26: Desculpas
Christine
Jeffrey e eu voltamos a nos entender, durante a semana ficamos quase todos os dias juntos. Às vezes ele parece um pouco pensativo e distante. Quando perguntava, ele sempre dizia não ser nada importante. Desde aquele dia não tive contato com Larry, das vezes que liguei para minha mãe, não perguntei sobre ele.
Tenho tentado saber um pouco mais sobre Jeff, mas sempre que nossa conversa se dirige para ele ou seu passado, de forma hábil ele desvia o assunto, me distraindo com algo. Decidi não insistir, se ele desejava assim, então que ele se abrisse em seu devido tempo. Eu estava me arrumando no quarto, em frente ao espelho, ia visitar minha mãe já que ela teria o fim de semana livre. Jeff estava deitado na cama cantarolando uma música qualquer.
- Está tão entediado assim? - Ele acenou com a mão. - Por que não sai um pouco?
Ele negou fazendo uma careta de desgosto.
- Que má vontade. - Prendi o cabelo num coque. - Por que não sai com Spencer?
- Ele deve estar atrás de algum rabo de calça agora.
- Rabo de calça? Não seria rabo de saia? - Jeff gargalhou.
- Poderia, mas ele gosta mais de homens.
- Entendo, então vocês iam juntos em boates, ele para procurar homens e você, mulheres? - Brinquei.
- Homem ou mulher, desde que eu pudesse me divertir, pouco importava.
Me calei, Jeff disse isso num tom neutro como qualquer outro assunto banal debatido.
- Mas eu não vou mais a esses lugares com essa intenção. - Ele se levantou da cama vindo até mim. - Desde que coloquei meus olhos em você, qualquer mulher ou homem deixou de me atrair.
Ele tocou minha mão acariciando ela.
- E então você se apaixonou por uma boba curiosa?
- Sim. - Ele beijou minha mão. - Como um viciado que não consegue parar de usar cocaína, por que ela o faz sentir vivo.
- Pode se dizer que sou seu vício então?
- Sim, e no fim só me restam duas opções.
- Quais?
- Abandonar meu vício aceitando viver sem ele, mas com sequelas. - Encarei Jeff. - Ou continuar fazendo uso dele, até que ele me tire a vida.
Me arrepiei por suas palavras, seu olhar não era ameaçador ou doentio, apesar de sua estranha analogia. Ele me olhava de forma carinhosa, esboçando um leve sorriso.
- E você prefere qual opção?
- Você sabe qual melhor se adequa a mim, você me conhece bem.
-Claro, por isso digo que seu vício é o álcool. - Jeff me agarrou pela cintura de forma suave.
- Eu disse que você me conhecia bem. - Ri de sua afirmação. - Mas você me fez sentir coisas que nenhuma bebida jamais fez.
Me vi sem palavras. A seu modo, Jeff às vezes me diz coisas bonitas. Deixa claro que sente algo por mim e o quanto gosta de me ter. Ouso dizer que me acostumei um pouco a esse seu modo estranho de demonstrar carinho.
- Você quer que eu te leve? - Neguei. - Tem certeza? O ponto é um pouco distante.
- Não se preocupe, ainda é cedo. Eu volto amanhã, certo?
Jeff assentiu, apesar de sentir que ele não gosta quando recuso algo.
- Christine, você sabe dirigir?
- Não, já pensei em tirar carteira, mas desisti.
- Por que? - Dei de ombros. - Pode ser útil.
- Não tenho carro, talvez eu tire quando pensar em comprar um.
- Eu tenho.
- Onde que eu nunca vi?
- Eu geralmente uso ele quando vou fazer algum serviço que necessite de bagagem, desde a última vez que usei, deixei na casa de Spencer.
- Sempre com alguma novidade, não é? - Ele se sentou na beira da cama.
- Se quiser posso te ensinar, é fácil quando se perde o medo.
- Pode ser. - Terminei de arrumar minha bolsa. - Pode me ser útil, como você disse.
Me despedi de Jeff com um aceno, ele piscou o olho para mim e voltou a se deitar.
"Vadio!"
Deixei um riso escapar ao sair do quarto. Saí de casa fechando a porta, comecei a andar sem pressa até o ponto de ônibus.
(...)
- Finalmente! - Reclamei, minha mãe me abraçou surpresa.
- Querida, me desculpe. - Ela riu, eu a beijei no rosto. - Eu me distraí conversando.
- Mas eu chamei um monte de vezes. Com quem está conversando?
Coloquei minha bolsa no sofá ao entrar e só então vi Larry sair da cozinha.
- Larry? - Ele acenou e isso me fez sorrir.
- Eu me encontrei com ele outro dia e pedi que ele viesse me visitar hoje pois teria o dia livre. - Assenti. - Eu me esqueci que você vinha agora.
- Não acredito que você esqueceu. - Coloquei a mão no peito.
- Christine deixe de ser dramática. - Ela me deu um leve tapa e eu desatei a rir. - Convenhamos que eu vejo mais a Larry do que você e ele não é nem meu filho.
Meu riso congelou, ela cruzou os braços e continuou.
- Você mal vem aqui.
Me senti desconfortável. Ela nunca agiu assim antes. Ao se dar conta do que disse ela se desculpou.
- Tá tudo bem. - Peguei minha bolsa. - Eu volto depois se quiser.
- Christine não. - Larry me parou. - Olha eu já estava de saída e vocês provavelmente querem conversar.
- Não é necessário. Vocês podem ter terminado, mas eu continuo gostando de você, te considero amigo e você é sempre bem vindo aqui. Deixo claro isso.
Senti-me como uma presença indesejada em minha própria casa, era como se minha mãe achasse que indiretamente ele não ficaria por minha culpa.
"Talvez seja por minha culpa mesmo."
Um silêncio constrangedor se instalou entre nós, minha mãe suspirou.
- Estou na cozinha se precisarem e Larry, obrigado pela visita. - Ela saiu sem mais nem menos.
- Peço desculpas se isso lhe incomodou. - Larry assentiu, ele se aproximou.
- Não me incomoda vir aqui e muito menos lhe ver, se é isso que está pensando. Por que naquele dia, você saiu sem dizer nada?
- Você estava ocupado, achei que ia atrapalhar. - A imagem daquela atendente me veio à mente. - Eu só queria agradecer.
- Entendo. - Continuei encarando o chão. - O chão parece tão cheio de detalhes não é?
Fixei meu olhar no seu e ele sorriu. Seu riso me relaxou. Eu não queria lhe encarar, achei que seria estranho ou algo assim, mas não foi o caso.
- Você tem estado bem?
- Sim e você? - Ele acena com a cabeça.
- Eu te liguei naquele dia.
- Ligou? - Confusa, tentei me lembrar se recebi alguma ligação. - Mas não vi seu nome... - Só então me lembrei das chamadas perdidas de um número desconhecido.
- Eu troquei de número. - Ele coçou a nuca. - Mas não me esqueci do seu.
- Estava preocupado comigo? Me desculpe. Eu não deveria ter te chamado eu...
- Não quero suas desculpas. - Congelei. - Eu só queria que você tivesse sido sincera. Respeito suas escolhas, mas aquilo me incomodou muito.
Suas palavras me fizeram estremecer, apesar de seu olhar gentil e voz mansa.
- Eu sei que errei, eu jamais vou me perdoar pelo que fiz vocês passarem. Eu sei que minha mãe ainda está chateada comigo e por isso agiu assim hoje.
- Ela te ama muito. - O maior me deu um olhar sincero. - Apesar de não falar, ela se preocupa muito com você.
Me calei, eu ainda me sentia culpada.
- Não fica assim. - Larry se aproximou, mas antes que pudesse me tocar ele parou, sua mão retrocedeu. - Tá tudo bem.
"Por que ele parou?"
Me inclinei encostando minha cabeça em seu peito, ele me abraçou devagar. Sua mão acariciava meu cabelo. Minha mente se acalmou, como se entendesse que eu estava segura. Senti saudades de seu abraço acolhedor.
- Vamos dar por finalizado esse assunto, tudo bem? - Eu assenti.
Não pude evitar lhe abraçar, escondi meu rosto em seu peito.
- Obrigado.
Ele continuou me acariciando os cabelos, por mais que eu devesse, não queria sair de seus braços.
(...)
Voltei para casa um pouco depois do meio dia, passei a noite anterior na casa da minha mãe, assim que abri a porta notei as luzes apagadas e as janelas fechadas.
"Jeff não está em casa?"
Fechei a porta, deixei as chaves na mesa e chequei o celular. Não havia mensagem ou ligação perdida.
Larry me veio à mente.
"Então foi ele quem tinha me ligado."
Por sorte ou azar, eu não consegui atender. Não sei se foi a intenção de minha mãe ou não, mas o encontro que tive com ele, nos deu chance conversar melhor e mesmo que eu não possa voltar atrás, ao menos pude me desculpar. Acendi as luzes e subi para o quarto de Jeff. Abri a porta. Vazio, era de se esperar. Fechei a porta e fui para o meu quarto me trocar. Eu esperava encontrá-lo vazio, mas ele estava em minha cama, parecia dormir. Me aproximei, parecia estar dormindo profundamente pois não se moveu quando me sentei ao seu lado. Tinha o semblante sereno, a respiração suave.
Toquei seu rosto suavemente, desci acariciando seu pescoço. Estava sem blusa, como sempre. Seu corpo se arrepiou. Fitei a cicatriz da mordida em seu pescoço e mais abaixo, outra em seu braço. Eu as fiz e olhando agora posso dizer que não me arrependo, talvez elas sumam com o passar do tempo. Desci a mão alisando seu peitoral, meu polegar desenhou círculos em seu peito.
"Nem assim ele vai acordar?"
Me veio a vontade de mordê-lo. Não pensei duas vezes e o mordi, mas não muito forte. Ele despertou, mas não pareceu se incomodar com isso.
- Por que não um beijo? - Me afastei, ele se espreguiçou. - Mas eu não reclamei, pode continuar se quiser.
Lhe dei um tapa na cabeça, ele se sentou me encarando.
- Quando chegou?
- Agora pouco. - Ele acenou com a cabeça meio grogue. - Por que está dormindo a essa hora?
- Eu passei a noite em claro. - Meu olhar perguntou por mim, Jeff começou a se explicar de forma lenta. - Eu segui seu conselho, sai um pouco. Decidi me encontrar com Spencer e aí ele me chamou pra beber depois da gente discutir uns assuntos e uma coisa levou a outra, quando eu vi já estava amanhecendo.
- Vagabundo. - Dei outro tapa em sua cabeça.
- Não. - Ele voltou a se deitar. - Minha cabeça dói.
Franzi a testa, o que eu tenho haver se ele sai por ai pra beber e ficar de ressaca?
- Você não pode me beijar?
- Eu não vou te beijar.
- Foi por isso que me mordeu? Se for assim eu aceito também.
Fui puxada para o seu peito, ele me abraçou.
- Fica aqui. - Pedi. - Eu estou com um puta sono.
- Mas eu não. - Me libertei de seus braços. - Levanta!
Jeff continuou deitado com os olhos fechados.
- Levanta logo seu gambá bêbado, quanto você bebeu?
- Não sei. - resmungou, parecia estar em estado de torpor.
- Por que você foi exagerar tanto? - Ele não respondeu. - Tanto faz, volta a dormir.
Peguei uma muda de roupa e sai do quarto. Talvez seja melhor ele dormir mesmo. Enfim, não tem porque ligar já que aparentemente ele está bem.
(...)
Jeffrey
Queria ser acordado por Christine de novo, mas infelizmente isso não aconteceu. Minha mente parecia mais focada, mas sentia a dor de cabeça persistir. Eu não deveria ter misturado tantas bebidas. Me sentei na cama. Nem sei que horas são e se Christine ainda está em casa. Sai do quarto a passos lentos indo em direção a cozinha, precisava de água. Virei a garrafa matando minha sede.
- Use um copo. - Me virei, Christine me encarava com um olhar mortal.
- Desculpa. - Deixei a garrafa sobre a mesa. - O que está fazendo?
Ela balançou o livro que segurava e deu as costas, sentou-se no sofá e voltou a ler, parecia concentrada em sua leitura.
- O que está lendo?
- E você liga? - respondeu sem desviar os olhos.
- Desde que envolva você, sim. - Ela deu um pequeno sorriso. - Eu vi, eu vi esse sorrisinho aí.
- Se enxerga Jeff. - Christine fechou o livro enquanto ria. - Vá comer, eu fiz o almoço que ficou para jantar.
- Fez?
- Fiz apenas porque eu precisava comer, não porque me preocupei com o que você comeria.
- Eu já disse que te amo?
Ela deixou o livro no sofá e se levantou.
- Eu vou ter de esquentar, espera.
- Por que não me acordou quando fez? - Eu a segui até a cozinha.
- Te acordei quando cheguei, você praticamente desmaiou em seguida então achei que seria melhor deixar você em seu coma.
Ela mexia nas panelas enquanto eu a olhava, assim que terminou ela colocou o prato na mesa.
- Obrigado. - Ela piscou. - Agora tenho certeza que eu posso me casar com você.
Christine me encarou séria.
- Agora? - Ela se aproximou.
- Casando com você eu vou comer bem todos os dias.
"Ambas as formas." Isso me veio à mente, mas não falei essa parte.
Christine fechou a cara, ela me deu um tapa na cabeça.
- Não, minha cabeça ainda dói. - Me sentei na cadeira. - Você é tão má comigo.
Ela me olhou com deboche antes de me dar o dedo do meio. Como eu esperava, a comida estava mais que perfeita. Christine tinha tantas qualidades, era bonita, talentosa, forte, honesta e gentil. Acho que eu poderia ficar horas aqui listando suas qualidades e o por que dela parecer tão perfeita. Ela arrumava a pequena bagunça enquanto eu comia. Ela também parecia estar de bom humor.
- Christine. - Ela se virou. - Eu vou precisar ficar fora uns dias.
Ela ergueu uma sobrancelha.
- Para?
- Eu vou fazer um serviço e ele pode não ser tão rápido.
- Que serviço? - Ele me olhava fixamente.
Engoli em seco, santo Lúcifer, ela vai me me matar com os olhos.
- Spencer não explicou bem, mas pelo que vi não é nada difícil.
- Spencer? O que é que você está tramando? - Ela me interrompeu novamente, desviei o olhar. - Jeff? O que você está me escondendo?
- Nada, desde quando minto para você?
Eu não estava mentindo, apenas omitindo algo.
Seu semblante era de desconforto, ela parecia preocupada.
- Quantos dias? - Ela me encarou desconfiada.
- Cinco, no máximo. - Ela assentiu em silêncio. - Você pensou no que eu te propus?
- Em se mudar?
Christine evitava a todo custo esse assunto, nunca respondia.
- Sim, quando eu voltar eu espero que você já tenha pensado a respeito disso.
- Por que? Por que temos de nos mudar?
- Antes me agradava a ideia de ficar aqui, agora não mais.
- Por que? Não quero ir embora, tenho minha mãe aqui e...
- E? Você não vai deixar de falar com ela. - Me levantei, peguei o prato o levando para a pia. - Não entendo o que mais te prende aqui.
- E eu não entendo o que te faz querer sair daqui.
Lavei o prato, o deixei escorrendo e sequei as mãos.
- Christine, não vamos começar com isso de novo, por favor. Eu já disse, você escolhe o local, a casa e tudo mais, darei um jeito. Só precisa ser longe daqui.
- Eu não quero, gosto daqui. - Ela me deu um olhar inconformado. - Gosto dessa casa agora e minha mãe está aqui.
Suspirei. Não queria brigar com ela e nem lhe obrigar a nada.
- Faz assim. - Eu fui até ela. - Você promete que vai pensar mais um pouquinho e quando eu voltar você me dá uma resposta, seja o que for eu vou aceitar.
- Mesmo? - Ela se aninhou em meu peito.
- Sim, prometo. - A beijei na testa.
- Por que você tem de ir? Não quero ficar sozinha.
A apertei em meus braços, eu podia sim, deixar de ir, mas não queria. Primeiro que já havia dito a Spencer que o ajudaria e eu que me ofereci, segundo que eu queria fazer isso. Fazia algum tempo que eu não saciava minhas vontades e creio que depois disso ficarei off por um bom tempo.
- Eu vou te encher tanto o saco quando eu voltar que você vai querer me expulsar, eu vou voltar logo. - Ela assentiu rindo em silêncio.
Isso me deixou um pouco feliz, não por saber que Christine ficaria só, mas por ela querer minha companhia.
- Eu tenho de achar um emprego logo.
- Espera aqui. - Ela me olhou confusa.
Deixei Christine na cozinha e fui até meu quarto. No guarda roupa havia um fundo falso. Eu o abri e tirei de lá uma bolsa. Guardava ali tudo que achava importante, desde que Christine chegou, guardei minhas armas aqui. Voltei à cozinha, Christine ainda me esperava e ao ver a bolsa perguntou o que tinha nela. Eu a entreguei. Ela abriu a bolsa e arregalou os olhos.
- O que?
- Infelizmente agora em mãos é o que eu tenho. - Não sei quanto ela queria e para que mais acho que serviria.
- Por que você tem esse dinheiro assim?
- Eu posso precisar de uma hora para outra, numa emergência dinheiro vivo às vezes pode ser útil.
Ela mexeu na bolsa.
- Quanto tem aqui?
- Eu acho que cinco mil e pouco. - Chutei, ela voltou a me encarar.
- Por que está me dando isso?
- Você disse que precisava de um emprego, eu não pretendia deixar você sem provisão até eu voltar e se não quiser, você não precisa trabalhar. O que eu tenho dá pra cuidar de você. - Ela riu. - Eu não sou vagabundo.
Posso não trabalhar honestamente, segundo os princípios de Christine, mas isso me rende um bom dinheiro. Apesar de ser um "peixe pequeno", já fiz bons serviços e esse último, vai me render uma boa quantia também.
Ela continuou a rir.
- Eu não quis dizer isso. - Ela fechou a bolsa a deixando na mesa. - Falei em arranjar um emprego para que eu possa me ocupar com algo, me distrair enquanto você não estiver aqui para me estressar. Fora que tenho me sentido muito à deriva ultimamente.
- Entendi. - Não imaginei que seria isso. - Bem você pode sair, passear ou comprar livros.
Ela assentiu.
- Bem, se você me arranjar cem mil eu posso fugir para longe. - Ela brincou.
- Daria pra você fugir? Se eu te desse essa quantia, você tentaria? - Ela negou. - Que bom, por que se você fizesse isso, teria de fazer muito bem porque caso eu a encontrasse...
Ela parou de sorrir.
- Nunca mais ia te soltar. - A agarrei pela cintura - E você teria de compensar meu sofrimento.
Christine relaxou o corpo em meus braços.
- E se você não me encontrasse?
- Eu morreria. - Brinquei.
"Como eu viveria sem ter você? Sabendo que você foi a única mulher que mais chegou perto de me amar como um homem?"
Mantive isso em meus pensamentos. Sorri antes de lhe dar um selinho. Antes que eu me afastasse ela me puxou para si aprofundando nosso beijo, sua língua brincava com a minha. Adorava seus beijos, seus lábios. Arfei quando ela se afastou.
Me pergunto como eu tenho a sorte de tê-la.
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