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Capítulo 2 - O Trote.


Victória Walker

"Baby I like your style...Grips on your legs. Front way, back way. You know that I don't play"

One Dance foi a primeira coisa que eu ouvi naquela manhã, era meu despertador maravilhoso me avisando que mais um dia estava começando. Resmunguei um pouco antes de me levantar e me arrumar para a volta ao trabalho. Por um momento eu esqueci que hoje minhas aulas começariam, e logo, minha animação para levantar havia voltado.

Vesti algo simples, afinal, não queria ir para a faculdade achando que estou em um desfile de moda. Peguei minha bolsa já com os matérias dentro e segui para a cozinha, onde peguei uma fruta e nada mais.

Fui até o quarto dos meus pais, os mesmo estavam dormindo, aproximei-me devagar e chamei por minha mãe, eu sempre me despedia dela antes de ir.

-Mãe...Estou indo. - Sussurrei.

Ela se remexeu um pouco na cama e soltou um resmungo sonolento.

-Tudo bem, bom trabalho e bons estudos. - Voltou ao seu precioso sono.

Ri baixinho e sai de casa. Peguei um ônibus e segui para o trabalho, eu gastava cerca de quarenta minutos da minha residência até o jornal, onde trabalho.

Ao chegar no mesmo fiz as mesmas coisas monótonas de um dia exaustivo de expediente, estava ansiosa demais para começar os estudos e por isso, o dia pareceu passar cada vez mais devagar.

-E então?! Animada para o primeiro dia? - Leah, uma amiga do meu trabalho perguntou.

-Sim, muito. - Disse sincera.

-Quero ver você me dizer isso daqui duas semanas, você vai ficar um bagasso. - Riu divertida.

Leah fazia Recursos Humanos no mesmo lugar que eu faria Direito, ela era o tipo de pessoa divertida e sincera que todos deveriam ter por perto, foi por causa dela que eu criei vergonha na cara e decidi correr atrás do meu futuro.

(...)

A faculdade ficava a menos de dez minutos de onde estávamos e agora estamos passando por um atalho bastante convencional para as pessoas que queriam evitar o trecho perigoso que havia por ali.

Era pouco mais de seis e quinze da tarde quando chegamos ao lugar.

-Tudo bem, vamos lá, vou procurar sua sala com você. - Leah se prontificou e me puxou escada a cima.

O lugar era incrivelmente grande, e as pessoas ali em volta deixavam o ambiente ainda mais descontraído e divertido, eu já amava aquele lugar. Passamos pela cantina e seguimos por um corredor largo que ficava no segundo andar. Minha sala era a última à esquerda e como eu já podia suspeitar eu fui a primeira a chegar.

-Eu disse pra você que não tinha necessidade de vim tão cedo. - Minha amiga deu de ombros.

Revirei os olhos mas com um sorriso no rosto.

-Obrigada por ter vindo me acompanhar, Leah. - Agradeci.

-Precisa que eu fique com você?! Ou vai ficar bem aqui, sozinha? - Ela perguntou com cautela.

-Está tudo okay, não se preocupe, ficarei bem. - Assegurei.

Leah assentiu e saiu me deixando sozinha em uma sala fria, devido ao ar condicionado, e silenciosa. Aproveitei o meu momento sozinha para dar uma conferida na grade colada no mural na parede lateral.

-Vamos ver...primeira aula...Psicologia Jurídica com a Sra. Elizie. - Disse em voz alta. - Parece interessante...segunda aula...Instituições Judiciárias e Ética com o Sr. King.

Ótimo, eu só teria aula com professores de idade avançada e que me fariam babar de sono durante toda a discussão.

Voltei para a minha carteira, que era a primeira da fila do meio e fiquei encarando o quadro branco em minha frente até que uma pessoa entrou na sala, uma garota na verdade, ela estava ofegante, parecia que tinha subido o morro da faculdade as pressas.

-Olá! - Eu disse com um sorriso. Precisava logo fazer amizades, e aquela era uma ótima oportunidade para isso.

-Olá! - Ela devolveu o sorriso simpático e sentou-se na cadeira ao meu lado. - Parece que fomos as primeiras a chegar.

-Sim, parece. - Ri baixinho.

-Sou Becky. - Ela se apresentou.

-Victória, mas pode me chamar de Vick. - Fiz o mesmo.

-Chegou aqui a muito tempo? - Perguntou.

-Não muito, estou aqui à vinte minutos. - Dei de ombros.

-Ah sim, bem Vick, parece que seremos amigas. - Disse animada.

-Vai ser ótimo ter uma amiga por aqui. - Animei-me também.

Becky e eu conversamos bastante, descobri que ela tinha vinte e três anos, apesar de aparentar ter dezessete como eu, e que tinha um namorado. Ela por sua vez, descobriu quase tudo sobre minha vida, principalmente a minha falta de sorte no amor.

Aos poucos as pessoas que compunham a nossa nova turma chegavam, tirando a minha voz e a voz de Becky, a sala permanecia em total silêncio. Não demorou muito para um rapaz moreno e debochado sentar-se ao lado da minha nova amiga, o mesmo, parecia um tanto quanto tímido, mas foi só colocarmos ele no assunto que a conversa deslanchou de vez.

-Eu me chamo Oliver e vocês? - Ele estava eufórico.

-Sou Vick e essa é a Becky. - Fiz as devidas apresentações.

-Prazer em conhecer vocês duas. – Oliver sorriu simpático.

Retribuímos no mesmo instante, parecia que eu tinha formado um novo trio de amigos. Que meus amigos do ensino médio não escutem isso.

Continuamos a conversa, só que agora focando mais sobre a vida de Oliver, o mesmo não morava na cidade e vinha todos os dias de carro estudar aqui, que coragem né?! Ele veio do interior e acha que aqui é o lugar certo para ele.

Mal percebemos a hora passar devido ao papo ser tão bom, só fomos de fato nos tocar que já eram 19h25min quando uma senhora devidamente elegante e serena entrou pela porta, a sala já estava em um silêncio total, e ela sorriu ao notar isso.

-Primeiro período tão quieto assim?! – Falou animada. – Garanto que no segundo o silêncio vai ser a última coisa que reinará nessa turma.

Rimos e voltamos a nos calar.

-Sou Elizie, e vou trabalhar com vocês Psicologia Jurídica, alguém sabe me dizer por alto o que entende por psicologia? – Ela andava pela sala.

-Seria a ciência que estuda os fenômenos mentais? – Um rapaz meio hippie arriscou.

-Exatamente... – Ela o olhou esperando que o mesmo se apresentasse.

-Louis, meu nome é Louis. – Ele respondeu com um sorriso tímido.

-Perfeita sua definição, Louis. – O parabenizou. – Agora vocês saberiam me dizer o motivo pela qual a psicologia se encaixa tão perfeitamente no âmbito do Direito?

Dessa vez ninguém se prontificou a falar. Eu até daria o meu palpite, mas eu sempre tive vergonha de participar das aulas e errar alguma coisa, não me julguem, sei que terei que perder este medo mais cedo ou mais tarde se eu quiser ser uma advogada de respeito.

-Ninguém? – Ela arriscou mais uma vez, e nada. – A Psicologia no Direito ajuda a compreender de maneira mais crítica um caso em questão. Vamos tomar como exemplo um assassinato, vocês na função de advogados, defenderão o réu, o mesmo dirá para vocês que ele estava fora de si quando cometeu o crime, e vai caber à vocês julgar os fatos e dizer se aquela afirmação é verídica ou não.

A matéria parecia ser bem interessante, eu não tinha dúvidas que iria me dar bem, pelo menos nessa.

-Agora vamos aprender a diferenciar neurose de psicose, alguém arrisca?! – Silêncio. E ela riu. – Tudo bem, neurose são "surtos" que temos no dia a dia, algo bastante "normal" por assim dizer. Já a psicose é um surto um pouco mais catastrófico, onde a pessoa perde totalmente a noção do que é real ou não. – Explicou.

A medida que ela ia falando eu ia anotando, queria absorver o máximo de informação possível para não precisar ter que estudar muito nos feriados e fins de semana, prezava muito as famosas oito horas de sono. A hora foi passando de forma rápida, nem percebi que a aula já tinha acabado e que agora estávamos no intervalo.

-Que aula foi aquela? Digo, foi maravilhosa. – Becky disse assim que pisamos do lado de fora da sala.

-Concordo, nunca gostei tanto de uma aula como gostei dessa, e olha que eu não dispensava uma aulinha de história. – Falei arrancando risos dos meus amigos.

-De fato foi ótima, contudo, todavia, e entretanto, ela comeu quatro minutos do nosso intervalo. – Oliver revirou os olhos.

-Ainda dá para comermos alguma coisa tranquilamente. – Dei de ombros.

Escolhemos uma mesa no cantinho do refeitório e por lá ficamos batendo papo.

-O que vocês acharam da nossa turma? – Mordisquei meu sanduíche.

-Até agora não vi nada demais, mas tem umas garotas que eu já não gostei. – Becky mexia em seu celular.

-Eu já acho que não vou me enturmar muito, ainda bem que tenho vocês. – Oliver revirou os olhos. – E você, Vick, já tem alguma opinião formada sobre a nossa sala?

-Acho que por agora vai ser tranquilo, afinal, ninguém conhece ninguém, mas daqui um tempo viveremos no inferno. – Dei de ombros.

-Credo, Vick. – Becky afastou o pensamento.

Ri nasalmente.

-Hora de voltar, 21hrs. – Levantei-me sendo seguida por meus amigos.

Entramos na sala e levamos um baita susto quando encontramos um cara de mais ou menos vinte e seis anos escrevendo algo no quadro. Tratamos de nos sentarmos e abrirmos o caderno. Metade de turma ainda não tinha retornado do intervalo, e o professor parecia não se importar.

-A turma é vazia assim mesmo ou está faltando gente? – Ele tirou sua atenção do quadro e virou-se para nós.

-A maioria ainda está no intervalo. – Respondi.

Ele assentiu e começou as devidas apresentações.

-Bem, como vocês viram na grade, sou o Sr. King e vou dar aula para vocês de Instituições Judiciárias e Ética. – Olhou para nós de um jeito frio. – E uma das coisas que eu não tolero nessa aula são atrasos, então tentem não chegarem tarde para a mesma, fui claro? – O tom foi ameaçador.

Merda! Iríamos sofrer na mão desse cara.

Ao acabar de falar suas regras, o tal Sr. King voltou-se novamente para o quadro escrevendo mais e mais matéria.

-É...King não é? – Soou uma voz lá do fundo.

Sr. King virou-se com cara de poucos amigos e assentiu como forma de dizer para o garoto continuar sua fala.

-Suas aulas serão assim mesmo?! Nada dinâmico, só essa coisa maçante?! – O menino questionou.

O que esse cara está fazendo?! Ele não tem medo de morrer, não?!

-Se não está satisfeito pode sair, ninguém está te obrigando a ficar aqui. – Ele foi grosso.

Porra!

O menino não pensou duas vezes antes de levantar a bunda da cadeira e ir de encontro ao centro da sala.

-Eu saio com o maior prazer, vou na sala da coordenadora agora. – Chutou o lixo.

Agora ele morria, tinha certeza.

Mas todas as minhas expectativas sumiram no momento em que eles começaram a rir, rir muito pra ser sincera.

-Galera, somos alunos do sétimo período, queríamos só fazer uma brincadeira e desejar as boas vindas a vocês. – O aparentemente falso Sr. King falou. – Meu nome é Toby e aquele é o verdadeiro Sr. King. – O tal Toby apontou para o homem na porta.

E devo dizer, meu Deus, que homem!

Ele estava com um sorriso divertido nos lábios e logo se posicionou ao lado de Toby.

-Gente, eu sou o verdadeiro Sr. King, na verdade me chamo Thomas King, e podem ficar tranquilos, não sou esse carrasco que Toby encenou aqui. – Ele disse simpático.

Já gostei dele.

Toby despediu-se da turma juntamente com seu cúmplice e saiu pela porta. A turma estava totalmente tensa ainda pela brincadeira.

-Então vamos trabalhar, temos muitas coisas para ver. – King deu uma olhada na turma e parou em mim.

Desde então eu sabia que minha vida não seria a mesma, não com esse professor na minha frente.

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Opa! O que estão achando? Sr. King é tão encantador assim?

Deixem seus votos e comentários, façam uma autora feliz!

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