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Capítulo 18

Um conselho bem simples para uma garota que queira andar na floresta.
Nunca faça isso de vestido
Me pergunto como aquelas mulheres dos tempos medievais conseguiam correr, e até mesmo lutar, de vestido, parecendo tão graciosas quanto se estivessem dançando, esse dom com toda certeza passou bem longe do meu DNA. Pietro e eu caminhamos por um bom tempo, rimos, conversamos, eu arranhei minhas pernas em mais de uma situação, quase cai em várias outras, mas mesmo com tudo isso eu estava me divertindo, mas importante, eu estava me distraindo. A torta de chocolate estava deliciosa e como se previsse o que iria acontecer, Pietro comprou três garrafas de água, o que eu agradeci muito a ele por ter feito já que estava morrendo de sede.
Quando o carro parou na frente da minha casa já eram quase quatro horas, minhas pernas doíam, eu estava suada, arranhada e ainda tirava folhas que teimavam em continuar surgindo no meu cabelo, mas tirando isso eu me sentia... Bem. Olhei para minha casa que parecia deserta, meu carro estava do lado de fora, mas não havia nem sinal do dos meus pais.
-Está entregue. - falou Pietro.
-Talvez tenhamos que voltar para buscar algum pedaço meu que ficou para trás naquelas árvores. - falei tirando uma folha da minha franja. - Elas são melhores que garotas para arrancar cabelos.
Ele riu.
-Então foi por isso que você quase me jogou dentro daquele rio?
Olhei indignada para ele.
-Tinha uma pedra no meu caminho e eu fui desviar! - falei. - Não sabia que tinha outra escondida atrás dela.
Ele me olhou sorrindo, parecia bem mais relaxado do que antes, na verdade, desde que o conheci que não o via tão tranquilo. Seus olhos brilhavam em um tom de verde mais claro, seu sorriso parecia maior e mais feliz, diria que ele estava um pouco diferente do garoto que conheci alguns dias atrás. Sorri vendo sua expressão divertida se lembrando das minhas dezenas de quase tombos.
-Obrigado. - falei.
-Pelo que? - perguntou franzindo a testa.
-Pelo dia ótimo que me deu, por me fazer rir e me fazer esquecer de toda essa loucura que está acontecendo na minha vida. - falei olhando em seus olhos. - Acho que eu precisava apenas de um dia normal. Sei que parece estranho eu estar rindo num dia como hoje, mas... Se eu ficar pensando demais nisso, não vou aguentar.
-Hey, - falou segurando minha mão. - cada um lida com a perda a sua maneira. Não vou dizer que é fácil, porque não é, mas nem sempre pensar demais em uma coisa é o melhor, ás vezes tudo que temos que fazer é nos distrair, até que o tempo passe e a dor se torne suportável.
Deitei a cabeça de lado o observando com curiosidade.
-Já pensou em ser escritor? - perguntei.
Ele sorriu.
-Tenho mais vocação para musico mesmo.
Me inclinei no banco e dei um beijo em sua bochecha.
-Obrigado por ser meu amigo.
Me afastei já abrindo a porta enquanto ele me encarava com uma expressão um pouco surpresa, Pietro ainda não parecia muito acostumado a contato físico frequente.
-Sempre que precisar.
Peguei minhas sapatilhas que estavam jogadas no chão e desci do carro.
-Nos vemos amanhã na escola. - falei.
-Até lá.
Fechei a porta do carro e fui para a varanda de casa, assim que estava na porta me virei para acenar e ele desapareceu com o carro virando a esquina. A casa estava silenciosa quando entrei, o único som que podia ser ouvido era o que vinha do andar de cima e conforme eu subia as escadas tinha certeza que era do vídeo game do meu irmão. Quando cheguei na frente do meu quarto o som dos tiros fez uma pausa e Jake apareceu na porta.
-Teve um bom passeio? - perguntou.
Ele se recostou no batente da porta de braços cruzados, franzi a testa confusa.
-Como assim?
-Pietro me ligou depois que você saíram. - explicou. - Ele disse que te levou para dar uma volta porque você não estava muito bem.
-Ah, - senti meu rosto esquentar de vergonha, eu nem mesmo tinha me lembrado de avisar meu irmão que tinha saído. - desculpa Jake, eu queria te ligar, mas eu não levei meu celular e acabei esquecendo.
Ele sorriu.
-Tudo bem, na verdade fico feliz por ele ter te tirado de lá. Quando vi você de longe estava com a cara de quem estava prestes a desmaiar. - falou. - Além disso, acho que você não ia aguentar a barra de ter que escutar aquele monte de pessoas fazendo mais drama do que devia quando a família já tava sofrendo, sei que odeia isso. Eu mesmo fiquei a ponto de bater numa senhora lá.
Ri de sua careta, eu realmente não tinha muita paciência para pessoas que gostavam de colocar mais lenha na fogueira.
-Então... Você se divertiu? - perguntou.
-Sim, - respondi. - e me distrai também.
-Falando nisso... - começou ele me olhando dos pés à cabeça de testa franzida. - O que diabos vocês estavam fazendo?
Dei uma boa olhada em mim mesma. Descalça segurando as sapatilhas, os pés sujos, pernas arranhadas, o cabelo todo bagunçado, parecia que eu tinha entrado em uma briga contra um arbusto e perdido feio.
-Fizemos uma trilha lá no bosque.
-Ahan... - falou ainda de testa franzida. - E para fazer trilha faz você tem que se parecer com uma ninfa da floresta?
O olhei intrigada pela insistência no assunto, ele geralmente não era assim, então vi a ruga em sua testa que geralmente aparecia quando estava nervoso. Só então que fui me tocar do porquê das perguntas.
-Jacob Delacur, - falei segurando o riso. - por acaso você está com ciúmes?
Ele se afastou da porta e bufou.
-Eu? Com ciúmes? - perguntou como se essa fosse uma ideia ridícula, mas logo depois suspirou. - É claro que to.
Não me aguentei e comecei a rir, Jacob sempre teve muito ciúme de mim, tanto que quando eu e Dimitri nos tornamos amigos ele vivia pegando no pé dele, até que ambos começaram a jogar vídeo game juntos e se tornaram amigos. Algumas vezes eu ficava brava com seu lado superprotetor, mas ás vezes ver suas crises de ciúme era demais.
-Da pra parar de rir da minha cara? - perguntou emburrado.
-Não da... - falei tentando me controlar. - Você fica muito fofo assim.
-Não to achando a menor graça.
Respirei fundo contendo a risada e me aproximei dele.
-Jake, você não precisa ter ciúmes de mim. - falei bagunçando seus cabelos. - Ninguém nunca vai tomar seu lugar na minha vida.
-De irmão bonitão?
-De protetor e amigo. - falei. - É a mesma coisa de eu ter ciúme da sua namorada.
Vi se rosto empalidecer e não pude conter a nova onda de risadas.
-Como... Como... Como você sabe?
-Simples maninho, - falei colocando a mão em seu ombro. - as notícias correm. Além do mais, eu tenho muitos contatos por aqui.
-Eu vou esganar a linguaruda da Marisol. - resmungou.
-Deixa o pescoço da minha amiga em paz. - falei abrindo a porta do meu quarto. - Não estou chateada por você não ter me contato, não se preocupe, - o tranquilizei. - mas quero conhecer a garota que ganhou o coração do meu irmão.
-Eu queria contar pra você pessoalmente, por isso não falei nada ontem. - falou fazendo uma careta.
-Apenas traga a garota, resmungão. Vamos ver se ela passa no meu teste.
Ele ergueu o rosto imediatamente.
-Que teste? - perguntou nervoso.
-Você saberá quando o momento chegar.
Com uma piscadela entrei no meu quarto fechando a porta, ainda rindo de sua cara de indignado. Joguei minhas sapatilhas em um canto e respirei fundo indo abrir as janelas, agora que estava finalmente sozinha podia sentir todo o cansaço sobre o meu corpo e tudo que eu mais queria era a minha cama.

*****

Não acordei uma das pessoas mais sociáveis, se eu achava que estar cansada poderia me fazer dormir melhor, é pra acreditar que meus pesadelos me provaram o contrário. Mesmo que eu tenha passado um dia ótimo, tudo foi por água a baixo quando aqueles olhos vermelhos surgiram no meio da escuridão, não melhorou em nada chegar no colégio e ver um memorial para Tâmara ao lado dos editais, era como ativar o gatilho dos meus pesadelos. Toda vez que eu fechava os olhos via seu rosto machucado e os olhos brancos, sem vida.
Para minha surpresa assim como meu humor, o tempo também mudou, de quente e ensolarado para chuvoso e frio o bastante para usar uma blusa grossa. Sentei no local mais isolado que encontrei, um banco sob uma cobertura quase do outro lado da escola, seria o local ideal para ficar escondida. Eu ficava protegida da chuva, mas tinha que colocar minhas pernas encima do banco ou ficaria com os pés encharcados, puxei minha toca para cima e coloquei os fones de ouvido, deixei o volume no máximo em alguma música aleatória e encarei a chuva.
O barulho da água misturado com o da música evitava com que eu conseguisse pensar em alguma coisa, o que já era um grande progresso. Eu não falava com Marisol desde a manhã anterior e com Alexandra desde que tudo aconteceu, também não as encontrei no colégio quando cheguei e muito menos as vi na cerimônia. Olhei a hora no visor do celular, eu já tinha perdido o início da primeira aula, mas também não estava lá muito animada para entrar na sala.
-O que está ouvindo? - perguntou uma voz rouca ao meu lado enquanto eu perdia um dos meus fones.
Sobressaltada, dei um pulo que quase me fez cair do banco ao ver Pietro sentado ao meu lado. Ou eu estava desligada demais do mundo ao meu redor, ou ele era muito bom em ser sorrateiro, porque eu nem mesmo tinha visto ele se aproximar. A gola da jaqueta estava puxada para cima e seu cabelo estava molhado, a água pingando em sua testa. Tinha que admitir que assim ele ficava ainda mais bonito. Dei pausa na música e guardei os fones no bolso.
-O que? - perguntei.
-O que você estava ouvindo? - perguntou novamente.
-Rock, o que seja alto o bastante para manter minha mente vazia.
Ele se recostou ao meu lado.
-Funciona?
-Ás vezes. - respondi encostando minha cabeça na parede. - Como me encontrou aqui?
-Eu estava atravessando o pavilhão para ir a sala de música quando vi você. - falou. - Então quis vir perguntar como você está.
-Considerando que tive pesadelos a noite toda, nada bem.
-Então a distração melhorou apenas por um tempo?
-Não se sinta mal. Eu não sou exatamente o tipo de pessoa que sonha com unicórnios. - falei. - Ter sonhos bizarros já faz parte do meu dia a dia.
-Mas você precisa dormir um pouco.
Sorri como se ele tivesse acabado de contar uma piada.
-Acredite, eu gostaria muito de poder.
Cocei meus olhos e arrumei o caderno de desenhos encima da bolsa, o que chamou a atenção de Pietro.
-Posso ver? - perguntou.
-Claro.
Ele pegou o caderno e começou a folheá-lo com atenção, não eram exatamente os meus melhores desenhos, mas até que uns tinham ficado bem legais, mesmo sendo rascunhados durante as aulas.
-Nossa, são fantásticos! - falou admirado.
Sorri.
-Obrigado, desenhar é uma das minhas paixões.
Ele sorriu olhando as próximas páginas e, de repente parou, franzindo a testa.
-O que é isso? - perguntou.
Ele me virou o caderno para mostrar um par de olhos saindo do meio da escuridão, nem mesmo eu me lembrava de ter desenhado aquilo, ás vezes quando tinha um pesadelo, ou um sonho muito estranho, costumava desenhar algum detalhe que ficava mais fixo na minha mente.
-Apenas um pesadelo.
Arranquei a folha e a amassei jogando na cesta de lixo que não estava muito distante do banco, não posso dizer que tenho uma mira excelente, mas consegui acertar em cheio. Ele continuou a olhar os desenhos até parar em uma folha que ficou observando por um longo tempo.
-O que foi? - perguntei.
-Você disse que nunca esteve em Veneza.
-E falei sério, eu nunca fui lá.
Olhei para o caderno vendo uma paisagem aleatória de Veneza. Era pôr-do-sol, de modo que eu tinha feito um sombreado mais elaborado e na ponte, que era tema central do desenho logo depois de um trecho da cidade, havia uma moça de costas olhando a vista. Sempre gostei muito desse desenho, tinha pegado uma foto da internet e até hoje me perguntava como tinha conseguido fazê-lo tão bem. Pietro encarava a folha com uma expressão indecifrável.
-Achei essa foto na internet e gostei dela, então desenhei.
-Você retratou com exata perfeição. - falou. - Como se tivesse visto pessoalmente.
-Eu apenas vi e desenhei, não me faça perguntas difíceis de como fiz isso. - falei. - Porque nem eu sei explicar.
-Está perfeito. - falou. - Eu gostava de sentar no café que fica na margem e ficar observando o horizonte, é um ótimo local para tirar fotos.
-Sério?
-Sim, tem algo nos seus desenhos... Não sei. - falou chacoalhando a cabeça. - Que faz com que eles pareçam quase reais, me fez até lembrar de casa.
Sua voz soava carinhosa e ao mesmo tempo triste, arrancando um sorriso solidário de mim. Peguei o caderno de suas mãos e arranquei a folha a estendendo para ele.
-O que está fazendo? - perguntou confuso.
-Toma! - coloquei a folha em suas mãos. - Pra você se lembrar de casa enquanto está longe.
Ele encarou a folha por um momento e depois virou o rosto para mim com um sorriso de derreter corações, minhas pernas com toda certeza teriam dado uma bambeada se eu já não estivesse sentada.
-Obrigado por isso. - falou.
Apenas dei de ombros e abracei meus joelhos olhando a chuva, ele ficou do meu lado em silêncio, essa era uma das coisas que estavam me fazendo gostar cada vez mais dele. Mesmo que eu fizesse coisas estranhas ás vezes, ele não se importava, quando eu queria ficar em silêncio, apenas se sentava ao meu lado sem se incomodar com a falta de assunto. Eu não sei por onde ele andou por todo esse tempo, mas estava feliz de ter aparecido justo agora.
Pietro se levantou de supetão como se tivesse lembrado de algo importante e quase me fez cair novamente com o susto que me deu.
-Sério, você tem que parar de me assustar desse jeito. - resmunguei.
Ele riu e me estendeu a mão.
-Vem.
-Pra onde?
-Minha vez de te mostrar uma das minhas paixões.
Mesmo sem entender nada aceitei sua mão e me levantei, peguei minha bolsa e joguei sobre o ombro, eu nunca sabia o que ele iria aprontar, mas no final sempre gostava das surpresas. Começamos a andar em direção aos prédios quando escutei passos apressados atrás de nós.
-Srta. Delacur? - perguntou uma voz masculina atrás de nós.
Nos viramos ao mesmo tempo para encarar o homem sob um grande guarda-chuva. Ele tinha por volta de seus quarenta anos, mas estava muito bem conservado. Era alto e tinha um corpo com músculos trabalhados, o rosto tinha traços duros e bem marcados, seus olhos eram pequenos e de uma cor que eu não sabia decidir se era verde ou castanho. Seus cabelos escuros estavam mesclados com os grisalhos dando um visual até legal para ele. Se vestia com uma mistura de casual e formal, o que combinava bem com ele, jeans azul escuro e uma camisa branca dobrada até os cotovelos. Sua postura e a expressão séria me diziam que ele não estava ali para me parabenizar por alguma coisa.
-Pois não? - perguntei.
-Sou o delegado Dantas. - falou com a voz firme. - Gostaria de lhe fazer umas perguntas sobre a morte de Tâmara Versalhes.

*****

Nota da autora:

Olá pessoal, olha só quem está aqui de novo por livre e espontânea pressão kkkkkk
Pois é, meu tempo foi encurtado por duas novas leitoras e amigas... Nem tem como fugir já que elas estudam comigo e me ameaçaram empurrar das escadas kkkkkk Olha só isso.
Dedico este cap a Anneviertel e juuulivrosamor por me pressionarem, ameaçarem, amarem a história e fazer com que eu me sinta uma escritora muito feliz. São seis livros pela frente, vocês não podem me matar 😜😜kkkk
Então, vou me organizar o máximo que puder para postar um cap toda semana, mas não posso prometer nada.
Enfim, obrigado pela paciência gente. Aqui está um cap feito com todo carinho.

Espero que gostem.

Boa Leitura!

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