⚜️ 2×14
Hellen Mikaelson
Malcon tirou suas mãos de minha cabeça finalmente cessando aquela tortura agoniante que eram os flashs.
—Argh!—Gemi em dor sentindo um líquido quente escorrer por uma de minhas narinas em ardência.
—Agora consegue compreender?—Ele perguntou se referindo ao flashs que acabara de me mostrar.
—Você é maluco!—Rosnei sentindo o gosto metálico do sangue invadir minha boca e tentei controlar minha respiração.—Nunca vai trazer Silas de volta.
—Eu tentei ser cooperativo...—Ele pegou novamente a faca vindo em minha direção.—Mas acho que vou ter que ser um pouco mais radical!
—Mas, o quê...—Senti a lâmina afiada deslizar pela pele de meu braço me dando uma sensação fielmente de uma ardência.—AAAAH...SEU FILHO DA MÃE!
As lágrimas invadiram meus olhos, mas não as deixei cair.
Me recuso a derramar uma lágrima sequer na frente desse desgraçado.
Meu coração pulsava descontroladamente, nada além de meus gritos e o som da lâmina ferindo minha pele poderia ser escutado.
Minha família, eu só queria estar com eles.
—Cala essa boca!—O homem berrou para mim e senti sua mão contra minha face desferindo um tapa ardido.
Ainda com meu rosto inclinado para o lado pelo tapa deixei lágrimas silenciosas descerem por minhas bochechas e um fungado baixinho sair de meus lábios. Logo senti novamente o gosto metálico que indicava que novamente eu sangrava, mas dessa vez surgia de meu lábio inferior.
—Vo...v...voc...v...—Tentei falar, mas logo percebi que estava sendo sufocada por um feitiço de Malcon.
—O que foi?—Ele chegou mais perto como quem tentava me entender com um sorriso debochado.—Não consegue falar?
—Você...vai...—Tentava buscar ar e já estava quase desmaiando quando Malcon parou de me sufocar.
—Hum?—Ele questionou novamente e meus olhos queimaram em ódio.
—Você vai morrer...—Falei puxando um pouco de ar com dificuldade.—Vai queimar no inferno.
—Veremos.—Ele riu com deboche e cravou a faca em minha perna esquerda me fazendo urrar de dor.
Rebekah Mikaelson
Meu primeiro pensamento foi correr de um lado para o outro procurando por Hellen, mas percebi que seria inútil ficar igual a um cachorrinho correndo atrás do rabo.
Me dirigi à minha melhor opção, as bruxas.
Se há alguém que pode achar uma bruxa é outra bruxa.
—Dianna?—Entrei na cabana procurando pela bruxa Dubois.
—O que quer vampira?—Cassandra apareceu com um semblante sério.
—Ajuda.—Falei erguendo minhas mãos em rendição.—Para encontrar nossa bruxa.
—Bruxas não se metem em assuntos de vampiros.—Cassandra disse incontestável.—Agora saia daqui!
—Não saio daqui até falar com Dianna.—Cruzei meus braços imponente.
—Mamãe? O que está acontecendo aqui?—Dianna apareceu e me encarou surpresa.—Rebekah.
—Me ajude Dianna, Hellen foi pega!—Pedi e ela olhou para a mãe procurando aprovação, mas Cassandra balançou a cabeça negativamente.
—Sinto muito, Bekah.—Ela disse com pesar nos olhos.—Não posso te ajudar.
—Bem, então terei que reformular a frase.—Fui em velocidade vampírica prendendo as duas contra a parede e mostrando minhas presas.—Me ajudem ou mato as duas!
—Já fizemos o suficiente por vocês, não ajudaremos mais assassinos!—Cassandra berrou e abri um sorrisinho cínico.
—Tem razão, vocês são inúteis.—As sufoquei mais forte.—Principalmente mortas!
Virei minhas mãos para lados opostos quebrando o pescoço das duas ao mesmo tempo.
—Vadias!—Exclamei irritada e deixei que os corpos caíssem no chão.
Elijah Mikaelson
Vagueei para a direção da floresta, talvez quem pegou Hellen tenha se escondido por lá e eu possa encontrá-los.
Andei por mata a dentro e sentia um cheiro estranho a cada passo que me aproximava.
Intrigante, talvez fosse apenas a carcaça de algum animal morto, mas algo me dizia que deveria continuar seguindo o cheiro.
Antes não tivesse seguido, me deparei com o corpo de Pierre Gerard quase entrando em decomposição.
Por Deus, que horror!
Tranquei minha respiração numa tentativa de não sentir o odor de morte presente no local.
Tenho certeza de que um dos meus irmãos está envolvido nisso.
Me abaixei ao seu lado vendo a mordida estraçalhada em sua garganta.
Monique vai ficar arrasada...
Hellen Mikaelson
Recobri novamente minha consciência olhando em volta e me deparando com Malcon e mais outras pessoas desconhecidas.
—Uh...—Resmunguei e logo voltei a sentir a dor de todos os cortes que Malcon fez.
—Vejam, amigos...—Ele começou a falar alto, como se fosse um discurso.—Esta é Hellen Mikaelson, ou melhor, descendente direta de Qtsya!
Pisquei meus olhos algumas vezes tentando assimilar e recebi olhares de surpresa.
Quem diabos é Qtsya?? E o que eu tenho a ver com isso?!
—Hoje finalmente daremos o primeiro passo para a libertação de Silas!—Ele disse e todos gritaram em excitação.
—É ela realmente?—Uma mulher se aproximou me olhando fascinada e Malcon assentou sorrindo vitorioso.
—Ela é a chave, nós vamos encontrar a ilha e Silas despertará!—Ele falou e o encarei assustada.
O que eles iriam fazer comigo?
—Aproximem-se amigos, vamos começar o ritual.—Ele disse vindo até mim e virando a cadeira onde eu estava para os outros.—Todos sabem o feitiço, certo?
—Espera!—Gritei com minhas últimas forças e Malcon me encarou.
—V-vocês vão me matar...—Falei sentindo mais lágrimas surgirem em meus olhos.—Não vão?!
—Você é bem observadora.—Ele soltou sarcástico e engoli seco.
—Se vão me matar pelo menos me deixem saber o motivo.—Pedi e ele me encarou confuso.—Não quero morrer sem saber o propósito da minha morte.
—Justo.—Malcon deu de ombros e se abaixou na altura de meus olhos.—Seu sangue mostra a localização da ilha onde Silas está, mas sua morte nos revela a própria ilha em forma física. Sua ancestral, Qtsya, foi bem calculista fazendo um feitiço para ocultar a ilha onde trancou Silas.
—Isso quer dizer que vou morrer de qualquer forma.—Suspirei revoltada.—Belo presente de aniversário universo!
—Não, não culpe o...—Malcon iria fazer alguma piadinha, mas um barulho estrondoso abrangeu o local.—Vejam o que está acontecendo, AGORA!
Ele ordenou e as pessoas começaram a sair.
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