Abri meus olhos percebendo que estava sozinha na cama.

—Kol?—O chamei me sentando na cama, mas não obtive resposta.

Me levantei caminhando preguiçosamente até o banheiro. Escovei meus dentes e quando voltei ao quarto me deparei com Kol deixando minha mala ao lado da cama.

—Ah, bom dia amor!—Ele veio até mim com um sorriso animado e me beijou.

—B-bom dia, onde estava?—Perguntei indo até minha mala.

—Pegando suas coisas com Rebekah.—Ele disse apontando para a mala em minhas mãos.—Já era hora de você vir ficar no meu quarto.

—E pensou que eu fosse ficar aonde?—Soltei ironicamente enquanto abria a mala sobre a cama e ele riu se aproximando.

—Nem que eu tivesse que te sequestrar, de qualquer jeito não ia me separar de você!—Kol brincou revirando minhas coisas e ergueu uma camisola de cetim preta pelas alças.—Uh, gostei dessa daqui.

Kol me encarou com um sorriso travesso e arqueei uma sobrancelha surpreendida por seu comentário.

—Ah, é? Pensei que preferisse quando estou sem ela.—Fiz um falso beicinho e ri logo em seguida.

—Claro, claro.—Kol riu soltando a peça e veio em minha direção levando suas mãos até minha cintura.—Você fica linda, principalmente sem.

—Quando é que ficou tão abusado assim?—Dei um tapa de leve em seu peito rindo corada.

—Desde que me deixou por três meses sem nem um mísero beijo.—Ele provocou com os olhos estreitos e me olhou com cara de cachorro abandonado.

—Hora de mudar isso, não acha?—O agarrei pela gola da camiseta falando bem perto de sua boca.

—Quem é você e o que fez com a minha Hellen?—Ele arqueou a sobrancelha e um sorriso maroto surgiu em meus lábios.—Quer saber? Não importa! Eu gosto dessa Hellen também.

—Hum, é bom mesmo.—Murmurei sarcástica e fui surpreendida por Kol impulsionando minhas coxas para que eu entrelaçasse minhas pernas em sua cintura.

Ele tomou meus lábios com um beijo feroz enquanto me levava para a cama. Fui jogada contra o colchão e logo Kol estava sobre mim distribuindo beijos pela extensão do meu pescoço, enquanto prendia minhas mãos uma de cada lado de minha cabeça.

Depois de algum tempo trabalhando em deixar várias marcas em meu pescoço, Kol, afastou seu rosto para me encarar meio ofegante.

Encarei seus lábios e por impulso enrosquei meu indicador em sua correntinha o puxando para um beijo.

Davina Claire

Adentrei o complexo animada e me deparei com Klaus bebendo um copo de uísque enquanto pintava algo bem no meio do pátio.

—Olá, Davina.—Ele disse me fazendo tomar um susto, nem havia movido a cabeça para me ver.

—Kol tá aí?—Indaguei ríspida e um sorriso suspeito surgiu no rosto de Klaus.

—Lá em cima, no quarto dele.—Respondeu calmamente sem parar sua pintura.

—Obrigado.—Soltei sarcasticamente revirando os olhos e subi as escadas rapidamente.

Vou ocupar Kol antes que aquela mulherzinha apareça pra estragar tudo.

Comecei a andar pelo corredor procurando o quarto dele, nunca tive a oportunidade de entrar nele.

Se ela pensa que vai voltar do nada e roubar meu Kol, está enganada! Nos últimos meses desenvolvemos uma amizade, temos uma conexão e ela não vai me impedir de conquistá-lo.

Finalmente achei o quarto e me aproximei da porta ouvindo alguns barulhos.

Meti a mão na maçaneta e abri a porta decidida a falar com ele.

—Puta merda, Kol!—Esbravejei chocada.

Kol estava de pé na frente do espelho, só com uma boxer vermelha, arrumando o cabelo desgrenhado e molhado, como se tivesse acabado de sair do banho.

A vadia da Hellen estava deitada na cama, só de toalha, e mexendo no celular.

Que ódio!

—Dav?!—Kol se assustou ao me ver no quarto e meus olhos se encheram de lágrimas.

—F-foi mal interromper, eu precisava do meu melhor amigo!—Falei me virando em direção à porta e saindo por onde entrei.

Desci as escadas correndo e vi Klaus me lançar um olhar satisfeito de canto de olho.

—Davina!—Ouvi Kol gritar do topo da escada, já vestido, vindo atrás de mim.

Hellen Mikaelson

Me vesti rapidamente enquanto Kol ia atrás da amiguinha, sei que é errado, mas não conseguia tirar o sorriso satisfeito de meu rosto.

Desci as escadas despreocupadamente e dei de cara com meu pai rindo enquanto bebia seu bourbon.

—Ouviu?—Perguntei rindo e ele assentiu tentando parar o riso.

—Talvez eu tenha esquecido de mencionar à ela que meu irmãozinho estava ocupado.—Ele soltou inocentemente.

—Já disse que você é diabólico?—Falei sorrindo fascinada e ele deu de ombros.

—É um dom dos Mikaelson.—Ele se virou em minha direção.—Vamos tomar café da manhã? Elijah deve estar nos esperando.

—Claro, pai.

Começamos a andar em direção à sala de jantar.

—Não se incomoda dele ter ido atrás dela?—Meu pai questionou com o cenho franzido.

—Não.—Respondi certa.

—Mesmo?—Ele soltou surpreso.—Ontem você parecia ter uma opinião oposta.

—Estava nos escutando?!—Disse indignada.

—Tava com dificuldade pra dormir, não é como se fosse a primeira vez que ouço a conversa alheia.—Ele disse sem importância nenhuma em admitir que nos espionou.

—Eu só percebi que não preciso ficar fazendo tempestade em copo d'água.—Dei de ombros.—Kol me ama e confio nele.

—E sobre a Davina?

—Ela já é outra coisa. Confio nele, não nela.—Parei de falar quando chegamos na sala de jantar e Elijah, Hayley e Rebekah tomavam café.

—Bom dia, já vi que o dia começou animado!—Bekah disse abrindo um sorriso maldoso e me sentei ao seu lado.

—Bom dia.—Respondi sentindo minhas bochechas esquentarem.

Merda, eles realmente ouviram TUDO.

Kol Mikaelson

Davina ainda andava batendo os pés no chão, enquanto eu gritava seu nome a uns bons minutos. Cansado dessa perseguição idiota fui em velocidade vampírica e parei em sua frente.

—Sai!—Ela disse com raiva e fez menção em desviar, mas a segurei pelo braço.—Me solta, Kol!

—Não!—Rebati irritado.—Não até me explicar o porquê você tá surtando assim.

—Sério?—Dav me encarou desacreditada e dei de ombros assentindo.—Ela chegou roubando toda a sua atenção, você nem tem mais tempo pra mim!

—Para de graça, Dav.—Disse revirando os olhos.—Eu passei meses longe dela, é óbvio que vou passar um bom tempo com Hellen. Mas isso não significa que tô te deixando de lado.

Ela bufou revirando os olhos emburrada, mas depois de alguns minutos abriu um sorriso.

—Então, tá!—Davina segurou minha mão me puxando.—Vamos trabalhar em alguns feitiços, hoje você é meu!

Fiquei meio hesitante, isso iria me complicar, mas fui com ela. Me resolveria com Hellen depois.