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Capítulo 23

Havia poucas partes da minha roupa que não estavam molhadas. Meu cabelo mesmo estava ensopado e todo desgrenhado, Dimitri não ficava atrás, sua camiseta estava colada ao corpo quase como uma segunda pele, o cabelo grudado em sua testa e um pouco duro por causa do sabão, e ele reclamava da água que tinha entrado em seu tênis, o que só me fazia rir. Tirando os efeitos colaterais da nossa guerra, alguns acidentes envolvendo tombos e as horas de trabalho duro, o bar estava impecável, tínhamos limpado cada parte que conseguimos, até mesmo as mesas de sinuca.
-To parecendo uma gato molhado. - resmungou Dimi tentando torcer sua camiseta.
-Ta mais pra rato afogado. - falei sorrindo.
Ele fez uma careta para mim, mas depois sorriu, entrando no clima da brincadeira.
-Olha só quem está falando.
Puxei meu cabelo de lado e torci o que pude para tirar o excesso de água, o que apenas iria ajudar, já que não parava muita água nele mesmo.
-Mas que diabos aconteceu com vocês? - perguntou uma voz feminina.
Me virei para a porta da cozinha e encontrei uma mulher ruiva com as mãos na cintura nos olhando de forma questionadora. Ela tinha por volta de 1,60m de altura, cabelos cacheados até os ombros que mais pareciam chamas e calorosos olhos cor de mel. Seu rosto tinha traços delicados que quase a faziam parecer uma fada, o brilho travesso em seus olhos me fazia lembrar o que eu via nos de Dimitri as vezes e, se não o conhecesse tão bem, poderia dizer que eram parentes de sangue. Seu corpo não era exatamente magro, ela podia ser especificada como cheinha, o que apenas a tornava mais bonita.
Dimitri olhou para ela e sorriu, parecendo claramente familiarizado com o olhar de "o que você aprontou agora".
-Oi Jenna! - falou coçando a cabeça. - Não sabia que você vinha agora.
Então ela era a namorado de Rodrigo. Eu tinha o visto poucas vezes, mas apenas olhando para Jenna podia dizer que eles formavam um belo casal. Mesmo com o cumprimento ela continuou com as mãos na cintura, mas agora havia um sorriso em seus lábios.
-Oi Dimitri, - falou ela. - seu tio quer que eu faça um prato especial para hoje, então tive que vir mais cedo. Não me apresenta sua amiga?
Ele olhou dela para mim.
-Ahn... Essa é a Safira.
Sorri, acenando com a mão para ela.
-Oi. - falei.
Jenna sorriu para mim.
-Oi. - falou. - Então você é a Safira de quem ouvi falar?
Olhei para Dimitri com a sobrancelha arqueada, mas ele apenas olhou para o lado e fez uma careta para a tia.
-Ouviu? - perguntei.
-Sim, eu escutava vocês conversando pelo telefone algumas vezes, - explicou. - ou Dimitri resmungando algo sobre você. - ela olhou para ele, claramente satisfeita por vê-lo sem jeito. - É bom finalmente conhece-la.
-Digo o mesmo.
-Agora que as apresentações foram feitas... Vão me responder?
-Sobre? - perguntou Dimi pegando os rodos ao nosso lado.
-Sobre porque os dois estão parecendo dois pintinhos molhados.
-Ahn... Foram uns acidentes que aconteceram durante o trabalho. - falei.
-Aham... - falou nos olhando desconfiada.
-A Safira veio me ajudar e pode ser que, sabe, bem acidentalmente... Tivemos uma pequena guerra. - explicou Dimitri colocando os panos e as demais coisas dentro dos baldes. - Mas como pode ver, conseguimos limpar tudo.
Ela olhou em volta sorrindo satisfeita.
-Estou vendo mesmo. - falou. - Então agora que está tudo limpo e explicado, porque não vão se secar enquanto eu preparo algo quente para vocês tomarem e se aquecerem um pouco?
-Pra mim parece uma ótima ideia. - falei.
Como nem tínhamos comido o bolo direito e depois de algumas horas de faxina, eu realmente estava faminta.
-Tem toalhas limpas lá na sala dos funcionários.
-Quero chocolate quente, Jen. -falou Dimi pegando os baldes e desaparecendo pela porta da cozinha.
-Vou fazer uns sanduíches também. - acrescentou.
Sorri para ela e segui pela cozinha, depois pelo corredor que eu tinha passado mais cedo até portas duplas que davam para um mini vestiário. Havia alguns armários na parede do fundo, três bancos com espaço de meio metro de distância cada um, divisões do chuveiro com portas e outras duas que deviam ser os banheiros. O espaço ali realmente era maior do que eu pensava, mesmo assim, era tudo simples, ainda mais naquela parte. Paredes pintadas de branco sem nenhum detalhe e os armários cinza, a única coisa mais colorida eram as portas dos box de chuveiro e as dos banheiros.
Dimitri andou até o último armário da fileira e pegou duas toalhas brancas, jogando uma delas para mim, vasculhou um armário e tirou de lá um moletom cinza de tamanho médio que talvez ficasse um pouco pequeno para mim.
-Infelizmente, - falou. - não tenho nenhuma roupa aqui para emprestar para você, mas acho que essa blusa da minha prima vai servir.
-Já é melhor do que nada. - falei segurando a blusa.
Ela era de um pano um pouco fino e tinha capuz, não ia ficar perfeita, mas pelo menos iria me aquecer um pouco. Entrei em um dos banheiros e tirei minha blusa ensopada, a calça era a que estava menos molhada, mas mesmo assim estava grudada nas minhas pernas. Me sequei o melhor que pude e vesti a blusa que Dimitri tinha me dado, tinha ficado um pouco curta nas mangas, mas dava para eu me virar. Sai do banheiro e joguei minha blusa molhada encima do banco para secar meu cabelo, fiz o melhor que pude para desfazer os nós dele com o dedo, mas por fim desisti e o amarrei em um coque alto, lidaria com ele depois.
Dimitri estava vestido com outra camiseta que me parecia ser bege, devia deixar roupas reservas ali.
-Pena que só deixei uma camiseta aqui. - resmungou bagunçando o cabelo úmido. - Mas para a nossa sorte não está muito frio, ou iriamos congelar.
-Mesmo assim eu duvido que dê para voltar embora de moto, ainda mais uma hora dessas.
Ele pensou um pouco.
-Acho que quero continuar com meus dedos por um tempo.
Começamos a rir enquanto eu dependurava a toalha em um gancho ali perto. Eu não tinha percebido antes, mas mesmo ali dentro era possível ver que a temperatura tinha baixado um pouco conforme o dia ia chegando ao fim, somado as minhas roupas molhadas, eu estava começando a tremer um pouco.
-Pode pegar minha jaqueta? - perguntei. - Estou começando a ficar com frio.
Ele abriu um armário a direita e pegou sua jaqueta e a minha, assim como nossas bolsas. Vesti a jaqueta que parecia bem quente em comparação a minha pele fria e a puxei até que cobrisse meus dedos.
-Vamos logo, - falou Dimi jogando a jaqueta no ombro. - Jenna faz um ótimo chocolate quente e estou morrendo de fome.
-Quem mandou querer brincar de guerra de comida? - provoquei.
Ele bateu o ombro no meu e, nessa brincadeira, voltamos para a cozinha onde Jenna nos esperava com canecas de chocolate fumegantes e sanduíches.

******

Dei graças a Deus por não termos voltado de moto. Com o cair da tarde a temperatura havia baixado e uma brisa fria soprava, ela seria até ótima se não estivesse fazendo minhas roupas gelarem ainda mais, me fazendo tremer. Dimitri e eu fomos o caminho todo brigando, nos batendo e rindo, o que de certa forma nos ajudou a nos aquecer. Meus cabelos já tinham escapado e eu tinha colocado o capuz para esconde-los, o que fez Dimitri rir da minha cara falando que eu estava parecendo uma assaltante.
Estávamos passando perto da praça quando avistei um carrinho na esquina. Ele tinha divisões com diversos tipos de doces que apareciam pelo vidro, desde pipocas até caramelos, e em sua lateral havia uma sequência de ganchos cheio de bugigangas dos mais diversos tipos. Ao seu lado havia uma senhora que devia ser pelo menos uma cabeça mais baixa que eu e que provavelmente pesava uns vinte quilos a mais. Usava um casaco grosso, luvas pretas sem dedos e um cachecol vermelho, o que parecia até demais para o clima que estava. Cabelos escuros e enrolados escapavam pela toca que era da mesma cor do cachecol, o que de certa forma a fazia parecer menor do que já era.
Eu não sabia dizer direito que idade ela tinha, não mais do que cinquenta e provavelmente não menos do que quarenta. Olhei para o carrinho mais uma vez e fiquei com a atenção presa nas pipocas.
-Pipoca. - falei.
-O que? - perguntou Dimitri.
Ele estava olhando para o outro lado, mas voltou a atenção para mim quando falei. Sorri de lado.
-Pipoca, Dimitri. - falei o arrastando em direção ao carrinho. - Eu disse que quero pipoca.
-E tem que me arrastar junto?
-Cala boca e vem logo.
Nos aproximamos do carrinho enquanto eu vasculhava minha bolsa atrás de dinheiro, eu devia ter pelo menos algumas notas perdidas ali dentro.
-Dois sacos, por favor. - falou Dimitri.
-De qual vai querer, querido? - perguntou a senhora com uma voz surpreendentemente doce.
-Da colorida. - respondeu.
Ergui a cabeça a tempo de ver Dimi sorrindo para mim, ele sabia que era minha pipoca favorita, ainda mais sendo que ele mesmo tinha me viciado nela. Olhei para a senhora na nossa frente e me surpreendi com o quanto ela parecia jovem, mesmo judiada pelo tempo. Sobrancelhas escuras e elegantes delineavam os olhos mais exóticos que eu já tinha visto, sendo um deles castanho e o outro azul claro. Sua boca era de um rosa de dar inveja e mais parecia dois morangos maduros, seu sorriso poderia ser bonito, se não fosse tão perturbador, ainda mais na forma como ela olhava para Dimitri e eu.
-Uma marca do destino e outra do anjo... - falou nos entregando os sacos. - Interessante.
Dimitri e eu trocamos um olhar enquanto a mulher continuava nos encarando. Aquilo claramente não me fez sentir mais confortável em relação a ela, não que eu julgasse pessoas assim, mas aquela senhora era muito estranha.
-Desculpe, - falei. - o que senhora disse?
-A marca do destino e a do anjo, querida. - falou ela como se isso explicasse tudo. - Mas vocês não tem que saber disso agora.
Olhei para Dimitri mais uma vez e podia ler em seus olhos que ele estava tão desconfortável quando eu com aquilo. Nos voltamos para a senhora que sorria para nós como se fossemos bons amigos, eu tenho talento nato para atrair pessoas estranhas, só pode.
-Desculpa senhora, mas não estamos entendendo. - falou Dimi.
A senhora remexeu em umas gavetas que eu não conseguia ver direito e pegou dois cordões, um azul e um cinza. Eles eram do mesmo tamanho e formato, mudando apenas pela cor, e havia uma pequena peça de madeira em cada um deles com entalhes que eu não conseguia enxergar. Ela se aproximou de nós e agarrou a mão de cada um antes que pudéssemos nos afastar, seus olhos heterocromáticos assumindo um brilho sinistro enquanto se fixava em nós. No mesmo momento que seus olhos me prenderam o vento parou, os pássaros e qualquer ruído mais se silenciou e uma onda desconfortável de calor se espalhou pela minha espinha.
-Um presente para amigos tão leais e unidos. - falou nos olhando fixamente, de um modo sinistro. - Usem esses amuletos, eles vão protege-los.
-Nos proteger do que? - consegui perguntar.
Ela me olhou de uma maneira perturbadora, quase como se sentisse pena de mim.
-Do mal, querida. - falou ela. - Ele está vindo.
Então, sem dizer mais nada, ela se afastou de nós e tudo ao nosso redor pareceu voltar ao normal como se nada tivesse acontecido. A senhora nem sequer olhou para trás, voltou para seu carrinho e começou a empurra-lo enquanto cantarolava uma música estranha.
- "Sai rumo ao horizonte... Para seu destino inescapável... Luta sem perder o foco... A Fênix do coração implacável..."
Senti um arrepio percorrer meu corpo, como se cada uma de suas palavras se fundasse na minha pele, mas não consegui reagir. Dimitri e eu continuamos parados, apenas observando a senhora se afastar enquanto segurávamos os cordões que ela tinha nos dado.
-Ela não pegou o dinheiro da pipoca. - falou ele depois de um tempo.
Pisquei para retomar minha atenção e olhei para Dimi.
-Essa realmente foi a única coisa que você reparou? - perguntei.
Olhamos um para o outro e sem motivo aparente, começamos a rir. Eu não sabia por qual motivo especifico estava rindo, mas era uma sensação tão boa que não me importei. Peguei o cordão da mão de Dimitri, que era cinza, e olhei o desenho na plaquinha, que na verdade era uma runa grande com outras menores ao seu redor. Felizmente era símbolos que eu conhecia bem, graças a minha paixão por coisas sobrenaturais, mas que não deixava de ser assustador.
-Isso é bizarro. - falei olhando para a minha placa e vendo o mesmo.
-Mais bizarro do que uma senhora pipoqueira que fala em enigmas? - perguntou arqueando a sobrancelha.
Dei uma cotovelada em suas costelas.
-Sério Dimitri. - falei entregando o seu cordão. - Essas placas tem as iniciais dos nossos nomes.
Ele parou de sorrir e olhou da plaquinha para a minha cara.
-Oi?
Estendi meu cordão na palma da mão e passei dos dedos por cima do entalhe que quase parecia o desenho de um raio.
-Isso é uma runa. - falei. - E esse símbolo aqui no meio, que se parece com um raio, é um S. A sua, que tem esse sinal como um xis fechado, é um D.
-E você sabe disso porquê...
-Vi em alguns filmes e livro que li. - falei ajeitando os cabelos que o vento bagunçava e sentindo seus olhos sobre mim. - Fiquei curiosa e agora até que é bem útil nos livros.
-Interessante... - falou olhando seu cordão. - Mas o que fazemos com esses cordões?
Olhei para o meu em minha mão.
-Ficamos com eles ué.
-Claro, ficar com os cordões estranhos que uma pipoqueira de olhos coloridos e que provavelmente faz macumba nos deu na rua. - falou sarcástico. - Essa parece uma ótima ideia.
-Os loucos por vezes tem sua lógica. - falei dando de ombros. - Se ela falou que o mal está vindo, quem sou eu para discordar?
Fiz uma volta no meu pulso com o cordão e Dimitri me ajudou a fecha-lo, para logo em seguida fazer o mesmo com o seu.
-Pelo menos a pipoca foi de graça. - comentou colocando um punhado da mesma na boca.
-E somos super normais por tudo isso ter acontecido e nem termos achado estranho.
Retomamos nosso caminho comendo a pipoca, que tirando tudo, estava muito boa.
-Estranho foi, - falou. - mas não tem nada que a gente possa fazer, então...
-Continuamos como se nada tivesse acontecido e comemos a pipoca grátis.
-Isso ai.
Andamos alguns minutos em silêncio, apenas comendo e escutando os sons do final da tarde. Já não estava mais ventando tanto, mas a temperatura parecia estar caindo cada vez mais.
-Então... - começou. - O que está chateando você?
Olhei para seu rosto de testa franzida.
-Porque acha que tem alguma coisa me chateando?
Ele arqueou a sobrancelha, os olhos amendoados olhando fixamente nos meus como se pudesse enxergar a verdade, o que de fato podia.
-Você não pediu para passar um tempo comigo à toa. - falou.
-Não posso mais querer passar o dia com o meu melhor amigo? - perguntei tentando me esquivar.
-Conta outra. Foi por causa da sua briga com Pietro?
Olhei para o meu saco de pipoca pela metade.
-Ficou sabendo disso?
-Acho que a escola toda ta sabendo. - falou. - Mas então, o que aconteceu?
-Bem... - comecei comendo mais um punhado de pipoca. - Eu não sei bem como começou a briga e ela teve mais ou menos um motivo, não sei ao certo.
-A maioria das brigas só tem sentido quando estamos com o sangue quente.
-Observação profunda essa. - falei sorrindo.
Ele deu uma cotovelada em minhas costelas e continuamos andando. Acabei contando tudo o que tinha acontecido, o que eu tinha visto, o momento que Vitória tinha me empurrado da escada e tudo que tinha vindo depois disso, em momento algum Dimitri me interrompeu, apenas deixou que eu soltasse tudo que precisava. Quando finalmente terminei de falar, ele encarava as árvores a nossa frente de forma pensativa.
-Deixa eu ver se entendi. - falou. - Ela te empurrou da escada?
Chacoalhei a cabeça brincando com meu saco de pipoca agora vazio.
-Sim, na verdade nem tive tempo de reagir, quando vi ela já estava me empurrando e eu estava estirada lá no chão. - falei.
-Hum... E depois disso Pietro foi te ajudar e vocês começaram a brigar?
-Mais ou menos isso. - falei. - Sabe, o que me chateou mesmo foi ele não ter me contado que havia acontecido algo entre eles.
-Nem sempre queremos que as pessoas saibam tudo sobre nós. - falou.
-Eu sei disso e respeito, até porque eu mesma sou assim, mas a questão é... Ele mentiu para mim dizendo que não tinha nada com ela. Posso ser lerda a maior parte do tempo, mas sou uma boa observadora e, vendo os dois juntos ficou claro que eles já tinham familiaridade um com o outro, intimidade. E o que aconteceu lá nas escadas? - perguntei gesticulando. - Aquilo não era uma garota com ciúme do que não podia ter, era uma garota defendendo o que já foi dela e que quer que continue sendo.
-E está com medo disso? - perguntou. - Quer dizer, de ter que enfrentar ela para ficar com ele ou algo do tipo? Porque pelo que você me disse ele não queria nada com ela.
-Não, não tenho medo. - respondi. - Apenas não quero entrar no fogo cruzado de uma história que não faço parte.
-E você gosta dele? - perguntou.
Olhei para o pôr-do-sol sumindo por entre as árvores e pensei por um momento.
-Acho que mais do que deveria, ainda mais para uma pessoa que conheço a tão pouco tempo. - falei abrindo um pequeno sorriso.
-E porque não conversa com ele?
-Porque ele não está preparado para isso, Dimi. Ele nem sabe o que ele mesmo quer, então não posso ficar pressionando.
-Talvez ele só não esteja pronto para falar, - observou. - ou não ache que seja o momento certo de falar ou fazer alguma coisa.
Ficamos em silêncio por um momento.
-Você confia em mim? - perguntei.
-O que?
-Você confia em mim?
Ele olhou de forma engraçada, como se achasse a pergunta curiosa.
-Bem, apensar de não confiar em quase ninguém... Sim, confio em você. - falou.
Abri um pequeno sorriso, sentindo uma certa alegria por essa admissão.
-E como sabia que podia confiar em mim? - perguntei. - Sei que não é apenas pela quantidade de tempo que nos conhecemos.
Ele deu de ombros.
-Sei lá, foi apenas algo que aconteceu.
-Muito explicativo. - falei. - Mas enfim, talvez quando ele confiar em mim possamos ter uma conversa de verdade sobre alguma coisa, sem barreiras ou respostas vagas. E isso com toda certeza não vai ser agora.
-Parece um bom plano.
-Sou ótima em fazer planos.
Dimitri me olhou com cara de descrente.
-Humilde nem um pouco, neah?
-Aprendi com quem será? - retruquei.
Ele esbarrou o ombro no meu e ficamos brincando assim até chegar em frente à minha casa. O céu já estava ficando escuro e as luzes dos postes estavam se acendendo.
-Obrigado por hoje. - falei me virando para Dimitri. - Pela diversão e pela conversa.
Ele sorriu me dando uma piscadela.
-Que nada, sempre que precisar to aqui.
Não erámos muito de abraços um com o outro, mas resolvi deixar isso de lado por hoje. Dei um beijo em seu rosto e o abracei apertado.
-Acho que eu tava precisando disso. - falei.
Senti sua risada no meu cabelo.
-Não se acostuma com isso. - falou. - Sabe que sou ruim.
Eu ri.
-Você tem seus momentos. - falei me afastando.
Ele deu de ombros e ajeitou a bolsa.
-Agora vou indo porque ainda tenho que trabalhar hoje. - falou olhando o céu escuro e sorrindo para mim. - Tchau mocinha, se cuida.
-Tchau, Dimi. - falei acenando para ele que já estava indo pela calçada. - Até mais tarde.
Ele fez um sinal de beleza sem se virar e eu me voltei para entrar em casa. Destranquei a porta e entrei em casa, estava pronta para me jogar no sofá e ficar por um tempo em modo vegetativo até ter coragem de subir e tomar um banho, mas ao que parecia, pelo que eu estava vendo nos olhos das duas visitas furiosas sentadas no meu sofá, eu não iria ter essa oportunidade tão cedo.
-Onde é que você estava? - perguntou Marisol de maneira séria.
Apenas pelo seu olhar eu poderia dizer que estava bem ferrada e que não iria ficar livre até dar uma boa explicação.

******

Nota da autora:

Olá gente, quero dedicar este cap a minha amiga e beta @AngelliqueHeavens que fez aniversário ontem. Parabéns Mands, e desculpa não ter postado o cap ontem, mas aqui está ele como prometi kkkkk
Obrigado por todo o apoio e incentivo que me deu ao longo desse um ano de amizade, devo muito a você.
Então pessoal, estão gostando da história? O que acharam dessa senhora misteriosa?
Votem, comentem e divulguem... Atraiam novo amigos para essa loucura aqui kkkk
Bem, era isso.
Espero que gostem.

Boa Leitura!

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