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04: Desejos II


Christine

Quase desabei quando recebi a mensagem de Larry pela manhã. Eu estaria apenas nervosa se não soubesse o desgraçado que fez aquilo, mas sabendo, eu estava nervosa e com raiva.

Ele disse que prestaria queixa e não se machucou, mas ficaria dois dias afastado do trabalho e me recomendou tomar o dobro de cuidado, já que não sabia o motivo e nem quem fez isso.

Eu conversei com ele e disse que iria visitá-lo em sua casa ao sair do trabalho. Minha ansiedade estava me enlouquecendo, eu estava a ponto de ter uma crise.

"Respire, respire fundo." Repeti mentalmente tentando me acalmar.

A manhã passou de forma dolorosa pra mim, me arrumei antes e fui para o trabalho um pouco mais cedo. Não me senti bem trabalhando, sentia meio que uma grande falta de Larry. Eu não queria, mas tinha me apegado muito a ele e sua presença.

(...)

Finalmente eu iria ver Larry, me despedi do pessoal e segui para o ponto. Eu estava tão afobada que não prestei atenção no caminho e me esbarrei em um grupinho de pessoas.

— Desculpe. — Falei e continuei a andar.

— Que desatenta. — Escutei alguém do grupo reclamar.

— Ah tá. — Bufei sem paciência .

— Pra que tanta pressa?

Adiantei os passos não querendo mais problemas, eu já tinha até demais.

— Que mal educada não? — O babaca riu. — Estamos falando com você.

— Vai se ferrar. — Gritei em resposta.

Talvez fosse a raiva que eu estava que me fez agir assim, por que eu normalmente iria ignorar.

– Vadia grossa hein.

Um cara me agarrou pelo braço e rapidamente o puxei me afastando.

Eu estava focada no imbecil à minha frente e não notei alguém se aproximando de mim.

— Algum problema? — Senti sua mão atrás de minha costas, ele se aproximou ainda mais. — Vou adorar resolver se houver algum.

— Jeff? — Eu senti um misto de medo, surpresa e alívio. Eu queria afastar ele de mim e lhe bater, mas senti algo afiado me espetar.

— Caio deixa isso pra lá. — Disseram para o cara de frente pra mim.

— Tsc. — Ele deu as costas e saiu reclamando com seu grupinho de idiotas.

Encarei Jeff que me olhou seriamente.

— Não vai me agradecer por te livrar de um imbecil bêbado? — Senti a pressão em minhas costas desaparecer e então ele me puxou ficando colado em mim.

— Você é um monstro, por que fez aquilo?

— Fiz o que? Te fazer um favor? Deveria ter ficado quieto? — Havia um tom de graça quando ele falou.

— Você sabe, não finja que não foi você. Isso já foi longe demais.

— Achei que receberia ao menos um obrigado.

— Quer que eu agradeça por colocar a vida de meu amigo em risco? Por quase tê-lo matado? É isso? — O empurrei me afastando.

— Não por isso.

Antes que eu pudesse responder ele me puxou, não de forma agressiva, mas sim como se estivesse com urgência.

— Pra onde vai? Mandei não andar por aqui a noite.

"Desde quando se importava? Ou eu lhe devia satisfação?"

— Não lhe devo satisfação e duvido muito que um cara como você se preocupe com alguém. — Meu tom rude o deixou de cara feia.

— Responde agora! — Ordenou.

— Já disse me deixa em paz, você é só um monstro.

— O monstro que livra você de caras babacas como aquele que você viu agora pouco. — Ele deu uma pausa e respirou fundo. — Você insiste em dizer a mesma coisa toda vez que te vejo, já se perguntou por que eu os matei?

Eu nunca tinha olhado isso por esse ponto de vista, até porque pra mim tirar a vida de outra pessoa era algo drástico demais e não tinha motivo para isso. A justiça deve ser feita, claro, mas não resolvida com mortes independente do crime daquela pessoa.

— Eu não vou nunca, não tem desculpa pra oque você fez e eu jamais vou entender isso. — Interrompi ele. — E mais, não sei por que matou aqueles caras, mas por que tentou ferir Larry? Você tentou me matar assim que me viu naquela noite e depois que soube quem eu era e que não fui a polícia ainda sim você me persegue. Por que? Eu fiquei quieta e mesmo assim você continuou a me ameaçar. Que tipo de pessoa faz isso?

Minhas mãos tremiam não só pelo nervosismo, mas pelo medo de morrer. Ele estava ali, parado me encarando com uma expressão neutra. Suas mãos ainda me segurando pelos pulsos, não estava me apertando, mas era como se ele não quisesse que eu saísse dali.

— Nem sempre podemos ignorar nossos desejos. — Ele soltou meus pulsos e suas mãos subiram até meu pescoço. — Alguns impulsos são quase impossíveis de se deter e por mais que tente, no fim... só resta uma opção... alimentar esses desejos.

Suas mãos se fecharam ao redor de meu pescoço como uma coleira, ele não apertou, então sorriu. Seu cabelo meio bagunçado cobria seu rosto de forma estranha e por mais que parecesse loucura, isso combinava consigo.

— Acho que se pode ir contra qualquer desejo desde que se tenha força de vontade. — Minha voz saiu arrastada, quase num sussurro.

— Não existe força de vontade que resista a um desejo reprimido. — Jeff aproximou os lábios de meu ouvido e sussurrou. — Existe uma grande diferença entre desejo e vontade minha Christine, eu vou alimentar cada um de meus desejos mesmo que isso me destrua.

Sua voz e respiração ao pé do meu ouvido me causaram uma sensação estranha, um leve arrepio interno percorreu por mim.

— Se tentasse você saberia o quão bom é ceder aos seus desejos e certos impulsos. — Minha respiração acelerou e por instinto agarrei sua jaqueta, porém não o afastei de mim. – Só experimente.

Eu estava confusa, não sabia bem como agir e por mais estranho que parecesse eu não tinha resposta. Eu só não sabia o que fazer.

Seu rosto estava tão perto e seu olhar fixo no meu, eu fechei os olhos e respirei fundo. Sua mão apertou meu cabelo na nuca quando senti seu beijo, ele havia me beijado.

Primeiro de forma suave e devagar, eu não me afastei, então sua língua invadiu minha boca de forma urgente e eu deixei, eu retribui seu beijo. Era como experimentar algo totalmente diferente já que minha mente sabia que era errado e inconsequente, mas meu corpo queria então eu cedi. Era errado.

— Não. — Virei o rosto me afastando de sua boca. — Isso é loucura, me deixa em paz.

Jeff deu um sorriso de leve e sussurrou.

— Por hoje, tudo bem.

Ele me soltou e saiu, andando como se nada tivesse acontecido e como se tudo estivesse bem.

"O que aconteceu comigo?" Eu estava confusa.

Depois de alguns minutos retomei meu caminho e segui para o ponto.

Eu estava tão perdida em meus pensamentos que não vi o celular tocar, quando abri a bolsa vi duas chamadas perdidas de Larry. Retornei a ligação e olhei ao redor.

— Alô, Christine?

— Oi desculpe, eu não vi sua ligação. Eu perdi o ônibus. — Menti.

— Tudo bem, já está tarde então talvez seja melhor ir para casa. — Larry falava meio chateado. — Queria muito te ver, mas me preocupo de você ficar na rua até tarde.

Eu não queria ficar sem ver Larry, ele tinha sido tão gentil comigo esses dias e eu queria ver se ele estava bem.

— Larry? — Ele respondeu — Posso dormir aí? Eu sei que...

— Não tem problema. — Ele me interrompeu.

— Certo, então até logo ok?

Me despedi e desliguei, mandei uma mensagem de texto pra minha mãe avisando que passaria a noite fora cuidado de um amigo, ela entenderia.

Eu peguei o ônibus e toda minha viagem fui pensando no encontro que tive com Jeff, nas coisas que ele falou, no beijo que me deu. Em circunstâncias normais eu estaria um pouco nervosa por passar a noite na casa de Larry, mas não era isso que me deixava pensativa agora.

Fui recebida com um sorriso caloroso assim que entrei, era a segunda vez que eu estava em sua casa, só que dessa vez eu passaria a noite, mas não que fosse algo de outro mundo.

— Fica a vontade. — Larry ajeitou o cabelo.

— Obrigada.

Eu entrei rapidamente e respirei fundo. Deixei a bolsa no chão e me joguei no sofá.

— Dia cansativo? — Perguntou, eu assenti apertando minhas mãos.

— Como você está? Se machucou? — Ele sorriu.

— Bem e não me machuquei. O carro tá na oficina. — Larry se sentou ao meu lado. — Eu acho melhor você tirar a semana de folga Christine, você tá cansada e eu fico preocupado com você.

Eu ri alto lhe dando um tapinha nas costas.

— Você sofre um atentado e eu fico em casa? — Larry ficou sério. — Relaxe, ok? Descanse e tome o dobro de cuidado agora.

— Falo sério Crist você tá liberada pelo menos até eu poder te deixar em casa. — Larry cruzou os braços.

— Com que direito você decidiu isso Larry? Por acaso é meu patrão? — Ele ficou calado, não negou apenas fez um bico. — Espera, tá brincando?

Larry sorriu e tombou sua cabeça em meu ombro.

— Não, eu sou o dono. — Eu fechei a cara — No início eu não tinha intenção de trabalhar pra mim mesmo, se é que podemos dizer assim, mas eu gostei de ficar perto de você então... — Ele deu de ombros. — Pedi a todos que não contassem a você e assim ficamos como colegas de trabalho e não como patrão e empregado.

— Filho da puta... — Dei um tapa na cabeça dele.

— Ai que maldade a sua, quase sofri um acidente.

Larry gemeu brincando.

— Por que escondeu isso de mim? — Em partes eu não tinha ficado chateada por Larry mentir.

— Ah eu já disse, queria ficar mais próximo de você.

— Não vou te desculpar por mentir pra mim seu vagabundo burguês, podia ficar de boa em casa e preferia trabalhar. — Fingi estar mal com ele.

— Faço qualquer coisa pra você me desculpar.

"Qualquer coisa?" Pensei.

Ficamos alguns segundos em silêncio.

— Quero um suprimento vitalício de sorvete.

Nós rimos do meu pedido bobo.

— Mesmo você estando de mal. — Ele sorriu de forma brincalhona — Por um motivo besta claro, ainda sim você veio me ver porque estava preocupada então... Obrigado.

Eu corei e abaixei o rosto, fiquei olhando o chão por alguns segundos.

— Claro que sim, você é meu amigo. — Quebrei o silêncio.

— Claro. — Ele riu novamente. — Só quero que saiba que penso em você como mais do que amiga.

— Como irmã? — Me fiz de boba.

Larry suspirou.

Um silêncio constrangedor tomou conta de nossa conversa.

— Eu gosto de você.

— Eu sei.

— Gosto muito. — Larry levantou meu rosto — Tanto que fico ansioso pra te ver de novo mesmo tendo acabado de falar com você, toda noite quando deito me pergunto como você está e se pensou em mim assim como passei o dia pensando em você.

— Isso é um pedido de namoro? — Ele revirou os olhos. — É, Parece que sim.

— Não precisa responder se não quiser, eu só...

— Tudo bem, eu vou pensar. Admito que também gosto muito de você Larry, mas me dê alguns dias pra que eu possa pensar com calma.

Ele assentiu e sorriu, ele sempre me dava um sorriso doce. Larry me fazia muito bem e eu sabia que me envolver com ele poderia ser algo bom pra mim, mas temia estar colocando ele em perigo. Meus dias foram difíceis, mas Larry estava sempre lá. Mesmo sem saber me ajudava.

— Muito bem, já que estou aqui faremos uma sessão especial de filmes. — Ele sorriu ainda mais. — Vamos ver algo legal, eu escolho o filme e você os comes. — Brinquei.

Larry ficava tão lindo sorrindo, tudo nele parecia perfeito e eu diria até mesmo que se anjos existissem, ele seria um deles. Acariciei seu cabelo cacheado bagunçado.

— Você me faz parecer um adolescente apaixonado. — Ele tocou minha mão e a colocou em seu rosto. — Me faz querer fazer qualquer coisa por você.

— Não diga bobagens Larry.

— Não são, você pode não acreditar, mas eu realmente gosto de você.

Meu coração estava disparado, eu tentei me manter calma. Era como se eu perdesse a voz e controle de meu corpo.

Larry beijou minha mão e se levantou.

— Bem, então você escolhe o que vamos ver. — Ele caminhou indo em direção a cozinha. — Fica à vontade.

Fiquei alguns segundos me acalmando e pensando no que havia acabado de acontecer.

Ele me conhecia a alguns meses, me via quase todos os dias, mas era cedo demais para dizer isso.

Larry Fisher, 26 anos. Signo: Virgem

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