⚜️ 5×13
2 meses depois
Hellen Mikaelson
Kol me ajudou a vestir o casaco sobre meu vestido de estampa florida e me virei sorrindo para ele.
Desde o dia em que me pediu em casamento ele não teve nenhum surto de ciúmes, é claro que quando Marcel e eu estamos juntos Kol fica de cara amarrada, mas nunca diz nada.
Depois de fazer as pazes tive uma conversa bem séria com Kol e Rebekah, passei um sermão de quase duas horas sobre o quão machucada fiquei por não confiarem em mim e a original e eu acabamos discutindo. Eles se desculparam, mas não é a mesma coisa de antes. Rebekah e eu não conversamos mais como antes, ela está fria e distante. Como se eu não fosse mais a Hellen que ela protegia de tudo e todos, éramos estranhas se encontrando vez ou outra no quartel.
—Obrigada.—Murmurei e Kol arrumou alguns fios bagunçados do meu cabelo.
—Não por isso.—Ele tocou a ponta do meu nariz com o dedo e distribuiu beijos por meu rosto me fazendo rir.—Eu já disse que amo?
—O que?—Franzi o cenho.
—Ouvir sua risada, te ver sorrindo assim.—Kol tocou meu queixo.—É o ponto alto do meu dia, querida.
—Pare de ser bobo.—Sorri timidamente sentindo o rubor tomar minha face.
—Depois de tantos anos ainda consigo te deixar corada? É adorável, amor.—Kol riu passando os dedos sobre a pele quente de minha maçã do rosto.
—É vergonhoso, estou agindo como uma adolescente.—Soltei uma risada nervosa e ele ergueu as sobrancelhas.
—Qual é, é normal isso acontecer!—Ele encaixou sua mão na curva do meu pescoço.—Você não é uma adolescente por corar...ainda mais quando um cara tão gato te elogia.
—Por que você tinha que estragar o clima sendo tão convencido?!—Revirei os olhos rindo e ouvi o celular dele vibrar em seu bolso.—Seu telefone tá tocando.
—Só um segundo, querida.—Ele pediu tirando o aparelho de dentro do bolso apertado do jeans e atendeu na mesma hora.—Alô, o que foi?
—Achei ele, é melhor você vir pessoalmente.—Uma voz masculina desconhecida soou.
Talvez seja um dos vampiros que trabalham com Klaus.
—Tudo bem, estou indo.—Kol mudou sua expressão drasticamente para séria em segundos e desligou o telefone.
—O que foi?
—Preciso ir, encontraram o vampiro que estava passando informações para bruxas da cidade vizinha.—Ele me deu um beijo rápido e foi em direção à porta.—Até daqui a pouco, amor! Agora tenho um vampiro pra torturar.
—Até depois.—Olhei para ele por cima do meu ombro e sorri.
Kol sorriu de volta e saiu em velocidade vampírica. Me sentei na cama com uma cara frustrada.
Saudades de quando eu era útil e me pediam pra fazer algo assim. Agora sou a boneca de porcelana que pode quebrar a qualquer instante...
Ou melhor, não sou!
Kol Mikaelson
Soquei o rosto do vampiro mais uma vez fazendo ele sangrar.
—Vamos, diga pra quem estava desviando informações!—Berrei e ele me olhou com raiva se recusando a falar.—Tudo bem, se não é por bem vai ser por mal!
Peguei um bastão de beisebol e bati contra seu braço fazendo o isso se quebrar e o vampiro urrar de dor.
—Já basta!—Ouvi a voz de Hellen e me virei incrédulo.
—O que você tá fazendo aqui?—Minha sobrancelha se arqueou automaticamente.
—Ajudando.—Ela veio até mim e pegou o bastão das minhas mãos indo em direção ao vampiro.—Você não tá sendo intenso o suficiente pra mandar o recado.—Ela girou o bastão algumas vezes na mão e o empunhou batendo contra o rosto do vampiro que, por sua vez, cuspiu sangue.—Pode ir cuidar de, seja lá o que, eu faço isso.
—Tem certeza?—Indaguei e ela assentiu.—Okay, obrigado amor.—Passei meu braço em volta de seu ombro e depositei um selinho na testa dela.—Vai me poupar muito tempo...argh!—Tentei mexer meus dedos da mão, mas percebi que havia quebrado uns dois deles.
—Vai cuidar disso, coloca um gelo.—Hellen segurou minha mão a examinando cautelosamente.—Já está se curando, mas ainda assim pode ficar roxo.
—Eu vou, meu bem.—Sorri massageando seu ombro com a mão não quebrada e saí em velocidade vampírica.
Hellen Mikaelson
Fiz aneurismas cerebrais surgirem seguidamente no vampiro, cujo nome descobri ser Adam, o fazendo berrar de dor.
—Vamos lá...eu gosto de torturar, mas é melhor começar a falar!—O deixei se recuperar dos aneurismas e me aproximei dele com uma das facas que estavam sobre a mesa ao lado.—E aí, o que vai ser?
—Desiste...—Adam ofegou suando e com o seu sangue já seco cobrindo-o por inteiro.—Uma mulher grávida não deveria fazer esse tipo de coisa.
—"Não faça isso, não faça aquilo", quer saber?! Eu estou cansada de todos me dizerem o que fazer!—Cravei a faca no abdómen de Adam e a retirei vendo a ferida cicatrizar no mesmo instante.
—Você é a vadia dos Mikaelson's, o chaveirinho deles.—Ele balbuciou com a respiração desregulada e senti meu coração se acelerar com raiva.—Todos falam de você, Hellen, é o cachorrinho dos originais.
Senti a fúria subir por meu corpo, quando vi minha mão já estava no peito do vampiro e seu coração pulsava em minha mão.
—P-p-por f-favor...—Ele implorou sentindo o ar faltar.
—Precisa aprender a como tratar uma mulher...—Puxei o órgão de dentro de sua cavidade torácica e sua pele se acinzentou esvaindo sua vida de seu corpo. Joguei o coração do vampiro e puxei um lenço limpando o sangue me minha mão.—Ainda mais uma mulher grávida.
Kol Mikaelson
Caminhei entre as prateleiras da Jardim Cinza procurando pela sálvia, um pedido de Hellen, ela passou a queimar em todos os quartos do quartel depois de escutarmos um momento...íntimo de Elijah e Camille.
Confesso que foi divertido ouvir Klaus berrando para que os dois fossem para outro lugar longe do alcance de nossa audição, mas Hellen, coitada, ficou traumatizada.
—Posso ajudar?—Ouvi Katherine soltar uma risada provocativa e me virei vendo a duplicata sentada sobre o balcão olhando para as cutículas das unhas e cruzando as pernas.
—O que tá fazendo aqui, KitKat?—Indaguei no mesmo tom e me aproximei do balcão.
—Fazendo um bico na loja do Harry Potter, não tá vendo?—Ela soltou irônica e desceu do outro lado.—Esperando a Davina, preciso pedir um favor à ela.
—Se ela aparecer diga a ela que não deveria se esquecer dos amigos só porque está namorando o tal Sebastian.—Marcel adentrou a loja me fazendo revirar os olhos.
De repente esse ambiente ficou com uma energia ruim...
—O cara é gente boa, é compreensível que ela prefira passar o tempo com alguém que o caráter não seja descutível.—Resmunguei em tom de deboche e senti o olhar de raiva vindo de Marcel.
—Se tem algo pra dizer, diga olhando pra mim.—Ele soltou em tom de irritação.
—Quer saber?—Me virei exasperado para o vampiro.—Eu tenho muita coisa pra falar, muita coisa entalada desde que prometi para minha futura esposa que não iria mais me exaltar por isso!
—Ótimo, é claro que tem que meter a Hellen no meio disso.—Marcel riu desacreditado.—Seja homem e pare de se esconder, atrás da mulher que Hellen é, uma vez na vida!
—Sabe, eu tô louco pra quebrar a sua cara hoje cara!—Fiquei olho a olho com Marcel numa bolha de raiva acumulada por ambos.
—Cai pra dentro!—Ele provocou e eu estava pronto para dar um belo soco em seu rosto, mas fui interrompido por Katherine pigarreando.
—Meninos...—Ela entrou no meio de nós dois e nos afastou.—Se acalmem. Estão brigando tanto por Hellen, não se esqueçam que tem Katherine para os dois.—Ela mordeu o lábio inferior nos olhando de cima a baixo.
—Eu já vou indo, minha namorada tá me esperando em casa.—Marcel saiu balançando a cabeça negativamente.
Voltei meu olhar chocado para a mulher em minha frente e engoli seco.
O que havia dado em Katherine?
—Não, obrigado, querida.—Torci o nariz em tom de brincadeira e ela se aproximou perigosamente colocando a mão sobre meu ombro. A vampira deslizou a mão para meu bíceps arranhando de leve com suas unhas.—Qual foi Katherine, para.
—Ah, qual é, Kol!—Ela fez um beicinho falso e abriu um sorriso malicioso.—Vai me dizer que não me acha atraente?
—E-Eu amo minha mulher, que inclusive, é sua melhor amiga.—Me esquivei do toque dela, mas o sorriso da maluca só aumentou.
—Ela não vai saber se você não contar.—Katherine murmurou abrindo os três primeiros botões da camisa que vestia e puxou um pouco a peça para deixar o decote mostrando muito mais do que devia.—Vamos...eu prometo que vai ser divertido.
—Só vou repetir uma vez...—Rebekah veio em velocidade vampírica prensando a duplicata contra uma das paredes da loja e suspirei aliviado.—Fique longe do meu namorado e, principalmente, do meu irmão sua vadia!
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