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CAPÍTULO 33


— Droga! Por que o celular sempre descarrega na hora que mais precisamos? — me lamento sozinha.

Será que Marcos foi pegar meu filho?

Justo hoje a droga desse carro tinha que parar, vou até o capô do carro em uma tentativa inútil de tentar fazer alguma coisa, não entendo nada sobre eles. Carlos quem cuidava disso, eu só dirigia, e com tudo acontecendo eu não me lembrei de fazer uma manutenção. Droga, mil vezes droga!

Meus planos eram comprar um carro novo e trocar de casa, meus e de Carlos, mas depois que tudo que aconteceu isso foi a última coisa em que pensei. E agora não tenho condições alguma de fazer as duas coisas, poderia pedir dinheiro aos meus pais, mas jamais faria isso, assim como também poderia usar a pensão do meu filho, sem chances disso acontecer também.

Não tem muito tempo em que levei meu carro na oficina do amigo de Marcos, ele não me avisou nada sobre eu precisar trocar ou manter, isso não faz sentido. Mas não posso me concentrar nisso agora, preciso sair daqui e ver meu filho, só isso que me importa no momento.

O medo de ficar aqui já está me fazendo pensar em possibilidades nada agradáveis de sair daqui, a rua passa vários carros, e pedir carona é uma delas.

Entro no carro para pensar melhor.

Passaram-se vários minutos e um carro vermelho vem se aproximando do meu, sua velocidade é baixíssima, por favor não pare, por favor não pare.

Parou.

Dele desce um moreno alto, seus cabelos são lisos e vão até seu pescoço. Ele dá três batidas no vidro e eu abro a porta ficando de pé. Preciso esticar o pescoço para poder olhá-lo.

— Está tudo bem, senhora? — pergunta tirando seu óculos escuro do rosto, seus olhos são grandes e escuros.

Não! Não está nada bem.

Quis responder, mas não posso passar medo para ele, eu não o conheço. Tenho que mentir.

— Sim, moço, meu namorado está chegando, obrigada por se preocupar — digo firme.

— Não é muito seguro uma mulher tão bela como você ficar aqui sozinha — fala se aproximando — alguém pode querer abusar da péssima situação em que você se encontra nesse momento. — Mais dois passos.

Meu cérebro trabalha e me alerta do que pode acontecer aqui. O medo fica estampado na minha cara quando escuto o que ele acabou de falar. Me assusto quando escuto a porta do meu carro sendo fechada com força, e não fui eu quem fechou.

— Posso te fazer companhia até seu namorado chegar, é o Sales não é?

Não vou perguntar como ele sabe disso, muitas pessoas sabem do meu relacionamento, namorar um Sales dá nisso mesmo. Ainda não consegui me mexer e muito menos falar alguma coisa, tento ao máximo abrir minha boca sem deixar transparecer o medo que estou neste momento, mas quando consigo, falho miseravelmente.

— Nã… Não precisa.

— Vou ficar! — diz agora mais perto do que antes. Prendo minha respiração e meus braços ficam duros ao lado meu corpo. — Vou pedir uma coisa e você fará caladinha para mim — sinto seus dedos passando pelo meu rosto, engulo as lágrimas acumuladas em meus olhos. — Você vai entrar nesse carro, princesa, só basta fazer isso e o resto deixa comigo.

— Eu não vou a lugar nenhum! — Sou firme enquanto falo, mas todo o meu corpo está trêmulo.

— Não vamos dificultar agora, princesa — sinto sua mão grande descendo na lateral do meu corpo parando na minha bunda, dou um passo para o lado e ele logo estica o braço me prendendo contra o veículo. Deus, não. Suplico em silêncio. — Temos que ser rápidos aqui, então para de graça e entra! — Sua voz mostra o quanto está impaciente.

Para que diabos eu fui sair desse carro? Preciso ganhar tempo.

Olho para seu rosto mais uma vez, estou gravando seu rosto em minha memória, cada traço, cada ruga, eu jamais vou esquecer.

— Sai de perto de mim seu nojento — tento empurrá-lo para longe mas não tenho sucesso, sou joga contra o carro mais uma vez.

Isso não pode acontecer, isso não pode acontecer, droga! Tenho que chegar até meu filho.

Cadê você, Marcos.

— Vamos Maju, você não vai escapar, então facilita meu trabalho. —  Sua mão vai para atrás de mim querendo alcançar a maçaneta da porta, ao se inclinar consegui ver o carro que eu conheço muito bem.

Nesses segundos de distração, levanto meu joelho e só escuto o grunhido de dor, aproveito e empurro o sujeito me liberando daquele encurralamento, não percebo que corri até sentir uma dor nos meus joelhos quando ralo eles nos asfalto. Braços fortes me levantam depressa e me abraçam, todas as lágrimas que segurei foram liberadas na camisa cara de Marcos.

— Estou aqui, Júlia, estou aqui — me consola.

Escuto o barulho do carro em movimento.

— Marcos… ele ia… — soluço sem conseguir formular uma frase — se você não tivesse chegado — soluço.

O semblante de Marcos mudou quando escutou minhas palavras.

Ele pega o celular do bolso e digita rápido.

— Vem, consegui pegar a placa, vamos sair daqui.

Entro no carro de Marcos e ele logo dá partida.

— Cadê meu filho? — Pergunto já mais calma.

Olho para minhas mãos ainda trêmulas, o que acabou de acontecer?

— Mateus foi pegá-lo. — Sinto um tom de raiva em sua voz, mas sei que não é comigo. Seu celular começa a tocar.

– Alô? —  atende sem tirar os olhos da estrada. — Sim, já estou com ela — pausa — ok. Para você — me entrega o celular.

Pego o celular de imediato e quase derrubo o aparelho.

— Oi.

— Senhorita Maju, aqui é a Madeleine, professora de Caio. — Meu coração aperta ao escutar o nome de meu filho. — Esse senhor chamado Mateus que levar seu filho, posso liberar?

— Sim Madeleine, deixe meu filho ir com ele o mais rápido possível.

— Ok! — Desligo o telefone.

Escuto um suspiro alto ao meu lado, olho para meu namorado que acabou de parar no sinal, encosta a cabeça no banco e fecha os olhos por alguns segundos, em seguida vira o rosto em minha direção e abre seus olhos. Estende a mão e eu a seguro, aperta um pouco e leva até seus lábios, seu beijo sobre ela é tão suave que quase não os sinto em minha pele. A mesma mão desceu até minha coxa, mais um aperto.

— Logo você verá ele — diz com sua mão ainda no mesmo lugar. Ainda com seu celular em minha mão, vejo quando a mensagem de Marcelo chega avisando que já encontrou o carro, me concentro no calor que sinto em minha coxa, isso me distrai até o fim da viagem.

Marcos me leva de volta para o meu trabalho, quando entro na minha sala vejo meu filho rindo de algo que Mateus contou.

Quando chego perto vejo seus olhinhos vermelhos e inchados de chorar.

— Mamãe! — grita e corre para meus braços que estão abertos lhe esperando.

Aperto tanto seu corpo no meu que parecemos ser um só, beijos seus cabelos e sinto o gosto salgado quando minhas lágrimas escorrem até minha boca. Limpo antes que Caio veja.

— Meu filho, o que houve na escola? Por que você estava chorando?

Levo ele para minha sala e me sento com ele em meu colo. Seus tios nos acompanham, também estão preocupados com o sobrinho.

— Chamei o Scott para brincar comigo, ele não veio — são as primeiras palavras da história.

— E por isso você chorou? — falo calma, ou pelo menos tento passar isso para ele.

Ele balança a cabeça rápido e volta a falar:

— Depois chamei o Mat, o Liam, o Luke também, mas nenhum veio. — Não sei como reagir a essa confissão.

— Por que? — Marcos é quem pergunta enquanto ainda estou sem mover um músculo.

Eu posso imaginar o motivo, e eu acho que não vou aguentar ouvir isso da boca do meu filho.

— Ele disse que a mamãe dele falou para ele não brincar comigo, porque meu papai foi embora, abandonou nós e ele não se misturava com gente assim — o tom triste da sua voz tem a força para quebrar um coração, e não sabia que ainda podia quebrar mais até o ouvir as próximas palavras dele. — Disse que crianças sem pai não eram especiais e nem podiam ter amigos.

Sinto o alívio no meu colo quando alguém tira meu filho de mim, e eu nem consegui falar nada, por mais que eu quisesse consolá-lo, eu não saberia o que falar, até parecia que, quem precisava de consolo naquele momento era eu.

Marcos se agacha na minha frente e coloca cada uma de suas mãos em meus joelhos.

— Você ouviu o que meu filho acabou de falar?

— Ouvi sim, Caio já está abalado, pedi para Mateus tirar ele daqui porque sabia que você não ia segurar suas lágrimas, ele não podia te ver assim.

Me inclino para frente até minha testa encostar no ombro de Marcos e choro, choro por não saber o que fazer, choro por esse sentimento de falha dentro de mim, tento procurar em minha mente onde falhei com meu filho. Choro por ter sido quase violentada mais cedo, choro por ser tão fraca, eu choro por tudo.

Os braços fortes de Marcos me apertam calorosamente, não diz nada, só me deixa colocar tudo para fora, mostrando que eu não estou sozinha.

Quando volto para casa converso com meu filho, explico tudo da maneira mais calma e clara para que Caio tire da cabeça todas as baboseiras que falaram para ele. Depois de um bom banho e uma sopa que preparei, ele dormiu na minha cama.

Logo em seguida eu fui tirar toda aquela carga que eu sentia sobre meu corpo, lavei bem minha pele para não lembrar das mãos imundas daquele babaca em mim. Saí do banheiro mais leve, quase renovada, mas é só olhar para meu bebê que toda a onda de sentimentos inúteis tomarem conta do meu coração.

Passo pela cama indo em direção a porta, Marcos está na sala desde que chegamos, ele parecia estar com raiva o dia todo. Não sei o motivo e nem me esforcei em tentar descobrir, tudo o que aconteceu me deixou bem abalada.

No meio da escada consigo vê-lo sentado no sofá com a cabeça para trás encostada na parte de apoio do sofá de olhos fechados. Inspiro e expiro sugando forças do ar para poder enfrentar mais um assunto e encerrar minha noite.

— Oi? — Sentei ao seu lado bem próxima, quero sentir o calor do seu corpo, quero seus braços ao meu redor.

Sem abrir seus olhos e sem se mexer me puxa para um abraço.

Como eu amo estar aqui.

— Caio dormiu?

— Dormiu sim — falo baixinho me aconchegando em seu corpo, mas me lembro do que vim resolver. — Marcos, o que está te incomodando? Está com raiva de mim?

Rapidamente estou de frente encarando os olhos azuis mais lindos que vi em toda a minha vida.

— Você passou a maior barra hoje pela manhã, seu filho está passando por uma situação péssima na escola e você acha que eu estou com raiva de você, Júlia? — Pergunta mas parece que não está magoado com minha paranóia. — Eu estou com raiva daquele vagabundo que te assustou hoje, aquele covarde que correu quando me viu, em momento algum senti raiva de você.

Respiro aliviada.

— Eu vi como você ficou o dia todo, desculpa. É que com tudo isso não tivemos tempo para conversar.

Me puxa para outro abraço. Estou exausta.

— Marcelo encontrou o carro abandonado, não temos pistas de quem seja o cara que tentou te…

Coloco meu dedo em seus lábios lhe silenciando.

— Vamos esquecer isso, por favor — peço.

— Impossível — levanto o rosto para olhá-lo. — Por hora, vamos esquecer por hora.

Sorrio e beijo seus lábios suavemente, mas fico presa por duas mãos em meus cabelos e sou invadida pela deliciosa língua do Marcos em minha boca.

Quantas saudades estava sentindo desses lábios. Depois que cessamos o beijo, lembro do meu carro.

— Onde está meu carro?

Antes de responder Marcos suspira muito alto e joga a cabeça para trás de novo.

— A equipe do Ben buscou ele mais cedo, está na oficina.

— Isso é bom, não? — Pergunto confusa.

— Júlia, seu carro foi sabotado. 

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