⚜️ 5×11
Hellen Mikaelson
Já era noite e o dia havia corrido bem, quer dizer, na medida do possível. Klaus e Elijah fizeram as pazes. Davina passou a tarde comigo e só me deixou quando Sebastian apareceu para buscá-la, eles iriam tomar sorvete e depois iriam ao cinema.
Rebekah e Hayley passaram o dia todo me ajudando a desempacotar meus presentes e a arrumar as coisas do bebê. Já tinha algumas coisas, todas nas cores branco e amarelo, já que não sabíamos qual o sexo ainda. Kol e eu decidimos que seria melhor esperar até o nascimento.
Falando nele, Kol não apareceu mais desde de manhã. Ele não atendia o celular e as poucas vezes em que atendia me dava alguma desculpa de estar muito ocupado. Tem algo de muito errado acontecendo.
Flashback on
—Kol, diga a verdade! Onde você está?!—Berrei irritada para a tela do celular.
—Eu já disse que é assunto meu!—Ele gritou de volta.—Para de se meter tanto!
—Vá se ferrar!—Gritei desligando na cara dele.
Coloquei o celular de lado olhando para o nada com fúria e ouvindo os batimentos do meu bebê para tentar me acalmar. Ouvi o telefone vibrar e o peguei vendo que Kol havia mandado mensagens.
"Me desculpa"
"Eu te amo, amor"
"Eu só tô muito sobrecarregado, me deixa te recompensar"
"Me encontra hoje a noite no Rousseau's, vamos nos resolver"
Apenas visualizei cada uma delas e desliguei a tela do celular, ele sabe como me estressar.
Flashback off
Eu não sou de ser paranóica, mas...ele não seria capaz de me trocar. Não, isso não.
—Hellen?—Rebekah me chamou tirando os olhos do celular.—Você está bem? Tá muito quieta, você nunca cala a boca.
—Não, é claro que eu tô Bekah.—Forcei um sorriso.
—Qual foi a última vez que se alimentou?—Hayley se levantou da cama vindo até mim e se abaixando na altura dos meus olhos.—Você precisa se cuidar, Hellen. É o bem do seu bebê que está em jogo.
—Tem...tem umas bolsas de sangue no porão.—Falei meio atordoada e Rebekah saiu para buscá-las.
Não sei se é culpa dos hormônios da gravidez, mas uma imensa vontade de chorar me invadiu e apenas permiti que as lágrimas descessem pelo meu rosto.
—Ei.—Hayley me abraçou e afagou meu cabelo.—Você tem a nós, tá tudo bem. Você e seu filho estão seguros.
Apenas a abracei de volta deixando as lágrimas caírem até que a sensação passasse.
—Está melhor?—A híbrida me questionou e apenas assenti enxugando minhas bochechas.—Que bom.
Ela sorriu acariciando meu rosto e um choro de bebê ressoou pela babá eletrônica.
—Argh, pelo jeito meu filhote de lobo já acordou!—Ela disse rindo e foi em direção à porta.—Eu volto rápido, Hope só está com fome.
—Tudo bem, Bekah já vai trazer as bolsas.—A tranquilizei e Hayley saiu em velocidade vampírica para cuidar da filha.
Foquei meu olhar na pilha de roupinhas dobradas perfeitamente sobre a cama, levei minha mão até minha barriga apenas sentindo meu bebê.
Espero que seja apenas paranóia da minha mente fértil...
Ouvi meu telefone tocar e o atendi rapidamente.
Kol Mikaelson
Eu batia incessantemente os dedos na mesa do restaurante, estava ansioso pela espera por Hellen.
Eu não devia ter gritado com ela daquela forma, mas ela não parava de ligar de cinco em cinco minutos. Seria impossível planejar o pedido com ela do outro lado da linha o tempo todo.
A cada pessoa que adentrava o Rousseau's meus olhos saltavam para reconhecer Hellen, mas nenhuma das vezes era ela.
Estava quase desistindo de esperar quando me deparei com Katherine com uma cara nada boa vindo em minha direção e se sentando na mesa.
—Tenho más notícias.—Ela disse receosa.
Nunca vi Katherine Pierce agir assim.
—O que é? Pelo amor de Deus, diga que Hellen está bem!—Soltei preocupado e ela assentiu.
—Ela e o bebê estão bem, mas...—Ela suspirou antes de continuar.—Ela não vem, Kol.
—C-como é?—Franzi o cenho.
—Hellen é minha única verdadeira amiga, é por isso que me sinto na obrigação de te dizer isso. Eu quero que os dois sejam felizes, ela merece ser feliz com você.—Ela disse nervosa e virou a taça de champanhe para se acalmar.—Vi Hellen e Marcel em frente a loja Jardim Cinza.
Uma fúria subiu em mim e me levantei decidido. Meu maxilar estava rígido e meus punhos cerrados.
Marcel, aquele pirralho sempre estragando a minha vida!
—Ele...ele tava próximo até demais dela.—Katherine disse atordoada.—Eu sinto muito Kol.
—Eu vou matar aquele filho da puta!—Rosnei entredentes e fui em direção à saída.
Katherine veio atrás de mim gritando meu nome desesperada.
—Não, Kol!—Ela berrou me seguindo para fora do Rousseau's.—Espera, não faz besteira!
Ela se colocou em velocidade vampírica na minha frente e parei de andar me segurando para não empurrar ela pro lado e seguir meu caminho.
—Para, por favor!—Ela pediu ofegante.—Nem tudo é o que parece, eles só estavam conversando.
—Você não conhece Marcel Gerard como eu conheço.—Disse com frieza e passei por ela.—Esse fedelho faz de tudo pra roubar toda a minha vida!
Saí em disparada e Katherine continuou me seguindo, tentando me acalmar.
—Kol!—Ela berrou pela vigésima vez até que parei ao ver de longe Hellen rir com Marcel.—Pare de ser um imbecil paranóico!
Isso é sério?!
—Eu sou um idiota.—Murmurei irritado e frustrado.
—Eles estão conversando, amigos conversam Kol!—A duplicata tentou defender.
—Aquilo parece amizade pra você?—Questionei com desgosto quando eles se abraçaram e Katherine suspirou me olhando com pena.
—O que você precisa é se acalmar e conversar com Hellen amanhã, quando não houver riscos de acabar com tudo.—Ela agarrou meu braço me suplicando.—Não vale a pena tirar conclusões precipitadas.
—Não hesite em me chamar, eu faço tudo o que for preciso para manter vocês três a salvo.—Marcel sorriu acariciando a barriga dela.
—Obrigada Marcel, não sei o que faria sem você.—Hellen colocou a mão sobre a dele em cima da barriga.
Cada pedaço do meu coração parecia se quebrar.
Mas que droga de amor é esse que ela dizia sentir por mim?!
Me aproximei dos dois com velocidade vampírica.
—Que lindo!—Soltei sarcástico, muito irritado, e os dois se viraram apreensivos.
—Kol? O que você tá fazendo aqui?—Hellen questionou confusa e olhei com raiva para ela.
—Ainda tem coragem de me perguntar isso?—A decepção tomou meus olhos.—Vocês não tem nenhum pudor mesmo!
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