CAPÍTULO 27
— Gosto, Marcos, gosto muito. — Ele me puxa e começa um beijo feroz, me agarra com tanta pressa, sem me dar chances alguma de escapar.
Levo minhas mãos trêmulas ao seu cabelo, ele deve perceber porque para de me beijar e volta a me olhar.
— Você parece nervosa — diz alisando a lateral do meu rosto.
— Deve ser porque eu estou — sorri ansiosa.
Ele me solta e vai até onde seu celular está e coloca uma música.
— A música sempre nos faz relaxar — se aproxima. — Vem cá. — Me chama com a mão estendida.
Coloco minha mão sobre a sua e ele me puxa para uma dança, sigo seus passos curtos. Deito minha cabeça em seu peito e escuto seu coração, está tão acelerado como o meu, acho que nós dois precisamos dessa dança.
Levanto meu rosto e vejo o azul escuro que se encontra em suas pupilas, azul que ainda não tinha visto em seu olhar. Desejo, era o que seus olhos gritavam para mim, minha boca ficou seca, meu coração disparou, e meu corpo todo se acendeu. Uma ligação muito forte nos prendia um ao outro. Marcos é o cara mais incrível que eu conheço, desde o primeiro momento em que pus meus olhos nele, dando aquela atenção ao meu filho, soube que nada se acabaria ali, e hoje ele se mostra ser muito mais carinhoso e bondoso com Caio, e para mim, isso é tudo.
E como seria se ele partisse também? O que seria de mim e do Caio? Mas isso não pode acontecer, farei de tudo mostrando todo o meu amor por ele para que assim, Marcos permaneça ao meu lado e ao lado do meu filho.
Eu amo esse homem que está diante de mim, esse homem que faz meu corpo arrepiar só com um pequeno toque. Tão paciente, tão lindo, muito lindo na verdade.
Ele gira meu corpo e se agarra mais ainda quando volto pro seus braços, como se fossemos um só. Deslizo meus dedos por suas costas nuas, Marcos me encara de um jeito suave, tranquilo, paro meus pés e ele faz o mesmo sem abandonar meus olhos.
Ponho minhas mãos em seu peito e encosto meus lábios no seus. Marcos dá passagem para minha língua e corresponde o beijo que foi ficando mais intenso, mais íntimo.
Saboreio seu gosto, agora misturado com vinho, essa parece ser sua marca, amo beijá-lo com gosto de uva. Minhas mãos deslizam para suas costas macias, como se fosse possível, tento puxá-lo para mais perto de mim. Meu corpo acende quando suas mãos descem para minha bunda onde sinto um aperto, sem eu ter controle algum deixo escapar um gemido da minha boca, Marcos entendeu aquilo como um sinal para continuar.
Ele desceu suas mãos até a dobra dos meus joelhos me pegando em seu colo como se não pesasse nada, e me levou até a cama, gentilmente me deitou sobre ela. Suas mãos quentes passeavam pelo meu corpo, conhecendo cada parte, logo ele acrescenta sua boca as mãos me fazendo revirar os olhos. O desejo tomou conta de mim, me enlouquecendo aos poucos, não havia mais sinal de nervosismo, era como se eu estivesse entregue nesse quarto. Meus pensamentos se desfazem pelos meus lábios, eu pedia que ele não parasse, para que ele não parasse nunca.
Ele parou em um momento para me olhar e seus olhos estavam escurecidos de desejo. E eu não estava diferente dele. Ficou me olhando como se estivesse pedindo permissão.
— Marcos — sussurro.
Trago-o de volta para perto da minha boca e o beijo, lhe dando toda a permissão do mundo. Seus beijos eram como fogo sendo injetado em minhas veias.
Eu o queria, não posso mais fugir, e nem quero!
Marcos segurou a barra da blusa e levantou passando pela minha cabeça, me deixando totalmente exposta, só uma pequena calcinha cobria minha pele. Uma vontade imensa de cobrir meu corpo surgiu, como se Marcos ouvisse meus pensamentos agarrou meus pulsos e os prenderam com uma de suas mãos em cima da minha cabeça.
Os olhos dele estavam escuros de uma fúria momentânea, isso quase me fez encolher novamente. Mas aquele sentimento foi passageiro, Marcos me olhou com uma ternura e sorriu de lado, seus olhos percorreram meu corpo inteiro com uma atenção e atração absurda e aquilo me acendeu ainda mais, eu sentia minhas bochechas arderem.
— Ah, Júlia, não se esconda de mim, deixe que eu veja o quão bela você é.
Ele se debruçou, forçando ainda mais seus músculos e meus pulsos que estavam atados por ele, me fazendo soltar um gemido. Se aproximando do meu ouvido ele chupou meu lóbulo e soltou com sua voz quente e grave:
— Você é gostosa demais, não se envergonhe de mim. Nunca mais!
Nossos olhos se encontraram de novo, e aquele olhar novamente estava ali, pegando fogo e me incendiando também. Sem que eu conseguisse absorver suas palavras ele atacou minha boca como se fosse nosso primeiro beijo, depois de alguns minutos desceu os beijos para meu pescoço tomando fôlego. Meu quadril tomando vontade própria levantava enroscando no dele, eu queria mais, eu precisava de mais.
— Tão linda… — Murmurou arrepiando todo o meu corpo novamente.
Qualquer movimento dele me deixava cada vez mais encantada e mais apaixonada. Ele desceu os beijos pelo meu corpo e parou na cicatriz da minha cirurgia, beijou a própria e também poucas estrias que ficaram lá, sentir seus lábios em um lugar sensível me fez falar seu nome cheia de desejo.
Ele voltou a olhar pra mim, seu sorriso era encantador, suas mãos foram para as laterais de minha calcinha e logo se livrou dela.
— Você tem certeza disso? Podemos parar, mesmo eu não querendo. — Um sorriso escapou de meus lábios depois de sua confissão.
— Tenho, quero tanto quanto você. — Minha voz quase falhou.
— Você não sabe o quanto eu espero por isso — ele fala e pega algo na gaveta de um pequeno móvel que tem ao lado da cama.
Ele se livra da única roupa que usa e põe o preservativo.
Ele me preenche tão lentamente que chegou a ser torturante, mas logo muda o ritmo, ainda um pouco lento, mas enlouquecedor. Suas mãos me apertavam com força, eu sei que ele estava se controlando, e eu o amo por isso.
Eu não acredito que demorei tanto a ter esse homem dentro de mim, eu estou maravilhada com tudo que ele está me fazendo sentir.
Sinto suas mãos envolvendo as minhas, enterra seu rosto em meu pescoço abafando seus gemidos, o que me deixava mais louca, ouvir Marcos gemendo era a coisa mais sexy que já presenciei, se tornou meu som preferido.
Marcos não teve pressa, era nossa primeira vez, temos todo o tempo do mundo para experimentar coisas novas, mas naquele momento só nossos sussurros de prazer era o que mais nos prendiam.
E assim, fizemos amor ao som de One And Only de Adele.
Estou deitada sobre o peito de Marcos e não falei nada depois que chegamos ao nosso objetivo, isso aí, chegamos.
Marcos me fez sentir um prazer que jamais outro homem me fez sentir, eu nunca tinha sentido algo igual, o sexo não foi bom só para ele, foi para nós dois – pelo menos eu acho que foi. Demorei um pouco até minha respiração regular e raciocinar o quanto aquilo foi bom.
E essa dúvida não saía da minha cabeça, será que foi bom para ele também?
Por isso estou tão quieta, esperando ele falar primeiro, estou tentando não deixar as paranóias e o medo me atingirem, e acabei cedendo.
— Por que demoramos tanto a fazer isso, hein?
Marcos sorriu e me apertou mais em seus braços.
— Porque a minha mulher não estava preparada, preparada não, não se sentia segura — a forma como se referiu a mim com sua mulher mexeu com tudo dentro de mim, principalmente com meu coração que dispara da maneira mais forte possível. — O que achou?
Levantei minha cabeça para encará-lo.
— O que eu achei? Foi muito melhor do que eu imaginava.
Marcos me girou com agilidade ficando por cima de mim.
— Foi? — Faço que sim depois de beijar seu rosto.
— Mas e você? O que achou? — Pergunto com um pouquinho de medo.
— Eu gostei, gostei muito e quero isso todo dia — levanto uma sobrancelha ainda na dúvida e ele diz: — estou falando sério, das duas coisas.
Não sabia o quanto era aliviante e bom ouvir isso, até ouvir.
— Eu acho que você deveria parar com isso de ter vergonha do seu corpo. — Marcos voltou a falar — você é gostosa pra caralho, já te falei isso né.
Cobri meu rosto com as duas mãos. Com certeza estava corado.
— Eu não estou acostumada com elogios. — Digo ainda com as mãos no rosto.
— Como não? — Ele fala retirando minhas mãos do rosto, e fica pensando um pouco. Quando parece ter se tocado do que eu me referi ele voltou a falar: — O traste do seu ex-marido não soube tratar você da maneira certa. — concordo. — Vou recompensar todo esse tempo perdido — diz distribuindo beijos no meu rosto e no meu pescoço.
Me remexo embaixo dele chamando sua atenção.
— Segundo round, Maria Júlia? — Pergunta com um sorriso malicioso.
Sorrio concordando.
— Não vou me controlar dessa vez.
— Eu não quero que você se controle.
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