⚜️ 4×10
Duas semanas depois
Hellen Mikaelson
Me espremi passando entre as pessoas dentro da boate e quando finalmente me desvencilhei da multidão avistei Kol bebendo em uma mesa. Ele me viu e ergueu o copo com um sorriso no rosto.
Me aproximei da mesa deixando minha bolsa sobre ela e demos um selinho.
—Demorou.—Kol disse me puxando para me sentar em seu colo.
—Tente enfrentar a fila do banheiro feminino e vai entender o porquê da minha demora.—Falei pegando o copo de sua mão, mas o coloquei na mesa sem beber.
—Rebekah não brincou quando disse que essa era a balada mais animada de Nova Orleans.—Kol comentou.
—Realmente, aqui é lotado.—Concordei olhando para as pessoas em volta.—Quer dançar?
—Vamos!—Ele bateu a mão sobre minha coxa e me levantei o puxando para a pista.
Kol e eu passamos entre as pessoas de mãos dadas e dançando no ritmo da música.
Coloquei minha bolsa sobre a minha escrivaninha e Kol saiu do banheiro com a toalha enrolada em volta da cintura desgrenhando o próprio cabelo para se livrar do excesso de água.
Visão do paraíso...
—Vou pro banho.—O avisei e Kol se jogou na cama colocando as mãos atrás da cabeça.
—Sem demorar, hein?—Ele piscou pra mim e ri pegando minha roupa, logo indo até o banheiro.
Tomei um banho rápido. Estiquei meu braço para pegar a toalha e de repente senti tudo girar a minha volta ficando escuro por uns segundos. Me segurei na pia retomando aos poucos ao estado normal e respirei fundo piscando algumas vezes.
—Amor?—Ouvi Kol gritar do quarto.
—To bem!—Gritei de volta e me enrolei na toalha.
Me sequei e vesti minha babydoll azul, desprendi meu cabelo saindo do banheiro.
Me apoiei no batente da porta colocando uma mão na cintura e Kol, que já vestia uma boxer vermelha, desviou os olhos do celular em suas mãos para mim.
—Isso tudo pra mim? Olha que eu vou ficar mal acostumado...—Ele disse abrindo um sorriso travesso e jogou o telefone para o lado na cama.
Caminhei até ele e comecei um beijo subindo na cama. Logo Kol me colocou por baixo dele e continuou me beijando enquanto levava uma de suas mãos para minha cintura.
—Kol...—Murmurei me sentindo meio atordoada e tudo começou a girar.
—Você tá bem?—Ele soltou preocupado e afastou seus lábios do meu pescoço.
Fechei os olhos por um instante levando uma mão até minha cabeça. Depois de um tempo, quando a sensação ruim passou, abri meus olhos novamente.
—E-eu...eu tô bem.—Falei me sentando na cama enquanto ele se colocava ao meu lado ainda mantendo o olhar preocupado.
—Sério, coisinha, o que tá acontecendo?—Ele questionou acariciando minha coxa.
Coisinha, a quanto tempo ele não me chama assim...
—Nada, eu juro.—Abri um sorriso dando um selinho nele.—Eu só andei usando magia demais.
—Hum...—Ele resmungou dando alguns selinhos pelo meu rosto, principalmente no meu maxilar.—Toma cuidado, você é superpoderosa, mas sua magia ainda tem limites.
—Preocupado?—Provoquei rindo e ele parou com os selinhos afastando um pouco o rosto.
—Claro, onde você acha que eu vou encontrar uma bruxa-vampira tão bonita assim?—Ele brincou ironicamente me fazendo rir e dei um tapa em seu peito.
—Idiota.—Murmurei com um sorriso no rosto enquanto Kol se jogava para trás na cama.
—Vem, deita aqui.—Ele bateu no lugar vazio na cama ao seu lado.
Me deitei sendo aconchegada nos braços dele e afundei meu rosto em seu peito inalando seu perfume.
—Boa noite, amor.—Resmunguei contra a pele dele fechando meus olhos.
—Boa noite, querida.
Pouco tempo depois senti Kol se mexer com cuidado e puxar a coberta sobre nós, voltando a me envolver num abraço aconchegante.
Acordei e percebi que Kol já não estava mais ali. Vi um bilhete encima da escrivaninha e deduzi ser dele.
Puxei a coberta para o lado e me levantei indo até o banheiro. Escovei meus dentes e penteei meus cabelos. Voltei para o quarto e fui logo escolher uma roupa, hoje vou até o Rousseau's para conversar com Cami.
Nas últimas semanas viemos nos aproximando e formando uma amizade, ela é realmente uma boa pessoa.
Bekah e eu havíamos tomado como missão juntar Cami e Klaus, parece mais que óbvio que ela desperta um lado bom nele.
—Bom dia, flor do dia!—Bekah praticamente invadiu meu quarto com um sorriso no rosto.
—Ugh! Pra que falar tão alto?—Questionei sentindo minha cabeça doer como se estivesse explodindo.
—O que foi? A lua de mel com meu irmão já acabou?—A loira soltou irônica e se sentou na minha cama.
—Ha-ha, muito engraçadinha! A culpa não é minha se você e Marcel não admitem que gostam um do outro.—Provoquei pegando um vestidinho preto que fica bem soltinho em meu corpo e o vesti.
—Eu já disse que o que aconteceu entre Marcel e eu semana passada foi uma fraqueza do passado, não existe mais nenhum sentimento da minha parte por ele.—Bekah fechou a cara e a encarei como quem dizia "Ah, tá!".—Mas vamos nos preocupar com o relacionamento de quem realmente precisa.
—Falamos da Cami?—Indaguei indo até a porta.
—Quem mais? Já passou da hora daquela garçonete e meu irmão assumirem seus sentimentos...—Ela se levantou me seguindo.
Adentramos o Rousseau's e meus olhos logo encontraram Cami sorridente servindo uma dose para um cara qualquer.
—Veja só se não é a cachinhos dourados!—Brinquei enquanto me sentava no balcão e Bekah apenas me acompanhou soltando um riso.
—Hellen, Rebekah.—Camille nos cumprimentou rindo e voltou sua atenção totalmente para nós.—Posso ajudar vocês?
—Vamos precisar que fique pronta até às nove da noite.—Falei e ela arqueou uma das sobrancelhas desconfiada.
—Eu não posso sair antes das onze, sou eu quem fecho o Rousseau's hoje.—A loira disse meio desanimada e Rebekah e eu nos entreolhamos.
—Não precisa mais, eu dou um jeito com minhas habilidades de vampira.—Bekah disse com um sorrisinho convencido no rosto.
—Tá!—Camille se deu por vencida colocando o guardanapo em cima do balcão e abrindo um sorriso.—Tá bem, mas posso saber por que tenho que estar arrumada até essa hora?
—Você e Nik, um jantar romântico, duas taças de vinho e eu terei uma cunhada nova.—Bekah soltou calmamente e vi o olhar desesperado da loira surgir.
—Ficaram loucas?—Ela soltou chocada.
—Claro que não, você sabe muito bem que Klaus é apaixonado por você.—A lembrei.
—E nós sabemos que você também é caidinha por ele.—Completou Rebekah.
—Então...—Comecei.—O que me diz de ir à um encontro com o Híbrido mais charmoso de Nova Orleans?
—Não da, ele perdeu o filho a poucas semanas. Seria insensível!—Cami tentou defender seu argumento.
—Olha...—Bekah disse suspirando fundo.—É por isso mesmo. Meu irmão finge ter um coração de pedra e tem a mente muito complicada, mas por alguma razão você o entende. Então, seja lá como, você é uma das pessoas que conseguem fazer o Nik ficar melhor.
Cami semicerrou seus olhos, mas logo abriu um sorriso.
—Está bem, eu me rendo!—Ela bufou fingindo estar contrariada.—Mas se ele tentar controlar minha mente novamente, eu nunca mais saio com ele!
—Está bem.—Sorri vitoriosa.—Juro que não vai se arrepender!
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