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40: Despedida II

Nota: Daqui para frente, os capítulos terão uma passagem de tempo um pouco maior.


Christine.

Alguém batia na porta incessantemente, desci as escadas e fui ver quem era. Minha noite não havia sido das melhores, além de estar ansiosa e ter que responder a um interrogatório de minha mãe, eu não consegui dormir nem um pouco a noite toda.

— Quem é?

— Christine? — Eu abri a porta assim eu reconheci sua voz. — Graças a Deus!

Fiquei estática sem entender, como ele sabia que eu estava aqui?

— Ainda bem que você está aqui.

— Larry? O que aconteceu?

— O que aconteceu? Eu que pergunto. Eu vi aquilo no jornal e tentei te ligar, você não atendia de jeito algum...

Ele me abraçou, mesmo sem entender eu me aconcheguei em seus braços, senti seu perfume.

— O que houve?

Larry suspirou, contou brevemente o que tinha visto, minha reação deve tê-lo surpreendido.

— Após apagarem o incêndio, vasculharam os escombros e encontraram um corpo, mas não especificaram nada. Eu me perguntei diversas vezes se realmente seria a casa que eu tinha te deixado naquele dia, fiquei mais inquieto ainda quando te liguei e você não atendeu. — Eu comecei a chorar, simplesmente não conseguia evitar. — Eu não vou perguntar o que houve, porque aparentemente, você também não sabe...

Minhas pernas falharam, Larry me segurou evitando que eu caísse, por Deus eu nunca pensei que aquilo teria terminado assim, de quem era aquele corpo? Eu estava chocada, minha mente estava em frenesi, eu me perguntava o que havia acontecido e ao mesmo tempo o que faria, se deveria ir a policia, se deveria procurar por Jeff, se deveria deixar tudo passar como se nada houvesse acontecido.

— Ele me disse para não voltar lá...

— Quem? O que aconteceu?

Não respondi, não podia, ele me disse para não contar a ninguém. Eu não sabia o que fazer, mas sabia que não poderia me deixar levar pelo medo e nervosismo, precisava me manter firme.

(...)

Nada é fácil, nos primeiros dias a ansiedade me matava, eu evitava qualquer coisa que pudesse me lembrar dele, evitei qualquer notícia sobre o ocorrido e como nada chegou até mim, deduzi que minha breve estadia naquele lugar não havia deixado prova alguma. Minha mãe não entendeu bem no começo e constantemente me cobrava uma explicação para o inexplicável sumiço do suposto pai do meu filho. Ao perceber como isso me afetava e como eu não estava bem, ela disse que independente do que acontecesse ela sempre estaria ali para mim, então ela esqueceu tudo e passou a me apoiar. Eu me isolei de tudo, não queria sair, eu sabia que estava me matando aos poucos, mas não conseguia entender como uma pessoa que me fez tanto mal, poderia me fazer tanta falta. Eu havia criado uma dependência da qual nem havia me dado conta, apesar de tudo que sabia sobre ele, eu ainda o queria, queria que me abraçasse, que dissesse que faria tudo por mim e que tudo ficaria bem, que me dissesse o quanto me amava e que jamais me deixaria só. Eu sentia falta de sua obsessão, de sua forma doentia de demonstrar que eu era única para ele. Deus, por que eu estou assim? Estar sem ele era o que eu queria e por que quando eu consegui isso, eu não estava feliz? Me sentia sozinha.

Após algumas semanas, finalmente me estabilizei. Precisava me cuidar para que eu pudesse estar bem para ter meu filho e cuidar dele. Sozinha ou não, eu faria isso da melhor forma que pudesse. A terapia e o apoio de minha mãe, me ajudou imensamente. Eu e Larry não mantivemos contato, acredito que eu não tinha o direito de importuná-lo, mesmo ele deixando claro que faria qualquer coisa por mim, caso eu precisasse. Eu precisava de tempo para me curar e ele, de espaço para encontrar alguém melhor.

Às vezes me pegava pensando em Jeff, mas logo tentava mudar o rumo dos meus pensamentos e começava a traçar planos para o futuro.

Eu decidi que assim que passasse o resguardo, iria cursar algo para ter uma formação e melhor chance de emprego. Naquele período eu estava estável financeiramente graças ao dinheiro que Jeff me deu e por mais que fosse uma boa quantia, isso não duraria para sempre e eu precisava pensar no futuro. A cada dia eu me sentia mais confiante e tranquila, sem ter a sensação constante de perigo iminente. Eu consegui comprar tudo que meu filho precisaria, fiz até uma pequena reforma no quarto de hospedes para ser o quarto dele. Já quando estava quase no final da minha gestação decidi fazer um álbum para registrar, fiz um pequeno ensaio fotográfico na praia, eu estava feliz, mas uma pequena tristeza me acompanhava por saber que ele não teria um pai presente. O que me confortava, era pensar que seria melhor assim, antes não ter, do que ter algo que pode te faz mal.

Quando Adam nasceu de parto normal, eu estava esgotada, havia sido complicado, não sei se foi por ser o meu primeiro ou por eu não ter sorte. Eu senti tanta dor, tudo que eu queria naquele momento era que ela parasse. Eu me senti sozinha, mas sabia que não estava. Meu bebe nasceu saudável, eu estava feliz por isso, mas tudo que eu desejava era dormir por um longo tempo e quando acordar, não sentir mais dor alguma.

(...)

Já se passaram quase seis meses, eu me habituei à cansativa e corrida rotina. Estudar e cuidar de Adam. Eu mal tinha tempo para outras coisas então às vezes por insistência de minha mãe, ela cuidava de Adam para que eu saísse um pouco, geralmente eu ia à praia ou à biblioteca, comprava livros e tomava as bebidas que gostava. Eu não me sentia preparada para me envolver com alguém, então as poucas vezes em que um rapaz se aproximava de mim, eu nem mesmo cogitava em ter amizade com ele. Me sentia melhor assim. Há algum tempo eu tenho tido a estranha sensação de estar sendo vigiada, era como se algo seguisse meus passos. Isso começou a me preocupar, mas nada que me fizesse ficar tão assustada. À noite, voltando para casa, tive a sorte de ser roubada. Levaram minha bolsa, nela estavam meu celular, alguns livros, documentos, cartão e dinheiro, não me lembrava a quantia exata. Isso não me abalou, apenas me irritou já que eu precisaria comprar outro telefone e tirar novamente outros documentos. Desanimada nem perdi tempo registrando um boletim de ocorrência, apenas fui para casa pensando seriamente se deveria ou não, comprar e aprender a usar uma arma. O que realmente me abalou foi horas depois, quase de madrugada, alguém tocar a campainha, eu, já desconfiada, olhei pelo olho mágico e não vi ninguém. Cautelosamente abri um pouco da porta e notei minha bolsa. Rapidamente eu peguei ela e em segundos fechei a porta. Conferi com espanto minha bolsa e todos meus pertences estavam lá, intocados. Ao invés de alívio, me senti tensa. Quem fez isso com certeza me seguia e sabe meu endereço. Apenas uma pessoa veio à minha mente.

"Jeffrey!"

Meu corpo despencou no chão tamanho choque. Depois de todo esse tempo sem uma única notícia dele, isso era a prova de que ele estava vivo e próximo de mim.

"Será que ele já me viu com Adam? Se viu, por que nunca se aproximou? Talvez ele não queira nos fazer mal."

A única coisa que foi capaz de me tirar do estado de transe que eu estava foi um baque que parecia vindo do meu quarto e logo depois o choro de Adam. Ainda torpe, me ergui e fui até meu filho.

Empurrei a porta encostada e corri para a cama, peguei Adam nos braços e o que vi, quase me fez gritar. Recuei apavorada, uma figura vestida de preto me encarava. O olhar estava fixo em mim, meu corpo paralisou e nem mesmo Adam se debulhando em lágrimas me fez desviar o olhar ou me mover.

— Christine... — Sua voz era rouca, mansa.

Deus, eu reconheci sua voz. Mesmo por baixo daquela máscara.

— Você nunca aprende, não é? — Não tinha tom de raiva ou repreensão.

Adam se acalmou, mas ainda soluçava. Eu não sabia o que fazer, só sabia que precisava sair dali em segurança. Ele deu um passo para frente, tamanho era o medo que eu sentia que não recuei, vendo que não me afastei, ele se aproximou. A máscara cobria seu nariz e boca, o resto de seu rosto estava quase coberto pelo cabelo e o capuz do moletom. Ele estendeu a mão, eu me encolhi fechando os olhos. Senti um arrepio correr pelo meu corpo quando seus dedos acariciaram meu rosto com cuidado. A luva que ele usava não cobria seus dedos.

— Eu senti sua falta... — Eu ousei abrir os olhos. — Você ainda usa isso?

Ele se referiu a pulseira que me deu, eu joguei fora o anel, mas estranhamente não consegui me desfazer da pulseira pois foi a única coisa que me restou dele. Jeff tinha os olhos lindos, diversas vezes me perdi em seu olhar obsessivo. Eles continuam bonitos, mas agora ao redor das orbes a pele parecia ter sido machucada.

— Jeff? — Minha voz saiu embargada. — Como... como entrou aqui?

— Do mesmo jeito que entrei a primeira vez... lembra?

Lembranças daquela noite vieram a minha mente, eu me afastei tentando não tocar nesse assunto.

— O que você faz aqui? — Eu pergunto, já mais calma.

Jeff riu baixo. Adam parou de chorar, acho que ele só queria saber se eu estava por perto, eu o coloquei na cama novamente já que estava calmo.

— Fria como sempre — Eu cruzei os braços. — Que nome você deu a ele?

Ele mudou de assunto.

— Adam Sebastian.

Ele o encarou com o olhar terno. O pequeno o olhava sem entender, o que um bebe entenderia? Já eu, tinha perguntas. Por que ele voltou somente agora? O que aconteceu naquele dia? Porque ele estava usando luva e máscara?

— O que aconteceu com você? Eu... achei que tivesse ido embora.

Ele não respondeu.

— Posso pegar ele?

Em uma situação normal eu diria "Claro, é seu filho não assumido.", mas se tratando dele eu senti receio. Jeff esperava pacientemente por minha permissão.

— Sim.

Ele o pegou com cuidado, Adam parecia curioso, acho que se perguntava quem era o estranho que o pegava no colo. Diferente do que imaginei ele não chorou, ficou apenas com os olhinhos arregalados enquanto Jeff o "ninava".

— Ele é tão lindo quanto você.

Eu não reagi. Jeff ainda não respondeu a minha pergunta e isso me inquietava.

— O que veio fazer aqui? — Ele revirou os olhos.

— De nada, tá bom? Eu quebrei o braço daquele rato para recuperar sua bolsa.

— Espera, um braço?

— Tem razão, eu deveria ter quebrado os dois. — Ele pensou por alguns segundos. — Ou melhor, as duas pernas. O desgraçado não ia andar por um bom tempo.

— Eu não quis dizer isso e você ainda não respondeu minha pergunta. Por que você estava me seguindo e por que você entrou aqui? — Eu me exaltei.

— Eu só estava preocupado com você e por que eu não poderia ver meu filho? — Jeff respondeu em tom calmo.

— Ele não é seu filho, é meu. Eu o tive sozinha, eu cuidei e cuido dele... eu... eu que passei noites e noites em claro, cansada e ansiosa. Se você não estava morto, por que não me procurou antes? — Devido ao nervosismo eu queria chorar.

— Podemos conversar? — Ele pediu.

Eu pensei por alguns segundos antes de pegar Adam de seus braços e sair do quarto. Achei que seria melhor conversar a sós com ele por que se por acaso houvesse alguma discussão, Adam não se assustaria. Eu o coloquei devagar em seu berço e saí deixando a porta de seu quarto entreaberta. Ao retornar, Jeff me encarou em silêncio por alguns instantes antes de falar.

— Eu pretendia te dar alguns dias pra pensar e então... viria atrás de você, eu não ia deixa-la sozinha.

— Isso tudo aconteceu por sua culpa... — Jeff avançou agarrando meu pescoço, mas sem apertar, eu quase gritei.

— Tudo o que eu queria era te ver e quando finalmente posso... — Ele afrouxou a mão deslizando ela ate cair. — Mas eu já esperava isso.

Ele escondeu seu rosto na curva de meu pescoço, como fazia antes.

— Por que está usando isso? — Eu me referi à máscara.

Ele se afastou fixando seu olhar no meu e riu.

— Melhor assim, não quero que você se assuste ainda mais. — Por um impulso curioso toquei seu rosto por cima da máscara.

— O que aconteceu naquela noite?

Jeff pensou um pouco antes de responder.

— Digamos que meu irmão conseguiu o que queria, ao menos antes de morrer.

— Isso não responde muita coisa...

— É o suficiente, o que aconteceu ou deixou de acontecer não importa, eu sou assim agora.

— Assim?

— Estranho. — Ele revirou os olhos — Satisfeita? Até minha aparência que era única coisa a te agradar antes, agora você pode repudiar.

— Satisfeita? Eu repudiava seus atos, mas tentei te dar uma chance de mudar, você que nunca foi sincero comigo.

Ficamos em silêncio, acho que nenhum de nós queria discutir novamente e relembrar coisas das quais nos magoou. Jeff e eu não tivemos um relacionamento de longa duração, mas passamos por tantas coisas que acho que nada mais nos surpreende. Mesmo com toda loucura que passei, admito que alguns momentos que tivemos foram bons.

— O que você vai fazer? — Eu perguntei.

Ele deslizou a mão pelo meu cabelo que agora estava maior, na altura do quadril.

— Quando eu sair daqui eu prometo que você nunca mais vai me ver, eu finalmente vou deixar você em paz — Eu não sei que expressão fiz, mas Jeff deu um riso curto.

— Eu não... eu só não sei o que dizer.

— De graças a Deus — Ele gargalhou. — Eu pretendia levar você e o bolinho de carne ali, pra bem longe, mas...

Revirei os olhos com o apelido carinhoso que Jeff deu a Adam.

— E o que te fez mudar de ideia? — Essa pergunta parece tê-lo pego de surpresa.

— Eu não posso dar o que você merece... 

— E o que eu mereço? — Ele desviou o olhar.

— Um homem bom... — Meu peito se apertou ao ouvir essas palavras — Eu posso ser um merda, mas ainda me resta um pouco de senso.

— Eu senti sua falta — Jeff se afastou — Mesmo com tudo o que você fez, nos primeiros dias eu me perguntava onde você estava, se voltaria.

— Não diz isso — Eu me aproximei.

— Então por que você veio? Por que veio só pra me dizer essas coisas ao invés de pedir meu perdão? Por que não disse que mudaria e me pediu outra chance?

Jeff me encarou com um olhar confuso. Eu estava segurando o choro por muito tempo.

— Porque apesar de tudo que eu disse e pensei, eu sou uma covarde desgraçada e ainda sim senti sua falta e mesmo sentindo medo, eu ainda te quero perto eu não sei o por que. —Desabafei, chorei baixinho sem me segurar.

Ele me abraçou, parecia surpreso com minha confissão.

— Me perdoa, você não sabe o quanto quis estar com você, o quanto eu queria te abraçar e beijar — Ele ergueu meu rosto ficando próximo do seu — Eu sei que não tinha o direito de te ver novamente, eu nem pensava em me despedir, mas depois do que houve...

— Minta pra mim, diga que vai mudar, que vai me seguir mesmo que eu vá para o inferno, diga que não vai deixar nenhum outro homem se aproximar de mim. — Eu já não tinha mais controle sobre minhas palavras — Minta!

— Você é e vai sempre ser a única pra mim, nunca menti quanto a isso. Eu realmente sinto algo por você e é por isso que estou saindo de sua vida. Você só estava se destruindo aos poucos estando comigo — Ele se afastou, parece que não queria ficar próximo de mim — Vai por mim, estou abrindo mão de meu egoísmo ao deixar você e essa é a maior prova de que te amo.

Jeff estava sendo sincero como nunca foi, ele apenas parecia estar... chateado. Não parecia justo pra mim, por que agora que eu o queria, ele não me queria? Ele nem ao menos me mostrou seu rosto.

— Você nem mesmo tem a coragem de me mostrar seu rosto... vai me deixar depois de tudo que me prometeu, seu mentiroso!

Num impulso puxei a máscara de seu rosto com raiva, ele não reagiu de imediato. Eu me arrependi assim que ele me agarrou pelos braços e gritou comigo.

— Era isso que você queria? — Ele me forçou a encará-lo de perto. — Satisfeita?

A pele cicatrizou após as queimaduras, mas ficou disforme e com aspecto de frágil. Seus olhos estavam fundos, uma cicatriz grosseira ia dos cantos de sua boca até as bochechas. Ela formava um sorriso horripilante.

— Jeff?

— O que você quer de mim então? — Eu arfei, ele parecia irado. — Hein? Eu não posso ser quem você quer.

Eu me calei. Eu pensei que depois de tudo o que aconteceu eu jamais iria querer vê-lo novamente, mas não foi o que eu senti. Parece que toda dependência que eu tinha voltou assim que eu o ouvi dizer que me amava e queria meu bem, porque apesar de tudo o que ele fez, ele também cuidou de mim. O homem que matava pessoas, era o mesmo que me protegia, que se preocupava em satisfazer minhas vontades, que me deu uma aliança, que jurou me amar e que me olhava com tanto desejo e obsessão que chegava a me assustar. O homem que nunca viu um anjo, mas assumia que eu era um anjo para ele. Antes eu me via presa a Jeff por causa de suas ameaças, depois eu percebi que permaneci ao seu lado por que quis, mesmo com todas as desculpas que dava para mim mesmo.

— Eu ainda te amo.

Minha voz saiu baixa. Jeff me encarou incrédulo e se aproximou, ficou em silêncio por alguns segundos. Eu tomei iniciativa e o beijei, ele cedeu. Eu o queria. Suas mãos seguravam minha cintura com força enquanto meus braços se prendiam ao redor de seu pescoço. O beijo se tornou mais intenso, suas mãos exploravam meu corpo, indo e vindo em carícias que me faziam arfar. Minha cabeça pendeu para trás quando senti meu pescoço ser beijado com voracidade.

Jeff era feroz, gostava de me tomar assim. Por mais que eu jamais fosse admitir em voz alta, eu estava sedenta e acreditei que ele também estivesse, mas quando tentei lhe tocar ele me parou.



*Pessoal peço desculpas pela demora. Grata aos que ainda acompanham essa obra <3

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