⚜️ 5×15
Hellen Mikaelson
—Aqui, amor.—Kol me ajudou a descer do carro e Elijah fechou a porta logo em seguida quando me coloquei de pé.
—Obrigada.—Murmurei e esbocei um sorriso pequeno.
Kol e eu entrelaçamos nossos braços e Elijah e Camille também o fizeram, assim atravessamos a rua para entrar no grande salão. Já havia visto o carro de Klaus e o carro de Rebekah um pouco mais afastados, o que indicava que eles já estavam na festa.
—Boa noite, os convites?—O cara vestido com um terno padrão disse com um sorriso amistoso.
Okay, até anfitrião tem, essa festa realmente está chique.
—John!—Davina passou entre as pessoas e se aproximou sorrindo ao nos ver.—O que pensa que tá fazendo?
—Conferindo os convites, senhorita.—Ele respondeu levemente confuso e franziu o cenho.
—Eles não precisam disso.—Dav pegou o convite que estava na mão livre de Kol e rasgou o papel.—Eles são da família.
—Ah...me perdoem.—Ele pediu dando espaço para que passássemos.
Passamos pela recepção sendo guiados por Davina que estava extremamente elegante em seu vestido preto colado.
—Vamos, gente. Tem uma mesa separada pra vocês.—Ela se virou novamente para nós e sorriu.—Fiquem à vontade, bebam, comam e se divirtam! Depois que eu encontrar meu noivo faço questão de arrastar ele pra mesa e conversamos com todos vocês.
—Fala pra ele que tô com saudade.—Kol brincou piscando e Dav revirou os olhos rindo.
—Marmitinha de vampiro!—Dei um tapa forte até demais no braço do meu noivo e ele riu fazendo uma careta de dor e esfregando o lugar.
—Ui, que temperamental.—Ele zombou e quando vimos Davina já tinha sido arrastada pelo pessoal do buffet.
—Estão vendo onde os outros estão?—Perguntei para o casal atrás de mim.
—Não faço ideia.—Cami negou olhando em volta e Elijah ergueu o queixo apontando.
—Ali perto do palco.—Ele apontou com a mão, ainda segurando a mão da loira, e fomos na direção deles.
Era tudo muito chique, lustres, mesas decoradas com flores brancas, garrafas de champanhe em baldes de gelo, sem falar no balcão de bebidas e o balcão de petiscos.
—Olha só, ta maravilhosa a mamãe!—Rebekah disse sorrindo culpada e entendi.
Ela está tentando pedir desculpas.
—Pois é, mas não chego aos pés de vocês duas!—Olhei para a loira e desviei meu olhar para a híbrida ao lado de Klaus.
—Meninas, se acomodem. Vamos buscar mais bebida.—Klaus avisou se levantando e puxando os irmãos.
Cami e eu nos sentamos na mesa e Rebekah mordeu o lábio inferior tentando criar coragem pra falar.
—Okay, eu não aguento!—Ela soltou o ar que prendia.—Me perdoa, Hellen. Nada justifica eu ter duvidado de você e tem todo o direito de não querer falar comigo.
—É, isso me surpreendeu vindo de você.—Falei chateada.—Era a última pessoa que eu esperava que desconfiasse de mim.
—Me desculpa.—Ela insistiu.
—Olha, quer saber...tá bem!—Respirei fundo cansada.—Já cansei de ficar mal resolvida com todo mundo.
—Eu sei que nem todas as desculpas do mundo podem reconstruir a confiança que tinha em mim, mas eu juro que vou dar meu melhor.—Ela deu um sorriso entristecido.
—Eu tô te desculpando, mas não significa que a confiança continua a mesma.—Abaixei meus olhos mexendo nas minhas próprias mãos.—Aquilo doeu, Bekah.
—Eu sei, não pensei na hora e...—Ela parou de falar na hora e a encarei arqueando uma sobrancelha.—Tenho uma coisa pra te contar.
—Oi, vadias. Cheguei!—Katherine disse me fazendo virar para olha-la.
—Falando no diabo...—Bekah murmurou e fiquei séria ao identificar o que ela queria me contar.
—Cadê os garotos?
Eu sabia do que Katherine havia feito a algumas semanas. Kol me contou no mesmo dia e até agora fiquei quieta, fingi que nada havia acontecido, afinal, ela, depois da Bekah, é minha amiga mais antiga.
Mas agora já chega!
—Se está procurando alguém pra se esfregar veio no lugar errado.—Falei friamente sem olhar na cara da duplicata.
—O que deu em você Hellen?—Ela riu nervosa.—Eu fiz algo?
—Para de ser cínica!—Bekah bateu as mãos na mesa se levantando e saiu bufando irritada.—É hoje que eu resolvo isso.
—Nossa, o que deu nela?—Katherine questionou se fazendo de sonsa e revirei os olhos.
—Vaza daqui, Katherine. Para de tumultuar.—Davina surgiu segurando o braço da duplicata e a olhando séria.
—Argh...que chatisse!—A Petrova revirou os olhos e saiu rapidamente.
—Desculpem meninas, ela mesma se convidou.—Dav suplicou e apenas balancei a cabeça negativamente dizendo que estava tudo bem.
—Bem, vou procurar meu namorado meninas.—Hayley se levantou ainda com Hope no colo.—Cami, se importa de segurar ela um segundo?
—Eu amo cuidar dessa princesinha!—Cami sorriu quando a menininha abriu os bracinhos em sua direção e praticamente se jogou em seu colo.
—Obrigada.—Hayley murmurou e saiu em busca de Klaus.
—Oi neném.—Apertei a bochechinha da minha sobrinha que riu.—Em breve você vai ter um priminho ou uma priminha pra brincar.
—Elle...—Ela balbuciou.
—Oh amor, é a titia Hellen.—Brinquei com as mãozinhas dela sorrindo boba.
Hayley Marshall
Procurei com os olhos Klaus, mas o único que vi foi Elijah. Fui em sua direção que observava a festa toda.
—Julgando esse monte de jovens imaturos?—Brinquei me aproximando e ele negou rindo.
—É, no meu tempo as festas eram menos agitadas.—Ele entrou na brincadeira soltando um suspiro.
—Não é como se você fosse a pessoa mais nova desse salão...—Segurei minha gargalhada o fazendo rir.
—Isso foi deselegante.—Elijah se fingiu de sério mordendo o lábio para não rir.
—Ela não mentiu, irmão.—Klaus apareceu com duas taças em mãos e me entregou uma.
—Obrigado, amor.—Bebi um gole do champanhe.—Mas você é tão velho quanto Elijah.
—Ouch!—Ele fez uma careta que, sinceramente, o deixou mais atraente.
—Estamos no mesmo barco, Niklaus.—Elih deu duas batidinhas no ombro do meu namorado e saiu com um sorrisinho.
—Quer dançar?—Klaus voltou seu olhar sugestivo para mim.
—Claro.—Dei um último gole na bebida e deixamos as taças no balcão indo em direção à pista onde algumas pessoas já dançavam.
Hellen Mikaelson
Cami e eu brincávamos com Hope enquanto ela balbuciava algumas palavras totalmente sem sentido, mas que rendiam muitas risadas.
—Desculpe interromper, garotas.—Elijah se juntou à nós.—Querem dar uma volta?
—Não, obrigada.—Recusei educadamente com um sorriso.—Vou esperar Kol voltar, mas vocês podem aproveitar.
—Bem...—Elijah se voltou para a loira ao meu lado.—Aceita Camille?
—É claro, um passeio vai ser bom pra Hope.—Ela se levantou sorrindo.—Até porque daqui a pouco vou levá-la para casa, ela já está com sono.
—Josh se ofereceu pra ficar de babá outra vez?—Questionei e ela assentiu.
—Ele e Freya adoram ficar mimando essa lindinha aqui.—Ela balançou Hope.
—Vamos?
—Vamos.—Cami sorriu para mim.—Até daqui a pouco, Hellen.
—Até pessoal.—Sorri de volta e os três saíram.
Foquei meu olhar perdido na mesa e acariciei minha barriga onde meu filho se remexia, sorri instintivamente.
—Boa noite.—Marcel, vestindo um terno elegante se aproximou da mesa sorrindo.—Será que a dama gostaria de dançar com esse mero plebeu?
—Está falando sério?—Ri.—Marcel, eu não sei...com essa barriga...
—Ah, qual é.—Ele estendeu a mão.—Em nome da nossa amizade.
—Okay.—Segurei sua mão e a outra me deu apoio para me levantar.
—Viu? Não é tão difícil.—Ele disse me conduzindo até a pista e colocou uma mão em minha cintura e a outra segurou uma de minhas mãos.—É só ir com calma.
Demos alguns passos até minha barriga atrapalhar tudo e eu quase cair, mas Marcel me segurou me colocando de pé novamente.
—Eu disse!—Soltei enquanto gargalhavamos.—Eu sou um desastre!
—Não foi tão ruim, vai.—Ele tentava conter o riso.—Pra primeira tentativa até que foi razoável.
—Razoável?—Me fingi de indignada.—Eu sou uma ótima dançarina, meu bem.
Kol Mikaelson
Encarava Hellen e Marcel rindo na pista de dança enquanto segurava um copo de Bourbon para mim e um suco para Hellen.
—Ciúmes, Kolly?—Bekah apareceu igual fantasma ao meu lado com um sorriso esperto.
—Não enche Rebekah.—Abri um sorrisinho cínico.—Não sou uma garotinha de treze anos insegura com a rival.
—Pois é o que parece, irmão.—Ela provocou bebendo um gole do champanhe.—O que está pensando em aprontar?
—Não é da sua conta, irmãzinha.—Saí em direção à minha noiva.
—Para!—Hellen gargalhou empurrando o ombro de Marcel.—É óbvio que sim!
—Se você diz.—Ele deu de ombros rindo.
—Olá, querida.—Me aproximei dela entregando o copo de suco de laranja.—Desculpe por demorar.
—Tudo bem, amor.—Ela tomou o suco lambendo os lábios e o ambiente pareceu ficar mais abafado.—Até quando vou ter que ficar sem álcool?
—Até a nossa criaturinha sair de você.—Brinquei segurando a cintura dela e beijei sua bochecha.—O que acha de dançar comigo?—Sussurrei em seu ouvido vendo-a arrepiar.
—Bem, eu já tentei e não deu muito certo.—Ela riu sem graça ficando vermelha.
—Bem, vou encontrar Rebekah.—Marcel cumprimentou com um aceno de cabeça e o encarei mortalmente enquanto o mesmo sumia de nossa vista.
—Eu vi aquele desastre em que o namoradinho da minha irmã te colocou.—A virei para ficarmos frente a frente.—Eu te ofereço uma dança de verdade, assim como fazíamos no século dezoito.—Segurei a mão de Hellen levando a minha boca para beijar seu dorso.
—Hm...okay, senhor Mikaelson.—Ela abriu um sorriso tímido e a puxei para conduzi-la.
—Minha namorada está maravilhosamente deslumbrante, sabia senhorita Bennett?—A rodei e a vermelhidão tomou a face de minha rainha.
Ela fica simplesmente parecendo o amor da minha vida quando está corada.
Rebekah Mikaelson
Dançava com meu namorado, mas meu olhar era fixo na duplicata que me lançava olhares provocativos e sorrisos de deboche.
—Pare de encarar.—Marcel murmurou enquanto dançávamos agarradinhos.—Não dê atenção pra quem não a merece.
—Se aquela vadia tentar mais alguma coisa com você ou Kol, eu...—Deixei a frase morrer assim como a duplicata em meus pensamentos.
—Ela pode tentar quantas vezes quiser...—Ele me rodou e me encarou sorrindo.—A única capaz de atrair minha atenção está bem na minha frente.
Hellen Mikaelson
De repente eu não conseguia ver mais nada, só sentia a dor dos estilhaços de vidro cravados em minha pele, os cortes se curando mais lentamente e o cheiro de sangue que exalava dos outros convidados. Uma gritaria se iniciara e o som de pessoas chorando, algumas correndo e outras agonizando se era ouvido.
Meu bebê...
Deus, que não tenha acontecido nada com ele.
Senti meus olhos pesarem e minha visão, já turva, se escureceu de vez.
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