Meu Jogo, Minhas Regras (+18)
Ando lado a lado com Rindou pelas ruas movimentadas de Tokyo. As luzes dos letreiros e dos faróis dos carros brilham, refletindo nos nossos uniformes pretos da Tenjiku. As pessoas olham quando passamos, alguns desviam o olhar, outros encaram como se soubessem que não pertencemos a esse mundo de rotina e tédio.
Eu gosto disso, dessa sensação de ser notado, de ser temido. O tecido pesado do meu casaco se move junto ao vento, e o som das botas batendo contra o asfalto cria uma trilha sonora de poder, quase como se cada passo fosse um aviso.
Rindou, ao meu lado, mantém a expressão fria, mas eu conheço meu irmão, ele também está saboreando cada segundo. Nosso cabelo se destacam na noite, como dois fantasmas sem medo de mostrar quem realmente são. Ele ajeita o uniforme de maneira despreocupada, mas sei que ele presta atenção em cada detalhe do que nos cerca. Sempre alerta, sempre pronto para agir.
Enquanto caminhamos, sinto o peso do nome Tenjiku em nossos ombros, um símbolo de respeito e intimidação que abraçamos com orgulho. É mais do que uma gangue, é a nossa família. E hoje, as ruas de Tokyo são a nossa passarela. Cada olhar de admiração ou desprezo é combustível, cada cochicho entre desconhecidos apenas confirma o que já sabemos: nós somos diferentes, nós somos os
Haitani, e ninguém ousa nos dizer o contrário.
Paramos em frente à minha casa, e o silêncio da rua é quebrado pelo som baixo de um carro passando ao longe. Olho para Rindou e dou um abraço apertado nele do jeito que a gente sempre faz.
— Até amanhã, maninho. — falo e acaricio seu rosto.
— Até amanhã, irmãozão. — ele diz e me dá um tapinha nas costas.
Mesmo que ele se afaste, eu ainda posso ouvir o som das suas botas ecoando no asfalto enquanto ele se afasta, indo para sua casa, que fica um pouco mais à frente. Eu fico parado por um momento, vendo ele entrar na sua casa, antes de virar minha atenção para a porta.
Pego a chave no bolso, o metal frio e familiar contra os meus dedos, e a enfio na fechadura, girando com um clique suave. Abro a porta e entro, esperando ouvir alguma coisa, o som da TV, a voz do Sanzu reclamando de algo ou até eu tropeçando nas suas botas jogadas no chão, mas o que me recebe é o silêncio absoluto. Fecho a porta atrás de mim e meus olhos vasculham cada canto da sala.
Nada. Nenhum sinal do Sanzu. A casa está quieta, quase estranha sem a presença dele para preencher o espaço. Dou alguns passos, tentando escutar qualquer coisa, mas só encontro o vazio. Talvez ele tenha saído e eu não percebi a mensagem no celular, ou talvez esteja dormindo em algum canto, mas de alguma forma, essa ausência é pesada. Fico parado por um segundo, o silêncio me engolindo, enquanto minha mente começa a se perguntar onde diabos ele se meteu.
Antes mesmo de eu ter a chance de acender a luz da sala, um clarão suave se espalha pelo espaço quando o abajur no canto é ligado. Eu dou um passo para trás, o coração acelerando por um segundo, enquanto meus olhos encontram Sanzu, que está parado ali com um sorriso satisfeito no rosto, como se tivesse acabado de ganhar o prêmio de melhor ator por uma pegadinha.
— Porra, Sanzu! — xingo, ainda sentindo o resquício do susto me atravessando. — Tá maluco? Quer me matar do coração, caralho? — minha mão ainda está no peito, como se isso fosse ajudar a acalmar os batimentos que ele acabou de acelerar.
Sanzu apenas ri, aquele riso leve, mas com um toque de malícia, os olhos brilhando na penumbra suave da sala.
— E onde você tava, hein, senhor Haitani? — ele pergunta, o tom de voz casual, mas com aquele ar provocador que é tão dele. — Te procurei pela casa inteira e nada de você.
Reviro os olhos, ainda tentando me recompor.
— Eu estava na rua com o Rindou, normal, né? Não sabia que precisava de permissão pra dar uma volta agora. — passo por ele, esbarrando de leve, e jogo meu casaco no sofá, tentando parecer mais irritado do que realmente estou, mas ainda sentindo o alívio de vê-lo ali.
Sigo em direção ao quarto, mas antes que eu consiga dar mais alguns passos, Sanzu me corta o caminho, aparecendo na minha frente com a rapidez de sempre. Ele faz isso com tanta frequência que já deveria me acostumar, mas dessa vez só consigo rir da insistência.
— Qual é, Sanzu, o que você quer agora? — provoco, com um sorriso de canto, sabendo exatamente que ele está tentando me tirar do sério ou, talvez, só querendo minha atenção.
Ele cruza os braços, se encostando no batente da porta do quarto, os olhos me avaliando com uma expressão teatralmente ofendida.
— Que audácia é essa, Ran Haitani? Chega em casa tarde e nem pra dar um beijo no seu namorado. — a voz dele sai com um toque de falsa indignação, mas o sorriso que esconde não deixa enganar, ele está se divertindo com a situação.
Dou um passo à frente, ainda rindo, e coloco as mãos nos ombros dele, puxando ele para perto.
— É isso que você quer, drama queen? — digo, antes de encostar meus lábios nos dele em um beijo lento, que ele retribui sem hesitar, como se estivesse esperando por isso a noite toda.
Quando me afasto, ele faz aquela cara de quem conseguiu o que queria, mas eu apenas balanço a cabeça e sigo em direção ao banheiro.
— Satisfeito agora? — pergunto, sem esperar resposta. — Vou tomar um banho, então vê se não me assusta de novo, tá bom?
Ele apenas me observa com aquele olhar que mistura diversão e um pouco de desafio, e eu entro no banheiro, deixando a água quente cair sobre mim, o riso dele ainda ecoando nos meus ouvidos.
Ao entrar no banheiro, retiro minhas roupas e caminho até o box, ligando o chuveiro e a água quente cai sobre mim, escorrendo pelo meu corpo e lavando o cansaço do dia.
Fecho os olhos, deixando o vapor preencher o espaço ao meu redor, transformando o banheiro em um casulo quente e silencioso, onde o mundo lá fora não importa. A pressão da água massageia meus ombros e nuca, e eu sinto os músculos finalmente relaxarem, soltando a tensão que eu nem percebi que estava carregando.
Passo as mãos pelo cabelo, deixando que a água leve embora qualquer resquício de sujeira e pensamentos soltos que insistem em ficar. O som da água batendo contra o piso ecoa suavemente, abafando qualquer outro ruído da casa, e por um momento, me permito apenas existir ali, sem pressa.
A espuma do sabonete escorrega pela minha pele, e o cheiro fresco invade o ar, se misturando ao vapor. O calor é reconfortante, como um abraço invisível, e a sensação é quase terapêutica. Sinto cada gota, cada fio de água, e respiro fundo, como se estivesse tentando capturar esse instante de paz.
A mente vagueia por segundos, pensando no Sanzu e na sua aparição repentina de agora há pouco, e um sorriso involuntário surge nos meus lábios. Não importa o quanto ele me tire do sério às vezes, é nesses momentos tranquilos que percebo o quanto a presença dele faz falta quando não está por perto. Eu amo ele.
Abro os olhos lentamente, sentindo a água deslizar pelo meu rosto, e me apoio na parede fria, deixando que o contraste da cerâmica gelada contra a pele quente me traga de volta ao presente. Fico ali por mais alguns minutos, aproveitando o tempo que tenho antes de sair e encarar o caos que sempre me espera do lado de fora.
Saio do banho, sentindo o ar mais fresco do banheiro me envolver, e puxo a toalha para me secar. A água ainda escorre pelo meu corpo, e passo a toalha por cima dos ombros e pelo peitoral, deixando a sensação morna da pele contra o tecido áspero. Enrolo a toalha na cintura e caminho pelo quarto, os pés descalços contra o chão de madeira, enquanto procuro algo para vestir.
Sinto o olhar do Sanzu em mim o tempo todo, como um peso suave que segue cada movimento. Ele está deitado na cama, com os olhos cravados em mim, sem disfarçar nem um pouco. Dou uma olhada para ele por cima do ombro e, claro, ele continua ali, observando como se não tivesse mais nada no mundo para fazer. Um sorriso de canto escapa dos meus lábios, é engraçado como ele nunca se cansa disso.
— Gostou do que vê? — provoco, enquanto puxo uma boxer da gaveta e visto, deixando a toalha cair no chão. Ele só ergue uma sobrancelha, mas o olhar fala mais do que qualquer resposta que ele poderia dar.
Sem me preocupar muito em secar o cabelo direito, deixo ele molhado, as gotas frias ainda pingando nas minhas costas. Vou até a cama e me deito ao lado do Sanzu, sentindo o colchão ceder sob o meu peso. A sensação do cabelo úmido contra o travesseiro é incômoda, mas não o suficiente para me levantar de novo.
Sanzu se aproxima um pouco, quase sem querer, e eu apenas relaxo ao lado dele, o corpo ainda aquecido do banho, e os olhos meio fechados. O silêncio é confortável, quebrado apenas pela respiração de ambos e pelo som distante do trânsito de Tokyo lá fora. Por um momento, nada mais importa. Só o aqui e agora, a cama macia e a presença do Sanzu, sempre observando, sempre perto.
Sanzu se aproxima mais, até que sinto o peso leve da cabeça dele se acomodando no meu peitoral. A respiração dele é quente contra minha pele, e os dedos dele começam a traçar linhas preguiçosas, acariciando como se estivesse desenhando algo invisível. O toque é suave, quase distraído, mas tem um jeito reconfortante que me faz relaxar ainda mais na cama.
Fico ali, olhando para o teto, sentindo o calor do corpo dele encostado no meu e o cabelo platinado dele fazendo cócegas de leve. O silêncio entre a gente é tranquilo, mas sinto que ele está prestes a dizer algo. Não apresso, aprendi que o Sanzu fala no tempo dele.
— Eu senti falta de você. — ele murmura finalmente, a voz baixa, quase abafada contra o meu peitoral. Há algo de vulnerável nas palavras dele, algo que ele raramente deixa transparecer, e isso me faz sorrir de leve. Passo a mão pelo cabelo dele, bagunçando de propósito, um gesto meio bobo, mas que diz tudo que eu não digo em voz alta.
— É, né? — respondo, com um tom brincalhão, mas com um toque de carinho que ele entende. — Foi só umas horas, drama queen. Mas eu tô aqui agora.
Ele solta um suspiro, ainda com a cabeça apoiada em mim, e sinto os dedos dele apertarem um pouco mais, como se quisesse garantir que eu não fosse desaparecer de novo.
A sensação é boa. Essa proximidade, esse momento é só nosso no meio do caos que sempre nos cerca. Fecho os olhos por um instante, aproveitando o toque dele e o conforto silencioso que só a presença do Sanzu consegue trazer.
Sinto o peso do Sanzu mudar de posição, pressionando mais contra mim, e meu corpo reage automaticamente, despertando da calma em que estava mergulhado. Abro os olhos devagar, ajustando à penumbra do quarto, iluminada apenas por um abajur aceso, e a primeira coisa que vejo é Sanzu sentado no meu colo.
Ele se ajeita com uma confiança descarada, as pernas de cada lado do meu quadril, como se pertencesse ali... e, honestamente, ele pertence.
As mãos dele se apoiam no meu peitoral, quentes e firmes, traçando o contorno dos meus músculos com os polegares. Os olhos dele me encaram com aquela intensidade típica, e eu consigo sentir o desejo e a determinação no olhar dele antes mesmo de ele abrir a boca para falar. Cada movimento é calculado, cada toque tem um propósito, e eu fico ali, observando, fascinado pela maneira como ele me domina sem esforço.
— Eu quero você, Ran. — ele diz, a voz saindo baixa, mas com um peso que faz meu coração acelerar. Não é uma pergunta, não é um pedido, é uma declaração direta e crua, do jeito que só o Sanzu sabe fazer. Ele inclina o corpo levemente para frente, o cabelo roçando na minha pele, e o calor dele é quase sufocante, mas de um jeito que eu nunca consigo recusar.
Eu solto um riso baixo, minhas mãos subindo automaticamente até a cintura dele, segurando com firmeza enquanto absorvo o momento.
— É mesmo? — provoco, embora minha própria voz denuncie que estou tão envolvido quanto ele. Não tem como escapar desse olhar, desse toque, dessa sensação de que ele está exatamente onde deveria estar.
Sanzu não perde tempo, ele começa a se mover lentamente, rebolando no meu colo com uma provocação descarada que só ele consegue fazer. As mãos dele continuam explorando meu peitoral, os dedos passeando de forma preguiçosa, como se quisesse me testar, ver até onde consegue me levar antes de eu perder o controle. Ele inclina a cabeça levemente para o lado, os olhos nunca deixando os meus, e a boca se curva em um sorriso que é puro desafio.
Cada movimento dele é uma provocação calculada, e sinto o calor aumentar entre nós. Sanzu morde o lábio, sabendo exatamente o efeito que isso tem em mim, e eu não consigo evitar o sorriso que surge nos meus lábios. É um sorriso de quem está gostando da situação, de quem aprecia o show particular que ele está fazendo só pra mim.
Eu deixo ele brincar por mais alguns segundos, sentindo cada ondulação do corpo dele contra o meu, sentindo meu pau pulsar por baixa da minha boxer, até que decido acabar com o joguinho. Minhas mãos sobem até os ombros dele, e num movimento rápido, puxo Sanzu para mim, colando nossos corpos. O sorriso dele desaparece por um segundo, substituído pela surpresa, mas só até eu capturar os lábios dele nos meus.
O beijo é intenso, provocante, exatamente como ele começou. Sinto a resistência momentânea dele se dissolver, e então ele retribui, correspondendo à intensidade. Meus dedos se entrelaçam no cabelo platinado dele, puxando de leve enquanto aprofundo o beijo, tomando o controle da situação. Sanzu geme baixinho contra minha boca, um som que só me faz querer mais.
— Eu te quero tanto, meu Haitani. — ele pede no meio do beijo e morde a minha boca de leve.
Com um movimento rápido, inverto as posições, e Sanzu acaba deitado de costas na cama, com os olhos arregalados por um segundo de surpresa. Não dou tempo para ele reagir, continuo o beijo, intenso e cheio de provocações, enquanto me coloco por cima dele. Meu corpo pressiona o dele contra o colchão, e sinto o calor do Sanzu aumentar a cada segundo que passamos colados, as respirações misturadas e ofegantes.
Sanzu retribui sem hesitação, e suas mãos logo encontram meu corpo, deslizando pelas minhas costas com uma urgência que só ele sabe expressar. Os dedos dele apertam minha pele com força, e eu sinto o arranhar das suas unhas, que deixam um rastro de ardor queimar de leve, mas gostoso. O toque dele é uma mistura de necessidade e desejo, e cada arranhão é como um lembrete físico da intensidade do momento.
Eu me perco nesse contato, nos beijos famintos e nas mãos dele que percorrem cada centímetro do meu corpo como se quisessem marcar território. Me afasto apenas o suficiente para recuperar o fôlego, mas não resisto por muito tempo e volto a capturar os lábios dele, sentindo o gosto viciante que é só dele. Sanzu se arqueia sob mim, como se quisesse se fundir ainda mais ao meu corpo, e as unhas continuam a desenhar trilhas pela minha pele, fazendo o meu coração acelerar mais do que já está.
Desço os beijos pelo pescoço do Sanzu, começando a traçar uma linha de calor e desejo pela pele sensível. Os lábios tocam, mordiscam e sugam com uma intensidade calculada, cada movimento meu é uma marca registrada, um lembrete de que ele é meu, só meu. Sanzu geme baixo, um som de prazer que é música para meus ouvidos, e eu sinto o corpo dele reagir a cada toque meu.
Ele começa a se contorcer sob mim, os olhos fechados em prazer. As mãos dele se firmam nas minhas costas, os dedos cravando na pele, arranhando com uma urgência que só intensifica o desejo que estamos compartilhando. Os arranhões são ferozes, quase desesperados, e eles fazem o meu coração bater mais rápido. O calor do corpo dele e a pressão das mãos dele me fazem querer marcar cada centímetro da pele dele com a mesma intensidade que ele me toca.
— Ran... — ele diz manhoso.
— Você é meu, não é de ninguém mais. — falo e deposito um chupão mais forte que os outros, fazendo ele gemer alto e se arrepiar.
O pescoço dele está exposto, e eu aproveito cada segundo, traçando beijos e mordidas, enquanto sinto as unhas do Sanzu desenhando padrões frenéticos nas minhas costas. Ele se arqueia para mais perto, a respiração irregular se misturando com os meus beijos e os suspiros que escapam de seus lábios. Cada arranhão é uma eletricidade que viaja pela minha pele, e eu deixo escapar um gemido baixo, a sensação de ser tocado e desejado nunca foi tão intensa.
Sanzu se agarra a mim com uma força quase desesperada, e eu continuo explorando o pescoço dele, deixando marcas que são só nossas, um testemunho silencioso da paixão que estamos compartilhando.
Desço minha mão direita para a calça que ele veste, acariciando seu pau por cima do tecido, e sentindo a rigidez dele.
— Está gostando? — pergunto malicioso.
— Sim... por favor, não para. — ele diz manhoso.
Abro um sorriso e volto a beijar ele enquanto minha mão desliza para dentro da sua calça e boxer, e sinto seu pau quente e levemente molhado. Com uma agilidade, tiro sua camiseta, calça e boxer, e espalho sua pré porra na sua entrada e acaricio a região, fazendo movimentos circulares e provocantes.
O beijo não abafa seus gemidos, e ele geme alto ao sentir meu dedo mexendo na sua entrada... sempre tão apertada, não importa quantas vezes transamos, ele é sempre apertado.
Coloco um dedo dentro dele e Sanzu morde a minha boca com uma força súbita e inesperada. A dor aguda me faz saltar, e o gosto de sangue se espalha pela minha boca, um gosto metálico e quente que eu não esperava.
Surpreendido pela mordida, eu fico parado por um momento, a sensação do sangue apenas intensificando a excitação que já está fervendo dentro de mim. Em vez de me afastar, sinto um ímpeto de provocação crescer dentro de mim. A dor é um estímulo, um convite para seguir em frente, e eu não posso deixar de sorrir com um brilho perverso nos olhos.
Puxo Sanzu para mais perto, com uma mão na nuca dele, enquanto a outra explora seu interior.
— Ah, então é assim que você quer jogar? — falo com minha voz rouca, cheia de desafio e desejo, e mexo meu dedo mais fundo dentro dele.— Você quer me marcar, é? — dou um leve puxão nos lábios dele, ainda sentindo a dor e o sabor do sangue, e em seguida, o beijo que dou é mais agressivo, mais demandante.
Sanzu, surpreso pela minha resposta, reage com um gemido baixo, mas não recua. Pelo contrário, ele parece se entregar ainda mais à provocação. Suas mãos se movem com uma intensidade renovada, apertando e arranhando minhas costas com uma necessidade voraz. O beijo entre nós é um misto de desejo e raiva, um jogo de poder que só faz o desejo crescer.
Coloco mais um dedo dentro dele com certa brutalidade e ele geme alto com isso, e o seu interior quente e apertado se contrai.
Sinto o corpo dele tremendo sob mim, e a maneira como ele reage aos meus toques e beijos apenas intensifica a sensação de excitação. A combinação da dor e do prazer se mistura, criando uma intensidade que nos envolve completamente. Cada movimento, cada toque, é um reflexo da paixão crua e incontrolável que estamos experimentando, e eu aproveito cada segundo desse jogo selvagem e provocante.
— Ran... assim... oh... — ele diz manhoso ao sentir meus dedos tocarem sua próstata, judiando violentamente dali.
Abro um sorriso e volto a dar chupões em seu pescoço, mais fortes, deixando sua pele branquinha e imaculada sair do vermelho e ficando roxa e não penso duas vezes antes de começar a morder.
— Ran... isso dói...
— Fica quieto. — falo e aperto a mandíbula dele. — Você me mordeu até arrancar sangue não foi? Vou fazer o mesmo com você.
— Mas foi sem querer, amor...
— Shh. — falo e pressiono meu dedo indicador em sua boca.
Sua pele branquinha fica em poucos minutos roxa, e eu abro um sorriso ao ver algumas gotinhas de sangue ali, marcando ele.
— Você fica lindo com as marcas dos meus dentes. — falo malicioso e mexo meus dedos mais rápido dentro dele. — Tão lindo, tão vulnerável. — falo e passo a língua de forma provocante em seus mamilos, e Sanzu fecha as pernas devido a sensibilidade, mas eu as abro de volta. — Eu disse para você fechar as pernas? Disse?
— Não...
— Então não feche. — falo e mexo meus dedos com mais força e rapidez dentro dele.
Sanzu geme cada vez mais alto, o que indica uma coisa: seu orgasmo está próximo. Mas não quero quer ele goze, não agora. Retiro meus dedos de dentro dele e o puxo para mim.
— Ran... porque parou? Eu...
— Shh. — falo e beijo ele. — Se você quer gozar, vai ter que merecer primeiro, você está bem rebelde ultimamente. — falo e seguro seu cabelo. — Se você me fazer um bom boquete, eu penso no seu caso, amor. — falo com um sorriso e acaricio seu rosto.
Antes dele dizer qualquer coisa ou fazer algo, puxo ele para frente, fazendo ele se ajoelhar, ele já entende o recado e já começa a me chupar... Sanzu é um bom garoto.
Sua boca quente toca a minha glande, chupando devagar e passando a língua na região, deixando saliva e me fazendo arrepiar, afinal ali é uma região muito sensível. Ele olha para mim com aqueles olhos azuis com cílios grandes e começa a chupar toda a extensão do meu pau, me fazendo gemer rouco, enquanto eu empurro sua cabeça para frente e para trás, ditando seus movimentos.
Ele apoia as mãos no colchão e obedece meus movimentos, indo fundo o suficiente para eu sentir a ponta do seu nariz tocar a minha virilha e eu sentir meu pau tocar sua garganta.
— Você faz isso tão bem. — falo e acaricio o rosto dele. — Você gosta de me chupar, não é?
Sanzu apenas acena positivamente para mim, ele nem precisava se preocupar com isso, ele ama me chupar, e eu nem preciso pedir ou mandar ele fazer isso.
Meu corpo treme e meu pau se contrai e sem aviso, acabo gozando, jogando a cabeça para trás e soltando um gemido alto e manhoso.
— Caralho... — falo e mordo a boca, ainda sentindo o gosto metálico do sangue.
Olho para baixo e Sanzu passa a língua em toda extensão, deslizando seu piercing no meu pau para se deliciar com cada vestígio da minha porra, e eu abro um sorriso com isso.
— Bom garoto, Haru. — falo e arrumo seu cabelo, tirando alguns fios do seu rosto, e antes dele dizer alguma coisa, o deito na cama, ficando por cima dele. — Acho que você merece gozar. — falo e levo a mão até o seu pau, que já está pulsando e molhado. — Geme pra mim.
Começo a estimular ele, fazendo movimentos de vai e vem enquanto me divirto com os seus mamilos, chupando e passando a língua de forma provocante, céus eles são tão lindos.
— Ran... — ele diz manhoso e apoia as pernas na minha cintura.
— Você gosta assim? — falo e aumento a velocidade, sentindo a sua pré porra escorrer.
— Sim... sim... amo...
Continuo provocando ele, indo mais fundo e rápido e quando sinto que ele está quase gozando, começo a chupar ele, do jeito que eu sei que ele gosta: devagar, mas fundo.
— Haitani... — ele geme manhoso e abre mais as pernas.
Sinto ele segurar o meu longo cabelo bicolor para não me atrapalhar, eu acho fofo isso. Continuo chupando ele, indo mais fundo, até sentir sua glande tocar a minha garganta. Não vou parar, e nem pretendo, enquanto ele não gozar.
Espalho sua pré porra na sua entrada e insiro dois dedos enquanto continuo o boquete, ele se contorce e sem muito esforço encontro a sua próstata, e judio somente dali, bem forte.
— Argh... seu maldito... — ele geme e abre um sorriso.
Continuo, mais firme, fundo e indo mais rápido, e não, não demora para ele gozar, inundando a minha boca com a sua porra quente e doce, e eu trato de engolir cada gota.
— Ran... — ele diz ofegante assim que eu tiro meus dedos de dentro dele e tiro seu pau da minha boca. Me deito por cima dele e beijo seu pescoço em seguida me aproximo do seu ouvido, fazendo ele se arrepiar.
— Seja um bom menino. — falo e acaricio sua entrada molhada. — Fica de quatro pra mim.
Sanzu sorri e olha para mim, me beija de forma provocante, com sua língua explorando minha boca e em seguida sorri de novo.
— Eu fico do jeito que o meu Haitani quiser. — ele diz e em seguida se levanta.
Observo ele ficando do jeito que eu mandei, apoiando as mãos no colchão, o rosto no travesseiro e ficando bem empinado para mim, e cacete só de ver ele assim me deixa mais duro.
— Vou te foder com muito tesão. — falo e dou um tapa firme e forte na sua bunda.
— Me fode e me come como quiser, Ran Haitani. — ele diz e sorri.
Acaricio sua entrada, espalhando sua pré porra no local insiro dois dedos para deixar ele um pouco mais largo, e em seguida tiro meus dedos e começo a colocar meu pau.
— Porra... hmmm... você é tão grande... — ele diz manhoso e o seu interior se contrai.
— Você gosta do meu pau dentro de você. — falo e coloco todo o comprimento, fazendo ele gemer manhoso. — Não negue.
— Nunca vou negar que eu amo seu pau me fodendo e amo quando você começar a me comer, Haitani.
Abro um sorriso e beijo suas costas.
— Se você gosta disso, então geme pra mim, enquanto eu te como.
Antes dele dizer algo, começo a estocar ele, indo fundo, mas devagar pois sei que ele gosta que comece assim, devagar mas logo ele vai pedir para ir mais violento.
— Seu pau é uma delícia, amor. — ele diz e arqueia mais para mim e agarra os lençóis. — Amo quando você me come.
— E você acha que eu não sei? — falo com um sorriso e puxo o seu cabelo.
Sanzu geme manhoso e alto ao mesmo tempo, olho para baixo e vejo meu pau saindo e entrando de dentro dele, é tão excitante que só de ver isso, me enche de tesão e eu fico mais duro ainda ao ouvir a voz fraca devido ao prazer do meu garoto.
— Ran... mais rápido... — ele diz e empina mais pra mim. — Mais rápido e fundo, por favor.
Abro um sorriso e agarro a sua cintura com as duas mãos para deixar ele firme e começo a ir mais rápido, forte e violento, sendo possível ouvir os sons da minha virilha batendo na sua entrada e nossos corpos se chocando violentamente.
— Filho da puta... — ele diz e sorri. — Me fode amor... me come!
Dou um tapa na sua bunda e o penetro ainda mais firme e fundo, e começo a gemer manhoso ao sentir ele rebolando no meu pau, caralho ele quer me matar de tesão.
— Seu maldito... — falo e observo ele rebolando no meu pau. — Rebola assim pra mim... está gostoso...
Sanzu ri e continua e eu não perco a oportunidade de dar tapas na sua bunda e apertar ela com força. O tanto que eu amo foder ele não tá escrito.
— Você me fode tão gostoso... argh... amor...
Estoco ele violentamente e em menos de alguns minutos, gozamos juntos. Sanzu suja os lençóis e eu sujo seu interior. Mas isso está longe de acabar.
Tiro meu pau de dentro dele e vejo o estrago qu eu fiz, ele está mais largo, com a minha porra escorrendo em seu interior e sua bunda está bem vermelha.
— Fica de frente pra mim. — ordeno e ele obedece, virando o corpo para mim.
Apoio uma perna dele na minha cintura e outra no meu ombro e penetro ele de novo. Nós dois não temos limites, e isso é excitante.
Seguro sua cintura e começo a ir rápido, Sanzu não perde a oportunidade e rebola no meu pau, me fazendo sorrir com tal ato. Ele gosta disso tudo. Me deito por cima dele e chupo seus mamilos, passo a língua e os aperto, Sanzu arranha minhas costas e ombros enquanto o fodo sem piedade.
— Você fode gostoso, Ran. — ele diz e abre um sorriso.
— E você gosta. — falo e passo a língua em sua boca para provocar. — Gosta? — falo e ergo seu queixo.
— Amo, seu bicolor gostoso. — responde e me puxa para beijar ele.
Minhas estocadas ficam mais violentas, acertando sua próstata e fazendo nós dois gemer juntos no beijo. Me afasto da sua boca e apoio minha cabeça no ombro dele, minhas mãos seguram os lençóis e Sanzu coloca as pernas nas minhas costas, e me segura firme com as sua mãos.
— Sanzu... — falo manhoso.
— Me come, amor, do jeitinho que só você sabe fazer tá? — ele diz e beija meu rosto.
Reviro os olhos e o penetro mais rápido, Sanzu arranha minhas costas e isso me deixa mais duro ainda, porra eu estou em um delírio fodido.
— Eu vou gozar... — falo manhoso. — Porra, amor...
— Goza pra mim meu Haitani. — ele diz e tira os fios de cabelo do meu rosto. — Enche meu interior com a sua porra. Goza dentro de mim meu Haitani. — ele sussurra no meu ouvido.
— Cacete... eu tô quase...
— Você consegue meu garotão. — ele diz e beija o meu rosto. — Me preenche com a sua porra.
Amo quando ele sussurra as coisas mais sujas no meu ouvido enquanto eu fodo ele, sempre me enchem de tesão, e me fazem gozar com mais prazer.
— Caralho... — falo e reviro os olhos após atingir o meu orgasmo, preenchendo ele com a minha porra. Sanzu também gozou, e posso sentir sua porra no meu abdômen.
— Você conseguiu meu amor. — ele diz e acaricia meu rosto.
— Eu gozei, amor...
— E gozou bem gostoso. Meu campeão. — ele diz e beija meu rosto. — Meu Haitani.
— Só seu, Haru.
— Você tá manhoso? — ele diz e acaricia minhas costas.
— Não estou. — respondo e ele me provoca, rebolando devagar no meu pau. — Argh... amor...
— Você fica lindo manhoso. — ele diz e deposita um beijo no meu pescoço.
Exausto, mas satisfeito, saio de dentro dele e me levanto da cama com um sorriso de puro contentamento no rosto. A sensação do quarto ainda está carregada do que acabamos de fazer, o ar quente e cheio de lembranças recentes. Sanzu, com o corpo marcado e um brilho de cansaço e satisfação no olhar, me acompanha, deslizando para fora dos lençóis.
Ele me lança um olhar cúmplice, e eu apenas aceno com a cabeça na direção do banheiro. Caminhamos juntos, ainda meio cambaleantes, os corpos pesados pelo cansaço delicioso que nos envolve. As marcas ainda frescas no corpo do Sanzu contrastam com sua pele, um lembrete vívido de como cada segundo foi intenso.
Abrimos a porta do banheiro, ligo o chuveiro, e a água quente começa a jorrar, criando uma cortina de vapor que rapidamente toma conta do ambiente. Entramos sob o jato d'água, e o calor relaxa os músculos tensos, lavando o suor e as marcas que o momento deixou.
Sanzu deixa a água escorrer pelo rosto, os olhos fechados, e eu não consigo evitar sorrir ao vê-lo ali, tão vulnerável e relaxado ao mesmo tempo. Sem dizer uma palavra, passo uma mão pela sua cintura, um toque leve, carinhoso, que contrasta com a intensidade de minutos atrás. A água quente nos envolve, e, por um momento, o mundo lá fora parece distante e sem importância, deixando apenas nós dois, sob o jato quente, compartilhando um silêncio confortável que só vem depois de um momento tão íntimo.
Com a água quente caindo sobre nós, deixo meus braços envolverem a cintura do Sanzu, puxando ele para mais perto. Sinto a pele dele contra a minha, ainda marcada e sensível, e há algo reconfortante em tê-lo assim, tão próximo. Ele relaxa nos meus braços, o corpo se encaixando perfeitamente no meu, como se fosse o lugar dele desde sempre.
Encosto meu rosto no ombro dele, sentindo o calor da água e do corpo dele se misturarem. É um momento silencioso, mas cheio de tudo que não precisa ser dito. Aperto o abraço, deixando meus dedos traçarem levemente as marcas que deixei, e finalmente quebro o silêncio com um sussurro, tão suave que quase se perde no som da água.
— Eu te amo, meu amor. — digo, a voz baixa e carregada de sinceridade. Não é só um sentimento, é uma certeza que cresce cada vez mais em momentos como esse. Sanzu fica quieto por um segundo, absorvendo minhas palavras, antes de virar a cabeça e me olhar, com um sorriso suave e os olhos brilhando.
Ele não precisa dizer nada em resposta, o jeito como ele relaxa ainda mais nos meus braços, a forma como o sorriso dele se abre, já me diz tudo o que eu preciso saber. Ali, sob o chuveiro, em um abraço que é mais do que qualquer palavra, eu sei que estou exatamente onde deveria estar: com ele.
Terminamos o banho, a água quente escorrendo lentamente enquanto desligo o chuveiro. Pego uma toalha e passo para Sanzu, que a enrola na cintura, e faço o mesmo com a minha. O banheiro agora está preenchido pelo vapor, e o cheiro de sabonete ainda flutua no ar, trazendo uma sensação de frescor que contrasta com a intensidade de momentos atrás.
Caminhamos até a pia, onde começamos a escovar os dentes lado a lado. Nossos movimentos são sincronizados, quase automáticos, como se essa rotina íntima já estivesse gravada em nós dois. Olho para Sanzu pelo espelho, e ele me lança um sorriso discreto, com a boca cheia de espuma, o que me faz rir baixinho.
Com a boca fresca e o corpo revigorado, voltamos ao quarto. A luz suave deixa o ambiente aconchegante, e, ainda com as toalhas na cintura, abrimos as gavetas para pegar roupas limpas. Visto uma boxer preta com calma, sentindo o tecido macio contra a pele. Sanzu faz o mesmo ao meu lado, sem pressa, cada um no seu ritmo, em um momento simples que parece quase mundano, mas que tem um conforto familiar.
Enquanto seco o cabelo com a toalha, Sanzu se aproxima da cama. Vejo ele trocar os lençóis com uma eficiência casual, os movimentos rápidos e precisos. Ele puxa o tecido para fora da cama, e em poucos segundos, a cama está com lençóis limpos e arrumados, prontos para uma nova noite.
Termino de ajeitar meu cabelo, observando a cena com um pequeno sorriso. Gosto desses momentos com Sanzu — pequenos, íntimos, onde a rotina vira algo nosso, sem pressa e sem pressão, apenas nós dois, fazendo com que cada detalhe do dia importe.
Assim que terminamos de arrumar tudo, nos deitamos na cama recém-feita, e o toque dos lençóis limpos contra a pele traz uma sensação de conforto imediato. Me ajeito atrás do Sanzu, meu corpo se moldando ao dele com uma facilidade natural, como se cada curva e cada espaço entre nós fossem feitos para se encaixar perfeitamente em uma conchinha. Sendo eu a concha maior, envolvendo ele com meus braços, e ele se ajusta, puxando o edredom até nossos ombros, cobrindo nós dois com o calor macio do tecido.
Sinto o corpo dele relaxar contra o meu, os músculos suavizando, e o peso confortável da sua presença preenche cada vazio. Abraço Sanzu com firmeza, apertando ele contra mim, e meu rosto se aproxima do dele. Com um movimento suave, deposito um beijo leve em sua bochecha, deixando meus lábios repousarem ali por um momento a mais. É um gesto pequeno, mas carregado de tudo o que sinto por ele.
— Durma bem, amor.
— Você também, amor.
Enquanto ficamos ali, envoltos pelo calor um do outro, sei que é exatamente aqui que pertenço. O cheiro dele, o som da sua respiração, a forma como ele se aconchega nos meus braços... tudo isso me diz que não há outro lugar no mundo que eu preferiria estar. Ele é meu lar, e não importa o que aconteça lá fora, o que importa é que no fim de tudo, é ao lado dele que encontro a paz.
Sanzu se ajusta mais uma vez, apaga a luz do abajur e fecha os olhos e solta um suspiro satisfeito, e eu sei que ele sente o mesmo. Estamos ali, juntos, e não há nada que precise ser dito para sabermos que pertencemos um ao outro.
•Palavras
6.236
•Notas de Kira:
Gostaria de agradecer a cada um de vocês por terem lido essa obra. Tudo foi escrito com muita dedicação, pensando em transmitir toda a intensidade e conexão do Ran e do Sanzu, dois personagens que, juntos, se completam de um jeito único.
Essa obra é ainda mais especial porque foi dedicada à Aki_kurokawa20 , que me pediu um shipp do Ran x Sanzu com uma boa dose de hot e Ran sendo o ativo. Sua sugestão foi o empurrãozinho que faltava para mergulhar nesse universo intenso e cheio de provocações, e eu adorei cada momento! Obrigada por inspirar essa história e por acreditar nela desde o começo. E eu espero ter atendido suas expectativas <3
Espero que tenham se divertido e se envolvido com cada linha. Esse universo continua a crescer graças a vocês.
Com muito amor e carinho, Kira.
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