⚜️ 3×24
Kol Mikaelson
—Ei, ei, ei. Calma aí!—Disse perplexo depois de ouvir tudo o que Hellen acabou de me contar.—Tá me dizendo que Silas conseguiu entrar em sua mente?!
—É isso, Kol. Não podemos confiar nem em nossas sombras!—Ela soltou desesperada e franzi o cenho.
—E como posso saber que você não é ele?—Questionei e ela me olhou incrédula.
—Eu não sou o Silas!—Hellen soltou indignada.
—Exatamente o que ele diria.—Semicerrei meus olhos e Hellen negou com a cabeça.
—Que ridículo! Silas saberia que eu guardava desenhos seus numa caixa debaixo da minha cama?!—Hellen disse me fazendo suspirar aliviado.
—Graças a Deus, é você!—A abracei sentindo o peso sair do meu peito.
—Precisamos sair daqui agora!—Ela soltou saindo dos meus braços.
—Vamos, não vou conseguir ficar despreocupado sabendo que a qualquer momento um cara de dois mil anos pode assumir o rosto de qualquer um nesse baile.—Disse entrelaçando nossas mãos.
—Está certo, eu vi isso acontecer ao vivo e foi assustadoramente fácil acreditar que era outra pessoa.—Hellen disse com o olhar vago, como se se lembrasse da cena.—Não fico mais nenhum minuto nesse baile!
Duas semanas depois
Hellen
Klaus e Elijah foram embora para Nova Orleans, Katherine o convenceu de que havia uma bruxa conspirando contra ele. Rebekah, Kol e eu preferimos ficar aqui, ainda temos pendências nessa cidade.
Foram dias preenchidos por medo e paranóia. Silas estava por aí infernizando todos para entregarmos a cura para ele e, principalmente, buscando por Bonnie para derrubar o véu para o outro lado.
Graças a minha repentina decisão de matar as doze bruxas, agora, Silas tem o triângulo da expressão completo. O que significa que a única coisa que ele precisa é fazer Bonnie derrubar o véu e tomar a cura para ficar com seu amor.
E estou decidida, eu mesma vou matá-lo.
Agora estávamos na Escola Mystic Falls, procurando por Bonnie e Katherine. Não sei como isso aconteceu, mas as duas fizeram uma aliança.
—Esse busca é uma perda de tempo.—Kol comentou pela milésima vez em meia hora.
—Bonnie tá mexendo com magia perigosa, ela pode sair do controle, Kol.—O repreendi com o olhar enquanto andávamos pelo corredor da escola iluminando com uma lanterna.
—Pouco me importa se a bruxa Bennett morre, eu quero ir pra casa!—Ele bufou entendiado e revirei os olhos.
—Ela não é minha prioridade, mas se ela estiver morta a atenção de Silas se volta pra mim e eu não tô afim de ser o novo alvo do gêmeo do mau do Stefan.—Falei sarcástica me virando ao ouvir um barulho no final do corredor.—O que foi isso?
Encarei Kol preocupada e ele apontou a lanterna para o lugar de onde veio o barulho.
—Quem tá aí?!—Ele rosnou em tom de ameaça.
Um silêncio tomou o lugar e de repente algo, ou melhor, alguém foi pra cima de Kol com velocidade vampírica.
Pelo menos não estamos lidando com o Silas.
—Olá, Kol Mikaelson!—Katherine disse com um sorrisinho sarcástico e saiu de cima dele se virando em minha direção.
Nos encaramos sérias por um momento, Kol observou tudo em alerta esperando um movimento sequer da duplicata para atacá-la.
—Tava com saudades, KitKat!—Disse abrindo um sorriso e fui em sua direção a abraçando.
—Hellen, Hellen. Você melhorou...muito!—Kath riu me olhando de cima a baixo.
—E você continua você.—Ri desacreditada.
—Vejo que conseguiu laçar um Mikaelson...—Ela desviou seu olhar para Kol que assistia tudo perplexo.—Eles são uma graça, não é? Bem, quando não estão tentando te matar...
—Fiquei sabendo que Elijah te chutou, sinto muito.—Falei fingindo uma falsa preocupação.
—Vaca.—Ele balançou a cabeça negativamente rindo.
—Espera aí!—Kol se intrometeu nos fazendo virar automaticamente a cabeça em sua direção.—Desde quando as duas se conhecem?!
—Longa história, amor.—Falei para Kol e me voltei para Katherine.—Acho melhor você tomar cuidado, tem uma duplicata furiosa atrás de você.
—Elena? Por favor, isso só pode ser uma piada!—Kath soltou irônica.
—Não a subestime, ela parece mesmo com raiva.—A alertei.
—A doce e frágil Elena não me dá medo.—Ela riu debochada.—Até mais, agora tenho minha sombra pra surrar.
Antes que eu pudesse dizer algo ela saiu em velocidade vampírica. Fui até Kol e ele ainda me olhava espantado.
—O que acabou de acontecer?—Ele indagou chocado.
—O quê? Ser amiga dos Salvatore's não me impede de ser amiga dela.—Dei de ombros e comecei a andar.
—Me surpreende a cada dia, querida.—Kol soltou me seguindo.
Kol e eu nos separamos para encontrarmos Bonnie, assim seríamos mais rápidos na busca.
A bateria da lanterna já havia acabado e com um pouco de dificuldade eu andava por mais um corredor do colégio.
As luzes começaram a piscar e uma sombra apareceu no fim do corredor.
—Quem tá aí?!—Berrei jogando a lanterna de lado e fiquei em posição de alerta.—Kol?
—Não é ele não.—A voz de Klaus ecoou e suspirei aliviada enquanto ele andava em minha direção com um sorriso lateral.
—Pai! O que você tá fazendo aqui? Não era pra estar em Nova Orleans?—Franzi o cenho rindo confusa e fui em sua direção o abraçando.
—Fiquei sabendo sobre a loucura que estava acontecendo por aqui e pensei que gostaria de uma ajuda.—Ele disse me soltando e o encarei por um segundo.
Há algo diferente.
—Bem, não sei se você sabe, mas Silas está por aqui.—Disse preocupada e ele arqueou uma das sobrancelhas com um sorriso sarcástico.
—Exatamente, precisamos sair daqui meu bem.—Meu pai soltou preocupado tirando o sorriso do rosto.—Ele é perigoso, não podemos confiar!
—Não podemos ir sem o Kol, ele ainda tá por aí.—Falei e ele bufou irritado.
—Meu irmão sabe muito bem se cuidar, vamos logo!—Klaus segurou meu braço me puxando em direção à saída, mas não saí do lugar.
—Espera aí!—Soltei meu braço e o encarei incrédula.—Eu não vou sem ele!
—Não discuta, temos que sair antes que Silas resolva aparecer.—Klaus disse perdendo a paciência.
Tem algo errado, eu sei que tem.
Nos encaramos por um instante com seriedade no olhar.
—N-não posso perder ele, t-talvez magicamente eu esteja grávida...—Tentei ser o mais convincente possível para testar uma teoria.
—Ah Deus, isso é ótimo!—Klaus abriu um sorriso de orelha a orelha e balancei a cabeça negativamente.
Comecei a gargalhar sarcasticamente e ele me olhou confuso.
—Ótima tentativa, mas seus truques não funcionam mais comigo Silas!—Fui pra cima dele com velocidade vampírica o jogando contra o chão.
—Okay, okay. Eu admito, você é esperta!—Ele gargalhou com dor enquanto se levantava.
—Já chega de joguinhos.—Tentei ir pra cima dele, mas Silas me fez cair com magia.
—Está sentindo? Esse é o seu cérebro fritando, várias e várias vezes.—Sussurrou provocativo enquanto me contorcia no chão.
—Não por muito tempo!—Soltei inflingindo dor nele da mesma forma.
Silas caiu no chão e me levantei sentindo a raiva me invadir. O puxei para mim com magia e o soquei com toda a minha força vampírica.
—Você não mexe com minha família e com meus amigos e sai ileso, nunca!—Chutei a barriga de Silas, que gargalhou tossindo sangue.
—Você chuta quem já tá no chão? Tenha classe até o fim, Hellen.—Ele me derrubou se colocando por cima de mim e desferindo um tapa ardido em minha face.
Tentei socar Silas para o tirar de cima de mim, mas ele apertou meu pescoço me sufocando.
Com minhas últimas forças enfiei minha mão no bolso da minha calça e tirei a cura a colocando à força na boca dele. Pressionei a mandíbula de Silas fazendo-o engolir o líquido com um olhar desesperado.
—Tenha uma boa morte, Silas.—Falei ofegante o jogando para meu lado após ele apagar.
—Vamos cuidar para dar uma boa e dolorosa morte pro ex-imortal ali.—Damon apontou com a cabeça para o corpo de Silas dentro do porta-malas.
—Obrigada...—Elena murmurou sem me olhar nos olhos.—Mesmo depois que tentei matar você e seu namorado não desistiu de nos ajudar.
—Não foi por você.—Falei cruzando os braços sobre meu peito pela camada de vento frio soprando contra minha pele.
—Mesmo assim, obrigada.—Stefan disse me abraçando firme.—Eu não suportaria te perder.
—Nunca me perderia.—Abri um sorriso enquanto nos afastavamos.
—Hellen?—Ouvi a voz preocupada de Kol me chamar e me virei em sua direção o vendo saindo da Escola.
—Ah, meu Deus!—Corri para seus braços o abraçando o mais forte possível.
—Graças a Deus, você tá bem!—Ele murmurou me abraçando na mesma intensidade e afagando meus cabelos.
—Kol, amor...—Sussurrei me separando dele com um sorriso culpado.—Preciso te pedir uma coisa.
—Diz, qualquer coisa!—Ele soltou desesperado.
—Eu preciso descobrir quem eu sou, preciso saber mais sobre a minha família...—Comecei fazendo-o me olhar com receio.—Eu preciso de apenas alguns meses pra saber mais sobre eles, nada mais.
—Querida, é óbvio...—Kol respirou fundo.—Que eu vou te apoiar no que precisar.
—Eu preciso que vá para Nova Orleans, ajude Elijah a cuidar do Klaus por mim.—Pedi sorrindo em sua direção.—Só até eu voltar.
—Eu vou, eu prometo.—Ele colocou meu rosto entre suas mãos e juntou nossas testas.—Eu te amo, querida.
—Eu te amo, amor.—Murmurei juntando nossos lábios em um beijo apaixonado e quando paramos o beijo o abracei novamente.—Tenho que ir agora, até daqui alguns meses.
Me separei dele que me olhava entristecido, jurava que se não estivéssemos perto de outras pessoas Kol desabaria em choro ali mesmo.
—Até, meu amor.—Ele disse de volta e em alguns segundos saí em velocidade vampírica.
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