Capítulo 24
Darwin
Subi as escadas rapidamente quando cheguei á republica.
Allie até pediu para eu ficar mais tempo por lá, mas eu precisava de um banho então permaneci a tarde inteira com ela e posso dizer que o foi o dia mais incrível da minha vida em anos.
Ela me contou sobre a sua vida em sua cidade. Em como se dedicou durante todo esse tempo para conquistar a Harvard, como nunca repetiu um ano, como fez as aulas on-line e mais um monte de coisas. Falou também de seus pais que mesmo sua mãe sendo um pouco controladora demais ela a ama e disse que seu pai é o seu melhor amigo. Escutamos músicas no quarto a tarde inteira e mesmo ela tendo uma playlist bastante complexa eu não reclamei ao contrario eu estava em paz pela primeira vez depois de tudo.
Jamais estive com uma pessoa como ela.
Allie Bliss.
É irônico pensar que ri de seu sobrenome quando soube, mas hoje vejo que não poderia ser diferente. Ela tem uma complexidade ao ver as coisas e isso é totalmente maravilhoso.
Gosto quando ela contorna meu rosto com as pontas dos dedos e como sorri quando está ao meu lado.
Eu gosto de estar ao lado dela.
Foi à segunda vez que adormecemos nos braços um do outro e posso dizer que é a segunda vez em que durmo tranquilamente, mas hoje foi a primeira vez que quis beijar alguém com intensidade, quis provar seu sabor e devorá-la por inteiro. Só de fechar os olhos lembro-me do seu corpo nu em minhas mãos e caralho que corpo ela tem.
Acho que ela não tem noção do quanto ela é sexy.
Eu poderia ter fodido ela no capô do carro quando a senti encharcada para mim, mas não fiz, pois sei o quão especial ela quer que seja se não a virgindade dela já estaria rompida á tempo.
Hoje em seu quarto enquanto seus dedos passeavam pelo meu corpo transmitindo uma sensação incrível eu soube que a queria. Quis ela desde o primeiro dia, mas não posso apressar as coisas, não com ela.
Ainda não estou pronto para ela.
Sei que os pensamentos tomaram conta da mente dela ao dizer que já estive com outras garotas mais experimentes, mas Allie é diferente delas. Nunca quis sentir uma boca na minha e sempre precisei me afundar por completo ao prazer para gozar e ela conseguiu fazer isso somente com a mão.
Seus seios são fartos e quase gozei na cueca quando os vi. Suas curvas são bem distribuídas em uma pele levemente bronzeada e eu precisava deixar uma marca, pois queria que ela se lembrasse desse momento sempre.
Os gemidos que saíram de sua boca são os sons mais lindos que já ouvi.
Me dediquei por completo para ela. Beijei seus clitóris sentindo ela molhadinha para mim enquanto a chupava precisava sentir mais dela então deslizei um dedo para dentro sentindo o quão quente ela é.
Sentindo-a envolver a carne quente e úmida envolta do meu dedo enquanto fazia pressão com a língua alcançando o seu ponto G, enquanto me desfazia contra seu corpo.
Allie mordeu os lábios no momento que repeti o movimento e puta que pariu ela não poderia ser mais sensual que aquilo, pois precisei me controlar ao fazê-la gozar em minha boca e dedo.
Meu pau estava mais duro que tudo ao lado dela e mal conseguia pensar. Queria penetrá-la com toda a vontade que tinha. Queria ouvi-la gritar meu nome e respirar com dificuldade enquanto ia mais fundo em sua boceta apertada.
Mas não fiz.
Não hoje.
Quero que Allie esteja completamente preparada e se sinta a vontade comigo, mesmo percebendo que hoje ela ficou bem à vontade ao meu lado não podia foder com ela.
Tomei um banho gelado ao ser consumido pelas lembranças da manhã de hoje e quando terminei me joguei na cama e encarei o teto.
Deixei um sorriso escapar de meus lábios quando lembrei do sorriso de Allie.
Sentei na beirada da cama e respirei fundo. Tinha algo em mim que parecia mais leve. Fui até meu guarda roupas e abri a porta do meio onde tinha meu violão escondido.
Passei a mão e vi o pó que havia acumulado com o tempo e me sentei na cama afiando-o.
Aprendi tocar violão quando tinha oito anos em uma aula de artes e me dediquei dia e noite a isso. Um dos namorados da minha mãe não gostava de me escutar tocar então quando ele ficou um tempo com nós eu sempre saia para tocar no lado de fora de casa.
Me sentava na grama e dedilhava notas aleatórias.
Fechei meus olhos ao sentir a música começar criar vida em meus dedos novamente e senti uma leveza em minha alma.
Deixei essa sensação entoar pelo quarto enquanto tocava o violão que pensei que jamais tocaria novamente. Tinha tentado pega-lo á mais ou menos um ano atrás, mas não consegui. O mesmo era com a câmera escondida em uma caixa embaixo da minha cama. Eu tinha vontade de pegá-la, mas não fazia.
Hoje tinha sido o dia mais incrivelmente leve da minha vida e o primeiro em tempos em que me permitia tentar fazer algo que gostava.
Posso dizer que Allie teve uma pitada de efeito nisso e no fundo o medo ainda me assombra, mas hoje, só pelo resto dessa noite eu não quero sentir ele.
Quero só lembrar ela.
***
Acordei cedo como de costume, pois não tinha conseguido dormir a noite inteira. Alec e Matt estavam sentados na mesa da cozinha com caras de ressacas.
- Lancaster – Alec diz com a voz embargada de sono.
Faço um breve aceno a cabeça para os dois e pego uma maçã da geladeira.
- Vamos á praia depois da aula hoje – Alec diz com a boca cheia.
- Legal – dou de ombros.
- Todo mundo vai – Matt completa.
- E dai? – pergunto.
- Deveria ir – Alec diz.
- Não sei – digo me levantando da mesa.
Pego minha mochila e jogo por cima do ombro indo para fora até meu carro que está estacionado no outro lado da rua. Ligo o rádio e dirijo até o campus.
Enquanto caminho percorro meus olhos pelo vasto lugar á procura de Allie que não vejo algumas horas até avistar ela com Thomas na cantina. Com passos
precisos me aproximo dos dois.
- Bom dia – passo a mão na nuca.
Allie está de costas para mim e vira-se assim que escuta a minha voz e sorri a me ver.
- Oi Darwin – ela diz sorrindo.
- E ai – Thomas diz com um aceno de cabeça que retribuo.
Me acomodo ao lado de Allie que está comendo um misto quente e um café preto com uma espuma branca. Vejo que Thomas nos encara com um olhar misterioso, mas não diz nada permanece beliscando seu bolo de chocolate.
Coloco a mão na perna de Allie por baixo da mesa e sinto o musculo se contrair. Confesso que gosto do efeito que tenho sobre o corpo dela. Sinto seus dedos se entrelaçarem com os meus e sinto meu coração palpitar.
Não gosto dessa sensação.
A verdade que tenho medo do que tudo isso pode dar.
- Tudo bem? – ela aperta nossas mãos.
- Tudo – digo.
- Então está preparado para o jogo de sexta? – Thomas pergunta.
- É pode-se dizer que sim – respondo.
- O time é bom acho que vocês vão ganhar – ele diz mordendo o bolo.
- Nunca vi um jogo de futebol americano - Allie ri ao confessar.
- O que? – seu amigo pergunta incrédulo.
- Isso que ouviu. Nunca vi – ela dá de ombros.
- Deveria ir sexta feira ver o jogo – Thomas diz lançando um olhar para mim.
Me pergunto o que seu olhar quer dizer, mas então percebo que esse convite deve ser feito por mim e não por ele.
- Você deveria ir – digo me aproximando mais dela.
O perfume adocicado adentra minhas narinas e preciso me controlar para não roçar os lábios em seu pescoço e sugar sua pele doce até deixar marcas.
Ela me olha com carinho abrindo um sorriso leve nos lábios.
- Está falando sério? – ela pergunta ainda me encarando.
- Eu quero você lá – admito.
Escuto um riso abafado e tenho certeza que é de Thomas, mas não desvio o olhar dela. Penso em beijá-la ali mesmo, envolver seu corpo no meu e abraça-la. Quando estou ao lado dela sinto como se tudo fosse aleatório e calmo. Como se só eu e ela fossemos o ritmo do movimento.
- Bliss! – alguém berra pelo nome dela a fazendo desviar o olhar do meu.
Por cima do ombro dela vejo Zara se aproximar.
- Bliss, Bliss, Bliss – ela repete acelerando os passos em euforia.
Alec vem logo atrás tentando segui-la.
- Oi Zara – Allie diz sorrindo com a euforia da amiga.
- Vamos á praia – ela bate palmas pelo ar.
- Nossa não sabia que tinha praia aqui – Allie sorri.
- Martha's Vineyard fica á mais ou menos três horas daqui vamos depois da segunda aula – Zara explica – vocês deveriam ir junto.
Zara encara nossas mãos entrelaçadas e afasto a mão passando pelo cabelo. Alec da um risinho debochado e envolve a cintura da sua garota depositando um beijo leve na bochecha.
Allie me encara com aqueles olhos verdes escuros abrindo um lindo sorriso.
- Você quer ir? – ela pergunta baixinho, mas os outros estão pertos o suficiente para escutar.
Sempre gostei de praia e desde que vim para Cambridge nunca mais pisei em uma. Penso em me levantar e dizer que prefiro ficar sozinho, mas não quero ficar longe dela.
- Se você quiser podemos ir – digo.
- Ah perfeito! – Zara exclama – na segunda aula saímos – ela avisa antes de acenar e dar meia volta com Alec ao seu lado.
- Se você não quiser não precisa ir – Allie aperta meu joelho.
- Não tudo bem – afirmo.
- Bem eu acho que já vou indo – Thomas diz pegando a mochila e jogando no ombro.
- Você pode ir junto Thomas – Allie apressa-se em dizer.
Thomas me olha e depois encara a amiga.
- Acho que na próxima, eu preciso falar com meu pai mais tarde – ele revira os olhos.
- Certo vejo você amanhã.
Thomas nos deixa sozinhos e, Allie se virá para ficar de frente para mim.
- O que foi? – pergunto.
- Eu não sei se posso ir á praia – ela diz cutucando um canto da unha.
- Como assim?
- Eu nunca fui à praia – ela diz afastando uma mecha do cabelo.
- Nunca?
- Nunca.
- Uau.
- Eu não vou ir se você quiser pode ir – ela diz.
- Por que você não vai?
- Eu acabei de dizer que nunca fui á praia e isso inclui que não tenho biquíni.
Rio de sua confissão.
- Isso não tem graça Darwin – ela bate em meu ombro.
- Você não quer ir á praia porque não tem biquíni?
- É claro!
Confiro a hora no relógio. As aulas vão começar em dez minutos.
Fico em pé e a puxo comigo.
- Aonde vamos? – ela pergunta.
- Comprar um biquíni – afirmo.
- Mas nós temos aula.
- Eu sei, mas já faltamos ontem então não fará diferença hoje.
Ela olha confusa e solta um ar abafado.
- Recuperamos depois – explico.
- Minha mãe vai me matar se descobrir que é o segundo dia seguido que falta aula.
Dou um passo em sua direção.
- Nem sempre eles precisam saber de tudo.
- Darwin...
- Pensei que quisesse ir á praia – dou de ombros.
- E eu quero.
- Então vamos, pois temos sete minutos para sair do campus caso contrário teremos que dar justificativa.
Ela hesita por um instante, mas então sorri e saímos da universidade em direção ao meu carro.
Jogo nossas mochilas no banco de trás e ligo o motor do carro.
- Tem uma loja perto da republica acho que deve ter biquíni por lá –, digo entrando na rua.
Allie liga o rádio do carro e Secrets do One Republic começa á tocar.
- Amo essa música – ela diz balançando a cabeça e então me encara. – Diga-me o que você quer ouvir, algo que agrade seus ouvidos.
Afasto os olhos da estrada por um instante e a encaro.
- Diga Darwin – ela insiste sorrindo.
- Apenas sorria, já é o bastante para alegrar meus ouvidos – confesso e vejo seu sorriso se desfazer e então seus olhos lacrimejar, mas então ela volta a sorrir para mim e cantarolar a música.
Estaciono o carro em frente á loja e bato à porta dando a volta para encontra-la.
- Você vai entrar junto? – ela olha para mim depois para a loja.
- Claro que sim.
- Darwin eu vou experimentar um biquíni e bem eu...
A puxo para mim beijando seus lábios.
- Você está com vergonha de experimentar um biquíni na minha frente, depois do que fizemos ontem? – mordo meu lábio.
Seu rosto fica corado e roço meu nariz por seu pescoço sentindo seu cheiro.
- Queria beijar você quando a encontrei na cantina – admito.
- Darwin estamos em um estacionamento – sua mão tenta me afastar.
Seguro seu rosto com as duas mãos a puxando para bem perto de mim.
- Me beija, Allie, por favor.
Não faço ideia do que essa garota está fazendo comigo, mas eu preciso sentir sua boca na minha nesse instante e como esperado ela cola sua boca na minha abrindo os lábios e encontrando minha língua.
Afundo os dedos por seus cabelos enquanto nos beijamos e tentamos controlar a respiração quando me afasto estamos os dois ofegantes e rindo.
- Eu ainda preciso comprar um biquíni – ela sorri.
- Vamos lá.
Entramos na loja e uma mulher de meia idade vem nos atender, ela percorre seus olhos pelos meus braços tatuados com certa repugnância, mas não ligo para o que ela pensa.
- Bom dia como posso ajudar? – ela olha somente para Allie.
- Eu procuro um biquíni – ela diz.
- Vou te mostrar alguns modelos.
A mulher caminha em nossa frente até uma arara de biquíni coloridos. Sento em um estofado de couro de frente para o provador enquanto a mulher mostra alguns modelos para Allie.
Vejo que a mulher encara Allie com certa desconfiança e depois me encara com nojo. Imagino o que ela deve estar se perguntando.
Como uma garota como Allie está na companhia de um tatuado. Penso nesse assunto sem querer, pois sei que parece estranho, mas normalmente não ligo para o que os outros pensam, mas a verdade é que ligo para o que Allie pensa.
Será que ela se sente envergonhada ao sair comigo? Estar ao meu lado lhe trás algum tipo de desconforto?
O medo sempre foi uma companhia agradável ao meu lado e ele sabe como me atingir.
***
Oii meu amores, como estão?
Me contem o que estão achando da história.
Beijocas.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro