—Você está bem?!—Questionei examinando o Gilbert com o olhar e ele assentiu. Desferi um tapa em seu rosto o fazendo me encarar surpreso.—Seu filho da mãe!

—Peraí, o Kol tava tentando matar o Jeremy!—Elena se pronunciou num tom indignado.—Por que nos impediu?!

—Primeiro que não me importo com vocês e sua cura rídicula.—Me levantei virando em direção à duplicata.—E segundo, se alguém vai matar Kol esse alguém sou eu!

—De que lado você está?!—Ela questionou irritada e revirei meus olhos me aproximando.

—Não existem lados, querida.—Segurei o rosto dela com apenas uma mão tomando um tom de raiva.—Existe um grupo de pessoas com quem me importo e você não está nele.

—Que pena.—Elena murmurou sarcástica me fazendo franzir o cenho e logo em seguida senti algo ser cravado em meu abdómen.

—Sua filha da mãe!—Gruni enquanto ela afundava mais e mais o pedaço de madeira quase chegando em meu coração.

—Te vejo do outro lado.—Ela retirou a estaca e ergueu novamente para cravar em meu peito.

—PAREM COM ISSO!—Ouvimos a voz de Klaus vindo da porta da frente e pude ver o desespero no olhar dos Gilbert.

—K-Klaus, só fizemos o que era preciso!—A duplicata começou a se explicar me soltando e fui em velocidade vampírica até Klaus o abraçando.

—Calma sweetheart, eu tô aqui.—Ele afagou meus cabelos e voltou seu olhar em fúria para os dois irmãos.—Como se não bastasse a tentativa de assassinar meu irmão tentaram matar Hellen?! MINHA GAROTINHA?!!

—Ela não é uma criança, por favor! Se fizemos algo foi porque ELA nos ameaçou!—Elena disse convicta e vi o olhar assassino tomar os olhos de Klaus.

—Escute bem, eu vou incendiar essa casa e quando vocês não tiverem pra onde ir vou caçar e matar os dois lentamente pra ver o sofrimento em seus olhos!—O híbrido disse entredentes raivoso e o olhar de desespero invadiu os Gilbert.

—Se nos matar nunca vai encontrar a cura.—Elena rebateu.

—Acha mesmo que estou me importando com a cura nesse momento?! No instante que colocasse as mãos nela eu a destruiria e depois mataria todos vocês!—Ele tentava forçar o selo da porta assim como eu minutos atrás.

De repente sentimos uma dor de cabeça absurda e caímos no chão.

—Convida ele pra entrar, agora!—Uma morena gritou para o Gilbert passando por nós e ele hesitou por um instante.

—Pode entrar.—Ele disse e Klaus e eu nos levantamos indo em direção à eles.

Se eles querem me fazer de vilã, eu vou ser.

—Pra sala, vai!—A bruxa gritou novamente e Elena e Jeremy correram enquanto Klaus e eu íamos atrás.

Tentamos alcançá-los, mas fomos parados por uma parede invisível.

—O que é isso?!—Gritei batendo na parede com toda a minha raiva.

—Sua bruxa, você não pode fazer isso comigo.—Klaus disse ficando cara a cara com a morena.

—Você não tem ideia do que eu posso agora.—Ela disse confiante.

—Eu vou caçar todos vocês...ATÉ O FIM!—Klaus berrou com ódio enquanto eles saiam calmamente pela porta.—VOCÊS TÃO OUVINDO? OUVIRAM?!

Klaus começou a destruir a sala tentando quebrar a barreira, mas nada idiantava.

—Klaus, tem algo de errado comigo.—Falei fazendo ele parar de destruir o cômodo e me olhar.

—O que?—Ele me encarou franzindo o cenho.

—Mais cedo, quando estavam tentando matar Kol eu consegui entrar na casa sem ser convidada.—Disse abaixando o olhar para minhas mãos trêmulas.—Logo em seguida coloquei fogo na duplicata sem nem mesmo tocar nela, como se fosse...

—Magia.—Ele completou chocado.—Mas como??

—E-eu não faço ideia.—Senti minhas pernas cederem e me sentei na poltrona.—Vampiros deixam de ser bruxos quando transformados!

—Okay, isso literalmente não deveria ser possível.—Klaus veio até mim e se abaixou na altura dos meus olhos erguendo meu queixo me lançando um olhar reconfortante.—Mas fique calma, nós vamos descobrir o que está acontecendo com você, meu bem.

—Obrigado, Klaus.—Murmurei dando um sorriso entristecido.

—Tudo pra te ver bem, minha princesinha.—Ele depositou um beijo em minha testa e se levantou.—Mas agora precisamos dar um jeito de sair dessa maldita casa.

—É impossível, melhor se sentar e esperarmos que eles venham ter a "boa vontade" de nos libertar.—Bufei e bati a mão no bolso pegando meu celular.

Será que Kol está bem?

E Rebekah?

—Liga pra ele.—Klaus disse me fazendo encará-lo com o cenho franzido.

—Não sei do que você tá falando.—Dei de ombros e ele me olhou com tédio.

—Sabe que não me engana, ainda se importa com Kol e só não gosta de admitir.—Ele riu.

—Não, não me importo.—Falei emburrada cruzando os braços e Klaus arqueou uma sobrancelha com um sorriso.

—Uhum, sei.—Ele se sentou no sofá com ar de inocente.

—É sério!—Disse irritada e num piscar de olhos Klaus tinha meu celular em mãos.—Não se atreva!

Fui em direção a Klaus, mas ele foi mais rápido e em segundos a ligação estava sendo completada.

—O que você quer?—Ouvi a voz ríspida de Kol pelo telefone.

—Deveria tratar melhor a pessoa que salvou sua vida, irmãozinho.—Klaus disse sarcástico.

—Ah, é você Nik.—Ele soltou em desinteresse.

—Venha pra cá imediatamente, temos alguns assuntos importantes para tratar.—Klaus falou em seriedade agora e fechou o sorriso.

—Se for sobre como vamos esquartejar o clã Gilbert eu estou disposto a dar uma passadinha aí.—Kol disse com humor e Klaus revirou os olhos.

—É sobre algo que te interessa muito mais.—Foi o que o híbrido disse antes de desligar o celular e me entregar.

—O que foi isso?—Questionei guardando o celular no bolso e voltando a encarar Klaus desconfiada.

—Se vamos recomeçar algumas verdades tem que ser expostas na mesa, querida.—Ele soltou meio apreensivo.—Espero que não se apague muito a detalhes.

—Nik, o que você fez?—Perguntei preocupada e ele suspirou.

—Em alguns instantes vai saber.—Ele disse baixo.—Por favor, só não me odeie.

Mas o que de tão ruim ele fez afinal???