CAPITULO 11
Josh
Havia meia hora que Haruka e Amanda saíram para comprar nossas bebidas e não haviam voltado, porém já imaginava o porquê da demora dos dois.
Algumas horas atrás eu e Amanda vimos o tal Nicolas sair do quarto que Haru estava e ficamos surpreso, até por que ele estava sem camisa e todo descabelado, pelo jeito que ele estava e o sorriso em seu rosto as coisas entres eles estavam boas.
Haruka é como se pode dizer uma pessoa de coração de ouro, sempre tenta ver o lado bom das coisas, chega até ser um pouco inocente demais, é calmo e carinhoso, entretanto é muito sofrido, ele não gosta de seu passado mas o que ele me contou foi que quase toda sua família está morta, menos seu tio que é responsável por ele – que por sinal é um deus grego de homem – e que de certa forma ele se sente responsável por todas mortes mesmo não sendo culpado.
Pra mim essa história está mal contada, sei que tem algo mais, mas também sei que ele não está pronto pra me contar e como bom amigo vou esperar até ele estar pronto pra me contar.
- O que você está fazendo ai? – perguntou Amanda chamando o Nicolas que até então não tinha nos visto, e o seu sorriso se desmanchou ao vê-la.
- E isso é da sua conta? – rebateu ele calmamente com rosto sério.
- Claro que é, ele é meu amigo, praticamente irmãos então não vou deixar um qualquer chegar perto dele – subitamente Nicolas fez uma cara assustadora, o que fez meu sangue gelar na hora.
Não que eu seja uma pessoa medrosa, mas nesse momento eu pensei que ele ia matar alguém. Em algumas passadas Nicolas se aproximou de Amanda, que em momento algum recuou e o encarou com a mesma intensidade, era como se a qualquer hora um ia matar o outro.
- Você tem a língua afiada garotinha, e só pra você saber Haruka já é grandinho o suficiente pra saber o que quer, então para de bancar a mãe dele – disse Nicolas com uma voz ameaçadora cruzando os braços sobre seu peito nu e cheio de tatuagens.
Antes que Amanda falasse mais alguma coisa, puxei-a pelo pulso até seu quarto. Se eu deixasse ela lá nosso final de semana acabaria em segundos, e eu não estava com a mínima vontade de ir embora, queria relaxar e acalmar meus nervos.
Entrei com Amanda em seu quarto e joguei ela em cima da cama.
- Ai, qual é o seu problema? – perguntou ela séria.
- Qual é o meu problema? Qual é o seu problema? – rebati zangado, aquilo já havia me tirado do sério e estava acabando com meu relaxante final de semana – desde o dia que o amigo de haru voltou você está tendo esses ataques de pelanca – gesticulei nervoso – para de bancar a ciumenta possessiva que tá feio.
- Há fala sério – falou jogando um travesseiro em mim – por que eu que estou sendo a repreendida aqui, você não notou que ele não é flor que se cheira, se nós deixarmos ele perto de Haruka deus sabe o que vá fazer com ele – reuni qualquer requisio de paciência que tinha e disse.
- Presta bem atenção no que vou dizer – comecei falar calmamente – Haruka tem 17 anos e vai fazer 18, então pare de se meter demais na vida dele, ele conhece Nicolas há 7 anos e sabe muito bem no que está se metendo, ele pode até ser um pouco inocente mas não é burro, então deixe de trata-lo como uma criança em defesa e vamos ajuda-lo como bons amigos de verdade que somos, ele está feliz e não vamos estragar a alegria dele. – Parei para respirar, e olhei cansado para ela, que por sua vez estava pensativa.
- Mas e se ele ... – tentou dizer mais interrompi
- Sem mas Amanda, Haruka já sofreu demais e ele precisa viver um pouco, assim o faz pensar que é um inútil até no amor, e não acho que o gostosão tatuado vai fazer algum mal há ele – respirei fundo e caminhei até a porta mas parei e falei – deixe-o em paz senão você vai se ver comigo, agora vá se arrumar porque temos sola do pé pra esquentar um pouco – disse por fim dando um sorriso e sai.
Uma hora e meia depois já estávamos na praça central curtindo o festival de inverno da chapada. Comecei a dançar desastrosamente uma música sertaneja que estava tocando, até começar sentir sede, olhei para os lados pra ver se Amanda e Haruka apareciam mais nada, decidi parar e tomar uma ar.
- Cadê eles com nossas bebidas? – perguntei ao gato loiro chamado Gabriel, ele sorriu mostrando suas covinhas escondidas e quase me derreti, sinceramente se ele fosse Gay já teria pulado em seu pescoço e beijado loucamente – já fazem umas meia hora!
- Talvez a fila esteja grande, por isso a demora – respondeu ele com seu sotaque americano que fez meu corpo arrepiar – vamos atrás deles e ajuda-los, vem! – disse e depois saiu entrando em meio a multidão, fui logo atrás mas não consegui acompanha-lo e perdi ele de vista.
Eu odeio minha altura sou pequeno demais pra minha idade, infelizmente sou de descendência indígena e meus parente não são lá altos, na verdade eles são todos medianos pra baixo. Parei de andar e lembrei de minha família, só de pensar neles já batia uma imensa saudade – há se eu pudesse velos novamente, se não tivesse feitos as escolhas erradas – meus pensamentos foram interrompidos quando uma mão quente segurou a minha e me puxou fazendo me chocar contra seu peito.
- Ei me desculpa andei rápido demais, quase nos perdermos – disse Gabriel segurando minha mão com uma mão e com a outra a minha cintura, levantei minha cabeça e encarei suas imensidão azuis – hum você está bem?
- Você tem olhos lindos! – falei e me arrependi logo em seguida, ele com certeza se zangaria, qual hetero não se zangaria, porem sua reação não poderia ser das melhores.
- Obrigado! – ele riu, seu sorriso se alargou e suas covinhas se tornaram duas curvas perfeitas, ele é realmente a vista dos deuses – e os seus também são lindos – abri e fechei a boca rapidamente quase perdendo o restinho de sanidade que tinha, calmamente ele me soltou, fazendo sentir falta da quentura de suas mãos, ele desviou de meus olhos e começou a olhar em volta, até acha-los.
- veja eles estão ali, eai vamos? – perguntou olhando pra mim novamente e corei no mesmo instante.
- Vai na frente, vou esperar aqui senão a multidão me atrapalha ou pode me machucar - menti
- Não se preocupe, eu te protejo – e neste instante ele desarma qualquer restinho de resistência que poderia ter.
- N Não p precisa, fico aqui – bato-me internamente por ter gaguejado – espero vocês, vai lá.
- Tudo bem então, não sai daqui – ele me olha uma segunda vez e sai em direção aos dois que pareciam alterados.
Como podia acontecer isso? Ele simplesmente desamou sem um mínimo de esforço. Coloquei a mão no peito e percebi que batia rápido, inspirei uma grande quantidade de ar e soltei para me acalmar e deu certo, pouco a pouca voltava ao normal.
Isso era ruim, muito ruim a última vez que alguém me fez sentir isso quase acabou com minha vida e o que fez me preocupar ainda mais, por que isso tinha logo que acontecer justo comigo e de novo, parecia até que meu cupido me odiava para trazer tantas catástrofe pra minha vida, eu até poderia não conhece-lo direto mas sabia que o gatão loiro não era pra mim, e também tinha o fato que Amanda tinha queda por ele.
Senti um arrepio na nuca.
Olhei para todos os lados nervoso, estava tendo um péssimo pressentimento. Varri com meus olhos cada pedaço do lugar mas não achei nada que indicasse que o motivo do meu nervoso, suspirei na hora que uma mão grande e forte me agarrou pelo braço, me virei e levei um choque quando percebi de quem se tratava.
- Te achei, agora você não vai fugir de mim.
- Kuatrin! – sussurrei o seu nome.
- Até quando você continuaria a fugir de mim, achou que não ia te encontrar – seus olhos negros transmitiam uma raiva que me fez encolher um pouco meu corpo.
- Eu eue... eu não... – sem deixar eu terminar ele puxou com força me levando pra longe das pessoas, olhei para os lados para ver se encontrava Gabriel mais ele havia sumido, assim como Amanda e Haruka.
Kuatrin é meu ex-possessivo namorado, e por sua culpa eu havia sido expulso da minha aldeia antes de completar 15 anos, ele é o culpado por estar longe da minha família e ser odiado pela minha antiga aldeia. Ele me deixou marcas que até hoje não consigo apaga-las.
Estávamos longe quando ele praticamente me arrastou pra longe da civilização e me jogou com força contra um tronco de uma arvore, com o impacto gemi sentindo as dores que veio com força, e antes que eu pudesse ter qualquer tipo de reação ele me cercou me impedindo de fugir. Pois a mão na minha boca e apertou com força arrancando duas lagrimas de meus olhos.
- Onde você estava todo esse tempo? te procurei por três anos, você tem ideia do trabalho que me deu pra te encontrar – rosnou ele, sua raiva era tanta que mal abria a boca pra falar e nesse momento eu sabia que estava totalmente ferrado.
- Você me abandonou – ele soltou a mão da minha boca, que já estava dolorida pelo seu aperto – me deixou ser castigado e julgado pelo nosso povo – meu olhos começaram a arder pelas lagrimas que estava segurando – tudo foi culpa sua.
- MENTIRA! – ele gritou de raiva e encolhi, sua presença me deixava sem forças e tolamente tremendo de medo, eu o conhecia muito bem e sabia do que ele era capaz – você foi embora, eu já tinha tudo planejado, iriamos embora juntos daquele inferno, ia ser só nós dois, MAS VOCÊ – e subitamente ele me deu uma joelhada na barriga fazendo cair com tudo no chão – FUGIU DA NOSSA CASA – eu me contorcia tentando puxar o ar com força, minha barriga doía, meus olhos derramava lagrimas sem sessar e senti um bile subir na minha boca.
Quando eu estava quase me recuperando Kuatrin agarrou meu cabelo obrigando a me levantar, ele era alto, e forte, tinha a pele amorenada assim como a minha, seus cabelos negros, longos e lisos estavam amarrados em um rabo de cavalo - ele é um dos poucos guerreiros da minha ex-aldeia -, e seu rosto bonito expressava a mais pura das maldades.
- Por favor me solta – implorei, ele era a única coisa que me fazia ter pesadelos a noite, ele era meu medo puro – tá me machucando Kuatrin, por favor solta meu cabelo.
- Olha aqui seu puto sujo – começou a falar ignorando minha suplica – Se você tá achando que vai se livra de mim só por que não estamos mais na aldeia está enganado, a partir de hoje vamos voltar o que era como antigamente, e é bom que não esteja com ninguém senão mato dos dois, finalmente você é meu – riu com um sorriso maligno no rosto.
- Não por favor eu não quero mais, já deu o que tinha que dar entre a gente... – antes que pudesse completar a frase ele socou minha cara fazendo cair novamente no chão.
Sem esperar ele agarrou meu cabelo novamente e socou minha cabeça no tronco da arvore, uma dor insuportável apossou de minha cabeça e senti algo quente escorrer da minha testa. Kuatrin socou mais duas vezes minha cabeça na arvore e me jogou no chão como saco de batatas.
Fiquei tonto sem consegui ver nada na minha frente, senti um peso sobre mim e escutei sua voz maligna que dizia alguma coisa, mais por conta da pancada não conseguia ouvir nada, tentei tira-lo de cima de mim porem ele era muito mais forte que eu, minha mente começou a se apagar e percebi que estava desmaiando, mais não antes de ver um vulto preto se jogar por ciam dele e soca –lo com força.
Olá meus coelhinhos eu voltei
Espero que gostem do capitulo, mesmo sendo um pouco forte, mais logo logo tudo ira se resolver.
Desculpe os erros, e divirtam se.
Beijin💋
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