CAPITULO 18
HARUKA
- O que? – arregalei os olhos – isso não é possível, eu me lembro de tudo, eu sei o que aconteceu... aqueles... aqueles meninos... – disse com a voz rouca, de súbito um imenso cansaço apossou do meu corpo, aquilo tudo era demais pra mim.
Deite-me de volta na cama, por mais que não tivesse tomando os remédios eu sabia diferenciar uma alucinação da realidade, e as dores no meus corpo não deixava mentir, mas por que eles não acreditavam. Fechei meus olhos sucumbindo ao cansaço, era tudo um pesadelo. Senti a cama afundar ao meu lado, eu sabia o que veria a pena.
- Haruka – a voz grossa do Sr. Apollo me chamou, abri os olhos e vi as orbes claras dele me encarar, por mais que não entendesse sua intimidade comigo, algo em como ele me olhou me deu uma certa familiaridade me fez querer que ele não saísse dali, eles transmitiam gentileza.
- Eu não sei como ele acabou se machucando, a última coisa que me lembro dele foi quando ele me desamarrou e disse que tudo ficaria bem, depois disso desmaiei. Eu não sei onde estão meus amigos e do porque eles sumirão assim de repente, mas sei que estavam todos juntos quando entrarão no galpão – disse cansado.
- Galpão? – perguntou meu tio se aproximando da cama, vi aflição em seus olhos – conte-nos o que aconteceu – suspirei me preparando para contar o que havia acontecido.
Contei cada detalhe para meu tio, desde quando Carlos humilhou Amanda até o que aconteceu no galpão, e a cada palavra que eu contava suas expressões ficavam horrorizadas, meu tio ficou indignado com a falta de segurança do colégio e como ele não ficou sabendo de nada, até porque nunca havia contado do preconceito e do Bullying que sofria no colégio, pelo menos isso eu poderia poupa-lo.
- Que raios de colégio é esse, que deixa de algo assim acontecer – meu falou irritado – você quase foi morto, e nem uma ligação eu recebi, se não fosse por Valdete eu jamais ficaria sabendo.
- Me dê o endereço do colégio, quero saber o que aconteceu com meu filho, que tipo de colégio negligencia uma ataque desse aos alunos – falou Apolo se levantando da minha cama e se direcionando até a porta.
- Como eu não soube disso, um nível de crueldade que esses garotos tiveram é de assustar qualquer ser humano. Isso não vai ficar assim! – meu tio foi para perto do Sr. Apolo – Haruka Bryan vai ficar com você aqui enquanto eu e Apolo vamos tirar satisfação da diretoria do colégio, qualquer coisa que precisar e só falar com ele, tudo bem?
- Tio fica tranquilo eu estou bem – disse calmo para não preocupar meu tio, mais por dentro eu estava quebrado – Tio? Você poderia entrar em contato novamente com Nicolas e Amanda, estou preocupado com eles.
- Sim, pode deixar! – meu tio deu um sorriso pálido e saiu com o pai de Gabriel
Assim que eles saíram tal Bryan se aproximoue sentou numa poltrona ao lado da minha cama, nesse momento uma enfermeiraentrou para me dar uma medicação, senti um cheiro de cigarro na sua roupa, olhei para ela para avisar que sua roupa fedia a cigarro mais mudei de ideia assim que vi uma grande tatuagem de uma cobra que se estendia pelo braço inteiro, eu já havia visto aquela tatuagem e é idêntica a pessoa que conhecia.
Engoli em seco quando ela deu uma sorriso estranho assim que me viu encarando sua tatuagem, ela colocou um liquido na seringa e injetou no soro que eu estava tomando.
- Esse medicamento vai aliviar a dor e lhe fazer dormir! – disse calmamente a enfermeira com seu sorriso estranho – descanse você precisa se recuperar, daqui alguns minutos eu venho te ver – mas antes que ela saísse Bryan a parou.
- Enfermeira, espere! – ele a chamou com o sotaque arrastado, ela deu uma parada hesitante e se virou para ele.
- Pois não!
- A senhorita deixou cair – ele ergueu o isqueiro para ela pegar, ela deu um sorriso nervoso e pegou o isqueiro da mão dele.
- Obrigada, acho que meu bolso está furado – ele sorriu e ela saiu sem olhar pra trás.
Bryan se aconchegou na poltrona e pegou um livro que estava em cima da cômoda e começou a ler. De súbito veio uma tontura e um enorme cansaço, encostei a cabeça no travesseiro e dormi.
......
Eu corria o mais rápido que podia, mas mesmo assim não era o bastante. Ele estava quase me alçando e sua risada macabra e cruel me fazia crer que aquela fuga era inútil, as dores nas pernas se intensificava a cada pisada que eu dava e meus pulmões clamavam desesperadamente por ar, não havia tempo para uma parada nem para tomar um folego, se ele me alcançasse era fim para mim.
Pulei a raiz de uma arvore e quase cai mais consegui me equilibrar, já fazia algum tempo que eu corria dentro da floresta tentando achar uma saída, mas era tudo um labirinto de arvores, quase impossível de sair para quem não conhecia a região. Pela terceira vez parei, e dessa vez não suportei as dores na perna e desabei no chão, já fazia muito tempo que havia sumido da sua vista e nem por isso havia parado de correr.
Por ele ainda insistia em me perseguir, ele já tinha deixado bem claro que não havia escapatória, porem sua maior diversão era me ver em meio a dor e o desespero, tudo não passava de um jogo para ele, um jogo cruel e psicopata.
Estiquei minhas pernas para massagear só que desisti assim que vi o estado delas. Havia cortes e marcas por ela toda, alguns cortes até sangrava. Meus olhos se encheram de agua e transbordaram, como eu conseguiria esconder esses machucados de meus tios, e meus pais, eu não poderia andar de calças para sempre, uma hora eles iriam desconfiar, eles sempre perguntavam, principalmente Nicolas.
Segurei meu peito para tentar suprimir a dor que estava sentindo, lembrar de Nicolas me fazia sofrer ainda mais, eu o amava de todas as minhas forças, mas era um amor platônico, então não tinha outra opção do que sofrer em silêncio.
- Te achei – dei um grito quando sua voz sussurrou em meus ouvidos – achou que poderia sumir sem minha permissão, coelhinho?
Meu peito subia e descia descaradamente, meu coração só faltava pular do peito, e meus pulmões num ritmo frenético assustador. Por reflexo levantei e tentei correr mas minhas pernas vacilaram, e antes que pudesse cair fui segurado pelos cabelos por uma mão grande e fria.
- Por favor, não! – implorei, as lagrimas banhava meu rosto em desespero – não, por favor, não! Hades ... – um tapa forte e ardido acertou meu rosto me calando imediatamente.
- O que eu disse sobre me chamar pelo meu nome, assim você estraga a brincadeira meu coelhinho, e você sabe o que acontece quando estraga nossa brincadeira fico irritado.
Por causa das arvores extremamente grande quase não se via o céu, então dentro da floresta praticamente não havia luz, o que dificultou em ver seu rosto e na expressão que ele usava.
- Então coelhinho, estou esperando como deve me chamar – perguntou sacudindo minha cabeça.
- Me desculpe, mestre!
- Bem melhor – ele me jogou no chão e eu cai machucando meu braço, logo depois ele chutou meu ombro e cai de barriga pra cima – Agora que venci quero meu prêmio.
Ele pegou uma corda que estava na sua mão que até então eu não havia visto e começou a amarrar meu corpo todo impedindo meus movimentos, depois me agarrou e jogou em seus ombros como se eu não pesasse nada e começou a andar.
Eu queria gritar, espernear, fazer qualquer coisa que pudesse sair de suas garras, mas era inútil, eu não mal conseguia me mover e se eu gritasse as consequências seriam horríveis, o que eu poderia fazer a não ser aceitar.
Antes que eu percebesse havíamos chegado ao nosso destino, uma antiga cabana de caçadores, que agora ele usava para me punir. Nunca descobri em como ele havia achado aquela cabana, mas ele havia reformado para deixar mais apresentável para quando viéssemos para cá.
Ele subiu os degraus e parou na sacada pra abrir a porta, e sobre rangido e estalo nós entramos e meu pesadelo começou.
Depois de fechar a porta com o pé e me jogar na cama me causando dor pelo aperto da corda no meu corpo, ele começou acender alguns velas assobiando alegremente, meu corpo não estremecia apenas pela dor, mas pelo medo que eu sentia no que viria a seguir.
- Porque está tremendo meu doce coelhinho? – sua mão gélidas passaram pelo meu corpo e começaram desamarrar a corda – hoje estou com um ótimo humor, até vou te recompensar.
Apenas deixando minhas mãos amarradas ele começou a me despir lentamente, fazendo aumentar minha agonia, geralmente ele não é cuidadoso ao retirar minha roupa, muitas vezes sou eu que as tiro, mas hoje estou assustado, vê-lo tão calmo e cuidadoso me deixou em alerta máximo.
Após tirar minha camisa ele tirou meu tênis, minha bermuda e minha cueca deixado- me completamente nu.
- Como eu disse estou de bom humor, então vamos fazer do seu jeito – disse ele com um sorriso que me fez estremecer.
Em nenhum momento consegui falar, parecia que se eu abrisse minha boca seu humor acabaria, mas por dentro eu era puro desespero. Senti a cama afundar e logo um par de mãos começaram explorar meu corpo, e minha respiração acelerou um pouco.
- Calma meu coelhinho, lembra sem joguinhos! – logo sua boca explorava meu corpo, com mordidas e chupões, e por mais que odiasse seu contato não consegui evitar de ficar excitado.
Depois de um tempo sua boca traçava cada parte do meu corpo sem esquecer nenhum lugar, o medo que sentia diminuiu e apenas o receio ficou, o prazer já me dominava. Arquei as costas quando sua boca atingiu minhas partes sensíveis, e com a língua ele lambeu do saco até a cabeça do meu membro, soltei um grito abafado ao sentir sua boca invadir completamente meu membro, ele me chupava como um picolé saboroso.
Sentir sua boca em mim fazia-me contorcer na cama, pois já tinha algum tempo que ele não me dava prazer assim, e era tão bom, como pude esquecer dessa sensação. Ainda com o boquete seus dedos começaram a me invadir, no terceiro dedo não resisti e explodi.
Mesmo ofegante senti seu membro me alargando vagarosamente como se estivesse preocupado em não me machucar, um beijo foi depositado no meu rosto quando todo seu membro estava dentro de mim, logo mais alguns foram depositados.
- Vou me mover! – assenti instantaneamente antes de perceber – já disse que adoro sua pele? – e lentamente ele começou a entrar e sair dentro de mim.
Assim que ele percebeu que eu havia acostumado com seu membro ele acelerou com estocadas mais fortes, minha excitação veio com tudo e não aguentei segurar meus gemidos, e nesse momentos minha cabeça deu um branco, eu havia esquecido as dores e os maus tratos, tudo se focava no prazer que estava sentindo e no cuidado que ele estava tendo comigo.
Mesmo as estocas sendo fortes não me machucava, eu queria mais. Suas mãos agarram meu quadril fazendo com que ele fosse mais fundo em mim, esqueci tudo e pedi por mais e num movimento vi ele desamarrar as cordas com apenas uma mãos, e num outro movimento ele me levantou da cama para que pudesse sentar no seu colo.
Automaticamente comecei a cavalgar em seu membro que ia até o limite, novamente suas mãos foram para minha cintura ajudando- me no movimento de vai e vem, seu hálito quente traçava no caminho do meu pescoço atiçando-me mais, seus dentes rasparam meus queixo me levando ao ápice do prazer, e pela segunda vez desmanchei em seus braços enquanto dava as últimas estocadas e se desmanchava dentro de mim.
- Alguém aproveitou bastante a recompensa – sussurrou no meu ouvido enquanto regulava a respiração e rapidamente ele levantou da cama e foi no fundo quarto arrastando uma cadeira – Não é mesmo companheiro?
Meu coração faltou saltar do peito e meusolhos arregalaram quando eu vi meu único amigo de escola amarrado eensanguentado na cadeira.
- Richard? – sussurrei incrédulo – Não, nãoooo – as lagrimas brotaram de subido e meu desespero me apossou – Por favor solta ele.
Richard estava machucado com semblante de dor no rosto sua boca estava amordaçada e suas roupas rasgadas e suja, me levantei num pulo, mas minhas pernas não sustentaram meu peso e cai no chão de frente a ele.
Hades segurou Richard pelos cabelos e tirou sua mordaça e sorriu friamente pra ele, por sua vez Richard cuspiu na cara de Hades e o amaldiçoou.
- DESGRAÇADO MALDITO – Hades limpou a saliva do seu rosto e pegou uma faca de algum lugar que não vi.
- NÃOOOOO, PAAARA, POR FAVOR EU TE IMPLORO NÃO FAZ ISSSO – eu implorava para ele mas como se não me ouvisse ele disse.
- Eu te avisei coelhinho, você pertence a mim – Hades foi pra de trás de Richard, puxou sua cabeça para ficar a mostra seu pescoço.
- HADES NÃO! NÃO – minhas pernas não se movia estavam fracas demais, então olhei para Richard e meio ao turbilhão de lagrimas – Me perdoa...
- Desculpe Haruka não consegui te salvar! – disse ele com lagrimas nos olhos.
E num movimento rápido e preciso sua garganta foi cortada e depois quebrada, fazendo o sangue jorrar de seu pescoço e suas palavras ecoar na minha mente vinda de um corpo já sem vida.
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