Kol Mikaelson

Adentrei o Rousseau's, o último cliente estava saindo caindo de bêbado e Camille limpava o balcão.

—Você deve ser a analista do meu irmão...—Disse anunciando minha presença e ela levantou seus olhos levemente assustada.

—E você é...?—A garçonete ajeitou sua postura.

—Kol Mikaelson, e diga-se de passagem, o irmão mais bonito.—Brinquei me sentando em cima de uma das mesas e ela arqueou uma das sobrancelhas.

—O que veio fazer aqui?—Ela perguntou guardando o guardanapo e suspirou tirando o avental.

—Quanto quer em troca de fechar o lugar por essa noite?—Desci da mesa caminhando até a loira calmamente.

—Quanta simpatia, qual é o truque?

Ri balançando a cabeça negativamente e ela cruzou os braços.

—Quinhentos, quinhentos dólares.—Cami respondeu me fazendo erguer as sobrancelhas surpreso.—Ou isso, ou nada.

—Está bem!—Bufei pegando a carteira e entregando o dinheiro para a loira.—Não quero ninguém zanzando por aqui, escutou?

—Tudo certo.—Ela conferiu as notas e as guardou com o olhar perplexo.

—Agora vai, seu turno já acabou Camille.—Apontei para a porta com a cabeça e ela deu as costas para mim pegando o celular escrevendo algo.

Ótimo, tenho pouco tempo para preparar tudo!

Acendi a última vela na mesa. Estava tudo pronto, a mesa posta e a comida pronta na cozinha.

Escutei o barulho da porta do Rousseau's ser aberta e soltei o fósforo indo em direção à entrada.

Deve ser Hellen!

—Amor, está adiantad...—Parei de falar ao ver que não era Hellen, mas sim Davina.—O que está fazendo aqui?

—Hum, desculpe. Você estava esperando outra pessoa?—Ela disse olhando por cima do meu ombro sorrindo lateral.

—Sim, eu estou.—Respondi seco e ela suspirou.

—Por favor, Kol, vamos deixar aquele episódio vergonhoso no passado.—Davina pediu passando por mim e indo até o balcão de bebidas.

—Hum.—Resmunguei não concordando muito e fui até a porta olhando para a rua.—Você precisa ir embora, eu tenho um encontro com a minha namorada daqui alguns minutos.

—Sério?—Ela revirou os olhos.—Não vou embora antes de beber pelo menos uma dose com você!

—Não vou beber com você.—Respondi impaciente e ela começou a mexer nas garrafas ignorando totalmente o que falei.

—Só vou acreditar que estamos bem quando beber comigo como fazíamos a dois meses!—Ela insistiu me fazendo amaldiçoar mentalmente.

—Uma dose e você some daqui!—Soltei decidido e ela deu uns pulinhos batendo palmas enquanto sorria.

Davina Claire

Kol ficou monitorando a porta como um cão de guarda enquanto eu preparava nossas bebidas.

Ele tem tanto medo assim da namorada?

Sem dizer nenhuma palavra, apenas me concentrei e coloquei um feitiço de sono na bebida de Kol.

—Aqui!—Falei atraindo a atenção dele e entreguei seu copo.

—Bebe o seu primeiro.—Ele disse com desconfiança e dei de ombros virando meu copo de uma vez sorrindo.

—Sua vez, Kolzito!—O chamei pelo apelido que odiava o provocando e recebi um olhar mortal de Kol antes dele virar a dose de uma vez.—Esse é o Kol que eu conheço!

—Está bem, já bebi com você. Agora já pode ir embora!—Ele disse colocando o copo sobre o balcão.

—Isso é sério?—Perguntei com uma voz chateada e ele assentiu.—Poxa Kol, me dê uma chance pra provar que só quero ser sua amiga novamente.

Ele pareceu refletir e suspirou fundo com cara de poucos amigos.

—Eu juro que queria acreditar, Davina...

—Então, acredite!—Pedi o encarando com lágrimas falsas nos olhos.—Por favor, Kol.

—Eu...—Ele piscou algumas vezes e pendeu para o lado se segurando em uma mesa.

Antes que ele caísse desmaiado o segurei com dificuldade e o arrastei até a cadeira para apoiá-lo.

—Desculpe, amor...—Sussurrei em seu ouvido com um sorriso maldoso e me afastei pegando meu celular discando o número de Marcel.

O celular chamou algumas vezes.

Atende Marcel!!

—Alô?—Ele atendeu confuso.

—Está interessado em Hellen, não é?

—Ela é bonita, realmente mexeu comigo...

—Ah, me poupe! Eu não quero ficar ouvindo as qualidades da bruxinha.—Solte irritada revirando os olhos.

—E então?

—Tenho um plano pra separar Kol e ela.—Falei sorrindo convencida.

—Diga.—Marcel disse num tom interessado.

—Venha até o Rousseau's e eu digo.—Disse e desliguei o telefone.

Alguns minutos se passaram e Marcel adentrou o bar deixando seus olhos cairem sobre Kol atônitos.

—Eis o meu plano, querido...—Andei me colocando atrás de Kol e me apoiando em seus ombros.

—O que fez com ele?—Ele sorriu surpreso.

—Não importa, a pergunta é "o que eu vou fazer?".—Sorri maldosa.

—O que diabos você pensa em fazer?—Marcel questionou hesitante.

—Calma.—Andei até ele.—Leve Kol até meu quarto acima da igreja, eu prometo que em alguns minutos Hellen irá correndo desolada para seus braços.

—Veja lá, não exagera.—Marcel disse passando o braço de Kol por cima de seu ombro e o erguendo.

—Vamos!—Falei confirmando e Marcel saiu em velocidade vampírica.

Passei um batom vermelho e abri uma garrafa de vinho colocando um pouco em cada uma das taças apenas no fundo. Bebi de uma taça sujando de batom e posicionei as duas sobre a mesa.

Perfeito.

Pensei um pouco.

O que eu poderia deixar? Hum...é claro!

Tirei minha jaqueta a jogando por cima do balcão e tirei meu colar o jogando em um canto qualquer.

É o cenário perfeito, Hellen vai cair como uma pata.

Sorri satisfeita e me apressei para ir para o sótão da igreja.

Quando cheguei na igreja, Marcel estava na porta do quarto encostado no batente.

—Obrigada, agora é melhor você ir rondar por perto do bar.—Falei sorrindo agradecida.

—Sério, toma cuidado.—Ele disse num tom paternal e me abraçou.

—Fique tranquilo, vai dar certo.—Disse fazendo-o se afastar e sorrir antes de sair em velocidade vampírica.

Ótimo, agora é apenas Kol e eu. Não posso perder tempo.

Encostei a porta do quarto deixando um vão para que não ficasse totalmente fechada.

Fui até Kol e abri botão por botão da camisa dele, a puxei com um pouco de dificuldade a jogando para um canto qualquer do quarto.

Encarei o original dormindo apenas com a calça jeans agarrada, aquela era realmente uma visão do paraíso.

Mordi meu lábio inferior e balancei minha cabeça focando em meu objetivo. Tirei o resto das peças de roupa dele o deixando apenas com a boxer preta.

Controle Davina, controle!

Tirei minhas roupas as espalhando pelo quarto e, apenas de lingerie, me deitei ao lado de Kol na cama colocando seu braço envolta de meu pescoço.

Fechei meus olhos e um sorriso satisfeito surgiu em meus lábios.

Kol vai ser meu...