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43: Torre I

Christine

Eu mal despertei, mas a cena horrorosa que presenciei me veio à mente imediatamente. Meu peito se apertou e antes que eu tivesse a noção do que estava acontecendo, ele falou comigo.

— Eu não achei que uma simples surpresa fosse fazer você desmaiar. — Seu tom era cínico. — Você gostou?

Continuei deitada, já com lágrimas nos olhos.

Eu jamais esquecerei a imagem que vi. Sua cabeça estava em uma caixa de presente, sua expressão estava apática.

— Damon... me perdoe.

Foi tudo o que eu consegui dizer, eu sei que ele morreu por minha causa. Eu tinha muita informação para processar, minha mente estava ficando louca.

— Eu perguntei, você gostou? — Finalmente me ergui, ele ainda estava nas sombras.

— Eu o amava...

Escutei um riso de escárnio do canto do quarto.

— Eu vejo, você nunca se arrumou tanto assim para mim. Foi o primeiro com quem você resolveu foder e dizer que amava ou antes dele teve outros? — Fiquei em silêncio, suas palavras não me afetam, não enquanto a imagem de Damon não sai de minha mente. — Engraçado, eu jurava que você voltaria correndo pra aquele seu amiguinho... mas isso não aconteceu. Admito que eu teria gostado mais de ter matado ele.

— Desgraçado. — Foi tudo o que eu consegui dizer.

— Ah, Christine não seja assim, não quero que Adam aprenda a xingar tão cedo.

— Não ouse falar de meu filho! — Gritei eufórica, Jeffrey avançou em minha direção, agarrou meu pescoço e jogou seu corpo sobre o meu. Cai de costas na cama com seu peso sobre mim.

— Nosso filho e se me lembro bem, foi você quem implorou pra que eu ficasse. — Me debati. — Eu estava pronto para aceitar como tudo acabou, mas por que diabos você tinha de aparecer ali? E justo com aquele cara?

— Spencer te contou... — Respondi com dificuldade.

— Quando eu perguntei, mas eu vi vocês, vi como você se agarrava nele, como ele te olhava... enquanto você vivia feliz com ele eu só conseguia pensar em você. Sabe o quanto eu me controlei pra não voltar? 

Ele parecia mais forte, pior. O aperto tornou-se mais forte de modo que eu mal conseguia respirar.

— Mesmo assim, eu ainda tento te agradar. — Ele sussurrou em meu ouvido. — Eu te trouxe aqui com todo cuidado.

Jeffrey soltou meu pescoço bruscamente. Eu tossi tentando me acalmar. Quantas vezes ele já me agrediu assim?

— Escolhi essa casa pensando em você... em nosso filho. Não seja mal agradecida, faça um tour depois. — Ele riu baixo. — Mas não tenha pressa, você vai ter tempo de sobra.

Ele me odeia tanto ao ponto de fazer isso? Por que deixou que eu me apegasse a outra pessoa pra depois me tirar? Ele me deixou ir ao paraíso para me puxar novamente para o inferno. Eu estou cansada.

— Isso foi tudo um jogo pra você? — Eu me sentia desamparada, culpada. — Era apenas um plano seu para me fazer sofrer mais? Brincar de gato e rato, indo e vindo pra no fim me abater?

— De forma alguma... — Sua expressão mudou. — Eu estava cumprindo com o que prometi, mas quando te vi eu pensei, por que eu tenho de me auto mutilar enquanto você vive feliz com outro? Eu estar com você te faz mal, mas ficar sem você me faz mal. Por que eu não posso ser egoísta?

— Por favor... não.— Eu implorei. — De novo não.

— Eu tentei — Ele dizia como se tentasse convencer a si mesmo. — Mas bastou apenas um segundo pra que eu desistisse de tudo. Você foi a única que me fez sair da apatia constante em que eu vivia a anos. Não havia um momento sequer que eu não pensasse em voltar, matar todos ao seu redor e te trazer pra mim.

Jeffrey acariciou meu rosto, sorriu maldosamente e borrou o batom em minha boca com o polegar. Notei finalmente que ele ainda usava a aliança em seu dedo, nossa aliança.

— Ele estava certo, o papel de bom moço altruísta não combina comigo. Eu funciono melhor quando sou eu mesmo.

— Um ser egoísta e perverso?

Ele assentiu.

— Se você realmente pensa em acabar com tudo, vai ter de recorrer ao que eu lhe disse uma vez. — Ele se aproximou de meu rosto e sussurrou. — Eu sei que você se lembra, lembra de tudo o que já prometemos um para o outro.

Meu corpo estava inerte, minha mente paralisada.

(...)

Me levantei, saí do quarto a passos lentos. Desci as escadas sem pressa, sem vontade. O meu cativeiro era amplo, bonito. Eu tinha comida, água e conforto, mas nada disso importava. Jeffrey me trancou aqui, tentei fugir, mas consegui. Sei que estão procurando por nós, mas não vão nos achar.

"Não se preocupe, vão apenas noticiar que um casal com uma criança sumiu, mas quem se importa. Pessoas somem todos os dias, então logo vão esquecer." Ele deu de ombros ao dizer isso, quando o questionei. Ele tinha razão. Eu gritei, revirei tudo que pude.

"Fique à vontade, mas saiba que você mesma vai ter de arrumar tudo isso. Pode gritar, não vão te ouvir."

Eu tinha minha vida, eu tinha me recuperado, restaurado minha paz. Eu estava tão bem, fiz o melhor que pude.

— Não vai pentear o cabelo? — Jeffrey estava no sofá da sala, eu o ignorei. — Seria uma pena ter de cortar, ele cresceu tanto.

Na cozinha, comecei a preparar o café da manhã de Adam. Eu não sentia fome, mas comia, não queria viver, mas o fazia, apenas por que tinha de estar minimamente bem para cuidar de Adam. Esses dias estão sendo um inferno.

— Eu falei com você. — Ele elevou o tom de voz.

— Não sou surda — Continuei cortando as frutas em uma tigela sem me importar em olhar para ele. — Como estou ou o que faço não lhe diz respeito.

Jeffrey suspirou, acredito eu que ele tenha dado-se por vencido. Ele saiu deixando-me só. Ao terminar, peguei apenas uma maçã para mim e me dirigi para o quarto onde passo a maior parte do tempo.

— O que você está fazendo? — Jeffrey o segurava no colo, sentado na beira da cama.

— Estou segurando meu filho, além de surda você é cega?

Ignorei sua resposta rude e peguei Adam de seus braços. A maior parte do tempo eu ignorava sua presença, o que o deixava mais irritado ainda. Percebi que até mesmo minha raiva ele não merecia, ele merecia apenas o bom e velho desprezo, a indiferença, mas sempre que conversamos, nos tratamos de forma rude, geralmente a culpa é minha. 

— Você está incomodando, sai daqui. — Eu disse fria.

— Ele parece bem pra mim. — Eu suprimi a vontade de mandá-lo ao inferno.

Adam havia se acostumado rápido à presença de Jeffrey e até mesmo sua aparência estranha não o assustava. Jeffrey o pegava no colo, conversava com ele, as vezes o colocava pra dormir.  Meu filho tem uma personalidade peculiar, eu acho. Ele continuou a me observar em silêncio e então suspirou.

— Me pergunto quando você vai cansar dessa loucura, me manter aqui como um bichinho de estimação não vai ser divertido pra você.

— Eu não considero você um animal de estimação — Ele disse sério. — Você é minha mulher.

— Eu era. — Gargalhei. — Agora não somos nada além de prisioneira e carcereiro.

Ele riu, como se o que eu disse o estivesse divertindo.

— Já passamos por isso, seu mau humor vai melhorar em breve. — Ele deu de ombros. — Já me acostumei a sua personalidade.

— Isso foi antes de você tirar alguém muito importante de mim e estar me impedindo de ter uma vida normal... — Ele franziu a testa. — Eu jamais vou pensar em você como antes, jamais vou te aceitar.

Silêncio. Jeffrey não pareceu levar a sério o que eu havia dito.

— Você mente muito mal, Christine. — Ele se levantou ficando de frente para mim. — Já que terminamos por minha culpa, eu vou ter mais paciência com você.

Eu o ignorei. Hora ou outra ele vai cansar dessa palhaçada.

(...)

Os dias passam de forma lenta e tediosa. Assistir e cuidar de Adam é minha rotina. Jeffrey parece não notar que me manter presa aqui não vai me fazer aceitá-lo e se nota, não se importa. Não tenho acesso ao meu celular, não tenho meus documentos. Para todos os efeitos somos indigentes encarcerados. Jeffrey me comprou roupas, produtos de beleza e saltos. Não sei qual intenção doentia ele tem para ter me comprado tudo isso, mas eu não vou usar. Ele faz as compras quase todo fim de semana, sempre me pergunta o que eu quero e eu sempre digo o mesmo "comida, produtos de higiene e limpeza." Sem especificar nada. Então ele compra o que quer ou que está faltando.

Jeffrey entrou no quarto com mais uma pelúcia na mão.

— Ele já tem muitos brinquedos. — Eu o coloquei na cama. — Não vai brincar com tudo isso.

Jeffrey deu de ombros.

— Deixa aí, crianças quebram ou perdem brinquedos facilmente, então você tem de comprar outros. — Eu revirei os olhos. — Por que não está usando as roupas que comprei pra você?

Eu estava usando a mesma blusa há quase três dias. Não estava suja, mas minha aparência não era das melhores.

— Porque não quero e você tem o gosto péssimo. — Menti.

O real motivo era que eu não tinha vontade alguma e nem queria ficar arrumada para ele, mas reconheço que já estou em um estado quase deprimente. Mesmo estando assim, Jeffrey ainda me olhava com o mesmo interesse, em certos momentos eu podia sentir que ele queria me tocar, mas como eu não lhe dava brechas ele se continha e recuava.

— Temos quase os mesmos gostos, já comprei roupas pra você antes e ficaram ótimas. Seus seios estão um pouco maiores, assim como sua bunda, mas acredito que não são problema.

— Eles não cresceram. — Ao menos não era uma mudança tão perceptível.

— Cresceram sim, eu notei. — Ele afirmou. — Conheço seu corpo de cabo a rabo.

Eu o encarei, ele sorriu de forma gentil.

— O que?

— Calado! Antes que eu te jogue escada abaixo. — Sempre que eu o ameaçava ele parecia se divertir.

Ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

— Já que você tem tempo pra me importunar, cuide dele, preciso ficar sozinha por um tempo. — Jeffrey pareceu surpreso por um momento, eu nunca havia pedido nada a ele. — Você consegue fazer ao menos isso?

Ele assentiu. Minha cabeça estava doendo como um inferno. Eu massageei minha testa e respirei fundo. Acho que finamente estou morrendo.

— Tudo bem? — Eu permaneci calada. — Christine?

— Diga...

Ele se aproximou, timidamente tocou meu pescoço, minha testa.

— Você parece estar com febre. — Foi a primeira vez que eu o deixei me tocar. — O que você está sentindo?

— Dor de cabeça, esta forte, eu me sinto exausta e quero deitar.

— Sem comer e dormir direito, o que esperava? Você vai adoecer assim. Eu quero que coma melhor e se você não consegue dormir por causa do Adam, deixe ele comigo.

— Não finja que se preocupa comigo. — Eu o afastei de forma rude. — Admita que você quer que eu definhe para que você se sinta bem. Eu sei que você não quer me matar pois achar que seria tranquilo demais para mim, você quer me torturar.

Eu disse sem emoção alguma. Tudo isso me cansava.

— Eu não quero isso. — Ele pegou minha mão colocando em seu rosto. — Se eu quisesse machucar você, por que me daria o trabalho de tentar mantê-la confortável?

— Porque você não se aproveitou de mim naquele momento? Eu não estava pensando de forma lúcida naquela noite. — Ele não respondeu. — Quando eu finalmente entendi que tudo não passou de uma mera tortura obsessiva, você voltou. Pra destruir minha vida.

Eu dei um tapa em seu rosto, com toda a força que consegui. Jeffrey não reagiu. Eu tinha pesadelos, neles eu via a cabeça de Damon me encarar. Isso tirava meu sono. Minha mãe deve achar que eu a abandonei, sua filha e seu neto, desaparecidos.

— Eu te odeio, odeio sua existência e tenho medo... medo de que possa odiar meu próprio filho por ele se parecer com você. — Eu confessei.

Eu explodi em lágrimas, com a respiração descompassada e o corpo trêmulo, eu desabei no chão. Outra crise. Meu peito ia explodir. Eu gritei de raiva e medo. Adam começou a chorar assustado, mas eu não me importei em acalmar ele, afinal eu mesmo não conseguia me estabilizar.

Jeffrey me carregou, me pôs na cama e com uma estranha calma pegou nosso filho. Tentou acalmar ele enquanto eu ainda chorava.

— Pode descarregar sobre mim toda raiva, indiferença e nojo que você sente. Eu posso aguentar e aceitar isso, eu sabia que seria assim quando prendi você ao meu lado. — Adam parou de chorar aos poucos. — Mas jamais faça isso com nosso filho, ele é a única parte boa de mim e eu não suportaria a ideia de você não amá-lo por minha culpa.

Jeffrey nunca disse que o amava, mal o pegou no colo quando o conheceu e não hesitou em nos abandonar quando quis, mas pediu que eu não o rejeitasse de forma tão singela que isso me surpreendeu.

— O monstro tem sentimentos. — Eu ri com deboche. — Talvez se você implorasse eu te desse ouvidos. Eu seria mais bondosa do que você já foi comigo. Eu implorei pra que não matasse outras pessoas, para que você fosse alguém que eu pudesse amar e você me ouviu? Não, você foi lá e fez tudo ao contrário. Você sente prazer em infligir dor ao próximo. Você foi a desgraça que eu aceitei em minha vida.

Através de sua expressão fria eu podia ver o quão incomodado ele estava, eu sei que no fundo ele sofre igual a mim. Que esse ser capaz de tirar a vida de um semelhante sem pestanejar, no fundo ainda tinha sentimentos.

Jeffrey não disse nada, ele apenas saiu me deixando sozinha. Eu sabia que ele não faria isso nem mesmo sob ameaça, afinal, era ele quem fazia as pessoas se rastejarem.

Dado o momento, eu não tinha cabeça para pensar em nada de modo que pensei em ficar ali sozinha até que finalmente conseguisse agir claramente, mas para minha surpresa Jeffrey retornou sozinho. Eu estava pronta para ouvir suas ameaças, para ser atormentada, mas não foi o que aconteceu. Ele ajoelhou-se obedientemente no chão e tocou minha perna que estava fora da cama.

— Eu matei por você, não me arrependo e faço de novo se precisar. — Eu estava em choque. — Eu não quero te deixar ir, então se você quer que eu implore, eu o farei.

— Você... ficou louco?

— Fique. Me deixe ter sua presença mesmo que você me odeie. Você é a única que eu desejo. — Eu não sabia dizer se era parte de sua jogada para me fazer acreditar nele e ceder mais uma vez, ou se ele realmente estava sendo sincero. — Você me deu o melhor presente que eu poderia querer.

O Jeffrey que eu conheço jamais diria algo assim. Ele usaria de ameaças e manipulação para me convencer a fazer algo.

— Prove...

— Como? — Ele prontamente respondeu.

Minha mente divagou, eu queria machucá-lo até que sangrasse, mas temo perder o controle e eu não quero ser igual a ele. Eu queria descontar minha raiva em algo ou alguém.

— Você uma vez disse que faria qualquer coisa por mim. — Eu nunca quis matar alguém, mas já cheguei a sentir muito ódio. — Quem era aquele cara que me trouxe até aqui?

— Ele... é um cara qualquer da organização, mas por que...

— Eu quero ele morto. — Eu o interrompi. — Ele me trouxe para essa jaula.

Eu sabia que o grande culpado de tudo isso era Jeffrey e não aquele homem, mas quero que ele pague. Eu vim para cá enganada, ele sabia de tudo e mesmo assim me trouxe.

Jeffrey não me questionou, mesmo sendo alguém que o ajudou ele não hesitou em aceitar minha ordem. Ele se levantou e saiu do quarto. Eu voltei a ficar sozinha com meus horríveis pensamentos.


_______❤_______

E então? Sentiram falta do Jeff?

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