Klaus Mikaelson

Eu acariciava as costas de Caroline com um sorriso no rosto enquanto ela fazia desenhos aleatórios em meu peito com a ponta dos dedos.

—Você não vale nada mesmo.—Ela suspirou levantando sua cabeça do meu peito com um sorriso divertido no rosto.

—Ah, é? E por que diz isso, amor?—Sorri colocando uma mecha de cabelo dela atrás da orelha e passando minha mão por seu rosto.

—Você tenta me seduzir, vem me fazendo rir e quando vejo já tô na cama com você!—Caroline reclamou irritada e segurei uma risada.

—Meu poder persuasivo é incrível, amor.—Fiz ela rir se soltando de mim e levantando da cama.

—Você precisa ir, a qualquer momento minha mãe pode chegar da patrulha e ela não pode te encontrar aqui de jeito nenhum!—Care disse recolhendo as roupas do chão e indo até o armário para pegar roupas limpas.

Apenas continuei a encarando com um sorriso lateral e passando meus olhos por seu corpo.

—Para de encarar, tá legal?!—Ela pegou minha blusa jogando a mesma em meu rosto.—Quando eu sair do banho você não vai mais estar aqui, então...tchau, Klaus.

Caroline jogou a toalha por cima do ombro e saiu do quarto despreocupadamente.

Geniosa como sempre...

Sem tirar o sorriso do rosto me vesti em velocidade vampírica e peguei um post-it e uma caneta na escrivaninha dela escrevendo um bilhete.

"Espero ansioso para te ver novamente!

Com amor, seu Klaus"

Grudei o post-it amarelo na cabeceira da cama e tirei uma caixinha preta do bolso a colocando sobre a mesa de cabeceira. Era um colar de ouro puro e um pingente de diamante, delicado, exatamente como Caroline é.

Suspirei olhando novamente para a cama em que a pouco estávamos e saí em velocidade vampírica.

Destranquei a porta de casa cantarolando e fui em direção à sala parando de andar ao ver Hellen e Kol dormindo agarrados no sofá.

Mas o que diabos é isso??

Abri a boca para acordá-los e dizer algo, mas a fechei novamente respirando fundo e desistindo.

Deixa pra lá, isso não é mais da minha conta.

Ri balançando a cabeça em negação e subi as escadas virando um pouco a cabeça para olhar novamente para os dois.

Tão carinhosos, nem parece que agem como cão e gato quando estão acordados.

Continuei subindo as escadas.

Kol Mikaelson

Acordei meio atordoado e percebi que tínhamos adormecido na sala. O filme já havia acabado e Hellen dormia como um anjo.

Não vou acordá-la, já passou das quatro da manhã.

Me levantei devagar para não acordar Hellen e desliguei a tv me voltando para a garota no sofá. Com muito cuidado a peguei no colo e subi as escadas em direção ao seu quarto.

A coloquei na cama e ela se virou abraçando o travesseiro, a cobri dando um beijo em sua testa.

—Boa noite, querida.—Sussurrei passando a mão por seus cabelos e saí do quarto sem fazer barulho.

Fui para meu quarto e tomei um banho rápido depois vestindo apenas uma calça de moletom azul. Me joguei na cama fitando o teto e pensando no sorriso dela.

Que droga, eu sou completamente apaixonado por essa garota.

Um sorriso surgiu em meus lábios e fechei os olhos adormecendo.

Hellen

Acordei com a luz do sol vinda da janela batendo em meu rosto e me sentei percebendo que estava em meu quarto.

Kol...

Me levantei num pulo e peguei uma troca de roupa indo para o banheiro.
Tomei meu banho e vesti um vestido preto de alcinha, soltinho e todo florido.

Arrumei meu cabelo em um coque alto e calcei uma sapatilha da mesma cor do vestido.

Desci as escadas indo em direção à sala de jantar onde Klaus e Kol já tomavam o café da manhã.

—Bom dia, pai!—Dei um beijo na bochecha de Klaus e me sentei na mesa pegando uma xícara.

—Bom dia, princesa!—Ele abriu um sorriso e bebeu seu café enquanto folheava o jornal.—Como foi sua noite? Você saiu apressada do Mystic Grill.

—Fiquei entediada.—Falei simples bebendo meu café calmamente.

—Hum...—Ele resmungou e apenas voltou a ler o jornal.

Kol aproveitou que Klaus estava concentrado em seu jornal e decidiu que seria uma ótima hora para escrever algo no guardanapo de papel.

Ele terminou de escrever e deslizou o papel sobre a mesa discretamente, o peguei para ler.

"Sair hoje a tarde?"

Voltei meu olhar para ele que me encarava com um sorriso suspeito e abri um sorriso lateral voltando a escrever algo no verso do papel.

"A noite, posso dizer ao Nik que vou pra balada."

Passei o papel sobre a mesa novamente e Kol leu fazendo uma falsa cara de chateado. Ele voltou a escrever e me passou o papel novamente.

"Me encontra na frente da mansão Salvatore"

Assenti sorrindo para ele e quando Klaus tirou os olhos do jornal amassei o papel em minhas mãos tirando o sorriso do meu rosto.

—Bem, acho que vou indo.—Me levantei segurando firme o papel em minha mão.—Preciso fazer algumas compras.

—Eu posso te dar uma carona, já ia sair mesmo.—Kol disse se levantando também e Klaus arqueou uma sobrancelha.

Droga, eu tenho que impedir que ele desconfie!

—E-eu não preciso de você!—Falei usando um tom irritado e Kol me encarou confuso, mas logo entendeu.

—Quer saber, que se dane! Eu não sou obrigado a isso...—Ele jogou o guardanapo bufando irritado e saiu sem olhar pra trás.

Klaus me encarou e voltou seu olhar para a porta. Suspirei aliviada e comecei a andar em direção à saída.

—Eu...também tô indo.—Falei saindo dali.

Virei o corredor dando de cara com Kol e ele me encostou na parede atacando meus lábios.

—Oi.—Ele sussurrou com um sorriso acariciando meu rosto.

—Oi.—Sussurrei de volta abrindo um sorriso e ele tentou me beijar novamente, mas o impedi ao ouvir passos.—É o Klaus!

—Vá se ferrar, por que não vai pro Mystic Grill e se engasga com verbena?!—Kol se afastou de mim falando um pouco mais alto num tom irritado.

—Vá pro inferno!—Gritei de volta entrando no personagem.

Klaus Mikaelson

Virei no corredor passando por Kol e Hellen que claramente fingiam uma briga.

Ridículos.

—Se continuarem assim vou começar a acreditar que são um casal.—Falei dando um sorrisinho sarcástico e os corações deles aceleraram.

—Não seja estúpido, eu nunca me rebaixaria à isso!—Hellen lançou um olhar de desprezo para meu irmão que quase me convenceu.

—Só se eu fosse louco, Nik!—Ele olhou da mesma maneira para ela.

—Bom saber.—Soltei ironicamente com um sorriso lateral e saí em direção ao final do corredor.

Idiotas, eles pensam que me enganam.