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13

Raul e eu saímos para beber no lugar de sempre, e jogamos conversa fora, depois fomos para a sua casa.

A última vez que estive em sua casa,  foi no seu aniversário, e como estava lotada de pessoas, não deu pra reparar bem nos detalhes, e agora que está vazia, da pra notar que se trata de uma bela casa, limpa e arejada.

Eu fiquei observando os detalhes da casa, enquanto sentia os olhos de Raul sobre mim.

É tão estranho pensar nele assim, como alguém espera se dar bem no final da noite.

Deve está passando um monte de coisa pela sua cabeça agora, isso explica porque está tão nervoso.

E eu não tenho a mínima ideia do que fazer, minha vontade é de sair correndo daqui.

Por fim eu me volto pra ele.

—– Então isso é um encontro?

Ele coçou a cabeça um tanto sem graça.

—– Desculpa por aquilo, na minha cabeça parecia perfeito, mas  Marina e eu somos péssimos atores, como deu pra notar,  a verdade é que fiquei com receio de te chamar pra sair e você não aceitar — atropelou as palavras

—– Que isso, Raul, até parece que não somos amigos — soltei, e deu pra ver a decepção em seu semblante

—– A última coisa que eu quero é ser seu amigo, Bya — fala quase em transe, me deixando sem palavras

Desviei o olhar por vergonha, nunca me senti tão desconfortável em toda minha vida.

—– Mas então  v-você quer comer alguma coisa? eu posso preparar algo

—– Eu não sabia que cozinhava.

—– E não cozinho, mas posso tentar — disse me fazendo rir, acabando por quebrar o clima tenso entre a gente.

Raul tem várias qualidades, mas o que mais se destaca nele é o senso de humor, mas não é como se eu fosse rir de suas piadas e depois acabaria na cama, não funciona com ele.

—– Tá — Concordo deixando a bolsa em lugar qualquer

Ele falou que eu podia ficar na cozinha enquanto ele preparava alguma coisa pra gente comer, mas vi que a minha presença não estava o ajudando em nada, ele parecia completamente perdido na sua própria casa.

—– Se quiser, eu posso esperar na sala.

—– Não, tá tudo bem — Ele ri de nervoso — Deixa só eu ver onde eu deixei o... é, realmente, preciso de ajuda

—– Ok.

Notei que Raul não sabia fazer nada além de bolos, mas como eu dei uma mãozinha pra ele, até que a comida não ficou nada mal.

Depois do jantar, limpamos a bagunça que fizemos, em seguida, ele me levou para o quarto porque queria me mostrar o livro que ele estava escrevendo.

Eu pensei que era um pretexto pra me levar pra cama, mas ele realmente queria me mostrar o seu livro.

Eu fui tão usada nessa vida, que é difícil pensar que alguém realmente queria ficar comigo.

Reparei que o quarto dele é  bem organizado, espaçoso,  com uma cama grande e persiana nas janelas, mas o que mais me chamou a atenção foi a quantidade de livros que ele tem.

Mas o que esperar de um amante da literatura, parece que ele transportou a biblioteca da faculdade pra cá.

Enquanto ele procurava o livro em seu notebook, eu continuei transitando pelo seu quarto, apreciando a decoração.

É isso ou ficar parada enquanto a ansiedade me dominam.

—– Eu ainda não terminei, mas se você quiser dá uma olhada — Diz afastando um pouco a cadeira para liberar um espaço pra mim

—– Deixa eu ver.

Fui até ele e me inclinei diante do  computador para ver melhor, e vi que ele ficou um pouco tenso com a minha aproximação.

Olhei pra os seus olhos escuros por trás dos óculos que ele havia colocado, depois para os seus lábios finos e rosados, e por um momento pensei que talvez se eu o beijasse poderia sentir algo, mas recuei, pois tem muita coisa em jogo, principalmente a nossa amizade.

Os meus pensamentos intrusivos estão me pedindo pra sentar no colo dele e fazer essa chama se ascender a força, mas eu não posso fazer isso.

O Raul não é qualquer garoto, ele é especial, e eu não posso brincar com ele assim.

Então desviei o olhar para o computador e comecei a ler sua história, me esforçando para me concentrar, mas se tornou quase impossível, a única coisa que consegui dizer pra ele é que ele escreve muito bem.

Espero que ele não me pergunte o que eu estendi do livro.

Mas isso fez eu me lembrar que uma vez ele havia mencionado uma garota, eles estudavam juntos no ensino médio e até namoraram, mas eu nunca a conheci pessoalmente e ele nunca mais falou sobre ela.

Se essa garota estivesse aqui, talvez ele deixaria de gostar de mim e reataria com ela.

—– Vem cá, o  que aconteceu com aquela menina que você namorava na época da escola?

Sua expressão corporal mudou de repente, e eu me questionei se foi uma boa ideia tocar nesse assunto.

—– Não.

Ele se levantou da cadeira e andou pelo quarto enquanto os meus olhos o acompanharam.

—– Eu não sei se deveria te contar isso, talvez você pense que eu sou um louco.

—– Pode falar, prometo que vou tentar entender.

Ele abriu a boca pra falar, mas nenhuma palavra saiu, então ele  respirou fundo.

—– É que na verdade, eu inventei aquela história para você não pensar que eu era desinteressante, pensei que se eu dissesse que já tive uma namorada, você de alguma forma iria se interessar por mim, ninguém gosta de caras inexperientes

—– Então você nunca...

Ele não respondeu mas sua expressão já dizia tudo.

Fiquei totalmente surpresa, pois embora Raul fosse diferente dos outros garotos, nunca passou pela minha cabeça que ele fosse virgem.

—– Não entendo porque nenhuma mulher se interessaria por você, olha pra você, você é...

—– Algumas já se interessaram, talvez por quem eu sou ou pelo dinheiro, mas a verdade é que — Ele fez uma pausa— Bya, não tem mais ninguém com que eu estar, a não ser com você, você não sabe, mas eu só participei do clube de leitura pra ficar perto de você, você disse que gostava de motos, entao eu comprei uma, eu era invisível pra você,  achei que essa seria a única forma de você me notar.

As lágrimas inundaram os seus olhos.

—– Raul.

—– Eu sempre gostei de você, mas como você só me enxergava como amigo, eu não tive coragem de dizer, pra mim você sempre foi a número um, eu estava no final da fila, mas eu tinha esperanças que a minha vez uma dia ia chegar.

Ele limpou as lágrimas rapidamente.

—– Mas sem pressão, eu vou entender se você não quiser.

Eu não sabia o que dizer, são tantas informações pra processar que eu travei.

—– Bya, diz alguma coisa.

—– E-eu preciso ir — falo e ele suspira pesadamente

—– Desculpa, Bya, eu não queria te assustar, mas eu me sinto bem melhor agora que coloquei tudo pra fora.

—– Raul, me desculpe, mas eu vou pra casa.

—– Eu te levo.

—– Não, não precisa, eu vou de táxi.

—– Está bem.

Eu saí de sua casa, arrasada e fui para o meio da rua,  desejando ser atropelada por um carro. Essa situação é mais difícil do que eu pensei, como eu vou dizer para um cara que é apaixonado por mim que eu não sinto o mesmo.

Mesmo que ele diga que não quer me pressionar, no fundo ele espera que eu diga sim.

Eu não quero fazer o Raul sofrer, eu já fui rejeitada e posso dizer que é  a pior dor que alguém pode sentir.

Eu não posso ir pra casa, pois o Alex vai tá lá, e sinto que vou ficar mais confusa ainda, então vou para casa da Marina, torcendo pra não ter uma suruba lá.

Ela abre a porta e se depara com o meu semblante arrasado.

—– Vixe, parece que o encontro deu ruim, entra aí.

Passo por ela, e ela fecha a porta atrás de mim, noto que tem uma música suave tocando no fundo e um cheiro estranho no ar.

Olho pra ela e vejo que ela esta usado uma blusa branca de alça e que os seus seios estão bem marcado, inclusive o piercing que ela tem no mamilo, além de um short que mais parece uma calcinha.

—– Má, vem logo — Alguém a chama e noto que é uma voz feminina

—– Você não ia estudar?

Ela sorri meio sem jeito.

—– É que eu fiquei um pouco entediada, sabe

—– Pensei que você ia continuar ficando com o meu primo, mas parece que está deixando as opções em aberto

—– Eu marquei com ele, só que  liguei pra ele, e ele não atendeu, então resolvi chamar a Lupita, a gente tá bebendo e fazendo outras cositas más

—– Então eu vou embora já que estou sobrando aqui — Dou de ombros, mas ela me agarra pelo cotovelo 

—– Não, amiga, fica com a gente e aproveita e experimenta uma ervinha— Ela fala e eu percebo que os seus olhos nem estão abrindo direito

—– Não sei se é uma boa ideia

—– É uma excelente ideia — Ela abraça os meus ombros e me conduz até o andar de cima

—– Marina, porque não para de experimentar essas porcaria, não vai te levar a lugar algum 

—– Eu vou parar, mãe, não se preocupe — Ela brinca — Mas relaxa tá

Quando entramos no quarto reparei  que tinha uma garota jogada no chão,  ela usava apenas uma camiseta de uma banda de rock e uma calcinha.

Começo a me questionar se ela estava  viva.

Marina a cutuca com o pé.

—– Lupi, levanta daí, temos visita.

Ele se levanta toda atrapalhada e olha pra mim com os seus olhos azuis intensos contornados por um leve preto.

Seu cabelo também é azul e curto, e a sua pele é branca como porcelana, e os seus lábios e bochechas são rosados naturalmente, o que dá a ela uma aparência angelical.

Ela é bem fofa pra está em uma situação como essa.

—– Quem é ela? — Ela pergunta pra Marina

—– Minha amiga Bya, ela tá chateada com umas paradas aí e veio desabafar com a gente

—– Com a gente não, com você.

—– Relaxa, eu não vou contar pra ninguém — A garota diz

—– É só que um amigo nosso tá gostando dela, mas parece que ela não está nem um pouco interessada — Marina revela. Fuzilo ela com os olhos

—– Sinto muito, Mana — Lupita lamenta, depois disso ela dar um trago no cigarro de maconha e oferece pra mim

—– Não, obrigado — Recuso — Mas a bebida eu vou querer

Pego a garrafa e despejo quase tudo na boca enquanto as duas me encaram perplexas.

Após isso, eu me sento no chão ao lado delas, e Lupita fica me encarando depois sorri abertamente.

Ela até que é bonita, se eu gostasse de mulher, eu namoraria com ela.

—– Minha vida é um porre — Resmungo

—– Nem me fala,  o meu pai traiu a minha mãe com uma piranha qualquer, e agora tudo que ela sabe fazer é chorar, e não liga mais pra gente — Lupita diz depois despeja a bebida na boca

—– Já eu gosto de uma garota que não dá a mínima pra mim.

—– A Luana?

—– É.

—– Pensei que já tinha superado ela.

—– É, eu também pensei — Ela suspira  tomando a garrafa das mãos da Lupita

—– Ei.

—– Xiu, baby, quem comprou essa porra fui eu.

Eu não sei se fico aliviada da Marina não está mais apaixonada pelo Alex, ou preocupada por ela sofrer pela Luana, da outra vez ela quase morreu de tanto beber, e espero que agora ela entenda que não pode obrigar a outra pessoa a amar ela.

O mesmo serve pra mim.

—– Bom, o Raul acabou de se declarar pra mim, e agora eu não sei o que fazer.

—– Ele te falou sobre a amiga imaginaria?

—– Você sabia?

—– Ah, amiga, não fique brava, ele me pediu pra guardar segredo.

Eu não sou a melhor pessoa pra julgar a Marina no momento, também sou cheia de segredos, mas não deixo de está chateada por ela esconder isso de mim.

—– Tudo bem — Suspiro pesadamente

—– Aquele garoto sempre foi muito afim de você, só você que não percebeu.

—– Para, não tá ajudando.

—– Contou a verdade pra ele?

—– Não, eu não tenho coragem.

—– Melhor contar, do que ficar alimentando algo que não existe, e eu  não quero ver nenhum de vocês, mal.

—– Marina, você não entende, se eu falar a verdade pra ele, vou magoa-lo.

—– Amiga, você já magoou ele, saindo de lá igual uma doida e deixando o coitado sem respostas — Lupita reforçou — Conta logo a verdade pra ele, acaba logo com isso

—– Você tem razão — sorri fraco pra ela, depois tomei o cigarro de suas mãos — Deixa ver a graça que vocês acham nisso

—– Só não vai com muita sede ao pote...

Antes dela terminar a frase já comecei a tossir feito louca. Isso gerou boas risadas.

Até que passar a noite com as meninas foi divertido, eu estava indo lá pra desabafar e chorar, mas acabei saindo bêbada e mais feliz que o normal por conta do baseado.

É uma sensação viciante, queria poder me sentir assim o tempo todo, mas infelizmente eu não posso me entregar aos prazeres momentâneos como forma de fuga, eu tenho que enfrentar cara a cara  essa situação mesmo que isso me custe uma amizade, porque é o certo a se fazer.

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