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Capítulo 42

Foi uma manhã divertida e aproveitamos cada momento que pudemos. Exploramos algumas trilhas mais desertas, Pietro tirou fotos enquanto eu desenhava ou anotava algumas ideias que me vinham, devoramos quase toda a comida que ele tinha trazido e até mesmo tínhamos dado alguns mergulhos, na verdade ele tinha mergulhado enquanto eu apenas fingia nadar e parava debaixo da cascata. Eu realmente podia sentir minha vida começando a entrar nos trilhos ali.

Enquanto eu me recostava nas pedras e admirava o brilho dourado do sol refletindo na água, Pietro emergiu a pouco mais de um metro de costas para mim, permitindo novamente que eu visse sua tatuagem. Agora com a luz do dia e sem a bebida para enevoar minha mente, eu podia admirar o quanto o desenho era bonito, com traços fortes e impecáveis, mostrando o talento do artista. Me aproximei sem nem mesmo ver e enquanto as gotículas de água percorriam suas costas fortes, levantei minha mão e com a ponta dos dedos comecei a contornar os traços. Pietro ficou tenso por um momento, mas não se afastou do meu toque.

-O que ela significa? - perguntei.

-É um símbolo grego de proteção. - explicou. - Eu fiz a alguns anos quando viajei para a Grécia, na verdade uma amiga que fiz por lá acabou me convencendo.

-É um desenho muito bonito. - falei. - O artista que o fez tem um dom incrível.

-Ás vezes quase me esqueço que ela está ai. - falou se virando e ficando de frente para mim. - Ela já está ai a tanto tempo que faz parte de mim.

-Gosto desse tipo de tatuagem.

Um sorriso brincalhão dançou em seus lábios e ele arqueou a sobrancelha para mim, como se tivesse acabado de ter uma revelação.

-Então foi por causa disso que o Dimitri conseguiu te pegar ontem? - perguntou. - Porque você estava olhando a minha tatuagem?

Senti minhas bochechas ficarem vermelhas e dei um passo atrás, para voltar para o lugar onde eu estava antes, mas Pietro não deixou. Ele passou um braço ao redor da minha cintura e me puxou para si, fazendo com que ficássemos cara a cara.

-Talvez tivesse sido por isso. - falei brincando com meus dedos em seus ombros.

-Hum... Então mudando drasticamente de assunto agora. - falou. - De um a dez, qual nota você da para esse encontro?

Fingi pensar por um momento e passei os braços ao redor do seu pescoço, notando vagamente que meus pés não estavam mais tocando a pedra onde eu estava até poucos segundos atrás.

-Nove e meio.

-Por sorte ele ainda não acabou e posso me esforçar para ganhar meu dez.

Abri minha boca para provocar e perguntar de que maneira ele pretendia ganhar o seu dez, quando seus lábios se chocaram contra os meus com força e não pude conter meu sorriso enquanto estreitava meus braços ao redor do seu pescoço. Ele tinha feito por merecer a nota dez.

********

Marisol não parava de me lançar olhares de lado, fazia isso a cada cinco minutos e eu não sabia se a mandava parar ou ria de sua cara. Tudo que Alexandra fazia era sorrir e chacoalhar a cabeça, sem dizer nem uma única palavra. Quando Pietro tinha me deixou na porta do meu quarto, me roubando um beijo de despedida, era o momento exato em que Marisol estava abrindo a porta do quarto e viu a cena toda. Ela sabia ser discreta quando convinha, mas as vezes não era nada sutil então o que ela fez, ao contrário do que a maioria achava, que seria ficar sem graça e pedir desculpas, foi dar um oi rápido para Pietro e me puxar para dentro do quarto quase me arremessando encima da cama enquanto exigia saber cada detalhe.

Quando Alexandra entrou na onda, ao sair do banheiro, não tive escolha a não ser contar tudo o que tinha acontecido em um tom de voz baixo, já que Sol alegava que minha maneira normal de falar soava mais como um monte de sinos na cabeça dela.

Revirei os olhos para minhas amigas pelo que parecia a milésima vez desde que eu tinha chegado e elas sorriram enquanto íamos em direção ao restaurante.

-Faz tempo que não ando a cavalo. - falou Ale de repente.

-Mas tenho certeza que você vai se sair bem, você é boa nisso. - falei. - Eu pelo contrário, só andei duas vezes e não me garanto em nada.

-E eu que só andei uma? - perguntou Marisol. - Eu não estou nada a fim de quebrar uma perna ou um braço. De novo.

-É só pedir ajuda pro Noah. - falei. - Aposto que ele pode nos ajudar nisso.

Marisol olhou para mim como se de repente tivesse surgido algo em sua mente.

-Por falar em Noah... Como esse convite surgiu? - perguntou. - E essa inesperada amizade de vocês?

-Eu conheci ele quando desci para pegar uns sanduiches pra Ale e pra mim. - falei dando de ombros. - Eu ajudei ele a arrumar um pouco da bagunça da festa e começamos a conversar. Ele me ajudou a fazer os sanduiches e como agradecimento pela ajuda ele nos chamou para andar a cavalo e conhecer o lugar.

-E você fez amizade com ele na sua versão bêbada? - perguntou sorrindo.

-E morta de sono. - acrescentei. - Eu estava mais parecendo um zumbi.

-Ele deve ser um cara legal. - falou Ale. - Ou ficou a fim de você.

Revirei os olhos.

-Com certeza ele é um cara legal.

-Não é só porque você já está amarrada por um cara que os outros não vão prestar atenção em você, amiga. - falou Sol com um sorrisinho malvado. - Pense nisso e para de menosprezar a sua beleza.

-Hei Safira. - chamou uma voz familiar.

Olhei por cima do ombro e vi Noah parado perto das escadas. Ele vestia jeans preto e uma camiseta branca com o emblema do rancho, os cabelos escuros estavam bem penteados e havia um enorme sorriso em seu rosto ao olhar para mim.

-Ele com toda certeza ta a fim de você. - falou Marisol me abrindo um sorriso malicioso.

-Cala a boca. - falei empurrando seu ombro com o meu. - Quero ver se vai continuar me zuando quando encontrar o Nikolay mais tarde.

O sorriso debochado sumiu de seu rosto e ela se virou pra mim de olhos arregalados.

-O que tem o Nikolay? - perguntou. - Eu só me lembro de ter dançado com ele na noite passada e nada mais que isso.

Alexandra olhou para ela como se não acreditasse que não estava lembrada do que tinha acontecido. Ale não ia para muitas festas com a gente, não por vontade própria, mas sim porque seus pais proibiam que ela fosse a maioria, desse modo, ela não sabia até onde a bebedeira da nossa amiga podia leva-la. Essa não era a primeira vez que Marisol esquecia o que tinha feito na noite anterior.

-Ele te roubou um beijo na frente de todo mundo. - falei e seus olhos se arregalaram ainda mais. - E Diego e Raymond estavam bem ao lado. Por sorte estavam todos bêbados demais para aquilo tudo não virar um banho de sangue.

Ela soltou um gemido e levou as mãos ao cabelo.

-Eu odeio me esquecer desse tipo de coisa. - resmungou. - Nunca mais vou beber desse jeito.

-Não fale algo que não pode cumprir. - falou Ale chacoalhando a cabeça.

Nos três sabíamos que na primeira oportunidade que Sol tivesse para curtir uma boa festa, ela iria beber todas. Hoje a noite era um exemplo, já que teríamos uma fogueira ao pôr-do-sol. Enquanto minha amiga resmungava de metade de sua noite esquecida, me virei para sorrir para o cara que se aproximava.

-Oi Noah. - falei.

-Então essas são as amigas de quem você tanto falou? - perguntou olhando para elas e vi Marisol o avaliando da cabeça aos pés. - Marisol e Alexandra, não é?

-Sim, somos nós. - respondeu Ale. - Eu sou Alexandra.

-E eu vou ser a Marisol assim que comer alguma coisa e me livrar dessa maldita dor de cabeça.

-Ah, ressaca, leal companheira pós festa. - falou Noah parecendo divertido. - Pede para a Marta da cozinha que ela consegue um remédio para você. Mas seja rápida porque a quantidade de pessoas que estão precisando curar a ressaca está assustadora.

Nós quatro rimos e Sol acabou levando uma mão a cabeça fazendo uma careta de dor.

-Porque vocês não esperam a gente lá no Haras enquanto almoçamos? - perguntou Ale. - Prometo que não vamos demorar.

-O família pra ter homem bonito. - cochichou Sol ao meu lado. - Abençoado seja o útero dessa mãe.

Segurei o riso e fiz minha melhor cara de paisagem quando Noah voltou seu olhar para mim.

-Por mim tudo bem. - falou. - Mas você não vai almoçar?

-Na verdade eu...

-Ela já comeu junto com o namorado dela. - falou Sol mal contendo seu sorriso.

Dei uma cotovelada em suas costelas e ela me lançou um olhar feio, o que retribui com um igual enquanto mantínhamos uma conversa digna de amigas, apenas pelo olhar. Ficamos todos em silêncio por um minuto e quando virei, mesmo que o sorriso não tivesse vacilado em seu rosto, pude notar que havia certa decepção nos olhos de Noah. Oh Droga! Será que as meninas estavam certas?

-Ahn... Acho melhor vocês irem almoçar logo. Quero ir para essa cavalgada logo e tenho uma lista de coisas que quero fazer ainda hoje antes da fogueira. - falei.

-Desde quando? - perguntou Sol sorrindo com deboche para mim.

Se eu não amasse tanto essa maluca quebraria todos os lápis de olho que ela tinha e eu sabia que amava.

-Desde que esse lugar é muito lindo para se perder tempo fazendo nada. - peguei Noah pelo braço e comecei a arrasta-lo para longe. - Vejo vocês depois.

Noah me olhava com um sorriso divertido e não pronunciou uma única palavra enquanto eu o arrastava até o lado de fora do chalé. Assim que estávamos nos fundos e perto de um caminho que levava ao Haras, o que nem mesmo eu sabia que lembrava, parei e respirei fundo. Sempre era possível contar com as amigas para colocar você em uma situação embaraçosa. Eu podia ter ficado parecendo uma maluca, mas eu sabia o que Marisol estava fazendo quando falou que eu tinha um namorado e tinha certeza de qual seria o próximo passo dela. Ela compreendia minhas dúvidas e todos os sentimentos que eu mantinha em segredo, mas também sempre que podia tentava tirar coisas a limpo e me empurrava para que eu saísse da minha zona de segurança. Ela era sincera e direta em boa parte do tempo, então para ela perguntar para Noah se ele estava a fim de mim, bastava apenas a vontade dela.

-Então... Você tem um namorado? - perguntou Noah depois de um tempo.

-O que? - perguntei ainda confusa com meus pensamentos e com o constrangimento.

-Quer dizer então que você tem um namorado?

Eu ia fazer Marisol me pagar por isso depois.

-Ahn... Não exatamente. - respondi.

-Como assim não exatamente? - perguntou parecendo curioso.

Eu gostaria muito que as meninas não tivessem plantado aquela informação na minha cabeça, agora quando eu olhava para os olhos dele podia ver sua mente rodar e notar seu verdadeiro interesse por trás da pergunta. Ele era lindo, tinha um sorriso contagiante e era uma ótima pessoa pelo que pude ver, se fosse em outros tempos eu não teria dúvidas de que sairia com ele.

-Nós somos amigos e saímos algumas vezes. - falei quando começamos a andar. - Estávamos meio brigados antes de vir para cá e acabamos fazendo as pazes ontem. Na verdade é melhor dizer hoje, porque ontem eu não estava muito bem. Estamos indo devagar, então ainda não é um namoro.

-É aquele cara com quem vi você saindo mais cedo? - perguntou.

Ele estava com as mãos nos bolsos e caminhava calmamente ao meu lado, os olhos concentrados nas pedrinhas do chão.

-Você viu? - perguntei surpresa.

-Eu estava alimentando os cavalos quando reconheci você entrando na floresta com um cara.

-Ahn, aquele é o Pietro. E sim, é ele.

-Então acho que perdi minha chance de te chamar para sair comigo, não é?

Senti o choque de suas palavras me atingir em cheio e sem saber o que responder, acabei tropeçando em uma pedra e quase torci o pé. Por sorte Noah agiu rápido e me deu apoio, pois por um nano segundo me vi indo ter um encontro nada amigável com o chão.

-Hei, cuidado. - falou rindo. - Acho melhor não levar pedras junto com a gente.

-Ahn.. É... Obrigado. - falei sem jeito enquanto me afastava lentamente.

Um silêncio constrangedor se formou entre nós e tudo que eu queria era que aquela conversa nunca tivesse começado.

-Te deixei sem jeito, não foi? - perguntou para quebrar o clima tenso.

-Um pouco. - admiti. - Eu... Não esperava algo assim.

-Eu tinha preparado até mesmo meu discurso para convencer você a sair comigo. - falou como se não fosse nada. - Não estou tendo muitas chances de conhecer muitas garotas legais ultimamente, ainda mais com a quantidade de trabalho que estou tendo. Pensei que daria sorte dessa vez. Não que você não seja uma garota legal viu, é que...

-Sinto muito. - falei encolhendo os ombros. - Me sinto mais mal ainda porque você é um cara legal, mesmo eu não te conhecendo a pouco mais do que umas horas em que eu estava basicamente bêbada. Apesar que isso mostrou que tem um bom caráter, já que não fez nada contra uma garota que mal aguentava consigo mesma. - ele sorriu de lado. - Se tivéssemos nos conhecido a um mês atrás era muito provável que eu aceitasse o convite, mas agora a única coisa que posso te oferecer é a minha amizade.

Ele chutou uma pedrinha que estava em sua frente e olhou para o céu.

-Isso também parece uma coisa boa para mim. - falou ainda sem me olhar. - Ter amigos é sempre bom.

-E eu moro a apenas alguns quilômetros daqui e você pode ir me visitar, podemos bater papo e posso te apresentar algumas das minhas amigas.

-Acho que esse foi o melhor fora que já levei.

Nós dois começamos a rir.

-Você é legal, divertido e atencioso, sei que não vai demorar nada para achar uma boa garota. - falei e ele olhou para mim, como se fosse falar alguma coisa, mas não deixei. - E não estou falando isso por pena ou algo assim, apenas ditando um fato.

-Sem clima chato? - perguntou estendendo a mão.

-Sem clima chato. - concordei apertando sua mão.

Fomos o resto do caminho em uma conversa agradável e o momento constrangedor de alguns momentos atrás logo foi esquecido. Fiquei admirando como uma boba as baias muito bem organizadas, todas de uma madeira escura e muito bem organizadas abrigando um cavalo mais lindo do que o outro. Algumas pessoas conversavam em pequenos grupos e pareciam animadas enquanto escolhiam seus cavalos enquanto outros já preparavam os animais para começarem seus passeios.

-Eles são lindos. - falei.

Noah sorriu e acariciou o focinho de uma égua branca que bufou em seu rosto assim que ele se aproximou.

-Eles são o orgulho do meu pai. - falou. - E talvez o único motivo que evita que eu surte por passar tanto tempo preso aqui. Adoro cuidar deles e a Megan não confia em quase ninguém além de mim e mais um funcionário para esse serviço.

-Megan? - perguntei curiosa.

Um sorriso bobo e amoroso surgiu em seu rosto e eu conhecia bem aquela expressão, era a mesma que eu adotava quando falava da minha família ou dos meus amigos.

-É a minha irmã. Irmã gêmea para falar a verdade. - falou me surpreendendo. - Ela está cursando veterinária. Esse sempre foi o sonho dela desde que erámos crianças e nosso pai nos ensinou a montar. Ela quis voltar para cá e nos ajudar quando ele ficou doente, mas eu não deixei e fiz com que ela continuasse lá. Mesmo que eu tenha que fazer o meu trabalho e o do Nikolay, eu jamais poderia deixar aquela baixinha desistir do sonho dela, eu faria qualquer coisa por ela.

-Entendo perfeitamente o que quer dizer. - falei andando na frente das baias. - Tenho dois irmãos mais novos e não há nada que eu não faria por eles.

De todos os cavalos, foi um grande garanhão negro que chamou minha atenção. Ele era completamente negro, o dorso musculoso e as patas poderosas batiam no chão com força, como se ele estivesse irritado. Havia uma curiosa aura de soberania nele, o que se comprovou quando, a cada batida de sua pata no chão, um dos cavalos ao lado ficava agitado. Ele era lindo e parecia totalmente selvagem.

-Que rapaz lindo que você é. - falei e me aproximei da baia.

-Esse é o Dragon, o cavalo da minha irmã. - falou Noah. - Ele é meio arisco então cuid...

O cavalo bateu seu grande focinho no meu rosto com delicadeza, como se me pedisse carinho, e as palavras morreram na boca de Noah quando comecei a acariciar o pescoço do animal.

-Como conseguiu fazer isso? - perguntou espantando.

-Fazer o que? - perguntei confusa.

-A não ser a Megan, esse cavalo odeia todo mundo. - falou. - Eu cuido dele todos os dias e sei que se me descuidar um minuto ele vai me morder ou dar um coice, porque isso já aconteceu.

Olhei nos olhos de Dragon e sorri. Eu nunca tinha sido muito próxima a cavalos, mas sempre os achei belos animais.

-Parece que ele gostou de mim. - falei dando de ombros. - Ta a fim de passear um pouco, Dragon?

-Deu pra falar a língua dos cavalos agora, amiga? - perguntou Marisol saltando ao meu lado.

-Estou apenas conhecendo um possível companheiro de viagem. - falei sorrindo para ela.

Enquanto Sol chacoalhava a cabeça para mim, Alexandra parou ao lado de Noah amarrando os cabelos que chicoteavam em seu rosto e olhou na direção de Dragon com aprovação. Havia um brilho de empolgação em seu olhar que eu não via a um bom tempo.

-É um belo animal. - falou ela. - E então... Quando começamos o passeio?

*********

Mesmo com todos os avisos e orientações de Noah, eu não tive muito trabalho para conduzir o cavalo, já que Dragon se comportou muito bem, para o completo espanto do meu novo amigo. Ele sempre parecia saber quando e para onde ir sem que eu tivesse que direcionar, o que me poupava trabalho. As meninas faziam perguntas sobre vários lugares pelos quais passávamos, os quais eram impressionantes, e Noah parecia mais do que satisfeito em explicar. Era possível ver o brilho em seus olhos ao falar de cada canto do lugar onde cresceu e o amor que ele tinha pela família.

Em duas horas de passeio tínhamos percorrido um caminho que seria quase impossível ter sido feito a pé. Vimos lagos, cascatas, algumas formações rochosas, pássaros bem exóticos e lugares nos quais deveria ser ótimo acampar e ver as estrelas. Eu poderia ficar por ali pelo resto do dia se pudesse. Havia uma paz aconchegando naquele lugar, como se ele arrancasse todo o peso que vinha me oprimindo a dias.

-Vocês sabem de algum lugar que seja bom para fazer um piquenique? - perguntou Ale. - Eu e a Angy estávamos planejando fazer um e levar o Chris e o Deni, mas eu não tenho ideia de onde poderíamos fazer isso.

Pensei por um momento e a imagem do lugar onde eu e Pietro tínhamos ido mais cedo me veio a mente.

-Tem um lugar muito bonito onde fui hoje e é maravilhoso para passar um tempo. - falei. - A cascata que tem lá é de tirar o fôlego e a água é deliciosa.

-E onde é esse lugar? - perguntou ela parecendo animada.

-Na lado leste do chalé. A entrada da trilha é a primeira ao lado do Haras.

-Cascata Solaris. - falou Noah diminuindo o ritmo de sua cavalo.

Para vir ele tinha escolhido a égua que estava acariciando mais cedo e que acabei descobrindo se chamar Diane.

-Realmente é uma das cascatas mais bonitas que temos por aqui, se não for a mais. - falou. - É um ótimo lugar para passar o dia.

-E porque tem esse nome? - perguntou Sol.

-Por causa dos raios dourados de luz que passam pela copa das árvores e ficam refletindo na água. Lá é o único lugar onde não tem muitas árvores e permite que tenha mais luz do sol.

-Parece um ótimo lugar para mim. - falou Ale sorridente. - Assim que chegar vou falar com a Angy.

-E depois me procurem para que eu explique para vocês direitinho como chegar lá. - falou Noah. - Tem um pedaço da floresta que não é muito seguro para se ir por causa de alguns animais mais agressivos. Além disso, se você andar muito por essa trilha pode acabar saindo da nossa propriedade e lá não é um lugar que eu recomendo que vocês conheçam.

-Porque? - perguntei curiosa.

-Muitos de nossos cachorros de guarda já sumiram em rondas por lá e alguns funcionários voltaram machucados quando estavam concertando a cerca que delimita a propriedade. - falou com um olhar sombrio. - Aquela cerca vive estragando. E aconselho também que vocês não demorem a voltar de lá, a floresta não é um bom lugar para se ficar durante a noite.

Depois disso o dia seguiu seu curso com poucas paradas para descanso. Com Alexandra saindo com Angelina, Deniel e Christopher, eu e Marisol entramos em todos os grupos que podíamos para fazer qualquer uma das atividades que surgissem. Fosse para ir no rapel e até mesmo jogar futebol com os garotos, o que mais assisti do que participei. Um garoto chamado Henrique, que era um dos outros hospedes do chalé tinha me ensinado a jogar beisebol e ficou feliz em convidar alguns dos meus amigos para formar um time e jogar contra o pessoal com quem antes ele estava jogando.

No cair da noite eu era apenas o que tinha sobrado de uma pessoa de tão cansada que estava e tudo que eu conseguia fazer era ficar jogada na minha cama macia e confortável. Marisol não parecia muito melhor que eu, mas afirmou que aquele tempo era apenas para recuperarmos as forças e irmos nos arrumar para a fogueira. Mesmo com o desconto que conseguiram o preço dessa viagem tinha saído um pouco alta, mas com a dose de diversão que eu estava tendo e a minha exaustão resmungando de todo o meu corpo, eu via que tinha valido cada centavo. Estava prestes a levantar e ir tomar banho antes que Marisol morasse no banheiro quando alguém bateu na porta.

-Abre você. - resmungou Sol de olhos fechados. - Ainda não to pronta para levar daqui.

-Preguiçosa.

Ela só mês mostrou o dedo em resposta enquanto eu levantava e ia até a porta, me surpreendendo ao encontrar Noah do outro lado com uma expressão preocupada.

-Oi. - falei surpresa. - O que veio fazer aqui?

Ele não abriu um sorriso como eu esperava e seus olhos vasculharam o quarto com desagrado enquanto passava a mão no cabelo, como se não tivesse ficado feliz com o que tinha visto, ou não visto ali. Eu podia não conhecer ele a muito tempo, mas sabia que tinha alguma coisa errada.

-Você viu a sua amiga Alexandra? - perguntou.

Franzi a testa confusa.

-A última vez que a vi ele estava com uns amigos nosso indo falar com você para chegar até a cascata Solaris. - falei. - Porque? Aconteceu alguma coisa?

Ele fechou os olhos e soltou um longo suspiro antes de seus olhos encontrarem os meus com uma expressão séria.

-Aconteceu. - falou. - Seus amigos não voltaram da floresta.

************

Nota da autora:

Olá pessoal, sei que demorei um pouco com o cap e peço desculpas novamente por isso. Eu pretendia ter postado ontem, mas meu not resolveu me bugar e estragou meus planos. Espero que aproveitem esse presente de natal mesmo atrasado e perdoem essa autora que está ficando um pouco desleixado. Admito que estou tendo um pouco de dificuldades para escrever a história, mas eu vou continuar com ela e mesmo que eu demore para postar os capítulos, vou me esforçar todos os dias para continuar escrevendo.
Sinto muito por isso.

Espero que gostem.

Boa Leitura!

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