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CAPÍTULO 31

Quando chego em casa corro para o meu escritório para revisar e assinar vários papéis. Mas foi difícil me concentrar, aquele maldito quadro não sai da minha cabeça. 

Preciso resolver isso.

Tomo um banho rápido e procuro um nome não muito agradável nos contatos, ele nunca saiu daqui. 

Ela atende no segundo toque.

Juro que não esperava essa ligação. — Pelo tom da sua voz percebo que está sorrindo.

— Natália? Você pode vir aqui em casa agora? — vou logo ao ponto, sem arrodeios.

É claro que vou, meu amor! — Sua voz fica mais animada.

Desligo, já me arrependendo de tê-la chamado para cá, mas ir lá seria mais perda de tempo e eu quero logo acabar com isso e ir ver Júlia.

Tento me acalmar, receber Natália aqui requer muita paciência, e sua cota de paciência comigo já se esgotou a muito tempo.

Amei aquela mulher por tanto tempo e ela quase acabou com minha vida, não sinto mágoa dela, muito menos raiva. Eu tentei tirar dessa história as melhores coisas, amar a mim mesmo por exemplo, dá ouvidos às pessoas que me amam de verdade. Minha família.

E agora tem a Júlia, que me pegou de um jeito único, forte e intenso. E ainda me trouxe um presente lindo, Caio.

Saio dos meus pensamentos quando a porta da minha casa foi aberta. Natália não mora muito longe daqui. Ela me devolveu as chaves da última vez que veio aqui, mas parece que ainda tem cópias, não esperava menos.

Não estou seguro nem na minha própria casa.

— Oi Marcos, estou aqui — se aproxima.

Estendo a mão e digo:

— Devolve minha chave!

Ela hesitou um pouco e não devolveu.

— Você me chamou aqui para isso? Pensei que tinha percebido o quanto aquela mulher é uma...

— A chave Natália! — Peço interrompendo seu insulto.

Ela devolve.

— Você sabia que pode ser presa? No máximo seis meses, mas já seria muita coisa para você. — Falo sério.

— Do que você está falando? — Se faz de desentendida.

— Vamos poupar nosso tempo, Natália, você acha que sou burro? Achou mesmo que eu não ia descobrir? — esbravejei já me alterando.

— Você vai me prender? — Seus olhos estão cheios de lágrimas, ela acha que vou cair nessa.

— Primeiro que não sou policial, segundo, que quem deve dar queixa é a Júlia.

— E por que ela já não foi? — Fico calado e um sorriso surge no seu rosto. — Ela não deu queixa porque não sabe que fui eu. Você não contou para sua namoradinha, Marcos? Que coisa feia. — Seu sorriso me causa enjoo — ou está preocupado comigo?

— Eu tenho um motivo, e pode ter certeza que não envolve você, mas já estou mudando de idéia — sinto raiva de mim mesmo.

— Grande motivo, a ex namorada do maior socialite de Vermont, Marcos Sales e atualmente sócia da Sales Advocacia Natália Walker, é presa por destruir o quadro caríssimo da sua atual namorada, quadro que o próprio deu de presente no leilão beneficente. — ao terminar de falar e dá uma gargalhada sem ânimo.

— Ouvir isso de você me entristece, passamos tanto tempo juntos e você não me conhece. — Paro um pouco de falar tentando ficar calmo. — Acha mesmo que ligo para empresa, acha mesmo que eu ligo para a porra da empresa? — Minha tentativa de ficar calmo não deu certo. — Eu ainda não contei para a Júlia por conta da consideração que tenho pelo melhor amigo do meu pai, que não merece a filha que tem.

— Ei, não venha me ofender Marcos, você não me conhece — dispara.

— Nisso eu tenho que concordar. — Tento reconhecer essa mulher na minha frente mas não dá. — Você irá pagar o prejuízo! — Ela concorda fácil demais.

— Ok, qual é mesmo o valor? — Pergunta.

— Cinquenta mil. — Após escutar o preço do quadro, Natália arregala os olhos surpresa.

— Você deu um quadro de cinquenta mil para uma desconhecida? 

— Ela não é uma desconhecida, é minha namorada! Eu dei e daria de novo se for preciso.  

— Você nunca me deu algo desse valor. — Ela abaixa a cabeça. Ela tá chorando?

— Dei Natália, eu te dei mais do que cinquenta mil, te dei coisas que o dinheiro não compra. E o que você fez? Jogou fora como se não fosse nada, ao contrário de Júlia. — Paro um pouco e vejo que não vale a pena entrar nesse assunto que já ficou no passado. — Não sei porque pensei em comparar vocês, isso é um desrespeito a Júlia, agora vai embora.

— Você não tem medo que eu saia daqui direto para a casa da sua mulherzinha e conte tudo?

— Claro que não — Natália cruza os braços, seu movimento faz seus seios ficarem quase fora do vestido minúsculo que ela está usando.

Ela está tentando chamar minha atenção?

Sustento meu olhar no seu, nem que ela estivesse nua em minha frente chamaria minha atenção.

— E por que não? — Sua pergunta me faz rir.

— Pelo simples fato desse seu medo de ser presa. — Ela começa a se aproximar e vejo que vai querer jogar sujo, estico meu braço fazendo-a para alguns centímetros de mim. — Dito isso querida Natália, dê o fora daqui, e um aviso, saia da minha vida e da vida de Júlia, eu estou deixando passar dessa vez, mas na próxima não deixarei assim.

Ela me encara um pouco, agacha para pegar a bolsa que eu não tinha visto em cima do sofá, caminha até onde estou e para bem próximo de mim.

— Foram cinco anos, Marcos, cinco anos ao meu lado, acha que essa paixão que está sentindo por essa mulher irá me fazer desistir de você? Não, não vai. — Abre mais um sorriso e chega o mais perto que consegue, seu perfume chega a minhas narinas. — É só paixão, isso dura mais pouco do que vocês dois imaginam, estarei te esperando quando isso acabar, meu amor.

Fico parado tentando entender o que passa na cabeça dessa mulher até me despertar com o barulho da porta batendo.

Passo a mão pelos cabelos e penso na merda que estou fazendo, preciso contar para Júlia, talvez ela não queira justiça, apesar de ter todo o direito.

Quando estava saindo, chegou uma mensagem de Marcelo avisando que sua esposa encontrou o artista que pintou o quadro que eu dei para Júlia.

Marcos: Peça que ele faça outro igual o primeiro, pague o valor que ele quiser.

Quando estou chegando na casa de Júlia vejo um carro que não é o dela encostado. Paro de imediato e saio para ver de quem se trata o dono. Olho para o carro do meu segurança que fica a alguns metros do meu, não pretendo mais deixar os dois sem segurança aqui.

Olho direito e vejo ela conversando com o ex-marido.

Uma raiva surge pelo meu corpo, ele está tão perto, sei que Júlia jamais me trairia, não tenho medo disso, mas sei o que é ser rejeitado, ser mandado para escanteio e não é bom. É algo que não consigo evitar, a sensação me invade de uma forma que nunca espero.

Vejo ela falando algo e ele concordando, não dá tempo eu ficar mais bravo porque escuto a voz de Caio.

— Tio Marcos! — Ver aquele garotinho que está se tornando o meu mundo correndo em minha direção faz toda a minha raiva e insegurança sumir por um momento.

— Oi, garotão — pego ele no colo. — Você já é um rapaz para ficar nos braços — brinquei.

— Titio, olha o meu papai — aponta para Carlos.

— Eu conheço seu pai filho — vou na direção da casa e passo por ele e Júlia sem dar sequer boa noite.

Caio vai para o chão e pega seus brinquedos novos, fica me mostrando todos com entusiasmo e eu dou toda a atenção enquanto Júlia conversa com o ex.

Ela volta e fala com o filho, mas antes vem dar um beijo em mim. A sensação de desconforto volta e penso no que senti assim que cheguei aqui, ciúme, eu estou sentindo a porra do ciúme. 

Eu sou besta em achar que Júlia ainda quer algo com Carlos, preciso sair daqui por uns minutos, tenho que pensar.

— Preciso fazer umas ligações, te espero lá em cima — beijo os cabelos de Caio e desejo boa noite.

Passou-se quase uma hora e Maju entrou de fininho no quarto e foi para o banheiro, logo escutei o barulho do chuveiro ligado. 

Eu estava deitado, a luz estava apagada, aproveitei esse tempo para pensar no meu pequeno ataque de ciúmes. Eu nunca fui assim, nunca senti ciúmes de ninguém.

O que me faz concluir o quanto Júlia está mexendo comigo e com minha vida, eu sabia que iria encontrar alguém um dia, alguém por quem eu iria me apaixonar, que eu iria gostar, mas jamais imaginei amar outra mulher, meu passado me dizia que não valia mais a pena viver o que eu queria viver com Natália. Mas de repente Júlia apareceu na minha vida e deu uma tapa no meu passado, e me libertou, me dando uma saída. Então eu me entreguei, de forma que nunca me entreguei antes, mas uma vez voltei a sentir essa alegria. Hoje a solidão não faz parte do meu dia, deu espaço para a saudade que sinto quando não estou perto do seu corpo, seu perfume já está espalhado no meu ser, é só sentir que a paz prevalece, não adianta eu colocar defeito onde não há.

Júlia saiu do banheiro e foi se vestir, depois veio para debaixo da coberta e eu a puxo para perto de mim, com vontade de beijar sua boca e nunca mais parar, sentir o gosto que já estou tão familiarizado, meu gosto preferido.

Júlia é minha pessoa preferida!

— Pensei que estava dormindo — diz baixo e se acomoda em meu peito nu.

— Estava esperando você. 

— O que você tem? Está estra… — beijo sua boca interrompendo seu argumento, colo seu corpo ainda mais no meu e mato a saudade que estava sentindo dela. Era saudades ou resquício do ciúme? Eu estava tocando em Júlia porque queria ter certeza que ela era minha? Isso só estava me deixando ainda mais apreensivo. Depois que separei nossas bocas ela levanta o rosto, e consigo ver sua beleza pelo claro de fora que está entrando pela janela. — Não pense que esse beijo vai fazer você escapar, está assim por causa do Carlos?

— Por que você acha que tem a ver com ele? — Tentei agir de forma normal mas minha voz me entregou, não consegui fingir.

— Só um palpite — tocando meu rosto ela pergunta: — Você está com medo de eu voltar para ele? 

— Foi só um pensamento de momento, desculpa — quando vi que ela não ia dizer nada continuei falando, sob seu olhar — desculpa se eu tenho medo de você voltar para ele, é que vocês construíram uma longa história, ele viveu com você quase a metade da sua vida e... E tem o Caio — descarreguei. 

— Olha Marcos, Carlos me proporcionou momentos maravilhosos, me apresentou o amor mais verdadeiro desse mundo que é ser mãe — me revirei um pouco sem gostar do rumo dessa história. — Mas me proporcionou os piores momentos também, e eu não vou voltar para ele, sabe por quê? — Levanta o corpo para ficar cara a cara comigo.

— Por que? — Pergunto passando meus braços ao seu redor e trazendo para mais perto.

— Porque eu tenho você, você conseguiu juntar os cacos do meu coração e colou um a um, aceitou meu filho com todo amor e carinho, e eu não quero mais nada. Tudo o que eu preciso está aqui debaixo do meu teto.

Sua confissão vai direto para o meu coração que se acalma ao ouvir o que saiu pela boca da mulher por quem eu tanto amo. Meu mundo está aqui, e farei o possível e o impossível por ela, farei tudo, basta ela pedir.

— Vocês também são tudo que eu preciso. — Confesso.

Júlia sobe para cima de mim e me beija ferozmente. Eu me agarro em seu corpo perfeito, perfeito para mim. Ela me faz sentir um desejo inexplicável, uma paixão feroz, um amor tão puro. Coisas que eu não sabia que podíamos sentir por outra pessoa, não dá para comparar com nada que já senti por alguém um dia. 

Eu amo essa mulher.

Inverto a posição, Júlia sorri entre o beijo e passa suas pernas em volta do meu corpo, me prendendo ao seu.

— O que você está fazendo comigo, Júlia? — Pergunto baixinho em seu ouvido. Ela deixa escapar um gemido e isso me faz rir. — Eu quero isso todos os dias, quero você todos os dias meu amor.

— Você já me tem o tempo que quiser, Marcos.

Mais uma vez fico enfeitiçado com suas palavras, seria o momento certo para entrarmos no assunto dela ir morar comigo, mas isso pode ficar para outro momento, agora só quero amar minha mulher.

Júlia se livrou de toda a roupa e eu faço o mesmo, eu estou fodido com essa mulher. E eu nunca vou me cansar disso.

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