisar a Matilde que não vou poder ir trabalhar hoje. Consegui um atestado.

— Pode deixar. Pense bem no que vai fazer. — Pietro falou, e eu desliguei o celular, sentindo o peso da decisão que tinha pela frente.

Dez minutos depois, chegamos à casa dos meus pais. Assim que desci do carro, fui surpreendido por um abraço apertado ao redor da minha cintura. Olhei para baixo e vi meu sobrinho correndo na minha direção, com o rosto iluminado por um sorriso cheio de alegria. Ele me envolveu com todo o carinho que um garoto de seis anos pode oferecer, e eu não pude evitar sorrir de volta.

Ele levantou a cabeça, procurando meus olhos com a mesma inocência de sempre.

— É tão bom ver você de novo, tio! — Ele disse, com um sorriso que transbordava inocência, e logo tentou encostar o ouvido na minha barriga. — Ouvi o papai e o vovô dizendo que você está esperando um bebê!

Minha atenção se voltou para a porta da frente, que estava aberta. Lá, estavam meu segundo irmão mais velho e nosso pai, observando a cena com expressões de ternura. Eu era o terceiro filho, e todos os meus irmãos sempre fizeram questão de me proteger do mundo.

Pensei por um momento no meu irmão mais velho, imaginando o quanto ele devia estar irritado com tudo isso. Se ele não estivesse tão ocupado cuidando da empresa, certamente estaria aqui agora, pronto para me dar um sermão daqueles ou, quem sabe, até para socar a cara do Nicolo.

Sorri meio sem graça para o meu pai, peguei meu sobrinho no colo e entrei com ele para dentro de casa.

— Você não vai conseguir ouvir o bebê, sabia? — Falei gentilmente, olhando para aqueles grandes olhos castanhos que me encaravam com curiosidade. — Ele ainda é muito pequeno para que alguém consiga ouvir.

— Como ele foi parar aí dentro? — Meu sobrinho perguntou, com uma curiosidade pura e desarmante, enquanto eu olhava para meu irmão, que sorria e piscava para mim, claramente se divertindo com a situação.

— Bem, ele foi colocado pela cegonha e está crescendo bem rapidinho. — Respondi, tentando explicar de um jeito que ele pudesse entender. — Agora ele está do tamanho de um limão!

Dei um sorriso ao entregá-lo de volta ao pai.

— Mas se você quiser saber mais, pergunta para o seu pai. Ele é o melhor para te explicar essas coisas.

Meu sobrinho fez uma careta, claramente insatisfeito com a minha resposta simples, mas não insistiu. Ele se aninhou nos braços do pai, ainda me olhando com aqueles olhos curiosos e cheios de perguntas. Meu irmão riu baixinho e passou a mão nos cabelos do filho, um gesto de carinho que parecia trazer conforto ao garoto.

Eu, por outro lado, me sentia um pouco deslocado, como se estivesse em um sonho estranho e surreal. A casa dos meus pais, que sempre foi um refúgio, agora parecia carregar um peso diferente, uma atmosfera carregada de expectativas e preocupações.

Meu pai se aproximou, e senti sua mão pesada pousar em meu ombro. Era um gesto que sempre me trazia uma sensação de segurança, mas hoje parecia ser um lembrete silencioso das decisões difíceis que estavam por vir.

— Giovanni, precisamos conversar — disse ele, sua voz firme, mas com um tom suave que ele raramente usava. Sabia que ele estava tentando ser sensível à situação, mas a tensão era palpável.

Assenti, e meu pai me conduziu até a sala de estar. Meu irmão mais velho, aquele que eu imaginava estar ocupado demais para vir, estava sentado no sofá, com uma expressão fechada e os braços cruzados. Parecia que o tempo havia parado por um segundo enquanto ele me observava entrar na sala.

— Finalmente resolveu aparecer — ele comentou, a voz carregada de uma mistura de frustração e preocupação. — O que diabos você estava pensando, Giovanni?

Me senti como se estivesse de volta aos tempos de infância, quando fazia alguma travessura e todos os meus irmãos se reuniam para me dar um sermão. Mas desta vez, era diferente. Desta vez, as consequências eram muito maiores, e o que estava em jogo não era apenas uma bronca passageira.

— Eu... eu não sei — comecei, sentindo a garganta apertar. — Não planejei nada disso. Tudo aconteceu tão rápido...

Meu irmão mais velho soltou um suspiro, e a expressão severa deu lugar a algo mais suave, quase resignado.

— Giovanni, você sempre foi o mais sonhador entre nós, sempre acreditou que tudo daria certo no final. Mas agora você precisa ser realista. Isso não é só sobre você. É sobre uma criança. — Ele disse, a voz mais branda, mas ainda firme.

Senti um nó no estômago, e meu olhar se desviou para o chão. Meu pai, percebendo o peso da situação, interveio.

— Não estamos aqui para te julgar, filho. Estamos aqui para ajudar, do jeito que for possível. — Sua voz era calma, como se ele quisesse me lembrar que, apesar de tudo, eu ainda era seu filho, e ele me apoiaria.

Olhei para meus irmãos, ambos com expressões diferentes, mas com o mesmo fundo de preocupação. A realidade começou a me atingir com mais força: não importava o quanto eu quisesse fugir, aquele era o momento de encarar as coisas de frente.

— Eu sei que cometi erros — admiti, a voz embargada, enquanto sentia as lágrimas começarem a se formar. — Mas eu quero fazer a coisa certa, só não sei como ainda...

Meu pai apertou meu ombro um pouco mais forte, como se quisesse transferir um pouco da força dele para mim.

— Vamos descobrir isso juntos, Giovanni. — Ele disse, com uma certeza que me deu um pouco de esperança.

Meu irmão mais velho, que até então parecia duro, se levantou e veio até mim. Ele hesitou por um momento, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas.

— Não importa o que aconteça, somos família. E vamos enfrentar isso juntos. — Ele finalmente disse, me puxando para um abraço que, embora inesperado, trouxe um conforto que eu não sabia que precisava.

E ali, no meio da sala de estar dos meus pais, cercado por minha família, comecei a sentir que talvez, só talvez, eu conseguisse encontrar um caminho em meio a todo aquele caos. Não seria fácil, e as decisões à minha frente eram assustadoras, mas, com eles ao meu lado, parecia menos impossível.

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Quando percebi, o tempo havia passado tão rápido que minha gravidez estava prestes a entrar no segundo trimestre. O pequeno já se mexia com bastante frequência, algo que o médico destacou (quase sem parar), embora ainda fosse cedo demais para eu conseguir sentir esses movimentos.

Nessa fase da gravidez, é comum que as gestantes sintam uma fome maior do que o habitual, e eu não era exceção. Eu estava comendo ainda mais do que de costume, e isso se devia ao fato de que o bebê, em pleno desenvolvimento, precisava de muita energia para crescer. O médico enfatizou a importância de manter uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, legumes, cereais e carnes magras, e sugeriu que eu considerasse o acompanhamento de um nutricionista para garantir que estivesse recebendo todos os nutrientes necessários.

— Aqui está a primeira foto do seu neto. — Disse minha mãe ao entregar a pasta com a ultrassonografia para o meu pai, um sorriso de orgulho se espalhando em seu rosto. — Nosso filho está quase entrando no terceiro mês de gravidez.

Meu pai pegou a pasta e, enquanto olhava para a imagem, comentou com um tom de nostalgia na voz:

— Você também ficou assim quando estava grávida dos meninos. Os enjoos e o mal-estar demoraram a aparecer.

Minha mãe assentiu, continuando com a mesma calma de sempre:

— Já marquei mais exames para ele fazer, além da próxima consulta com o obstetra.

Os exames eram fundamentais, pois, por meio deles, seria possível diagnosticar qualquer complicação ou síndrome que pudesse surgir. Se houvesse qualquer suspeita, o obstetra poderia solicitar exames adicionais, e todas as dúvidas deveriam ser esclarecidas com esse profissional.

Enquanto eles continuavam conversando na sala, me retirei para o meu quarto. Deitei-me na minha antiga cama, mergulhado em pensamentos. A imagem do meu bebê na tela de ultrassom havia mexido profundamente comigo. Naquele instante, soube que a decisão estava tomada: eu ficaria com essa criança, independentemente de estar ou não com o Nicolo. Estava determinado a cuidar do meu bebê, mesmo que tivesse que fazê-lo sozinho.

Coloquei a mão sobre a barriga com delicadeza, como se já pudesse sentir a vida crescendo ali dentro.

— Oi, bebê — sussurrei, a voz carregada de emoção. — Talvez sejamos só nós dois, mas saiba que eu amo você mais do que tudo. Eu posso ser inexperiente nesse assunto, mas prometo dar o melhor de mim para você.

E, naquele momento de intimidade, senti uma onda de amor e proteção inundar meu coração. Eu sabia que o caminho à frente não seria fácil, mas estava disposto a enfrentar qualquer desafio para garantir que meu filho tivesse o melhor que eu pudesse oferecer.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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