⚜️ 2×20
Rebekah Mikaelson
Dias se passaram desde o circo que Nik aprontou ao descobrir de Kol e Hellen, ele não deixa que ninguém se aproxime do quarto onde a trancou e ameaça qualquer um que tente. Não nos deixa alimentá-la com nenhuma gota de sangue e diz que é apenas um castigo por ter mentido para ele.
Estúpido!
Elijah e eu já pensamos em mil maneiras de tirar Hellen de lá, mas ninguém sairia ileso dessa situação.
—É como eu disse, precisamos ser cuidadosos.—Elijah folheava um livro sentado no sofá à minha frente.—Não podemos fazer nada sem ter cem por cento de certeza de que vai funcionar.
—Está errado, nós precisamos fazer algo antes que Klaus deixe Hellen dissecar dentro daquele quarto!—Soltei revoltada.
—Não me agrada nem um pouco isso, Rebekah. Eu sei a gravidade do que nosso irmão fez, mas precisamos manter a calma.—Elijah rebateu educadamente com uma expressão séria no rosto.
—Não, não posso esperar mais nenhum segundo...e você vai me ajudar.—Me levantei e puxei meu irmão em direção à porta.
—Não... não, Rebekah!—Elijah se soltou bruscamente segurando meu braço.—Não seja estúpida, quer que Niklaus te coloque num caixão ao lado de Kol?
—Você vai mantê-lo ocupado.—Ordenei seriamente e puxei meu braço saindo antes que meu irmão pudesse me impedir.
Comecei a andar em direção ao quarto de Hellen e ouvi alguns passos atrás de mim me fazendo virar alarmada.
—Rebekah? Klaus não disse que não queria ninguém perto do quarto da Hellena?—Monique soltou com seu ar debochado e fui até ela a agarrando pelo braço.
—O nome dela é Hellen e você sabe, não se faça de idiota garota!—Apertei seu braço e olhei diretamente em seus olhos abrindo um sorriso zombeteiro.—Você vai fazer o que eu mandar.
—Não pode me hipnotizar...—Ela começou a falar, mas a interrompi.
—"Nik deu verbena pra sua família", deixa eu te avisar...—Ri enquanto ela arregalava os olhos.—Aquilo não era verbena, querida, Nik não é burro!
—O-o que?—Ela tentou se soltar, mas olhei em seus olhos para compeli-la.
—Venha comigo até o quarto de Hellen. Você não vai gritar e não vai sair correndo.—A hipnotizei e seu olhar ficou vazio.
—Vou com você...—Monique repetiu e continuamos andando.
Abri a porta do quarto quebrando o trinco e vi Hellen encolhida no chão em prantos.
—R-Rebekah?—Ela enxugou as lágrimas e tentou se levantar, mas quase caiu.
—Ei, calma.—A segurei antes que pudesse encontrar o chão e a levei até a cama.—Pronto, vai ficar tudo bem.
—O-o que ela está fazendo aqui??—Ela direcionou seu olhar para Monique e as veias aparecerem sob seus olhos.
—F-fica longe de mim!—Monique deu um passo para trás, mas a segurei e Hellen veio em nossa direção.
—Bekah, eu não vou conseguir...eu não posso.—Ela choramingou tentando evitar olhar para Monique.
—Eu estou aqui para te ajudar, confie em mim.—Falei segurando a ruiva o mais forte possível.
—Por favor, não me machuca Hellen!—Monique implorou derramando algumas lágrimas.
—Me desculpa.—Hellen pediu vindo até Monique em velocidade vampírica e a atacando na garganta desesperadamente.
Hellen segurou Monique e me afastei aos poucos, ela estava faminta.
—Já chega, pode soltar ela.—Falei, mas ela continuou a se alimentar sem me escutar.—Hellen!
Quando ela soltou Monique o corpo sem vida da ruiva encontrou o chão e Hellen arregalou os olhos percebendo o que havia feito.
—Não, não, não, não...—Ela foi para a frente do espelho chorando e começou a esfregar o rosto cheio de sangue.—Eu não fiz isso! Não, eu não matei!
Ela encarou a si mesma por um tempo em silêncio e as lágrimas começaram a descer em seu rosto.
—Eu matei...eu matei Monique...—Ela caiu de joelhos escondendo o rosto com as mãos.
—E-ei...—Me ajoelhei ao seu lado sem saber o que dizer.—Não chora, você vai superar...nós vamos superar isso.—Falei afagando seus cabelos e Hellen me afastou.
—Por favor, só me deixa sozinha!—Ela pediu abraçando os joelhos.
Apenas me afastei pegando o corpo de Monique e saindo em velocidade vampírica.
Hellen
Bekah saiu do quarto levando o corpo sem vida de Monique com ela. Lágrimas indesejáveis insistiam em cair, eu havia me tornado uma assassina e nada poderia mudar isso.
Eu matei uma pessoa e Kol não está aqui para me ajudar...
Me levantei ainda tremendo e fui até a escrivaninha pegando um papel e um pincel.
Querido Kol,
Comecei a escrever uma carta e a cada palavra as lágrimas desciam por meu rosto.
Provavelmente já se passaram anos, mas tudo bem, nós temos a eternidade. Eu peço que me perdoe, eu fui fraca e não aguentei o peso dos meus atos e palavras.
Eu deveria persistir, mas eu não consigo sem você aqui. Não, é impossível que eu possa continuar fingindo que nada aconteceu.
Quando Klaus decidir tirar sua adaga e você acordar venha me procurar amor. Eu vou estar te esperando, leve o tempo que for.
Saiba que eu te amo.
Com amor, sua Hellen.
Dobrei o papel e derramei um pouco de cera para lacrar a carta. Me levantei olhando novamente no espelho e saí em velocidade vampírica, já que Bekah havia esquecido a porta aberta. Me cuidei para deixar a porta fechada como antes e saí sem ser vista.
Desci as escadas para o porão silenciosamente e dei de cara com os quatro caixões. Dois vazios e os outros dois com Finn e Kol.
Corri para abrí-los, mas o primeiro caixão era de Finn.
Me apressei para abrir o outro e demorei a assimilar quando o vi naquele estado. Kol estava impecável como sempre, sua expressão era tranquila, mas eu sabia que ele estava em completa agonia.
Meus olhos se encheram de lágrimas só de pensar na crueldade de Klaus por fazer isso conosco.
Será que amar virou crime? Klaus parece se divertir com a infelicidade dos outros e isso me revolta, magoa.
Coloquei a carta no bolso de dentro do terno de Kol e depositei um beijo em sua testa enquanto as lágrimas molhavam meu rosto.
—Eu te prometo meu amor, eu nunca vou deixar de te amar.—Surrurrei olhando uma última vez para Kol e fechei o caixão novamente.—Me perdoe por não te libertar, sabe que Klaus poderia fazer bem pior.
Saí dali em velocidade vampírica e só parei quando percebi que estava na parte de fora da casa à uma boa distância.
Elijah, você me ensinou a sempre acreditar que alguém pode se salvar mesmo que tudo indique contra.
Rebekah, você me ensinou que ter uma família vai muito além de sangue.
Klaus, você me magoou profundamente e me ensinou que nem sempre devemos confiar na pessoa que mais se mostra confiável.
Kol, você me ensinou que o amor vale muito mais a pena do que regras idiotas. Eu te amo e realmente espero que me perdoe...
Olhei uma última vez para a casa e fechei meus olhos sentindo as emoções se esvairem de mim.
E em um segundo nada mais importa.
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