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Capítulo 32

Veridiana fez questão de me mostrar onde cada coisa ficava, incluindo sua casa que ficava nos fundos, que para mim mais parecia um chalé do que uma casa da cidade. Ela era de tamanho médio, feita de tijolos e pedras que se revezavam na maior parte. A fachada era pintada de um rosa suave e branco, tinha dois andares e uma bela varanda que quase fazia com que eu sentisse que estava olhando para uma casa de conto de fadas. Havia cadeiras artesanais de bambu muito bem trançadas e poltronas estofadas que deveriam ser ótimos lugares para ficar durante o verão. Havia um caminho de pedras da saída da loja até a casa, dividindo um jardim de tirar o fôlego. Variadas espécies de flores embelezavam canteiros muito bem cuidados dos dois lados da pequena trilha, mostrando não apenas um número elevado de flores, como também o quão grande era o quintal e de onde vinha a maior parte do material da loja. Aquele jardim e o de Evelyn batiam um competição cerrado por qual era o mais bonito e variado.

―Sempre que eu não estive na loja ou em casa, vou estar aqui. – falou Veridiana. – Gosto de cuidar pessoalmente das minhas flores.

―Esse lugar é lindo. – falei ainda deslumbrada. – É daqui que pega todas as suas flores?

―Pego apenas algumas, as mais resistentes. – explicou. – Tenho uma plantação em uma pequena fazenda perto da cidade, mas são meu marido e meus dois filhos mais velhos quem cuidam das de lá. A fazenda tem mais espaço e equipamentos para as flores que... Como posso dizer? Precisam de um cuidado mais especial.

―Então é um trabalho de família? – perguntei curiosa.

Veridiana sorriu com carinho pegando uma bela rosa branca.

―Meu pai era dono daquela fazenda e adorava mexer com flores, por causa dele, eu também. – falou. – Abri a floricultura pouco depois que ele morreu e fiz questão de cuidar da fazenda. Meus filhos me apoiam no meu sonho de ter minha loja e meu marido ama me ver feliz, além do fato de adorar ficar no sitio, então cooperamos um com os outros. Jean quer entrar para a faculdade e com o dinheiro que ganha com as encomendas da fazenda, já está fazendo uma poupança para se garantir. Mônica quer fazer uma boa festa de casamento, então com o dinheiro que está ganhando ajuda o marido nas despesas que estão aparecendo.

―E Juliana? – perguntei.

―Para construir o senso de dever e responsabilidade. – explicou. – Ela estourou um dos meus cartões e quase fez o mesmo com o segundo, então eu e o pai dela demos um basta. Agora se ela quer comprar alguma coisa, precisa trabalhar.

―Foi um castigo bem pensado. – falei segurando o riso.

―Faço ela pensar sobre isso todos os dias. – concordou. – Mas então, querida, conseguiu pegar tudo? Acha que consegue?

Passei minha mão suavemente por cima de algumas azaleias e olhei para Veridiana.

―Acho que consigo sim. – falei com sinceridade. – Posso não ter entendido tudo, mas o resto pego na prática.

Ela assentiu parecendo satisfeita e me levou para conhecer o resto do jardim. Acertamos mais algumas coisas, como meu horário e o valor do pagamento, e deixamos tudo resolvido para que eu começasse a trabalhar na semana seguinte. Eu tinha ficado tão entretida conversando que as horas tinham passado e eu nem tinha visto, mas Veridiana e Juliana eram companhias tão boas que eu nem liguei. Quando eu já estava abrindo o carro para ir embora, dando tchau para Veridiana e Juliana que sorriam para mim da porta da floricultura, pude sentir pela primeira vez desde que tinha voltado, que os meus planos sobre meu último ano estavam começando a entrar nos eixos, a normalidade finalmente dando as caras.

Evitei os pensamentos pessimistas e sombrios que começavam a se esgueirar no fundo da minha mente, eu não iria permitir que eles estragassem um bom dia para mim. Acenei para Veridiana e Juliana mais uma vez e liguei a partida do carro.

*******

Estar no mercado novamente estava sendo uma experiência diferente para mim, especialmente porque eu não sabia onde ficava mais nada. Eu não ia muitas vezes ao mercado em Roma, mas quando ia, era um que ficava perto de casa que mesmo sendo considerado “pequeno”, ainda era duas vezes maior do que o GEORGE’S. Fazíamos compras ali desde que eu era criança e eu sempre sabia onde tudo ficava, mas depois das mudanças que eles fizeram, não sabia mais nem em que sessão ficava o leite.

Depois de mais um conferida na lista de comprar que a minha mãe tinha me mandado por mensagem, quando perguntei se ela precisava que eu comprasse alguma coisa, virei no corredor que um dos meus amigos que trabalhava no caixa tinha indicado. Com a rápida olhada que eu tinha dado em casa antes de sair, não havia muita coisa para comer e, depois de passar horas na escola e depois na floricultura, eu estava faminta.

Quando passei pela sessão de comida italiana, senti meu estômago roncar ao ver as bandejas de raviólis e nhoques, lasanhas congeladas e mini pizzas. Como qualquer adolescente com dinheiro na mão e com fome demais, peguei um de cada e coloquei no carrinho, sem perder a chance também de passar na sessão do chocolate e pegar algumas coisas.
Quando sai do mercado já eram seis e meia, o que explicava também o porquê de eu estar com tanta fome. Levei uns cinco minutos para chegar até minha casa e, assim que virei a esquina e vi o Aston Martin parado logo em frente, dei um tapa em minha testa com a mão livre. Eu havia esquecido do trabalho que tinha marcado de fazer com Pietro. Manobrei o carro para colocar na frente da garagem enquanto me xingava mentalmente, pelo que eu via da casa, com todas as luzes apagadas, meus pais e meus irmãos ainda não tinham chegado. Assim que desliguei o carro, senti mais essa informação me atingir com a força de uma bolada. Não tinha ninguém em casa, o que significava que estaríamos apenas nós dois... Sozinhos.

Encostei minha testa no volante por um momento e respirei fundo algumas vezes tentando controlar a súbita onda de nervosismo que tinha me atingindo. Contei até três de olhos fechados e finalmente abri a porta, me sentindo um pouco idiota pelo meu comportamento, não era como se eu nunca tivesse ficado sozinha com um cara em uma casa e não que alguma coisa tivesse acontecido, mas... De alguma maneira eu não podia deixar de me sentir nervosa por ficar ali sozinha com ele. Repreendi a mim mesma mais uma vez e, chacoalhando a cabeça, sai do carro.

Puxei minha bolsa que estava no banco ao lado e fechei a porta, dando uma boa olhada em volta. Pietro estava encostado em seu carro de um modo relaxado, o cabelo bagunçado pelo vento ainda parecia úmido e a expressão em seu rosto era tranquila, talvez até um pouco divertida. Ele vestia jeans azul escuro um pouco ralado, coturnos pretos e uma blusa de mangas longas preta que deixava em evidencia seu físico muito bem cuidado. Pietro não era daqueles caras que chegavam a parar tudo quando passava, não era o tipo que se consideraria perfeito, se as circunstancias tivessem sido diferentes talvez eu apenas observasse ele quando passasse por mim no corredor, como tantos outros garotos que eu apenas achava bonito, mas, olhando para ele agora, depois da semana mais louca da minha vida, me perguntei se o universo não estava abusando da minha sanidade.

Não demorou muito para que ele me visse, o sorriso de lado que abriu quando nossos olhares se encontraram fazia parecer que ele havia escutado o que eu estava pensando. Isso fez com que eu me perguntasse se não tinha acabado verbalizando meus pensamentos, não seria a primeira vez que isso aconteceria.

―Desculpa o atraso. – falei abrindo um sorriso sem graça. – Eu tinha uma entrevista de emprego e tive que passar no mercado. Acabei perdendo a hora.

Ele tirou a bolsa de dentro de seu carro, fechou a porta e o alarmou enquanto se aproximava.

―Está tudo bem. – falou chacoalhando a cabeça. – Eu cheguei um pouco cedo também.

―Faz muito tempo que você está esperando? – perguntei abrindo a porta traseira do carro.

Comecei a puxar as sacolas para fora do carro e assim que ele chegou perto o suficiente, começou a toma-las da minha mão.

―Uns cinco minutos antes de você virar a esquina. – falou pegando uma quinta sacola da minha mão. – Tive que sair mais cedo para deixar minha irmã em uma loja antes que fechasse.

―Explicado.

Peguei as duas últimas sacolas que tinha no carro e fechei a porta, ligando o alarme logo em seguida.

―Espero que você não se importe em esperar um pouco para começarmos o trabalho. – falei quando chegamos a varanda e eu lutava para achar minhas chaves. – Estou morrendo de fome.

Ele olhou divertido para mim quando finalmente achei a chave e consegui abrir a porta.

―Jantar me parece uma ótima ideia. – falou sorrindo. – Posso cozinhar alguma coisa para você.
Olhei para ele com curiosidade dando um empurrãozinho na porta.

―Então você sabe cozinhar também?

―É uma das poucas coisas que posso me gabar.

―É o que vamos ver. – falei entrando na casa.

Já estava partindo rumo a cozinha quando notei que ele não tinha me seguido. Olhei por cima do ombro e vi Pietro ainda parado na porta com a testa franzida, como se tivesse acabado de lembrar de algo que não gostasse.

―Não tem como cozinhar ai fora, sabia? – falei. – Entra.

Ele levantou o olhar e me encarou de uma maneira estranha por um momento, como se algo estivesse errado. Essa hesitação já estava começando a me incomodar e eu não conseguia entender o que estava errado. Parecendo passar seja lá o que tivesse acontecido, ele entrou e fechou a porta.

―O que foi? – perguntei.

―Como assim? – perguntou franzindo a testa quando se virou.

―Porque estava me olhando de um jeito estranho?

―Por nada. – falou dando de ombros.

Bufei jogando minha bolsa no sofá e indo para a cozinha guardar as coisas. Eu seriamente odiava quando eu perguntava alguma coisa e a pessoa dizia que não era nada. Coloquei as sacolas encima da mesa e comecei a desempacotar sentindo seus olhos sobre mim.  Levantei minha cabeça e o peguei me encarando com um olhar divertido enquanto colocava sua bolsa ao lado da minha.

―O que foi agora? – perguntei.

―Porque você ficou irritada? – perguntou.

―Esse negócio é uma coisa de garotos? Esse lance de quando se pergunta o porquê de uma coisa vocês respondem que não é nada?

Ele entrou na cozinha e colocou o resto das sacolas encima da mesa ainda me encarando, mas agora com interesse.

―Como assim?

Revirei os olhos.

―O Dimitri tem essa mesma mania irritante. – falei esvaziando uma das sacolas. – Ele olha pra minha cara e quando pergunto o que foi, ele fala que não é nada. Mas nesse nada eu sei que tem muita coisa.

―Vai ver você apenas se preocupa demais. – falou começando a esvaziar as outras sacolas. – Eu estava apenas pensando em algumas coisas, nada demais.

―Garotos. – resmunguei e pelo canto do olho vi seu sorriso. – Então espero que entre essas coisas que estava pensando esteja a ideia do que fazer para o jantar.

―O bicho do mal humor te mordeu? – perguntou arqueando a sobrancelha.

―Isso é apenas porque eu não como desde a hora do almoço. – respondi. – Vou virar um companhia melhor assim que achar qualquer coisa comestível.

―E o que você quer pro jantar? – perguntou dobrando as mangas da blusa até os cotovelos.

―O que tem em mente? – perguntei guardando algumas coisas na geladeira.

―Gosta de Strogonoff de frango? – perguntou.

Olhei por cima do ombro e abri um sorriso.

―É um dos meus pratos favoritos.

―Então vamos lá.

******

Em pouco tempo eu já tinha colocado o arroz para cozinhar e Pietro já havia terminado de cortar o frango em cubos, pelo que eu via ele mandava bem mesmo na cozinha. Coloquei meu celular para tocar algumas músicas e comecei a cortar os ingredientes que usaríamos no Strogonoff. Não tínhamos conversado muito enquanto preparávamos o jantar, mas não era um silêncio incomodo, pelo contrário, havia uma agradável conversa silenciosa na forma como trabalhávamos juntos. Enquanto esperava o frango fritar, Pietro estava encostado no balcão ao meu lado com os braços cruzados me observando cortar os tomates com certo interesse.

―Você é muito boa nisso. – falou e apontou para a pilha de cubos de tomate.

Sorri dando de ombros.

―Prática. – falei virando a faca. – Além disso, facas são de uso tão diário que manusear elas se torna quase instintivo.

―Então você gosta de facas? – perguntou.

―Um pouco, acho que são belas armas. – falei apontando a lâmina para ele que apenas sorriu em resposta.

―E cozinhar? Pelo que vi você também leva jeito para isso.

―Minha mãe é uma ótima cozinheira e sempre achou que era de extrema importância que eu soubesse me virar sozinha na cozinha, então me ensinou e posso dizer que nunca reclamei. – peguei um pimentão verde e comecei a cortar. – Meu amigo Anthony, que mora em Roma, é de uma longa família de chefes e fez questão de me ensinar a fazer vários pratos. Então acho que não posso dar nenhuma desculpa quanto a isso.

―E depois eu que sou bom nas coisas... – murmurou.

―Ei. – falei soltando a faca. – Eu não sou boa, apenas gosto de aprender de tudo um pouco e não posso dizer que tenho sucesso na maioria delas.

―Tenho lá minhas dúvidas.

Virei de lado para ficar de frente para ele e sorri.

―Me veja um dia na aula de física que sua opinião vai mudar.

Ele arqueou a sobrancelha e também virou de lado, fazendo com que agora estivéssemos cara a cara.

―Não é boa em física? – perguntou chacoalhando a cabeça. – Que vergonha.

―Na verdade sou bem melhor em química.

Ele sorriu de lado e mordeu o lábio enquanto se aproximava.

―Isso é interessante. – falou balançando a cabeça enquanto olhava fixamente nos meus olhos. – Consegue pensar em alguma fórmula pra me explicar?

Deitei a cabeça de lado o observando e agradeci a mim mesma por não estar tão lerda quanto geralmente eu era. Eu sabia que jogo ele estava fazendo e não era nem um pouco contra. Dei um passo à frente e assenti.

―Tem uma sim. – falei. – E acho que você vai gostar muito dela porque...

Eu não tive tempo para responder e muito menos vi quando ele se moveu. Num momento ele estava a poucos centímetros de mim, no outro eu estava imprensada entre seu corpo e o balcão atrás de mim enquanto uma de suas mãos segurava minha cintura com firmeza e seus lábios se chocavam contra os meus. Não me fiz de boba quando enrolei meus dedos em seus cabelos e o puxei para mais perto de mim, intensificando mais o beijo. Não precisamos falar nada para saber que era o que ambos queríamos desde hoje de manhã. E de repente não importava o meu nervosismo ou se estávamos sozinhos em casa, quando sua mão segurou os cabelos da minha nuca, me perdi completamente.

Com o braço firme ao redor da minha cintura, ele me impulsionou para cima e fez com que eu sentasse encima do balcão, o que era um feito e tanto visto que eu não era muito leve. Me acomodei e apertei minhas pernas envolta de sua cintura enquanto deslizava minhas unhas por sua nuca. Sorri contra seus lábios quando o senti estremecer, era bom saber o efeito que eu tinha sobre ele. Como se fosse uma espécie de vingança, ele apertou meu quadril com um pouco de força e mordeu meu lábio fazendo uma leve pressão com os dentes. Meu coração estava em uma velocidade louca e minha respiração saia com muita dificuldade, meu corpo todo estava arrepiado e os sons ao nosso redor não tinham muita importância para mim.
Pietro deslizou os lábios por minha bochecha e foi distribuindo beijos até minha nuca. Tudo estaria ótimo, se não fosse o maldito som do latido de um cachorro que parecia surtado. Eu tentei ignorar o som, mas era como tudo mais que sempre acontecia, a partir do momento que você toma consciência de uma coisa, ela se torna cada vez mais presente. Pietro pareceu notar o som também, porque senti sua risada frustrada contra meu pescoço.

―Cachorro infeliz! – resmungou.
Soltei uma risada e acariciei os cabelos de sua nuca.

―Ele geralmente fica nervoso quando a Aline sai e não prende ele. – expliquei. – Late por qualquer barulho.

―Por isso que nunca tive cachorros.

Apenas em sua menção, o cachorro começou a latir novamente. Dei um beijo no rosto de Pietro e o empurrei de leve para poder descer do balcão.

―Deixa que eu ir ver o que está acontecendo. – falei pulando do balcão e me ajeitando. – Ele pode estar querendo jantar o meu gato de novo.

―Você tem um gato? – perguntou surpreso.

Sorri indo para a porta dos fundos da cozinha.

―Sim. – respondi. – Ele dorme de dia e farreia a noite toda. É uma das criaturas mais preguiçosas que já conheci.

Liguei o interruptor da varanda dos fundos e sai para o quintal. Sr.Omalei adorava ficar passeando pelos fundos da casa e isso geralmente deixava o cachorro de Aline, um pastor alemão muito irritadiço, louco para fazer dele seu jantar.

―Sr.Omalei? – chamei.

Ainda era estranho para mim chamar o gato assim em voz alta sem sentir uma enorme vontade de rir. Eu ainda me perguntava porque tinha deixado minha irmã dar aquele nome a ele. Não escutei nem um miado em resposta e até mesmo o cachorro pareceu ter ficado quieto, o que era estranho, ele sempre latia quando me via. Dei uma olhada em volta e, não vendo nada, resolvi voltar para casa. Estava quase entrando quando escutei o cachorro ganindo como se estivesse com medo. Me virei para olhar e senti todo o meu corpo virar uma pedra de gelo com o que vi.

Na parte mais afastada dos fundos do quintal havia uma homem de pé, seu rosto estava ocultado pelas sombras e o longo casaco preto evitava que eu visse totalmente as roupas que vestia, mas apenas o calafrio que senti na espinha me fez ter certeza de quem era. Com um passo, ele saiu parcialmente das sombras e pude ver parte de seu rosto. Para meu horror, seu maxilar estava coberto de sangue, o que com apenas uma olhada pude ver que não era dele. Seu lábios se torceram em um sorriso cruel e pude ver dentes pontiagudos e muito mais sangue, como se ele tivesse cortado a própria língua com uma mordida.

Eu não podia ver seus olhos, mas os sentia sobre mim. Era como se ele estivesse me esperando ali o tempo todo. Dei um passo hesitante a frente quando senti um toque no meu ombro. Dei um salto para o lado e tive que conter um grito quando vi Pietro parado bem atrás de mim, sua mão ainda estava no ar e sua expressão era um pouco preocupada. Me recostei em uma das pilastras da varanda e levei a mão ao peito.

―Ta tudo bem? – perguntou.

Olhei novamente para a parte escura do quintal, mas dessa vez não havia ninguém lá, havia apenas a noite tranquila. Suspirei um pouco aliviada e senti meu corpo relaxar, talvez eu apenas estivesse tendo uma alucinação, estava cansada e com fome, então não seria difícil. Então porque será que eu não conseguia acreditar nisso?

―Está sim. – falei abrindo um sorriso fraco. – Eu apenas... O cachorro me assustou quando me aproximei e achei ter visto alguma coisa. – levantei o olhar para o seu e chacoalhei a cabeça. – Acho que a fome já está me fazendo ver coisas.

Ele olhou para meu rosto com seriedade, parecendo não acreditar muito na minha resposta, mas não insistiu no assunto. Mais uma vez agradeci por ele jamais insistir em uma coisa sobre a qual parecia notar que eu não queria falar. Pietro andou até estar na minha frente, deu uma olhada em volta com a testa franzida como se procurasse alguma coisa e depois olhou para mim novamente, abrindo um sorriso que não atingia seus olhos.

―Eu desliguei o arroz e já estou preparando o molho. – falou entrelaçando nossos dedos. – Quero que você prove o tempero.

Sorri para ele e me desencostei da pilastra.

―Então vamos. – falei. – Preciso comer alguma coisa logo.

Ele assentiu e entrou primeiro, mas sem soltar a minha mão. Eu o segui de bom grado e não pude evitar olhar para trás antes de entrar, mais uma vez repetindo a mesma pergunta que não me deixava mais em paz.

O que diabos estava acontecendo?


********

Nota da autora:

Olá pessoal, sinto muito por não ter postado cap por tanto tempo, mas graças a alguns trabalhos da faculdade eu estava sem tempo e também uma desanimo bem chatinho, então não escrevi nada por duas semanas.
Desculpem, mas as vezes acontece.
Para compensar vocês, vou postar um cap hoje e outro domingo. E vou tentar adiantar alguns para que eu não fique tanto tempo sem postar nada, sei que estou me enrolando muito.
Quero agradecer muito a paciência de vocês e dar as boas-vindas aos novos leitores que tem se manifestado, isso é muito importante para mim. Como me foi cobrado, teve mais um beijo da Safira e do Pietro e garanto que não serão poucos os outros que estão por vir, então...
Espero quer gostem.

Boa Leitura!

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