Hellen Mikaelson

Eu não estava entendendo nada, Marcel e eu estavamos apenas conversando sobre o que eu faria no quarto do meu filho, já que Rebekah queria cuidar de toda a decoração.

—Ficou louco, Kol?—Questionei e recebi um olhar desacreditado do mesmo.

—É assim que me sinto!—Ele soltou num tom rude que me fez arregalar os olhos.

—Olha como fala, cara.—Marcel se intrometeu se colocando em minha frente.

—Por que você não cala a boca, hein?—Kol empurrou Marcel pelo peito e os dois ameaçaram ir um para cima do outro.—Será que já se cansou de brincar de boneca com a minha irmã?!

—NÃO FALE DA REBEKAH!—Marcel socou o rosto de Kol e ele cambaleou indo um pouco para trás, mas logo se recuperou.—NUNCA DUVIDE DAS MINHAS INTENÇÕES COM ELA!

—SEU IMBECIL, EU VOU TE MATAR!—Meu namorado socou o vampiro de volta e vi Katherine se aproximar com o olhar de desespero.

—PAREM OS DOIS!—Gritei sentindo tudo girar a minha volta.

Senti minhas pernas amolecerem e os dois pararam a discussão, Katherine veio em velocidade vampírica me dando apoio.

—Viram o que os dois fizeram?!—A duplicata se irritou e se voltou para mim com uma expressão de culpa.—Você está bem, Hellen?

—S-sim, estou.—Me equilibrei e ela me soltou aliviada.

—Vamos sair daqui, esses trogloditas precisam acalmar os nervos!—Kath me tirou em velocidade vampírica.

Katherine parou me deixando no meio da sala do quartel francês, Rebekah e Freya desceram as escadas assustadas e Hayley as seguiu com Hope em seu colo.

—O que aconteceu? Que alvoroço é esse?—Freya questionou e Katherine negou com a cabeça.

—Kol e Marcel, eles...—A duplicata Petrova começou a explicar, mas foi interrompida por um estrondo vindo da porta.

—VAMOS SEU FILHO DA...—Kol jogou Marcel todo ferido no meio da sala e Rebekah correu para ajudar o namorado.

—Kol, ficou doido?!—A loira berrou incrédula tentando ajudar o vampiro a se levantar.—O que deu em vocês dois?!

—Pergunte ao seu namoradinho!—O Original soltou indignado olhando Marcel com fúria.—Ele estava praticamente agarrando minha namorada!

—Como é?—Bekah parou e me encarou confusa.

—Eu vou chamar o Klaus.—Freya murmurou saindo rapidamente.

—Me responde, Hellen!—Rebekah se levantou parando em minha frente.—Do que o Kol tá falando?

—Bekah, eu...—Comecei a me explicar e o choro de Hope ressoou no local.

Hayley saiu rapidamente balançando a criança em seus braços numa tentativa de acalma-la.

—Vamos, me responda!—A loira insistiu e se virou para Marcel novamente.—O que meu irmão está dizendo é verdade?!

—Deixem ela respirar!—KitKat interviu e Klaus adentrou a sala com cara de poucos amigos.

—Venham-já-comigo. Imbecis!—Ele segurou pela nuca Marcel e Kol os tirando do cômodo rapidamente.

Rebekah andava em silêncio de um lado para o outro, Katherine também permanecia calada, mas estava sentada ao meu lado.

—Vamos, diga.—A original disse rude.

—Não houve nada demais!—Finalmente tomei coragem para falar algo.—Kol chegou já fazendo acusações.

—Motivo ele deve ter tido!

—Reb...—Fui interrompida.

—Olha, sinceramente.—Bekah me encarou de cima a baixo.—Você não se contenta com um só, não é? Quer todos aos seus pés. Tem sorte de estar grávida, ou te daria uma surra que nunca se esqueceria!

—Rebekah!—Kath a repreendeu.—Foi culpa minha, okay?! Houve um mal entendido e acabei deixando Kol sair do controle! Hellen e Marcel são amigos, não tem culpa de nada disso.

—E-eu...—Rebekah cambaleou até Katherine e desferiu um tapa em sua face retomando sua postura.—Sua vadia, me deixou gritar com minha melhor amiga?!

—Sinto muito.—Katherine se esquivou e me coloquei entre as duas.

—Chega, Rebekah!—Me intrometi fazendo a loira parar.—Ela, assim como você, também é uma vítima de um mal entendido. Ninguém está melhor que ninguém aqui.

—Certo.—Ela recuou e um olhar culpado caiu sobre seus olhos.—Me desculpe por duvidar de você, Hellen.

—Tudo bem, Beks.—Suspirei.—Queria que ao menos Kol percebesse que apenas entendeu tudo errado.

—Ah, ele vai.—Ela segurou minhas mãos num gesto de passar confiança.—Meu irmão é um cabeça-dura, explosivo e impulsivo, mas se há alguém que o faz acreditar em alguma coisa, essa é você.

Klaus Mikaelson

—Está bem!—Joguei os dois contra o chão do pátio e os dois idiotas gemeram de dor.—Agora os imbecis vão me explicar o que diabos tá acontecendo.

—Esse...esse bastardo!—Kol se encurralou para um lado e Marcel para o outro.—Eu vi bem quando ele se aproximou de Hellen.

—Porque somos AMIGOS!—Marcel rebateu.

—Irmão, o que exatamente você viu?

—Bem, é...Marcel e Hellen se abraçaram.—Ele respondeu e revirei meus olhos.

—Só isso?—Questionei e ele assentiu.—Eu não acredito que me tirou do sério por causa dessa porcaria de ciúmes idiota!

—Eu...—Meu irmão começou a gaguejar sem saber o que falar.

—Agora o gato comeu sua língua, não é idiota?—O segurei pela jaqueta e o levantei.—Pare de choramingar pelo chifre que não levou e vire homem.

—E você...—Me virei para Marcel que já estava de pé.—Me desculpe pelo comportamento do meu irmão. Ouvi Rebekah e Hellen se acertarem, não há mais o que temer.

—É melhor seu irmão não se enganar novamente.—Marcel soltou revoltado e saiu em direção a sala.

—Que bela confusão você arrumou, hein.—Me voltei para Kol.—Falou tanto de mim e acabou caindo na armadilha da própria paranóia.

—Meu Deus, Hellen vai me odiar!—Ele resmungou agarrando os cabelos.

—É, ela vai e com razão.—Disse com seriedade.—Passou dos limites, irmão.

—Sim, eu sei.—Ele murmurou.—Deu tudo errado, essa noite foi um fracasso!

—Como assim?—Arqueei uma sobrancelha e ele abriu um sorrisinho mínimo.

—Essa noite...—Ele desviou o olhar para o chão e voltou a me encarar.—Eu iria pedir a mão de Hellen em casamento.

Arregalei os olhos em choque.

—Você o quê?!

—Cara, Nik, eu sou completamente apaixonado por ela. Não vejo minha vida sem ela, Hellen é a mulher da minha vida.—Ele despejou tudo e seus olhos brilharam ao falar dela.—Eu tenho tanto medo de perde-la, eu me sinto tão ameaçado com a possibilidade de Hellen encontrar alguém melhor.

—Você realmente a ama, irmão.—Falei olhando por cima do ombro dele e enxergando Marcel, Rebekah e Hellen adentrarem o pátio.

—É, não importa. Eu ferrei tudo mesmo.—Ele chutou uma cadeira liberando sua raiva.—Ela nunca mais vai querer olhar na minha cara.

—Eu não teria tenta certeza.—Rebekah disse fazendo-o se virar em direção aos três.

—Hellen?—A respiração de Kol falhou.

—Rebekah e eu conversamos...muito.—Ela começou séria e deu um passo a frente.—Eu juro, não admito que desconfie de mim outra vez NUNCA mais! Me entendeu?!

—Sim, me perdoa amor.—Ele abaixou a cabeça como uma criança que recebia uma bronca da mãe.—Eu prometo que vou controlar meu ciúme, nada vai nos atrapalhar.

—Ótimo, porque eu aceito me casar com você e não quero nunca mais ouvir sandices nesse nível. Eu nunca trocaria você, Kol Mikaelson, eu te amo.—Ela abriu um sorriso fazendo meu irmão paralisar.

Kol caiu de joelhos e depois de alguns segundos percebi que meu irmão estava chorando. Hellen foi até ele e estendeu a mão.

—Chega de desconfiar, somos nós dois pra sempre, certo?—Ela o ajudou a se colocar de pé e um sorriso largo tomou o rosto dele.

—Diante dessa lua que brilha em seu ápice, eu juro, te fazer a mulher mais feliz do mundo!—Kol colocou o rosto de Hellen entre suas mãos e a beijou apaixonadamente.

—Você já está fazendo.—Ela sorriu colocando a mão sobre a barriga e ele fez o mesmo, sorrindo bobo.

É, finalmente os dois se acertaram.

—Droga, eu estraguei todo o pedido.—Meu irmão resmungou e nós rimos.—Vamos tentar de novo.—Kol tirou a caixinha preta do bolso e se ajoelhou revelando um anel de brilhantes.—Você, Hellen Mikaelson, a mulher da minha vida, aceita se casar comigo?

—É óbvio que sim!—Ela assentiu com lágrimas nos olhos e ele colocou o anel no dedo dela.

—Eu te amo, querida.—Meu irmão se levantou a beijando.

—Eu te amo, amor.—Hellen riu em meio as lágrimas e exibiu o anel para mim.

Me contentei em sorrir e assenti.

Esses dois só dão certo quando estão juntos, esses dois malucos se completam.

Oioioi, como estão? Espero que bem.

Me digam o que acharam do capítulo!

Quais suas teorias para o próximo??