Acordo com meus olhos embaçados, olho ao meu redor acho que é um hospital. Sinto uma forte dor que parece ser uma cólica, mas não é uma cólica, é uma dor pior. Fecha os olhos e tento voltar a "dormir".
Acordo novamente, continuo com dor mas agora ela está neutra.
Uma médica entra no quarto e logo sorri simpática.

-Que bom que acordou!!! Você está sentindo alguma dor?- Ela pergunta.

- aqui.- Eu falo com um pouco de dificuldade, e aponto para onde senti a dor antes.

Ela lé os papéis que se encontram na mão dela, e me olha com um olhar preocupado.

Chris...

Não sinto tristeza. Ela perdeu o bebé e os médicos ao examinar ela descobriram que ela nunca vai conseguir segurar um bebé em sua barriga, nem com muito tratamento, mas não me importo. Pelo menos não vou ter que criar nenhuma criança.
Sinto até felicidade, e daí que ela não vai poder ter filho? Isso é problema dela e não meu. Já comi ela, já tá na minha lista de putas e fim.

Bella...

Fiquei mais três dias no hospital, depois ganhei alta e voltei para casa, para escola, para vida. Infelizmente!

Percebi que ao vir a morar na antiga casa dos meus avis eu fiquei mais sentimental, ao me relacionar com meu tio dez anos mais velho fiquei mais carente do que estava antes.
Acho que na verdade aquilo nao foi um amor. Talvez uma paixão, um desejo.
Mas não un amor! Não sei por que motivo pensei que fosse um amor.
Estava iludida...

Chega um momento da vida em que devemos dar adeus a tudo, não necessariamente no momento da morte. Mas sim um adeus.

Christopher ira sair a viajem pelo trabalho dele. Destino? Canada!
E vai ser melhor para mim, como fui tão burra em acreditar nele...

Eu?
Bom, eu resolvi voltar para minha antiga cidade, estou indo morar com meu pai. Eu sei que ele não se importa comigo. Minha mãe nunca me deu a devida atenção mesmo.
Arrumo minhas malas e olho para o quarto no qual eu vivi nesse tão pouco tempo, mas que pareceu muito tempo, tive muitas alegrias, mas também muitas brigas, não vou dizer que foi tempo desperdiçado, eu aprendi muito nesse pequeno tempo de estadia aqui. Mas já é hora de ir.

Ao sair na porta dou de cara com Christopher.

-Tchau!- eu digo e ele ignora.

Coloco minhas coisas no carro que meu pai me deu a poucos dias.
Eu sei que não tenho idade para dirigir e meu pai também, mas ele me deu um carro mesmo assim.
Olho uma última vez para trás e um sorriso nasce em meus lábios. Apesar de tudo tenho de admitir que fui feliz aqui. Mas esse tempo acabou.

Entro no carro e dou partida. O que será que a vida junto do destino me reservam?

FIM!

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