⚜️ 5×05
Hayley Marshall
Hellen e eu esperávamos sentadas na sala, quase caindo de sono.
—Amor, vamos. Já está tarde e você precisa descansar.—Kol entrou na sala com um semblante preocupado e se sentou na mesinha de centro de frente para Hellen.
—Eu...—Hellen bocejou.—Você se importa, Hay?
—Tudo bem, pode ir.—Sorri assentindo.—Eu vou esperar mais um pouco.
—Obrigada, me avisa se algo acontecer.—Ela se levantou com a ajuda do Kol, mas ainda assim com dificuldade.
Olhei para a barriga de Hellen e um aperto no peito me fez surgir uma angústia.
Onde será que minha bebê está? E por que eles estão demorando tanto?
—Boa noite, cunhada.—Ele fez um sinal com a cabeça e ajudou Hellen a subir as escadas com cautela.
Eu já estava cochilando na poltrona quando ouvi um carro ser estacionado e logo os Mikaelson's estavam adentrando o cômodo onde eu me encontrava.
—Lobinha...—Klaus me chamou e corri em velocidade vampírica até eles.
Parei ao ver o bebê em seu colo, Klaus tinha um sorriso de orelha a orelha e lágrimas nos olhos.
Ah meu Deus, minha filha!
Fui desesperada até ele já deixando algumas lágrimas rolarem e a peguei do seu colo.
—Minha filha...—Murmurei a abraçando enquanto tentava conter um soluço.—Meu bebê!
A ajeitei em meu colo balançando suavemente de um lado para o outro, quando percebi seu macaquinho sujo por sangue.
—O que...o que aconteceu?—Questionei preocupada e Klaus sorriu.
—Nós vencemos, amor.—Ele voltou seu olhar para a criança em meus braços e se aproximou brincando com as mãozinhas dela.—Minha princesinha está segura.
—Acho que todos estão bem cansados, foram emoções demais por hoje.—Rebekah comentou com um sorriso.—Vou adorar mimar minha sobrinha, mas farei isso amanhã.
Sorri de volta para ela em agradecimento e apenas fez um sinal com a cabeça saindo.
—Bem, acho que também podemos voltar pra casa...—Elijah sugeriu.
—Não se incomodem, não tem problema algum se quiserem ficar aqui por hoje.—Klaus simplificou dando de ombros com um sorrisinho de canto na boca.—O quarto da Hope está pronto para ser usado.
—Hope? É o nome perfeito.—Sorri para ele e o híbrido retribuiu sustentando nosso olhar por alguns segundos.
—Hãm...—Elijah pigarreou e quebrei o contato visual olhando para minha filha.—Niklaus, pelo amor, moramos no apartamento em frente! Não há...
—Eu aceito.—Interrompi Elijah recebendo um olhar confuso dele.—Vocês mataram Dahlia, mas vou ficar mais tranquila se estivermos juntos...aqui.
—Há muitos quartos vagos!—Klaus disse diretamente para o irmão com um sorriso vitorioso.—Não tem porque recusar.
—Por favor, Elijah!—Implorei com a voz manhosa.—Apenas por hoje...
—Hunf...está bem.—Elijah se deu por vencido.—Se você vai ficar também fico.
—Obrigada, amor.—Dei um selinho nele.—Bem, agora acho melhor irmos dormir. Hope teve traumas demais por hoje.
—É claro.—Meu namorado abriu um sorriso e logo o fechou ao se voltar para o irmão.—Boa noite, Niklaus.
Elijah foi em direção às escadas, mas não o segui fazendo o mesmo se virar sem entender.
—O que foi?
—Não se importa se eu ficar no quarto da Hope, não é?—Perguntei receosa.—Não quero arriscar. E se ela chorar e eu não escutar?
—Não, tudo bem.—Ele forçou um sorriso.—Eu entendo.
Já era três da manhã e não conseguia dormir preocupada, eu encarava o teto iluminado pela luz da lua ouvindo o coraçãozinho da Hope bater.
Finalmente minha filha está bem, não precisamos mais nos preocupar com Dahlia ou Esther.
Ouvi um resmungo vindo do quarto da Hope e me levantei apressadamente para ver o que estava acontecendo.
Adentrei o cômodo ao lado e me aproximei do berço vendo ela bater as perninhas e os bracinhos ameaçando começar a chorar.
—Shh...—Acariciei a barriguinha dela e a peguei no colo.—Calma meu amor.—Sussurrei indo me sentar na cadeira de balanço no canto do quarto.
Fiquei balançando Hope por alguns minutos, até ela voltar a pegar no sono. Senti alguém me olhando e ergui os olhos para a porta do quarto.
—Desculpe, eu fiquei preocupado.—Klaus sussurrou se justificando e adentrou o quarto vindo em nossa direção com um sorriso bobo no rosto.
—Eu não consegui dormir, ainda que Dahlia esteja morta eu me preocupo.—Admiti me levantando de vagar para não acordar minha filha e a coloquei de volta no berço.
—Fique tranquila, não há nada no mundo que tocará em nossa filha.—Klaus se colocou ao meu lado também observando Hope dormir.
Fiquei calada apenas vendo o peito da bebê subir e descer a cada respiração. Ela é tão calma e inocente.
—Sabe...—Ele começou se virando para mim.—Nunca pensei que minha vida mudaria tanto.
—Somos dois.—Suspirei cansada.
Amo minha filha mais que tudo nessa vida, mas é inegável que a maternidade é algo desgastante, mesmo que eu só tenha tido um dia de experiência.
—Isso...isso não é a única coisa que mudou.—Ele falou me fazendo arquear uma das sobrancelhas.—Eu...
—Você...—Falei esperando uma continuação da frase.
—Elijah é um cara de sorte, ele te ama muito.—Klaus mudou o sorriso para uma cara fechada. Ele fez menção de sair do quarto, mas o segurei pelo braço e o impulso nos fez ficar a alguns centímetros um do outro.
—O-o que foi? O que você quer me dizer Klaus?—Questionei com as bochechas um pouco quentes pela proximidade.
Droga! Isso não tá certo.
—Sempre...—Ele sussurrou fazendo seu hálito quente bater em minha pele e se arrepiar.—Sempre que eu vejo ele do seu lado morro de ciúmes, tô enlouquecendo.
A voz rouca de Klaus soava em meus ouvidos me fazendo perder a razão, eu certamente não conseguia raciocinar mais nada.
—Isso...isso é errado.—Juntei forças para sair daquele transe de fraqueza.
—É mais do que desejo, lobinha.—Ele se manteve perto encarando meus lábios veementemente.—É muito mais do que amor.
Virei meu rosto desviando os olhos dos olhos dele, tentando resistir ao máximo.
—Fica comigo...—Klaus insistiu tocando meu rosto e virando delicadamente para encará-lo.—Diga para mim que não sente o mesmo.
—E-eu...—O encarei deixando seu perfume inebriar minha mente.
Apenas deixei que Klaus se aproximasse mais e fechei meus olhos sentindo nossos lábios se tocarem. Meus músculos, antes tensos, agora estavam completamente relaxados. Eu me deixava levar por qualquer movimento vindo dele. Meu corpo ansiava por mais.
Nada importava naquele momento, apenas deixei que Klaus me levasse, sem cortar o beijo, para outro lugar em velocidade vampírica e senti um colchão macio sob minhas costas.
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