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Capítulo 40

Tudo que eu podia dizer é que não estava me sentindo eu mesma. Sem que quebrássemos nosso olhar, Pietro me girava de um lado para o outro como um verdadeiro profissional, fazendo com que eu me enroscasse em seus braços e me balançasse em perfeita sincronia com cada nota da música. Em meu estado quase alcoolizado, eu diria que ele não estava ajudando muito também cantando a música no meu ouvido. Sua voz era rouca e tinha um tom profundo, a tornando bela. Se aquela era a forma dele quebrar o gelo depois daqueles dias, podia dizer que Pietro tinha acertado em cheio. Eu não era exatamente uma dançarina, mas podia dizer que pelos filmes que tinha assistido e pelas pequenas aulas que tive com Marisol, que eu estava me saindo muito bem.

-Nunca pensei que fosse ver você assim. - falou no meu ouvido.

Ignorei o arrepio que senti e continuei dançando.

-Alcoolizada e me comportando como uma adolescente inconsequente? - perguntei.

Ele riu.

-Exatamente assim. - falou. - Você fica engraçada.

-Eu só mostro esse lado depois que conheço as pessoas a algum tempo e quando me sinto à vontade. - falei. - E também em ocasiões especiais.

-Acho que foi só por isso que consegui criar coragem para te chamar para dançar. - falou sincero. - Ou teria passado o resto da noite apenas te olhando ali do canto da piscina.

-Isso e porque você viu aquele loiro bonitinho dando em cima de mim, não é? - perguntei sorrindo.

Acho que beber tequila e dançar logo em seguida não tinha sido uma boa ideia, ainda mais girando daquele jeito. Eu nunca tinha bebido o suficiente par descobrir o tipo de bêbada que eu era, mas acho que eu estava começando a descobrir agora. Pelo visto eu era a do tipo sem filtro e que falava tudo o que vinha a cabeça. Pietro ficou um tempo em silêncio e depois, para a minha surpresa, riu.

-Parece que nem nesse estado posso esconder alguma coisa de você. - falou.

-Sou apenas perceptiva. - falei.

-Safira, eu queria pedir desculp... - começou ele.

Não deixei que Pietro terminasse a frase, fiquei de frente para ele e coloquei um dedo em seus lábios.

-Nada de conversas serias hoje, nem desculpas, explicações ou problemas. - falei olhando em seus olhos. - Hoje à noite seremos apenas duas pessoas curtindo uma festa e a companhia um do outro. Todos os problemas ainda estarão esperando a gente amanhã, então vamos apenas nos divertir.

-Quem é você e o que fez com a Safira que eu conheço? - perguntou rindo e apertando o braço ao redor da minha cintura.

-Ela tirou uma folga junto com todas as outras coisas. - falei dando de ombros.

Nós dois sorrimos um para o outro e em um movimento da dança, um casal trombou em mim, me empurrando mais contra Pietro. Nossos rostos ficaram muito próximos e eu podia sentir sua respiração no meu rosto, o hálito com cheiro de limão devido a alguma bebida me desorientando. Eu não sabia se era por causa das luzes que giravam por nós, mas seus olhos verdes estavam mais escuros quando encararam os meus, de um jeito tão intenso que senti um arrepio.

-Preciso te perguntar uma coisa. - falou fazendo círculos com o dedão na minha cintura.

-Pode perguntar. - falei um pouco sem fôlego.

-Você tem plena consciência do que está fazendo agora? - perguntou.

-Eu não estou bêbada, se é isso que você quer saber. - falei. - No momento que você me vir bambeando as pernas, será quando eu cheguei ao meu limite e no momento, eu ainda estou muito firme sobre elas.

-Ótimo. - falou sorrindo. - Era só para garantir que você não se arrependeria se eu fizesse isso.

Eu abri a boca para responder, mas ele não me deu tempo. Seus dedos se embrenharam em meus cabelos e antes que eu pudesse me dar conta, seus lábios se chocaram contra os meus com fome, paixão e saudade. Deslizei uma de minhas mãos por seu ombro e levei a outra até sua nuca enquanto ele apertava minha cintura com mais firmeza e me pressionava contra o seu corpo. O som pareceu abafado a nossa volta e as vozes não faziam muito sentido, eu tinha certeza que tínhamos parado de dançar e que estávamos parados no meio do caminho, mas isso era a única coisa de que eu tinha consciência. Meu corpo estava quente, minha respiração descompassada e meu coração batia tão depressa quanto as asas de um beija-flor.

Se antes as pessoas tinham dúvidas sobre nós, agora com toda certeza não tinham mais.

Quando Pietro aprofundou mais o beijo, esgueirando sua língua entre meus lábios, deslizei minhas unhas por seus ombros sem me importar se ficaria marcas. Enquanto o mundo parava de fazer sentido para mim, se pelo álcool ou pelo beijo, eu não sabia direito, ou pela mistura perfeita dos dois, eu me permiti ficar perdida no momento. Pelo menos até uma gritaria infernal e palmas atrapalharem tudo. Pietro e eu nos afastamos e eu olhei para o lado, vendo todos os meus amigos na nossa mesa olhando diretamente para nós enquanto gritavam em comemoração e batiam palmas, rindo como loucos. Ao invés de ficar brava, tudo o que fiz foi rir também, assim como Pietro.

-Finallllmeeeenteeee! - gritou Marisol arrastando as palavras propositalmente.

Pelo canto do olho, vi Vitória à beira da rodinha com David parado ao seu lado com a mão em sua cintura. Ela nos encarava como se tivesse acabado de achar um rato em sua bebida e eu podia ver a raiva brilhando em seus olhos, mas não dei a mínima para isso. Me voltei para Pietro e ele encostou a testa na minha, sua respiração acelerada como a minha.

-Estava louco para fazer isso a dias. - falou.

-E foi por isso que fez isso na frente de todos aqui? - perguntei divertida.

-Somos apenas dois adolescentes curtindo uma festa, lembra? - perguntou abrindo um dos sorrisos mais lindos e verdadeiros que eu já o tinha visto dar. - É normal que eu beije a garota de quem eu gosto na frente de quem estiver em volta sem me importar.

Permiti que um sorriso idiota se espalhasse pelo meus lábios, mas minha pequena bolha de felicidade foi rompida quando a primeira pessoa, uma garota um pouco mais baixa que eu, foi jogada dentro da piscina. A partir daí a confusão foi grande, entre gritos e risos. Pessoas pulando, outras sendo jogadas e tudo que fiz foi ficar olhando enquanto ainda tinha os braços de Pietro ao meu redor. Vi o momento que Diego pegou Marisol no colo e pulou com ela aos gritos na água enquanto eu ria, pelo menos até ver o olhar de Dimitri, que se voltou no mesmo momento para a minha direção com ares de travessura. Eu sabia bem o que ele ia fazer e apenas confirmei quando ele começou a andar na minha direção com um enorme sorriso.

-Nem tente. - falei.

-Como se você pudesse me impedir.

Fugi dos braços de Pietro e me escondi em suas costas.

-Não saia daqui se não ele vai me pegar. - falei o fazendo rir.

-Acho que não tem nada que impeça ele de te pegar, meu anjo. - falou divertido. - Nem mesmo eu.

Eu não sei o que me pegou mais de surpresa, o apelido carinhoso pelo qual me tratou ou a tatuagem que se destacava no meio de suas costas. Um maldita tatuagem que era um dos desenhos mais bonitos e interessantes que eu já tinha visto. Ela era um círculo com um triangulo dentro, e bem no meio havia uma pedra vermelha enroscada no meio de diversos ramos, preenchendo totalmente o triângulo. Na parte que era do círculo, havia pequenos desenhos que eu não podia identificar e o que parecia ser frases, mas em alguma língua que eu não entendia muito bem, talvez latim. Enquanto eu me perdia na minha pequena observação, dei tempo o suficiente para que Dimitri me alcançasse e conseguisse me pegar.

-Me solta, Dimitri! - gritei.

Mas ele não me ouviu, me pegou no colo e começou a correr em direção a piscina.

-Dimitri!

-Prende a respiração!

A próxima coisa que escutei foi nossos corpos se chocando contra a água e tudo escureceu a minha volta. Eu podia me virar bem quando estava na superfície e chamar aquilo de nadar, mas com toda certeza mergulhar não era algo que eu sabia fazer. Me debati freneticamente e completamente desesperada até irromper na superfície, a bebida parecendo ter sido eliminada do meu organismo enquanto meus pulmões clamavam por ar e meus olhos ardiam. Minhas vistas demoraram a se ajustar, mas assim que pude focar meu olhar novamente, vi Dimitri na minha frente se acabando de rir e minha primeira reação foi socar o peito dele com toda a força que eu podia.

-Você quase me matou afogada, seu idiota! - gritei.

-Eu não ia deixar você se afogar. - falou rindo.

-Acredito totalmente. - falei com sarcasmo.

Enquanto ele tinha uma crise de risos, me elevei na água e empurrei sua cabeça até que ela submergisse, o que me fez sorrir.

-Estamos quites, idiota.

Quando comecei a nadar para chegar a borda, uma mão segurou meu pé e me puxou de volta.

-Guerra!

Eu não sabia ao certo de quem tinha sido o grito, mas ao invés de ficar brava dessa vez, eu ri e entrei na brincadeira.

********

Existem vários tipos de bêbados e é sempre difícil decidir qual o pior, o encrenqueiro, que quer briga até com o vento, ou o dramático, que chora por todas as pitangas que nunca fala. Pela graça dos céus, Marisol era a bêbada animada que mesmo quando irritava, fazia com que você desse risada. Por isso que eu e Alexandra estávamos ali, as quatro horas da manhã, arrastando uma Marisol bêbada e que cantava músicas dos desenhos da TV pelo segunda lance de escada tentando a todo custo não derruba-la, o que era difícil já que ela tentava dançar enquanto cantava. A cada vez que ela tropeçava e se enrolava em uma parte de alguma música, eu e Alexandra começávamos a rir, até porque não erámos as únicas arrastando amigos bêbados de volta para a segurança dos quartos. Por todo lado se via pessoas subindo as escadas, seja se arrastando pelos degraus, sendo carregados, ou segurando com firmeza no corrimão para não descer tudo de volta rolando. Marisol cumprimentava cada pessoa que passava por nós e os chamava para cantar junto com ela.

Entrei quase em desespero quando um cara, que eu achava ser da nossa turma, que estava sendo carregado por mais dois amigos, entrou na onda dela e os dois começaram a cantar uma música que eu não sabia nem identificar e que qualquer outra pessoa poderia achar que não era nem mesmo na nossa língua. Nossa sorte foi que os amigos o arrastaram rapidamente pro quarto, o que nós deu a oportunidade de fazer o mesmo com a nossa amiga maluquinha.

Nossa noite tinha sido regada a bebidas, risadas, músicas, brincadeiras e muita bagunça. Pietro tinha se tornado membro da nossa roda e acho que desde que nos conhecemos eu não o tinha visto agir tanto com um adolescente normal quanto no momento em que ele aceitou o desafio de Diego para uma rodada de tequila. Eu ria e me sentia feliz quando ele me roubava um beijo ou outro. Sua resistência era alta pra caramba, superando a maior parte dos cachaceiros de carteirinha ali, o que me fez perguntar o que ele escondia em seu passado. Vi que ele tinha chegado no limite quando sua risada ficou mais solta e ele, Dimitri e Christopher começaram a cantar juntos uma música do AC/DC. Nesse momento, eu acho que ninguém mais era responsável pelos próprios atos e talvez seja por isso que uma briga feia foi evitada quando Nikolay roubou um senhor beijo de Marisol.

Eu já tinha parado de beber a muito tempo naquele momento e só sabia de duas coisas, além da ressaca infernal com a qual Sol acordaria. Ela não lembraria de nada no outro dia e iria xingar o infinito e além. Quando finalmente chegamos ao quarto, eu abri a porta e Alexandra arrastou Marisol pra dentro, a levando direto para o banheiro. Nossas roupas estavam encharcadas, embora as minhas estivessem começando a secar, então podia esperar para minha vez no banho. O importante era fazer Marisol acordar e ficar pelo menos um pouco sóbria.

-Vou colocar ela debaixo da água gelada. - falou Ale. - Para ver se ela pelo menos lembra o próprio nome.

Segurei uma risada e joguei a toalha de Marisol que estava dependurada em um gancho ao lado da porta do banheiro.

-Boa sorte com ela. - falei. - Vou descer e pegar alguma coisa para comer, porque estou morrendo de fome.

Uma das desvantagens para mim quando bebia, era que eu sentia uma fome absurda depois, como se tivesse passado um bom tempo sem comer nada. Se já não bastasse isso também tinha o sono, que se juntava ao que eu estava sentindo antes da festa. Assim que eu caísse na cama, apagaria completamente.

-Traz alguma coisa pra mim também? - perguntou ela. - Eu não como nada desde aqueles salgadinhos que belisquei.

-Vou ver o que acho lá na cozinha.

Deixei ela sozinha com nossa amiga e sai do quarto fechando a porta. Eu vergonhosamente tive que descer as escadas segurando o corrimão, porque não confiava nas minhas próprias pernas para fazer o percurso todo sem acabar rolando escada a baixo. Eu tinha ficado feliz em saber que além da cozinha do restaurante, onde ninguém devia entrar, também havia uma pequena cozinha americana perto da área da piscina, em um espaço mais fechado e reservado, que permita com que hospedes fizessem um lanchinho menos elaborado no meio da noite. Assim que cheguei lá, a primeira coisa que fiz foi abrir a geladeira e tomar um grande copo de água gelada, me sentindo relaxada ao encostar no balcão, dividida entre escutar os resquícios de música que ainda tocava e os ruídos dos animais noturnos.

-Maldito Nikolay! - resmungou uma voz. - Eu vou matar ele por me obrigar a fazer isso sozinho.

Dei um pulo com o susto e quase deixei o copo cair quando um garoto entrou no meu campo de visão. Ele era provavelmente um ano mais velho que eu, tinha cabelos escuros um pouco compridos e um rosto com traços angulosos e familiares. Seu corpo era forte e eu podia dizer que estava acostumado a trabalhos pesados, seus músculos eram delineados pela calça preta que usava, um pouco agarrada e uma camiseta azul com o emblema do rancho, assim como a que eu tinha visto Nikolay mais cedo. Ele era alto, uns bons centímetros mais alto que eu e seus olhos eram de um azul muito claro, quase acinzentado. O que me fez ter certeza de sua identidade foi o sorriso divertido que abriu quando me viu grudada na pia com cara de assustada. Ele e o irmão eram bem parecidos. Mas ao contrário do outro, ele tinha cabelos escuros e um pouco arrepiados;

-Desculpe, - falou ainda sorrindo. - não queria assustar você.

-Tudo bem. - falei abrindo um sorriso fraco. - Eu só estava um pouco... Distraída. Você deve ser o Noah, não é? O irmão mais novo do Nikolay.

-Então ele lembrou de falar de mim? - perguntou erguendo a sobrancelha com desdém. - Pensei que tinha esquecido, de novo. Ele só se lembra de mim quando é para concertar as bagunças dele.

Uow, alguém ali estava de mau humor. Olhando bem para ele agora, podia ver que estava segurando dois sacos pretos e pelo barulho que eu escutava, podia dizer que eram copos e talvez garrafas.

-Fazendo faxina uma hora dessas? - perguntei.

-Faxina?

Ele franziu a testa confuso e eu apontei para os sacos de lixo, jogando uma luz para ele.

-Ah! Eu estou recolhendo o excesso de lixo da festa. - explicou. - Não é bom que os hospedes acordem pela manhã e encontrem a zona que está na maior parte do lugar. Era pro Nikolay estar me ajudando, mas a companhia de uma loira bonita desviou ele do caminho.

Eu deitei a cabeça de lado e não pude deixar de sorrir de sua revolta. Pela minha experiência com irmãos, eu diria que ele estava a pouco tempo de querer esganar o dele. Assim que viu o meu sorriso, a carranca que tinha se formado no seu rosto se desfez e ele riu, um som agradável e rouco.

-Desculpe, acho que estou resmungando como um velho ranzinza. - falou. - E acabei nem perguntando seu nome.

-Me chamo Safira. - falei colocando meu copo encima da pia. - E não culpo você por reclamar, se tivesse que limpar tudo isso enquanto meu irmão se diverte, também estaria com raiva.

-Você tem um nome bonito. - falou.

Se eu tivesse totalmente boa das minhas faculdades mentais, talvez tivesse ficado constrangida com o elogio.

-Obrigado. - falei. - Quer ajuda com isso ai?

Ele chacoalhou a cabeça.

-Você é uma hospede, não tem que se preocupar com isso aqui. Eu dou meu jeito.

Revirei os olhos e andei até ele, pegando um dos sacos.

-Eu te ajudo a fazer isso aqui e você me ajuda a fazer alguns sanduiches. - falei. - Eu não sei exatamente onde está tudo e acho que posso acabar colocando alguma coisa errada no meio da comida. Então uma mão lava a outra.

Ele olhou para mim com a sobrancelha arqueada e um sorriso brincando em seus lábios.

-Você está bêbada? - perguntou.

-Talvez. - falei dando de ombros. - E com sono também. Então aceite minha ajuda e não faça muitas perguntas.

Dando de ombros, ele me guiou para onde tínhamos que pegar as coisas e trabalhamos por um tempo em silêncio. Porque eu estava ajudando o garoto que tinha acabado de conhecer? Eu não tinha a menor ideia, talvez fosse a bebida, o sono, ou talvez aquilo que minha mãe costumava dizer quando duas pessoas se davam bem logo de cara. Que nosso santo tinha batido. Noah era uma companhia agradável e divertida, seu senso de humor parecido com o do irmão, mesmo que ele discordasse disso. Enquanto recolhíamos os copos e o que mais achássemos, ele me contava de sua infância no rancho com os pais e os irmãos, o que me fez descobrir que ele tinha uma irmã mais nova chamada Megan, a quem era muito apegada, e que Nikolay tinha sido a criança mais endiabrada que o mundo já tinha visto. Falou do afastamento de seu pai por causa de um problema no coração e do quanto sentia falta da faculdade de engenharia ambiental que fazia e dos amigos.

Contei um pouco do que estava achando da estadia por aqui e de algumas aventuras com meus amigos e meus irmãos, até mesmo algumas partes da minha viagem para Roma. Em poucos minutos tínhamos descoberto bastante coisa em comum e eu podia ver que ele era o tipo de pessoa que seria um ótimo amigo. Depois de recolher a maior parte da bagunça e jogar o lixo fora, Noah me ajudou a preparar os sanduiches, na verdade ele acabou fazendo a maior parte enquanto apontava onde eu devia pegar os ingredientes.

-Então você foi dar um mergulho contra a sua vontade? - perguntou ele apontando as minhas roupas.

Eu já estava quase seca, mas estava começando a sentir um pouco de frio. Ele tinha me perguntando como estava a festa, a qual ele não pode participar porque estava mexendo com alguns papeis e eu estava contando a bagunça que tínhamos feito.

-Não tinha muito que eu pudesse fazer sobre isso. - falei dando de ombros. - Além do mais, era uma festa.

-Eu estava aqui pensando... - começou terminando um sanduiche.

-Em?

-Como um agradecimento pela ajuda que me deu aqui hoje, já que eu provavelmente só terminaria a hora que todo mundo acordasse se tivesse feito sozinho, o que acha de eu levar você e suas amigas em um passeio?

-Que tipo de passeio? - perguntei pegando uma garrafa de suco na geladeira.

-Um passeio a cavalo. - falou. - Posso mostrar todos os cantos do rancho que seriam muito cansativos se fossemos até lá a pé e demoraria mais também.

Eu tinha andado a cavalo... Umas duas vezes na minha vida, no máximo. Eu não sabia exatamente como poderia me sair nesse exercício, mas poderia tentar e parecia algo legal a se fazer. Eu estava mesmo louca para explorar cada canto desse lugar, até porque as matas me lembravam e muito a fazenda do meu avô.

-Seria muito legal. - falei. - Mas poderia ser só depois do almoço, porque duvido que Marisol consiga acordar antes do meio-dia e ela vai precisar de um tempo para lidar com a ressaca dela.

Ele jogou a cabeça pra trás e gargalhou, apenas para morder o lábio logo em seguida e olhar em volta com os olhos arregalados. Era fácil esquecer que estávamos no meio da madrugada e que todas as outras pessoas estavam dormindo. Eu tive que me controlar muito para não rir da cara de apavorado que ele estava fazendo.

-Então tudo bem. - falou em uma voz mais baixa. - Posso encontrar vocês a uma hora lá no haras.

-Por mim está ótimo. - falei também em voz baixa segurando o sorriso.

Ele me entregou um prato com sanduiches perfeitamente cortados e empilhados no prato.

-Sua amiga já deve estar azul de fome de tanto esperar você. - falou sorrindo. - Fora que eu estou vendo que você está quase dormindo de pé encostada na geladeira. Acho que já te prendi demais acordada.

Para confirmar suas palavras, abri um bocejo e pisquei um pouco desorientada enquanto assentia.

-Tem razão. - falei.

Peguei a garrafa de suco de laranja e uma de água, peguei três copinho e encaixei em uma delas enquanto pegava o prato com os sanduiches, garantindo que eu tinha firmeza pra fazer aquilo e me forçando a continuar acordada.

-Boa noite, Noah. - falei e abri um sorriso sonolento pra ele.

-Boa noite, Safira. - falou e me deu um beijo no rosto. - Obrigado pela ajuda e... Eu adorei conhecer você.

Minha única resposta foi um assentir com a cabeça, sem nem mesmo me virar enquanto eu subia as escadas pouco a pouco sentindo seus olhos acompanhando cada uma dos meus passos trôpegos.

**********

Nota da autora:

Olá pessoal, parece que finalmente chegamos em algo interessante entre a Safira e o Pietro, em? E o que acharam do Noah? Eu sinceramente adoro ele. Logo mais as coisas vão começar a esquentar, então fiquem bem atentos ai, coisas estranhas acontecendo, como sempre, e para quem gosta de Pietro e Safira, vai ter mais deles no próximo cap.
Era pra eu ter postado antes... Mas minha internet tava com alguns problemas e não deu. Mas aqui está um cap pra compensar.
Espero que gostem.

Boa Leitura!

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