⚜️ 2×17
Eu saboreava cada gota de sangue enquanto Monique se debatia e berrava desesperada. De repente senti uma força me arrancar de cima da ruiva e ser arremessada para o outro lado do quarto.
—HELLEN, PARE!—Elijah me segurou enquanto eu tentava voltar para atacar minha presa.
—Mas o que está acontecendo aqui?!—Klaus disse sendo acompanhado por Rebekah e Kol.
—Ah-meu-Deus!—Exclamei caindo de joelhos com lágrimas nos olhos.—Eu quase matei ela!
Eu sou um monstro horrível!
—Tira ela daqui, Kol!—Rebekah ordenou indo até Elijah que ajudava Monique com seu sangue.
Eu chorava descontroladamente enquanto Klaus observava a cena perplexo, tinha culpa, dó e desespero em seu olhar.
Acho que ele nunca imaginou que sua menininha se tornaria uma quase assassina...
Kol me levantou e me deu apoio me carregando para fora daquele quarto. Ele não me soltou em momento algum do caminho e me direcionou ao seu quarto, me deixando lentamente sobre sua cama.
Abracei meus joelhos deixando minhas lágrimas molharem meu vestido e senti os braços dele me envolverem em um abraço.
—Eu sou um monstro, Kol!—Falei erguendo meu rosto e ele limpou minhas bochechas negando.
—Não, não, não é.—Ele me abraçou novamente acariciando meus cabelos e depositou um beijo no topo da minha cabeça.—Fica calma, minha querida.
—Eu quase matei ela...—Falei sentindo um nó se formar novamente me minha garganta.—Eu quase matei uma pessoa!
—Não foi culpa sua.—Ele acariciou meu rosto e quando vi o vermelho em sua mão me lembrei que estava coberta pelo sangue de uma pessoa.—Deixa...deixa eu te ajudar com isso!
Kol pegou um lenço limpando a mão suja pelo sangue de Monique e veio em minha direção colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
—Tome um banho, eu vou pedir para Rebekah trazer suas roupas.—Ele disse e apenas assenti.—Está bem.
Kol deu um beijo em minha testa e saiu do quarto.
Me levantei indo até o banheiro do quarto de Kol e me livrando daquelas inúmeras peças que me vestiam.
Eu estou morta...
Entrei na banheira deixando meu corpo submerso até a altura dos ombros. Esfreguei meu rosto vendo a coloração da água se tornar vermelha.
Eu não quero machucar mais ninguém.
Esfreguei meu corpo com a esponja tirando o máximo das machas de sangue possível.
Kol Mikaelson
Me apressei para chegar novamente no quarto de Hellen, adentrei focado em encontrar minha irmã.
—Onde eles estão?—Questionei encarando Rebekah.
—Elijah foi consolar a garota, ela não parava de chorar...—Bekah revirou os olhos.—E Nik foi dar a comovente notícia de que Pierre está morto para o governador.
—Isso foi uma bela confusão.—Suspirei me sentando na cama e Rebekah se virou em minha direção.
—O que veio fazer aqui? Tenho certeza que não foi para saber se Monique estava bem.—Ela disse abrindo um sorriso.
—Tem razão, vim pedir que leve até meu quarto algumas vestes para Hellen. Ela estava coberta de sangue e a deixei usar meu banheiro para se banhar.—Falei me jogando para trás na cama encarando o teto.
É problema atrás de problema.
—É claro, irmão.—Ela disse indo até o armário de Hellen.
Rebekah pegou algumas roupas simples de dormir e me entregou.
—Aqui, ela ama esse vestido!—Bekah disse suspirando e me levantei indo em direção à porta.
—Obrigada, irmã.—Balancei minha cabeça em agradecimento.—Tenha uma boa noite.
—Boa noite, Kol.—Ela sorriu de volta para mim e saí do quarto.
Andei pensativo pelos corredores.
E se Hellen não quiser mais ficar comigo? Agora ela é vampira, tudo mudou...
Adentrei meu quarto colocando as roupas sobre a cama e me virei de cara para a parede.
—Hellen, a roupa está em cima da cama!—Falei alto e ouvi ela sair do banheiro em velocidade vampírica se vestindo.
—Pronto!—Ela falou e me virei indo em sua direção.
—Como você está?—A envolvi em meus braços encarando seus olhos castanhos.
—Péssima.—Ela admitiu abaixando o olhar.—Eu não quero ter que machucar mais ninguém.
—Não precisa, amor.—Ergui seu queixo olhando no fundo de seus olhos.—Eu posso te ajudar a se controlar.
—Será? Eu me senti tão desesperada para beber cada gota de sangue que pensei ter virado um animal irracional!—Hellen disse com os olhos úmidos e sorri deixando um selinho delicado em seus lábios.
—Confie em mim, querida.—Pedi com nossas testas ainda coladas e ela assentiu rapidamente.
—Está bem, podemos tentar amanhã.—Ela disse baixinho me abraçando e afundando seu rosto em meu peito.—Eu te amo.
—Eu também te amo.—Apoiei meu queixo no topo de sua cabeça acariciando suas costas.
—Posso dormir aqui hoje?—Hellen indagou manhosa.—Eu realmente não quero dormir naquele quarto hoje.
—Claro que pode.—Me separei dela a encarando pensativo.
—O que foi?—Ela questionou confusa e passei meus braços por baixo de suas pernas a levantando em meu colo.—Aaaaaah! Me solta!
Levei Hellen até a cama e a coloquei enquanto nós dois riamos.
—Está vendo só?—Falei me jogando ao seu lado.—Isso é um sorriso, você fica muito melhor assim.
—Sério, Kol...—Ela riu fingindo-se de irritada.—Você vai me deixar mal acostumada desse jeito!
—Você merece tudo, meu amor.—A beijei e ela se virou de lado na cama, passei meu braço por sua cintura abraçando-a de conchinha.—Boa noite, querida.
—Boa noite, amor.—Hellen resmungou fazendo um sorriso involuntário surgir em meus lábios.
Hellen
Acordei com um peso sobre meu corpo e percebi que era Kol, ele dormia como um anjinho.
Nem parece que é quase um demônio quando está acordado.
Tentei tirar seus braços de cima de mim com cuidado para não acordá-lo e prendi minha respiração quando Kol resmungou algo se mechendo levemente, mas continuou dormindo.
—Bom dia, flor do dia.—Ele disse sem abrir os olhos enquanto sorria e o empurrei de leve.
—Bom dia, idiota.—Dei um selinho nele e me afastei deixando Kol com uma expressão confusa.—Você disse que ia me ajudar hoje.
Me levantei da cama enquanto Kol tentava me segurar, mas sem eficácia ele bufou.
—Está cedo, querida!—Ele resmungou se sentando na cama esfregando os olhos.
—Pare de ser preguiçoso!—Ri arrumando meus cabelos diante do espelho e minha respiração se desregulou ao ver Kol já de pé atrás de mim perto demais.
—Você...tem...razão...—Ele sussurrou contra minha pele entre selinhos em meu pescoço.—Quanto antes você se controlar, mais rápido vai poder estar novamente entre os humanos.
—S-só tem um problema.—Me virei de frente para Kol entrelaçando meus braços em volta de seu pescoço.—Agora vou precisar de um anel para não torrar viva no sol.
—Não se preocupe com isso.—Ele disse abrindo um sorriso.—Bruxas não faltam aqui em Nova Orleans.
—Ainda não me conformo que não sou mais uma delas.—Suspirei inconformada.—Fazer magia era a única coisa que ainda me ligava aos meus pais.
—Eu sinto muito.—Kol me olhou culpado.
—Não tem o porque me pedir desculpas, não foi sua culpa.—Respirei fundo me recompondo.—Foi uma fatalidade.
Me sentei na ponta da cama me apoiando em minhas mãos e encarei Kol de um jeito bobo.
—Bem, vou buscar seu anel antes que sua baba escorra pelo canto da boca...—Ele soltou convencido indo em direção à porta, mas voltou para me dar um selinho.—Agora sim!
Kol saiu do quarto enquanto eu ria boba com a situação.
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