5
Depois do enterro da minha avó, eu voltei pra casa dela e fui para o quarto Peguei o notebook de dentro da bolsa e liguei para os meus amigos.
O primeiro a aparecer na tela, foi o Raul, ele sempre atende rápido, e notei que tem mais ligações dele do que da Marina.
Ele é um bom amigo.
" Até que enfim — Ele suspirou — Você sumiu, não deu notícias, fiquei preocupado
Marina surgiu na outra tela.
" Oi, amiga — Acenou, animada
" Oi gente, desculpe, eu não tive cabeça pra falar com vocês..
" Por que amiga, o que houve? —Marina perguntou
" É, Bya, você está bem? — Raul disse em seguida
Aconteceu tudo tão rápido que eu não tive tempo de avisar os meus amigos, minha mãe deu a notícia e minutos depois estávamos aqui.
" Minha avó morreu, acabei de voltar do enterro
" Nossa, meus pêsames — Marina lamentou
" Obrigado — Sorri fraco
" Pode deixar, a gente segura as pontas pra você aqui na faculdade - Raul falou
" Muito obrigado, vocês são os melhores.
" Fica bem, amiga — Marina disse — Se precisar de qualquer coisa, estamos aqui
" Obrigado, falo com vocês depois — Falei olhando para os dois ao mesmo
Depois que eles se despediram, fechei o notebook e respirei fundo.
Será outro dia longo.
Por mim eu voltaria agora mesmo, mas a minha mãe precisa de mim, não posso abandona-la em um momento tão delicado, e sei que ela faria o mesmo por mim. E também sei que é importante viver o luto, e eu não iria conseguir fazer isso na faculdade com tantas coisa na cabeça.
De qualquer forma, também não vou conseguir descansar aqui, porque aqui tem uma bela distração chamada, Alex.
Mas o bom é que será só por alguns dias, logo ele vai voltar pra Londres pra vidinha de riquinho dele, diferente de mim que tenho que ralar pra pagar a faculdade.
E nem sei se o tio Rubens vai me querer de volta, mas ele já deve tá sabendo do que aconteceu.
Passei o dia inteiro me escondendo do Alex. A casa era grande entao isso ajudava um pouco.
Entrei no quarto da minha avó, e ver suas coisas ali me encheu os olhos, é como se a qualquer momento ela fosse entrar pela porta.
—– Tá fazendo o que aqui? – Uma voz soou atrás de mim, me assustando
Olhei pra tras e vi Alex escorado no batente da porta me olhando.
—– Nada, já estou de saída — Falei, mas quando ia sair pela porta ele me agarrou pelos cotovelos
Encarei seus olhos azuis e por pouco não me perdi.
—– O que está fazendo?
—– Eu tive um dia cansativo hoje, pensei que você pudesse me ajudar - Falou olhando para minha boca
Puxei o meu braço de volta e o encarei com raiva e ao mesmo tempo excitada.
Eu sei que isso é errado, mas eu não consigo controlar as minhas emoções quando ele tá por perto.
—– Acabamos de voltar do enterro, por acaso ficou maluco
—– Pessoas normais quando ficam tristes querem chorar, eu também, só não disse por onde, Bya eu não sou normal
—– Sinto muito, mas eu não posso te ajudar
Outra vez tentei sair, mas ele me barrou.
—– Alex, o que você quer?
—– Você.
—– Não foi o que você demostrou aquela hora, você foi grosso, e nem me pediu desculpa, me desculpa, mas eu nasci pra ser brinquedo de ninguém, pra você largar de mão, e depois voltar pra brincar
—– Eu disse aquelas coisas, porque eu estava chateado, com raiva, mas nada daquilo é verdade, e-eu te amo.
Ri incredula.
—– Você disse a mesma coisa da outra vez, e depois desapareceu, eu não vou cair mais nesse seu papinho furado
—– Eu estou falando sério, tem que acreditar em mim.
—– Não, você só está dizendo isso porque quer esvaziar suas bolas, depois vai voltar pra Londres e esquecer que eu existo — Gritei em meio as lágrimas
Ele suspirou fundo, depois fechou a porta e andou até mim.
Suas mãos foram parar no meu rosto e seus olhos nos meus.
—– Você quer que eu saia? Beatriz Grace
Sua voz saiu rouca e sedutora, e incendiou todo o meu corpo.
Eu fiquei com outros homens depois do Alex, mas nenhum conseguia me satisfazer.
Eu não me sentia preenchida. E com a Alex, eu sinto um prazer inexplicável.
E com ele tão perto assim de mim, fica difícil resistir.
Aproximei o rosto do seu e olhei pra sua boca e depois voltei para os seus olhos.
Que ficaram escuros de desejo.
—– Não, eu não quero que você vá embora — Sussurrei — Quero que você suma, desaparece, que fique bem longe de mim
Empurrei ele e sai do quarto, antes que
eu cometesse uma loucura.
Escorei na porta do lado de fora, ofegante e com o coração acelerado.
Não vou deixar que ele volte a manipular minhas emoções outra vez, preciso resistir ao máximo.
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