Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

22: Tormento I

Christine

- Então, você tá bem? - Larry me perguntou despreocupadamente enquanto eu ainda assimilava o que estava acontecendo. Fui pega de surpresa ao vê-lo aqui, pensei tantas vezes em lhe procurar para conversar, mas não sabia bem o que dizer. E aqui estou eu frente a frente com ele, numa rua onde o encontrei por acaso.

- Sim, estou indo. E você?

- Estou bem. - Ele guardou as mãos no bolso da calça. - Como está sua mãe?

- Ela está bem, vim visitá-la hoje e... enfim, achei que deveria caminhar um pouco para clarear a mente. Ela pergunta por você às vezes, se eu o vi.

- Eu entendo, deve ser estranho. - Neguei.

- Olha eu só queria dizer...

- Por favor, não precisa dizer nada se for referente ao que imagino. - Fui interrompida. - Isso é passado. Estamos bem agora, cada um com suas vidas e isso é o que importa.

Pude sentir uma certa frieza vinda de suas palavras, tão diferente de como ele já foi comigo, mas isso é mais que aceitável.

- Claro. - Me afastei um pouco. - Então...

- Desejo tudo de bom pra você, se cuida tá? - Assenti.

Eu podia deixar ele ir, acabou. Já se passaram semanas, Larry não parecia guardar mágoa de mim e tampouco me desejar mal, mas meu corpo tinha agir inconscientemente.

- Espera! - O agarrei pela roupa antes que se afastasse, ele parou, mas não se virou. - Por favor, só me escute e depois eu prometo que te deixo em paz.

Larry continuou quieto, mas entendi que me escutaria mesmo não querendo.

- Tudo que passamos, mesmo que tenha sido por pouco tempo, nada foi mentira. - Respirei fundo. - Por mais que eu tenha errado, eu jamais quis te magoar.

- Eu disse que estava tudo bem. - Pude notar a raiva em sua voz. - Você mentiu pra mim uma vez, agora quer mentir de novo?

- Não, eu não quis.

- Jura? - Larry se virou exasperado. - Em momento algum você desmentiu as coisas que aquele cara disse. - Me assustei com seu ato repentino. - Você ficou a todo momento o protegendo, eu senti tanta raiva.

- Larry eu fiz aquilo por que...

- Por que você não presta Christine, era pedir demais para que fosse sincera comigo? - Fui agarrada pelo braço. - Eu me calei, não fui atrás de você e você acha mesmo que agora eu deveria escutar suas mentiras e aceitar?

- Larry por favor... - Por mais que eu não quisesse, comecei a chorar.

- Pra você pode ter sido nada, mas eu realmente te amava, eu poderia ter deixado tudo aquilo passar se você tivesse ao menos negado, se tivesse ao menos mostrado que estava arrependida ou sei lá. - Eu soluçava chorando copiosamente, algumas pessoas ao longe olhavam curiosas e vendo isso Larry se acalmou um pouco. - Meu Deus.

Ele me arrastou para um canto mais afastado, eu continuava a chorar, enxugando nervosamente as lágrimas com a manga da blusa.

- Olha eu não quis te machucar, ok? - Larry coçou a nuca visivelmente atordoado. - Eu só queria entender o porquê.

- Eu não tinha fugido e muito menos o trai. - Desabafei. - Admito meus erros, mas eu só queria protegê-los.

- Do que? - Larry perguntou confuso. - Do que você tá falando?

- Acabei sim gostando dele, mas nunca aprovei suas atitudes e isso me dá medo eu... - Por mais que eu chorasse ainda me sentia sufocada, meu peito parecia explodir e eu comecei a ofegar, meu estômago revirou pela náusea que comecei a sentir.

Minhas pernas ficaram bambas e eu senti que desabaria. Senti minhas mãos tão frias enquanto abraçava meu próprio corpo na esperança de me acalmar. Eu estava tendo outra crise, essa maldita crise. Era cansativo guardar tudo pra mim, minha mente já não suportava mais saber que eu gostava e dormia com uma cara ruim, que eu no fim aceitei ele porque quis, porque meu corpo o queria. Que eu sou tão errada quanto ele. Que me envolvi tanto com ele que não podia mais por um fim nisso. Me corrói saber do que ele é capaz de fazer, sinto minha consciência pesar toda noite. Que ele poderia me matar a qualquer momento se o quisesse. Que quando o vejo sorrir ainda tenho uma infeliz esperança de que ele mude.

- Calma Christine. - Larry me segurou. - Eu estou aqui, está tudo bem, esqueça tudo que eu disse.

- Mas eu...

- Por favor, só me escute está bem. - Ele forçou meu rosto em direção a seu. - Olha pra mim, foca sua atenção em mim. - Meu olhar se fixou ao seu. - Independente do que houve, eu preciso que esqueça agora.

Eu ofegava tentando controlar minha respiração aos poucos.

- Vai ficar tudo bem, só precisa se acalmar. - Assenti movendo a cabeça, respirei fundo organizando os pensamentos em minha mente, tentando dissipá-los. - Isso respira fundo.

Fechei os olhos por um momento. Por mais que eu estivesse totalmente errada, Larry ainda pensou em me ajudar mesmo quando podia me deixar e seguir seu caminho. Ele soltou meu rosto. Abri meus olhos e ele se afastou desviando o olhar.

- Olha eu não sei...- Ele parou como se estivesse pensando no que diria. - Não sei pelo que você está passando, mas sinceramente você não me parece estar bem.

Permaneci calada, ainda tentava me acalmar.

- Eu não posso dizer que não guardo mágoa, mas também não posso dizer que não me preocupo, eu estou confuso com as coisas que você disse agora pouco.

- Desculpa por isso.

- Tá tudo bem e eu também peço desculpas pela forma que agi.

Assenti, baixei meu olhar e passei as mãos pelo rosto tentando organizar a mente.

- Preciso que você me explique o que houve e por que você disse aquelas coisas.

- Só esquece o que eu falei aquilo foi por causa do nervosismo e...

- E lá vamos nós, de novo você está mentindo. Por que é tão difícil confiar em mim? - Não tive coragem de falar, não porque eu não confiava nele e sim por não querer que ele se envolvesse num problema que eu mesmo criei, a essa altura eu não posso me considerar mais uma vítima de Jeff e sim cúmplice, sei as coisas que ele fez e nunca o contei pra ninguém. - Olha eu não vou te forçar a falar, mas não posso ajudar, caso precise, se não me contar o que houve.

Assenti ainda em silêncio. Larry suspirou cruzando os braços.

- Vem, eu vou te levar para casa de sua mãe. - Neguei, aleguei que não queria incomodá-lo. - Olha, não vou te deixar aqui depois de ver como você está, não sou louco de te deixar sem saber como vai ficar. - Insistiu.

"Sempre protetor."

Assenti e começamos a voltar em direção à casa de minha mãe. Larry andava ao meu lado sem dizer nada, mas eu sentia seu olhar preocupado sobre mim às vezes. Por que ele ainda se importa comigo?

- Por que está fazendo isso? - Criei coragem para perguntar.

- Isso o que?

- Está me levando até em casa.

- Eu só não acho correto deixar você sozinha aqui, só isso.

- Entendo.

Seguimos andando devagar e em silêncio, achei que não deveria lhe fazer mais perguntas. Larry parecia o mesmo de sempre, até então tudo ia bem e eu estava me sentindo um pouco melhor. Queria conversar com ele, como fazíamos antes, mas sei que isso jamais aconteceria. Estávamos próximos de chegar, queria agradecer ele por me acompanhar e pedir desculpas pelo transtorno que causei, mas ignorei tudo ao ver alguém na porta na porta da casa de minha mãe.

"Quem diabos é ali?"

Meu sangue gelou e o pânico de minutos atrás voltou a tomar conta de mim quando notei que era Jeff. Eu sei que parece irracional, mas se tratando dele, temi. Larry parou ao perceber que eu estava imóvel. Andei de forma mais apressada até chegar a eles.

- Christine você... - Jeff parou ao notar meu estado e veio até mim. - O que aconteceu com você?

Seu ar de preocupação se esvaiu assim que notou Larry se aproximar de nós, seu rosto se fechou numa careta.

Larry cumprimentou minha mãe enquanto Jeff ainda o encarava.

- O que tá fazendo aqui? O que você fez? - Perguntei.

- Seu namorado veio procurar você, estava preocupado. - Minha mãe respondeu.

- Você demorou e esqueceu seu celular, só vim ver se estava bem. - Seu tom calmo não condizia com sua expressão ciumenta.

- O que houve? Você não parece bem. - Minha mãe veio até mim. - Está pálida.

Sorri falsamente alegando que era impressão dela.

- Encontrei Christine agora pouco, ela estava passando mal então decidi acompanhá-la até aqui

Jeff o fuzilava com o olhar, ele parecia estar se segurando. Larry o encarou com um olhar de desprezo e voltou seu olhar para mim.

- Se eu soubesse que não estava bem não teria deixado você ir, obrigada Larry.

Ele assentiu e se despediu de nós. Notei a raiva de Jeff e como ele passou a me encarar. Minha mãe estava preocupada demais comigo para notar isso.

- Acho melhor levar você ao médico, o que você está sentindo?

- Já melhorei mãe, não se preocupe. - Menti. - Jeff vai me levar para casa e eu ligo para você assim que chegar.

Ela fitou Jeff.

- Prometo que levo ela ao hospital se precisar.

Relutante, ela aceitou. Me fez prometer que ligaria informando como estava.

Me despedi dela e fomos para casa, durante quase todo o caminho fomos em silêncio, Jeff só falou comigo quando paramos em um sinal fechado.

- Você realmente se sente melhor?

Eu respondi dizendo que sim e novamente ele se calou, sendo assim até chegarmos em sua casa.

- Pode me explicar o que estava fazendo com ele?

- Mal entrei em casa e essa é a primeira coisa que me pergunta?

- Oh mil perdões. - Debochou. - Como está agora? Melhorou do repentino mal estar que teve?

- Como você é irritante, tenho me sentido mal constantemente e você pouco se importa como estou.

- O que você estava fazendo com aquele cara?

- Você é surdo? Não escutou ele falar?

- Eu não quero saber que desgraça ele falou, quero ouvir de você. - Reclamou exaltado - Engraçado que você foi encontrar justo ele não é? Qual a probabilidade disso acontecer?

- Eu não acredito. - Me sentei apoiando a cabeça nas mãos. - Você realmente está insinuando que sai para me encontrar com ele?

- Meio estranho não acha? De tantas pessoas tinha de ser logo ele. - Respondeu como se fosse óbvio.

- Jeff seu ciúme é maior do que a preocupação que sente por mim? Eu estava mal e mesmo não tendo obrigação alguma ele me ajudou.

- Claro, ele te "ajudou".

- Você nem mesmo se importa como estou, acha mesmo que sai para ir atrás dele? Como eu faria isso sabendo que ele me odeia por sua causa?

- Não me importo? Ingrata, diversas vezes eu fiz o que você pediu mesmo querendo o contrário. - Jeff se curvou sobre mim e puxou meu rosto para que eu o olhasse. - Eu fui atrás de você justo por me preocupar e claro que eu ainda estou.

- Então qual o problema? Por que você tá agindo assim?

- Por que eu não quero ver aquele cara perto de você. - Falou exasperado.

Dei as costas indo em direção à cozinha para pegar água, minha cabeça começou a doer.

- Não dê as costas enquanto eu estiver falando. - Ele me seguia enquanto eu o ignorava pegando um copo para pôr água.

- Jeff, isso está se tornando impossível para nós. Não sei como isso vai dar certo, no pouco tempo que estamos juntos já brigamos tantas vezes. Ficamos dois dias bem e o resto da semana mal.

- O que isso tem haver agora? Não mude de assunto?

- Mudar de assunto? Agora mesmo estamos brigando por causa de seu ciúmes doentio. Não quero viver assim.

- Tá dizendo isso agora por que viu aquele bastardo?

- Que inferno! - Lancei o copo em sua direção que se estilhaçou na parede e por pouco não o acertou. - Eu já não estou bem e você ainda quer me enlouquecer?

Ele me encarou com um olhar frio e feroz.

- Vai tentar me matar de novo como fez da outra vez? - Fechei as mãos tentando manter o controle. - Por que eu sinto dizer, dessa vez eu não vou ser tolerante.

- Infelizmente eu falhei. - Minha mente estava atormentada enquanto eu sentia um misto de medo e raiva, por mais que eu não devesse, deixei meu corpo reagir antes mesmo de pensar claramente.

- Já chega! - Jeff avançava me encurralando. - Cansei de aturar isso.

Recuei até me encostar na parede, não tinha mais para onde escapar.

- Acharia isso fofo se eu não estivesse com tanta raiva agora. Dessa vez eu não vou deixar passar. - Ele disse isso de forma calma, antes de me agarrar e sair me puxando.

- Solta Jeff. - Gritei tentando acertá-lo na esperança de impedir que me levasse. - Desgraçado solta.

- Para de se comportar como criança Christine. - Continuei gritando e isso só o enfureceu. - Eu vou te matar se ficar assim.

- Seu covarde. - Mordi seu pescoço o mais forte que pude até sentir o gosto de sangue em minha boca.

Ele me soltou enquanto xingava, tentei subir as escadas o mais rápido que podia. Queria me trancar em meu quarto sem ter de olhar para ele. Respirei tentando recuperar o fôlego, mas antes que pudesse parar ele me agarrou pelo cabelo, minha cabeça doeu pelo puxão repentino. Meu corpo se chocou contra o seu de forma que me senti zonza.

- Sério? Você me mordeu? - Ele deu um riso antes de me dar um tapa no rosto. - Eu até ficaria excitado se não estivesse com raiva.

Jeff apertou meu pescoço, gritei pedindo pra que parasse com aquilo e ele parou, mas me empurrou tão forte contra o chão que acho que por pouco não quebrei nada.

- Eu realmente não queria ter de agir assim, mas você não coopera. - Ele se agachou ao meu lado. - Em partes isso é tudo culpa sua sabe, olha o que você me fez.

Olhei para o seu pescoço sujo de sangue pela ferida que causei.

- Eu tenho tentado ser o mais dócil possível com você, mas acho que talvez você não queira assim.

- Dócil? - Rebati. - Você só não me matou porque fiz tudo o que você queria. - Me apoiei sobre os cotovelos tentando me erguer. - Te amei mesmo você sendo um louco doentio.

- Me amou? - Jeff estreitou o olhar. - Então quer dizer que já não me ama mais? Que repentino.

Me levantei com dificuldade, meu corpo estava tão fatigado e dolorido que cheguei a me perguntar se não havia me machucado seriamente. Eu já me sentia cansada por mais cedo e agora só queria desabar.

- Engraçado você dizer isso hoje justo após ter se encontrado com ele, não é?

- O que? - Minha mente já estava tão perturbada a essa altura.

- Não mente pra mim. - Jeff tornou a me puxar pelo cabelo enquanto gritava comigo. - Que porra você foi fazer com ele?

- Nada. - Por mais que eu tentasse em vão me soltar, Jeff ainda era mais forte que eu. - Eu juro. - Tentei me controlar o máximo que pude para não chorar.

- É bom que seja verdade, porque eu juro pra você Christine. Eu não me importo se você não me ama mais, mas acredite que de um jeito outro você vai continuar a ser minha e eu tenho inúmeras formas de fazer isso. - Seu rosto estava tomado por puro ódio enquanto dizia essas coisas.

Me senti assustada, voltei a sentir medo, a tremer e chorar de forma descontrolada.

- Anda logo. - Fui jogada novamente no chão, mas desta vez em meu quarto. - Espera quieta aqui.

Não quis reagir, o que adiantaria? Jeff faria o que quisesse de um jeito ou de outro e eu era fraca demais pra conseguir revidar. Andei até a cama e me joguei sobre ela, se eu ia morrer que ao menos não fosse num chão frio. Penso qual seria a reação de minha mãe ao saber que encontraram o corpo de sua filha numa vala qualquer, eu acho que até mesmo já imaginei isso antes. Não demorou e Jeff retornou, empurrou a porta num estrondo que fez meu corpo estremecer.

- Toma essa merda. - Meu celular foi jogado sobre mim. - Tem chamada perdida aí e com certeza é daquela mulher, liga pra ela e diz que tá tudo bem.

Neguei. Jeff suspirou e pediu mais uma vez, dessa vez com calma.

- Já disse que não. - Achei que seria agredida e insultada, mas Jeff fez pior.

- Faz a ligação. - E mais uma vez eu estava sob a mira de uma arma.

- Você não teria coragem. - Ele não faria isso, com certeza a arma estava descarregada.

- Não? - Jeff disparou no outro lado do quarto sem nem mesmo desviar o olhar de mim, gritei assustada. - Christine, minha paciência está se esgotando.

Aquilo já era demais, ele gritava me dando ordens enquanto apontava a arma para mim e eu sabia que se não fizesse o que ele queria eu teria de passar por uma noite infernal.

- Eu faço. - Peguei o celular. - Espero que tenham escutado o disparo e chamem a polícia seu doente.

- Oh minha princesa. - Ele gargalhou. - Por que você acha que escolhi morar aqui? As casas são tão afastadas umas das outras e mesmo que alguém escutasse, acha mesmo que se importariam?

- Desgraçado. - Maldito lugar.

- Olha a boca viu e tenta não falar com essa voz de choro. Ah e mais uma coisa. - Ele se aproximou. - Lembre do que eu te disse uma vez, posso fazer você morrer um pouco a cada dia sem nem mesmo encostar em você. Basta eu ir atrás deles, você não quer que eles sofram por um pequeno erro seu, não é?

Neguei sem conseguir evitar tremer.

- Que ótimo meu amor, que bom que estamos começando a nos entender.

Digitei o número e esperei chamar, levou apenas alguns segundos e minha mãe atendeu.

- Filha, você chegou bem? Está melhor?

Tentei controlar minha respiração enquanto era bombardeada com perguntas das quais eu mentiria.

- Sim mãe, estou.

- Que voz é essa meu amor? Cadê seu namorado? Não está com você?

- Ele saiu para comprar alguns remédios, mas vai voltar logo. - Jeff sorriu descaradamente enquanto me via mentir. - Eu só tive outra crise, logo vai passar.

Minha mãe preocupada, me dizia palavras de carinho pedindo para que me acalmasse e por mais que não estivesse comigo, me amava muito e que assim que possível estaria ao meu lado. Me senti pior ainda por estar mentindo pra ela.

- Obrigada mãe, eu também te amo muito e independente de qualquer coisa sempre vou te amar, você é a maior e melhor mãe do mundo. - Chorei ao dizer essas palavras, pois elas não eram mentira, a mulher que me deu a vida e que daria a própria vida por mim estava agora mesmo cuidando de mim e eu não podia nem mesmo abraçá-la.

Jeff me encarava agora com um olhar estranho e sombrio, parecia absorto em seus pensamentos. Me despedi de minha mãe com a promessa de que ligaria depois e encerrei a chamada. Alguns segundos se passaram e ele ainda me encarava.

- Fiz o que pediu. - Quebrei o silêncio. - Mantenha suas mãos sujas longe dela.

- Cala a boca. - Exigiu. - Agora me passa o celular e coloca isso.

Dei o celular para Jeff que pegou e me passou uma algema.

- Não acredito, isso é mesmo necessário?

- Coloca no pulso e na cabeceira da cama. Sempre que confio em você só me fodo, uma vez você quase me matou, outra vez invadiu meu quarto e dessa vez você me mordeu.

- Eu não fiz nada que você não tenha merecido e quando entrei em seu quarto eu não lhe fiz mal, eu deveria ter te matado quando pude. - Me arrependo por não ter feito isso. - Está com medo de que eu finalmente tire sua vida?

- Claro. - Ironizou. - Na verdade não é nem por isso, até porque você não conseguiria. É mais por sua própria segurança.

- Nojento. - Fechei a algema em meu pulso e prendi a cama. - Espero que você morra.

- Eu ficaria ofendido, mas sei que depois você vai estar gemendo meu nome então...

Me segurei para não dizer mais nada, por mais que eu fosse ficar desconfortável presa assim, me sentiria melhor ficando sozinha.

- Tente não se matar. - Continuei calada enquanto Jeff me encarava. - Agora pouco você disse que teve uma crise, se referia ao seu ataque de birra?

Não achei que Jeff merecia uma resposta, mas se eu não respondesse ele poderia continuar me importunando.

- Ansiedade, eu sempre fui muito ansiosa. - Jeff franziu a testa. - Eu fazia tratamento antes.

- Eu não sabia disso.

- Claro que não, nunca contei e com certeza você não se importaria se eu contasse - Me deitei de forma desajeitada e fechei os olhos na esperança de que ele se fosse.

- Se você diz. - Escutei Jeff bater a porta ao sair.

Paz, talvez eu finalmente tenha um pouco de paz se minha mente me permitisse descansar. O sangue em minha boca amargava, por mais que eu tentasse não pensar nisso me pergunto o que teria acontecido se eu tivesse arrancando sua carne. Deus, estou enlouquecendo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro