Oioi amores! Tentei e consegui. Ai está o capitulo no prazo. Não consegui publicar ontem, mas como eu tinha dito até sábado, ainda tá valendo. Aproveitem !

-----------Capítulo 5------------

...

Após pegar minha bolsa e me recompor, voltei ao térreo e encontrei meus amigos, torcendo para que eles não percebessem nada.

— Finalmente! Demorou tanto por quê? —Reclamou Lizzie.

— E-eu...O elevador... —Gaguejei um pouco por não saber o que responder, mas Lizzie me interrompeu.

— Aff...Deixa pra lá. —Revirou os olhos impaciente e me deu as costas, ela estava brava pela minha demora. — Vem o Matt já conseguiu outro táxi!

Entramos no carro amarelo e seguimos até a boate. Dançamos a noite inteira, Matt às vezes tinha que bancar o guarda-costas, era até engraçado.

~*~

A semana seguinte correu bem, terminamos os projetos e fizemos apresentações. Sem boate dessa vez.

Já era sexta-feira novamente. Lizzie e eu estamos organizando uma noite das garotas desde o início da semana. Eu prepararia alguns lanchinhos e ela levaria algo para bebermos. A loira disse que tinha muito a me dizer, mal sabia eu que também teria sobre o decorrer daquele dia...

Cheguei à empresa no mesmo horário de sempre. Dessa vez não vi minha amiga na recepção, provavelmente estava resolvendo algo e em seu lugar havia uma ruiva que ao me ver chamou-me com um aceno de mão, era Tassie a supervisora fofoqueira da Lizzie.

— Bom dia, Jullie!

— Bom dia, Tassie! —Sorri para a mesma que olhou algo em sua tela de computador.

— O senhor Edwards está te esperando na sala dele, disse que deveria ir lá assim que chegasse.

— Obrigada. —Assenti com a cabeça e fui até o elevador, que me trazia muitas lembranças vividas da semana passada toda vez que me encontrava sozinha no espaço. – E lá se vai meu café antes de me encher de projetos...

Assim que adentrei meu setor, deixei minha bolsa na mesa e peguei uma caderneta para anotar algo que possivelmente meu chefe pediria.

Antes que eu vá, meu querido amigo bagunceiro me olha e vira sua cadeira em minha direção.

— Bom dia pra você também senhora educação em pessoa. —Disse sarcasticamente, arrancando-me um sorriso fácil.

— Bom dia bobão. —Olhei dele para uma pasta azul que tinha em meio a sua bagunça. — Eu vou ver o que o Nathan quer e quando eu voltar, não quero nenhuma bagunça na sua mesa para começarmos logo isso aí. —Apontei para a pasta e dei as costas ao mesmo, ainda tendo tempo de ouvi-lo resmungar:

— Tá bom mãe...

Caminhei até a sala do gerente Don Juan, antes de entrar bati na porta três vezes, assim recebendo permissão para adentrar ali. Ao entrar, encontrei o loiro de pé atrás de sua mesa me encarando e logo percebi um homem de costas, cujo cabelo avermelhado me fez reconhecê-lo.

— Bom dia senhores. —Fechei a porta atrás de mim e fui respondida pelos dois homens que agora tomavam seus assentos e me convidavam a fazer o mesmo. Sentei em uma cadeira ao lado do Marcus, de frente para Nathan.

— Você deve estar se perguntando o motivo de te chamar na companhia do senhor Litt. —Nathan adotou uma postura relaxada em sua poltrona de couro enquanto girava seu elegante anel.

— Bom, imagino que seja para estar ciente de algum novo projeto importante? —Falei no intuito de ganhar tempo para analisar a última semana e descobrir se havia feito algo errado nos últimos dias. Ah, Deus! Não seja aquilo, não seja aquilo...

— Não é isso senhorita Miller. —Marcus com toda sua amistosidade me olhou nos olhos, talvez tenha percebido meu desespero interno, que tanto lutei para esconder ao lembrar da noite do elevador e esteja tentando acalmar-me. — Estamos aqui para lhe informar a sua nova...

— Vamos direto ao ponto Marcus. –O loiro interrompeu o superior deixando-o um pouco incomodado, aparentemente. Acho que esses dois nunca se deram bem, apenas mantêm as aparências.

— Você foi designada a um novo posto na empresa e de agora em diante será a secretária e assessora do senhor Tyler Richards. —Marcus informou-me com toda a serenidade do mundo. — Parabéns! —Sorriu parabenizando-me enquanto eu ainda assimilava a informação. — Seu salário será alocado juntamente com seu novo espaço de trabalho, de acordo com sua nova função.

— Eu só não entendi uma coisa com relação a isso. —Na verdade não entendi nada, mas esse é um mero detalhe.

— Pode perguntar e se estiver ao meu alcance ou do senhor Edwards, nós responderemos. —O ruivo em sua habitual gentileza, afirmou ao se levantar.

— Por que eu? Acredito que sempre fiz meu trabalho conforme os requisitos da corporação. —Me levantei também segurando firme minha caderneta. Aposto que o ponto de interrogação era visível em minha face. — E não pedi uma realocação, essa nem é a minha área de atuação.

— Bom, as ordens vieram de cima, então... —Nathan se pronunciou. — Não sabemos o motivo, mas lhe garanto que não há nada de errado com seu rendimento e asseguro que sempre realizou as propostas com perfeição. —Tranquilizou-me com um sorriso no rosto.

— Obrigada. —Sorri fraco, um pouco desconcertada com o elogio, embora um pouco aliviada.

— Era isso que tínhamos para lhe dizer, agora se me dão licença eu tenho que ir. —Marcus focou na tela de seu celular e começou a digitar algo, mas antes de sair avisou: — Você começa segunda-feira. Por hoje, trate de organizar suas coisas. —Sem mais nada a acrescentar, o homem de olhos cor de esmeralda saiu da sala, deixando-me as sós com o caçador.

O gerente levantou elegante como sempre e caminhou em minha direção vagarosamente enquanto me observava. Parou apenas quando estava diante de mim, com seus olhos fixados nos meus.

Aproveitando a proximidade, atentei-me aos detalhes que havia notado no homem desconhecido na noite em que quase me deixei levar em um elevador.

Eu passei a desconfiar de Nathan no começo por conta de sua fama e por sempre insistir em mim, hoje eu teria minha oportunidade de acabar com a incerteza.

Barba desenhada: confere. Mais alto que eu: confere. Forte: confere. Elegante: confere. Sedutor: confere.

Mas três coisas não batiam: a voz, o perfume — aquele maldito perfume que me atormenta desde então — e a reação do meu corpo.

Não há nada de errado com a aparência do Nathan, na verdade ele é um deus grego e eu certamente iria querer algo, não fosse o seu histórico com mulheres...

— Você está me ouvindo Jullie?

E foram essas as palavras que me tiraram de meu devaneio que se tornou frequente, toda vez que começo a pensar naquele cara, lá se vai toda minha concentração...

— Aham...claro. —Falei torcendo para que ele acreditasse.

— Ótimo! Pode ir. —Abriu a porta para mim, que a poucos minutos atrás foi fechada por Mark. — Não se esqueça você sempre foi muito importante para a equipe. —Me deu uma piscadela acompanhada por um sorriso que me deixou um pouco confusa quanto à intenção do gesto. — E Jullie...Tenha um maravilhoso dia. — Naquele instante eu já saía do escritório perdida por conta da nova função e com isso, eu com certeza não sabia mais nem que dia era.

— Obrigada e igualmente. —Apenas sorri educadamente e me dirigi para minha mesa, melhor dizendo, minha mesa por hoje.

Joguei o corpo na cadeira, ainda tentando coordenar meus pensamentos. Matt me atacou com perguntas, respondi todas e fiz o melhor para explicar o que havia acontecido. Quem sabe ele entendesse e me explicasse?

— Wow!

— Pois é... —Suspirei com o olhar perdido na tela de meu computador enquanto meu amigo se mostrava animado ao meu lado.

— Você tem noção de tudo isso? Quero dizer, você vai conhecer o chefão, trabalhar no último andar. Aposto que lá é de mármore branco, tem portas de ouro, deve parecer um palácio... —Acho que parei de ouvir depois que ele disse "conhecer o chefão", afinal sempre me perguntei quem seria o homem por trás desse grande império. — Uma cobra me picou, sabia?

— Que legal! —Falei para irritá-lo, já que eu havia escutado o que ele disse, mas ele não sabia disso e eu podia me divertir com a cara dele.

O moreno cruzou os braços, parecia indignado por eu não ter escutado suas balelas ou ter dado corda a sua imaginação.

— Não ouviu nada né?

— Claro que ouvi seu bobo, só queria ver sua cara de idiota mesmo... Ah, espera. Eu já vejo todo dia. —Sorri ao pronunciar essas palavras e ele tentou reprimir um riso, mas falhou.

— Só não te ignoro porque gosto de você e hoje é nosso último dia trabalhando juntos. —Virou e voltou a se concentrar no que fazia antes.

— Wont! Que bonitinho. Eu sei que lá no fundinho você me ama, eu também gosto de você bobão... —Estava prestes a apertar sua bochecha, quando ele segurou meu pulso.

— Só queria dizer que você vai pagar meu almoço hoje por ter me chamado de idiota e ter me feito de bobo, de qualquer forma vai ganhar um aumento mesmo. —Virou a cabeça como uma garota metida que bate o cabelo, nesse caso ele bateu o nada mesmo, mas foi bem engraçado.

— Tá bom, madame! —Ri dele e levantei os braços me rendendo.

***

Finalizamos nosso último projeto juntos poucas horas depois do almoço que, aliás, eu realmente paguei na lanchonete que sempre íamos.

Como havíamos terminado, Nathan nos permitiu sair mais cedo quando lhe entregamos o arquivo. Despedi-me de Matt e fui para casa, onde eu encontraria Lizzie, com quem conversei na recepção e disse que tinha um babado para contar a ela, deixando-a ansiosa e animada.

A noite das garotas foi longa e acompanhada de bebida, comida e muitas risadas. Conversamos sobre meu novo cargo e sobre um barman que tinha encantado minha amiga, mas na "hora H" foi decepcionante.

A loira foi embora por volta das 23h me deixando sozinha no labirinto dos meus pensamentos.

E assim terminou minha sexta-feira e último dia como criadora de projetos administrativos do setor de marketing...

--------Continue no próximo --------

ATENÇÃO! CAP PARCIALMENTE REVISADO!

Como no anterior eu não consegui revisar esse, se eu tivesse revisado talvez surgiriam ideias e assim bloqueios tbm. E como eu não queria me perder no meu roteiro, coloquei só o que planejei. Sim, capitulo curto mesmo....ou não foi tão curto?

Bjs!!